Imagem de Como os furacões moldaram a sociedade e a ciência dos EUA no megacurioso

Se o ser humano não respeitar seu lugar no mundo, o fenômeno natural pode atingir nível desesperador

<head></head><body>Era 24 de agosto de 1992 quando o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117878-furacao-espacial-e-observado-de-forma-inedita-sob-o-polo-norte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Furacão Andrew&nbsp;</a>atingiu em Miami a categoria 5 na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/103926-voce-sabe-quantas-categorias-existem-de-furacoes-e-o-que-elas-significam.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Escala Saffir-Simpson</a> após ter se formado há 8 dias no norte das Bahamas, tornando-se o furacão mais devastador da história da Flórida. O estrago causou mais de US$ 25 bilhões em danos, gerando 44 mortes e dezenas de milhares de casas e edifícios destruídos com os ventos que atingiram até 280 km/h. Seu impacto determinou o momento como os Estados Unidos passariam a lidar com o fenômeno dali em diante.“O Furacão Andrew foi a tempestade que mudou a forma como lidamos com os furacões nos Estados Unidos”, disse o meteorologista Bryan Norcross, atualmente especialista sênior em furacões no The Weather Channel.De acordo com ele, o sistema de gerenciamento foi totalmente reformulado e o surgimento dos códigos de construção de furacões que são usados atualmente. Além disso, a passagem do Andrew foi a que teve seu impacto melhor medido na época, e determinou muito do que os especialistas sabem sobre furacões devastadores.<h2>Henry, a "voz" do futuro</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/15/15164137610420.jpg" alt="Destruição causada pelo Furacão Andrew.&nbsp;">Destruição causada pelo Furacão Andrew.&nbsp;No entanto, o Andrew pode ser considerado também apenas uma pedra em um "oceano" de mudanças ao longo da histórica relação dos furacões no Atlântico com os Estados Unidos, cujos impactos moldaram a sociedade americana de inúmeras maneiras.Em entrevista ao The Smithsonian Magazine, o escritor Eric Jay Dolin, autor de Furious Sky: The Five-Hundred-Year History of America’s Hurricanes, disse que os furacões mudaram questões culturais, políticas e a forma como a sociedade lida com as preocupações que enfrenta, como o movimento pelos <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119096-amelia-bloomer-foi-massacrada-por-defender-o-uso-de-calcas-no-sec-xix.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">direitos das mulheres</a>, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119020-ruby-bridges-a-garotinha-que-enfrentou-a-segregacao-racial-dos-eua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">racismo</a> e a evolução da televisão.Tudo teria começado em 1502, quando Cristóvão Colombo se tornou o primeiro europeu a emitir uma previsão do tempo no Novo Mundo ao avistar uma tempestade imensa no Caribe, responsável por afundar 24 navios de sua frota ao largo de Hispaniola.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/15/15164340234422.jpg" alt="Furacão Galveston de 1900. (Fonte: NPS/Reprodução)">Furacão Galveston de 1900. (Fonte: NPS/Reprodução)Teria sido dois furacões que atingiram as ilhas do Caribe com uma diferença de semanas em 1780, com o segundo chamado de "O Grande Furacão", que causou a morte mais de 17 mil pessoas. Esses dois eventos ajudaram os Estados Unidos a conquistarem sua independência, visto que contribuiu para a decisão francesa de retirar seus navios do Caribe na temporada de furacões seguinte, coincidindo com eles navegando para o norte e se juntando à Batalha de Yorktown.Conforme a população do país se expandiu ao longo da Costa do Atlântico e do Golfo, os cientistas procuraram aprender mais sobre como prever os caminhos dessas tempestades para poder defender as cidades contra elas. O físico Joseph Henry foi o primeiro secretário do Smithsonian Institution, responsável por criar o primeiro mapa meteorológico em tempo real que não servia para rastrear furacões, mas foi usado para indicar o movimento das tempestades na metade oriental dos Estados Unidos através de dados fornecidos por operadores de telégrafo.Em 1847, Henry contribuiu para moldar definitivamente o mundo como conhecemos ao estabelecer um sistema de observações meteorológicas estendidas para resolver o problema das tempestades.<h2>O impacto</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/15/15164602875426.jpg" alt="Furacão Katrina de 2005. (Fonte: The Atlanta Journal/Reprodução)">Furacão Katrina de 2005. (Fonte: The Atlanta Journal/Reprodução)No âmbito social, enquanto a tecnologia não era aprimorada e disseminada por Henry, as pessoas passaram a se virar da maneira como podiam para prever que um furacão estava por vir. Ao longo do Golfo do México, os habitantes locais sabiam quando uma tempestade estava vindo só pela maneira como as lagostas se moviam. O Furacão Galveston de 1900, que matou mais de 6 mil pessoas no Texas, inspirou a construção de um paredão de cimento imenso para tentar barrar a força dos ventos.Em Cuba, um padre chamado Benito Viñes se tornou famoso por ser um especialista em prever furacões no final do século XIX, coordenando seus esforços com os Estados Unidos após ter seus sinais ignorados pelo desprezo que o governo tinha pelos cubanos.&nbsp;Foi devido aos furacões destruidores que os Estados Unidos desenvolveram aparelhagens cada vez mais tecnológicas ao longo dos anos, com radares e satélites com maior precisão e confiabilidade que ajudam os meteorologistas, conseguindo prever as tempestades até 5 dias antes de se formarem.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/15/15164814862430.jpg" alt="Furacão Maria de 2017. (Fonte: Pinterest/Reprodução)">Furacão Maria de 2017. (Fonte: Pinterest/Reprodução)De acordo com Dolin, as tempestades tendem a aumentar em frequência e gravidade à medida que as mudanças climáticas causarem o aquecimento dos oceanos, e que a ciência deixa isso cada vez mais claro para o mundo.Para o homem, deve ser levado a sério a redução das emissões de carbono, mas também impedir novos desenvolvimentos ao longo da costa dos Estados Unidos e impor padrões de construção mais rígidos nas áreas costeiras contra as mudanças que estão por vir.“Precisamos ter alguma humildade quanto ao nosso lugar na trama da vida e no mundo”, ressaltou Dolin.</body>

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Como os furacões moldaram a sociedade e a ciência dos EUA

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Com o avanço da globalização, espécies invasoras têm se espalhado pelo mundo e ameaçado o balanço natural de alguns ecossistemas

Voc&ecirc; j&aacute; ouviu falar em esp&eacute;cies de animais invasoras? Esse &eacute; o nome dado para os grupos de criaturas, plantas, fungos ou qualquer outro tipo de ser vivo que &eacute; introduzido a um novo ambiente e passa a amea&ccedil;ar outras esp&eacute;cies locais. Outros termos utilizados para descrev&ecirc;-los s&atilde;o "esp&eacute;cies naturalizadas", "esp&eacute;cies ex&oacute;ticas", "esp&eacute;cies nocivas" ou at&eacute; mesmo "esp&eacute;cies n&atilde;o nativas".
Apesar de cada uma das terminologias possu&iacute;rem significados levemente diferentes, todas elas podem ser usadas para descrever os seres vivos que n&atilde;o s&atilde;o originalmente pertencentes a uma determinada &aacute;rea. Mas at&eacute; que ponto isso &eacute; um risco para o meio ambiente? &Eacute; hora de entender o perigo da introdu&ccedil;&atilde;o das esp&eacute;cies invasivas em um ecossistema.
<h2>Interc&acirc;mbio comercial</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/09/09135242657188.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
Com o avan&ccedil;o dos processos de globaliza&ccedil;&atilde;o no com&eacute;rcio mundial, o n&uacute;mero de <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/109907-3-especies-invasoras-que-ameacam-a-natureza-nativa-da-africa-do-sul.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">esp&eacute;cies invasoras</a> existentes em todos os continentes nunca esteve t&atilde;o alto &mdash; cerca de 40% desses grupos descobertos nos &uacute;ltimos 200 anos foram descobertos depois de 1970.&nbsp;
De acordo com um estudo publicado na Nature Communications&nbsp;em 2017, as esp&eacute;cies invasivas s&atilde;o rotineiramente introduzidas a um novo habitat como um g&ecirc;nero de animal de estima&ccedil;&atilde;o ex&oacute;tico, uma adi&ccedil;&atilde;o exclusiva para o jardim de uma pessoa privilegiada ou s&atilde;o contrabandeados por meio de barcos.
O com&eacute;rcio global transporta regularmente esp&eacute;cies para novos lugares ao redor do mundo, inadvertida ou deliberadamente. Um trabalho de 2009, compartilhado pelo Journal of Applied Ecology, sugere que o recente aumento nas invas&otilde;es foi impulsionado pela globaliza&ccedil;&atilde;o, crescimento econ&ocirc;mico e transporte internacional mais eficiente.
Atualmente, registros hist&oacute;ricos mostram que os pa&iacute;ses com a maior presen&ccedil;a de esp&eacute;cies invasivas no mundo s&atilde;o os Estados Unidos, Fran&ccedil;a, Austr&aacute;lia e China.&nbsp;
<h2>Riscos para o ecossistema</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/09/09135334157189.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Para se ter ideia do potencial destrutivo que uma esp&eacute;cie invasora pode trazer para um novo habitat, &eacute; essencial analisarmos alguns exemplos que ocorreram ao longo das &uacute;ltimas d&eacute;cadas. Em 2010, cientistas descobriram exemplares de Austropuccinia psidii, uma esp&eacute;cie de fungo nativa da Am&eacute;rica do Sul, em territ&oacute;rio australiano.
Como consequ&ecirc;ncia, esse fungo passou a ter controle sobre algumas &aacute;rvores de eucalipto, arrancando seus galhos de folhas, atrofiando seu crescimento e &agrave;s vezes matando-as. Esse &eacute; um dos exemplos claros de como uma esp&eacute;cie invasiva pode amea&ccedil;ar esp&eacute;cies nativas &mdash; nesse caso, com risco de morte.&nbsp;
Em outros casos, os invasores oferecem preocupa&ccedil;&otilde;es indiretas. Por exemplo, peixes chamados carpa cabe&ccedil;a-dura (Hypophthalmichthys nobilis) foram transportados da China para os Estados Unidos em 1973 e agora nadam ao redor da bacia hidrogr&aacute;fica do rio Mississippi, adotando o pl&acirc;ncton como base da sua dieta.&nbsp;
O pl&acirc;ncton &eacute; a base da cadeia alimentar da maioria das esp&eacute;cies existentes na regi&atilde;o, ou seja, quando as carpas usufruem dessa fonte de alimento, automaticamente uma escassez de recursos &eacute; causada para os peixes pequenos nativos. Quando esses peixes morrem de fome e desaparecem, o mesmo ocorre com peixes maiores que se alimentavam deles. Em pouco tempo, todo o <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/118744-qual-a-importancia-dos-ecossistemas-costeiros-para-o-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ecossistema</a> &eacute; dilacerado.&nbsp;
<h2>Preju&iacute;zos financeiros e ecol&oacute;gicos</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/09/09135407797191.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
Quando uma esp&eacute;cie invasiva chega a um novo territ&oacute;rio, ela passa a ca&ccedil;ar outros seres vivos locais ou dividir nutrientes com as criaturas nativas. Em alguns casos, isso pode custar muito dinheiro para os produtores locais. Desde 1970, estima-se que seres vivos invasores tenham custado cerca de US$ 28 bilh&otilde;es para os cofres globais.
Como resposta, autoridades tendem a buscar formas de mitigar os efeitos dessas esp&eacute;cies ou simplesmente erradic&aacute;-las. As esp&eacute;cies invasoras podem prejudicar outras esp&eacute;cies em seu novo ambiente, mas isso n&atilde;o significa necessariamente que o far&atilde;o.
Existem casos em que os invasores simplesmente n&atilde;o conseguem se adaptar ao novo ecossistema, isto &eacute;, algumas popula&ccedil;&otilde;es invasivas crescer&atilde;o abundantes, enquanto outras permanecer&atilde;o pequenas e irrelevantes. De qualquer forma, cabe &agrave;s for&ccedil;as governamentais encontrarem solu&ccedil;&otilde;es para que n&atilde;o ocorram graves desequil&iacute;brios na natureza.
<h2>Amea&ccedil;a global</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/09/09135532656192.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
Apesar de o avan&ccedil;o do com&eacute;rcio exterior ser visto como um dos principais pontos de chegada para esp&eacute;cies invasoras, vale ressaltar que existem outras maneiras de seres vivos n&atilde;o pertencentes a uma regi&atilde;o invadirem um ecossistema. Na vis&atilde;o de alguns ecologistas, esse &eacute; um fen&ocirc;meno que sempre amea&ccedil;ou a natureza.
Alguns ecossistemas s&atilde;o transformados permanentemente por mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115213-amazonia-alertas-de-desmatamento-aumentam-25-em-2020.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">desmatamento</a>, uso do solo para pr&aacute;ticas econ&ocirc;micas e urbaniza&ccedil;&atilde;o. Sendo assim, isso abre espa&ccedil;o para que outros seres vivos circulem por &aacute;reas onde eles normalmente n&atilde;o frequentavam no passado.
Em vez de julgar uma esp&eacute;cie unicamente com base em sua origem, alguns autores defendem que os conservacionistas precisam focar no papel dessas esp&eacute;cies em seu novo habitat, seja ele positivo ou negativo. Dessa forma, apenas os "invasores" mal&eacute;ficos deveriam realmente ser levados em considera&ccedil;&atilde;o.
Por fim, a melhor &eacute;poca para erradicar uma esp&eacute;cie invasiva &eacute; em seus primeiros meses no novo espa&ccedil;o, quando foi vista apenas uma ou duas vezes. Depois de ter se reproduzido e ganhado n&uacute;meros abundantes, as estrat&eacute;gias de controle ser&atilde;o muito menos eficazes.&nbsp;

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O que são espécies invasoras? 

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Um peixe do tempo dos dinossauros, abundante em todos os rios da América do Norte, o esturjão branco se encontra em risco de extinção

<head></head><body>Um dos peixes mais conhecidos nos Estados Unidos, e o maior de água doce de toda a América do Norte, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115324-cientistas-criam-hibrido-de-peixes-pre-historicos-acidentalmente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">esturjão branco</a> teve grandes populações nos rios americanos, mas hoje se encontra em risco de extinção, devido à pesca excessiva, tanto comercial como esportiva, além da tradicional captura de fêmeas, para retirada dos ovos, do qual é feito o caviar.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/12/12172539611380.jpg" alt="Fonte: Fraser River Lodge/Reprodução">Fonte: Fraser River Lodge/ReproduçãoEncontrado nos rios de toda a costa do oceano Pacífico, os esturjões também são comuns na baía do Alasca, ao norte da península de Baja e na Califórnia, nos EUA. Algumas espécies vivem nos oceanos e migram para a água doce durante a reprodução. Um esturjão adulto chega a pesar quase 700 kg, e atingir até 4,5 metros de comprimento, durante sua vida de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112323-conheca-os-animais-que-vivem-por-mais-tempo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mais de 100 anos</a>.Um dos segredos da sua longevidade é o fato de o esturjão viver dentro de uma armadura natural. Classificado como “peixe ósseo”, ele tem cinco fileiras de placas ósseas que vão desde as guelras até a cauda. Chamadas escudos córneos, elas também protegem a cabeça do peixe, que tem os olhos no topo.<h2>Como vivem os esturjões brancos?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/12/12172839343385.jpg" alt="Fonte: Wikimedia Commons">Fonte: Wikimedia CommonsEmbora distintos, os esturjões algumas vezes se <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117843-peixe-de-66-milhoes-de-anos-tinha-tamanho-de-um-tubarao-branco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">assemelham aos tubarões</a>, principalmente pela cor cinzenta do dorso, contrastando com a brancura do ventre. Apesar de enorme, a boca do esturjão não tem dentes. Ele come peixes pequenos, crustáceos, moluscos, vermes e plantas aquáticas, sugando-os para sua boca como um grande aspirador de pó.Para localizar comida, os esturjões brancos passam a maior parte do tempo vasculhando o fundo dos rios, ou do mar com a ajuda de quatro barbilhões, longos filamentos olfativos que se estendem diante da boca. Durante o inverno, esses peixes entram em um período de inatividade, semelhante a uma hibernação.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/12/diversidade-12173728587394.webp" alt="Fonte: WallpaperSafari/Reprodução">Fonte: WallpaperSafari/ReproduçãoA <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/106605-parece-mentira-mas-esta-imagem-rarissima-mostra-dois-peixes-acasalando.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">época da desova</a> é no final da primavera ou início do verão, quando os machos se juntam em áreas de fortes correntes para liberar seus espermatozoides. O ciclo se completa com as fêmeas liberando milhões de óvulos que, depois de fertilizados, se agrupam e se fixam no fundo do rio, de onde eclodem cerca de uma semana depois. Os bebês esturjões nascem com cerca de 1,3 centímetro, mas crescem rapidamente.</body>

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Conheça o esturjão branco, o peixe de armadura ameaçado de extinção

Imagem de Milhares de peixes são jogados de avião dentro de lagos nos EUA; vídeo no megacurioso

Para reabastecer centenas de lagos no estado de Utah com a fauna aquática, o órgão estadual despeja os peixes diretamente do avião

<head></head><body>Uma medida no mínimo radical está sendo adotada pela Divisão de Recursos da Vida Selvagem do estado de Utah, nos EUA: imagens divulgadas na sexta-feira (9) mostram um avião despejando milhares de peixes, <a href="https://www.megacurioso.com.br/bizarro/23290-7-coisas-sinistras-que-ja-despencaram-do-ceu.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">diretamente do ar</a> para diversos lagos remotos, em uma tentativa de reabastecer os corpos d’água com a fauna aquática.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/13/13165619543406.webp" alt="Fonte: Getty Images">Fonte: Getty ImagesO vídeo, divulgado pelo órgão ambiental do estado americano no Facebook, mostra tripulações transformando uma pequena aeronave em um verdadeiro aquário, com <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/116726-micropesca-a-arte-da-busca-por-peixes-pequenos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">milhares de alevinos</a>, peixes recém-nascidos, que são depois derramados de uma rampa, sobre uma região com mais de 200<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119335-contaminacao-de-metanfetamina-em-rios-pode-viciar-peixes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank"> lagos em Utah</a>.De acordo com a publicação, “os peixes têm entre 2,5 a 8 cm de comprimento, então eles <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/37225-afinal-os-peixes-sentem-dor-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">voam lentamente</a> até a água”, como folhas ao vento. Segundo a agência, esses aviões comportam centenas de litros de água e são capazes de lançar até 35 mil peixes em uma única viagem.<h2>Por que os peixes são jogados do avião?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/13/13165950323414.jpg" alt="Fonte: Utah DWR/Reprodução">Fonte: Utah DWR/ReproduçãoChamados de lagos elevados, esses corpos d’água ficam em locais de difícil acesso para carros. Além disso, segundo especialistas do departamento, é difícil manter os níveis e oxigênio para os bichinhos dentro de tanques lotados por longas distâncias.Dessa forma, a estocagem aérea de peixes tem se revelado um método eficaz, que é utilizado no estado desde a década de 1950. De acordo com pesquisas realizadas com populações de peixes após esse <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118249-as-10-coisas-mais-estranhas-que-cairam-do-ceu.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tipo de despejo</a>, a taxa de sobrevivência das populações implantadas é incrivelmente alta.<iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/463QvdslCmQ" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>A estocagem consiste na criação desses peixes em incubadoras. Eles são lançados dos aviões diretamente na natureza por diversos motivos, entre os quais restaurar populações ou fazer pesquisas sobre espécies. No entanto, o despejo aéreo pode se mostrar um método perigoso, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/109516-sera-que-os-peixes-se-machucam-durante-o-pesque-e-solte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tanto para os peixes</a> quanto para os pilotos das aeronaves.&nbsp;Por isso, os procedimentos não são feitos aleatoriamente, passando por um cuidadoso planejamento. Segundo o comunicado divulgado pela Divisão de Recursos da Vida Selvagem, os pilotos devem voar "um pouco acima das árvores para soltar os peixes". &nbsp;Mas, penhascos, montanhas e árvores podem se apresentar como obstáculos.&nbsp;</body>

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Milhares de peixes são jogados de avião dentro de lagos nos EUA; vídeo

Imagem de Contaminação de metanfetamina em rios pode viciar peixes no megacurioso

Um novo estudo testou o comportamento de trutas em locais de água doce com concentrações da droga

<head></head><body>Um experimento em laboratório apontou que <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/37225-afinal-os-peixes-sentem-dor-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">peixes</a> podem ficar viciados em metanfetamina e procurar por doses da droga em rios poluídos. Segundo um trabalho publicado na revista científica Journal of Experimental Biology, os animais de água doce são capazes de desenvolver uma dependência ativa pelo estimulante, que é liberado nos cursos de água através de sistemas de esgoto em <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112550-analise-de-esgoto-revela-as-drogas-mais-usadas-em-diversos-paises.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">áreas onde há o consumo da droga</a>.A equipe testou trutas-marrons — uma espécie comum em quase todo o mundo — e concluiu que mesmo pequenas concentrações podem ser suficientes para gerar o vício. “Ocorre poluição de água doce por metanfetamina onde há usuários [dessa droga]”, disse Pavel Horký, líder do estudo na Universidade Tcheca, ao site Live Science.Para isso, eles dividiram 60 trutas em 2 tanques: um com água pura e o outro contaminado com 1 micrograma de metanfetamina por litro de água, para simular um rio poluído. Nesse último caso, os peixes ficaram no local por 2 meses e ao transferi-los para um ambiente limpo por 10 dias, observaram que os animais começaram a apresentar sintomas de abstinência.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/07/07183729184423.jpg" alt="Estudo apontou que trutas podem apresentar dependência por metanfetamina">Estudo apontou que trutas podem apresentar dependência por metanfetaminaOs locais de armazenamento foram então projetados para que os peixes pudessem transitar entre os 2 tipos de tanques sem misturar a qualidade da água. Foi observado que as trutas acostumadas com a metanfetamina nadavam em direção à água contaminada, o que levou a consideraram um sinal de dependência.A equipe revelou que nos 4 primeiros dias de abstinência, os peixes estavam estressados e pouco se movimentavam, levando-os ao sedentarismo. Como comparação, o grupo também testou aqueles livres do composto, os quais não apresentaram <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/46865-conheca-8-peixes-com-habilidades-curiosas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mudança no comportamento</a>.Após o período da simulação, os pesquisadores coletaram amostras do tecido cerebral dos peixes em busca de metanfetamina e anfetamina, um subproduto da droga. Tal análise teria comprovado que a exposição à metanfetamina oferecia alívio da abstinência nos peixes viciados.<h2>Uma questão em busca de consenso</h2>Contudo, alguns especialistas afirmam que essa constatação ainda carece de mais informações. “Não tenho certeza se você pode realmente dizer que esses peixes são viciados em metanfetamina, mas eles certamente mostram uma preferência pelo composto — o que não deveriam, na verdade”, comentou Gabriel Bossé, pesquisador da Universidade de Utah.Ele utiliza a espécie peixe-zebra para conduzir seus estudos sobre distúrbios cerebrais complexos e desenvolveu uma técnica para analisar comportamentos de peixes em busca de opioides. Através desse método, ele afirmou que “a preferência por metanfetamina diminui depois de apenas alguns dias”, o que não configuraria necessariamente em uma dependência por um longo período de tempo.Apesar disso, ele destacou que a droga de fato mudou o comportamento dos animais, logo, pode prejudicar a capacidade deles de migrar, encontrar comida, evitar predadores e de se reproduzir. Para Bossé, pequenos ajustes no experimento poderiam, de fato, fortalecer a hipótese dos autores, como submeter os peixes a um intervalo maior de tempo.Além disso, sugeriu medir os níveis de cortisol dos animais e passar por testes formais de estresse — os quais são aplicados na oferta de luz em diferentes recipientes. Outro ponto seria verificar se os padrões de dependência e abstinência apresentariam os mesmos resultados em uma população de peixes no ambiente natural, bem como se medicamentos passíveis de prescrição — como antidepressivos — também afetam a vida aquática.</body>

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Contaminação de metanfetamina em rios pode viciar peixes

Imagem de Cuyahoga: o rio que pegou fogo nos Estados Unidos em 1969 no megacurioso

As águas do rio eram tão poluídas que bastou uma faísca para gerar um incêndio

<head></head><body>Com o fim da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119209-caso-dred-scott-a-decisao-que-impulsionou-a-guerra-civil-americana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Guerra Civil Americana</a>, em 9 de abril de 1865, a cidade de Cleveland, em Ohio (EUA), passou por uma rápido processo de industrialização. No meio do caminho, esse processo gerou toneladas de lixo e esgoto industrial que terminaram no leito do Rio Cuyahoga, que corre por 160 quilômetros através do estado até desaguar no Lago Erie.As antes límpidas águas do rio foram alvo de todo o tipo de rejeito lançado pelas tubulações das fábricas, e não demorou muito para que se tornassem uma versão do <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/114891-o-grande-fedor-de-1858-que-quase-intoxicou-londres.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Rio Tâmisa do século XIX.</a> Durante as décadas de 1950 e 1960, a poluição havia atingido um nível tão alto que todos os peixes e organismos já estavam mortos, com apenas cadáveres inchados de ratos boiando pelo rio.Infelizmente, os habitantes pouco se importavam porque acreditavam que esse era o preço que pagavam para estarem no centro da manufatura moderna, e o governo sequer fazia algo senão alertar as pessoas a se manterem longe do Cuyahoga.<h2>As chamas na água</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;PBS&nbsp;" data-fonte-url="https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQxOe9mFtrit4qgvmWKNn8NtCKxrJiPbkuPlhphBJKC9XcD_Z8Ve_31DEdeNc_i7vz1perhMCuDCCE&amp;usqp=CAU"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/06/06145555002245.jpg" alt="(Fonte: PBS/Reprodução)">(Fonte: PBS/Reprodução)Em 22 de junho de 1969, o Rio Cuyahoga simplesmente pegou fogo depois que as faíscas de um trem que passava perto do canal acenderam uma mancha de óleo na água, causando chamas de até 5 metros de altura.Mas isso já não era uma novidade, pois o rio já havia pegado fogo em 1912, matando cerca de 5 pessoas. E em 1952, causou um prejuízo de US$ 1,5 milhões aos cofres públicos. Ainda assim, nada foi feito.Apesar de o incêndio de 1969 ter causado danos de apenas US$ 50 mil, o governo se deparou com uma mídia voraz vindo em sua direção.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/06/06145734235247.jpg" alt="(Fonte: EpochaPlus/Reprodução)">(Fonte: EpochaPlus/Reprodução)Apesar de ter sido considerado nada em comparação com os anteriores, esse incêndio atraiu atenção nacional da imprensa para o estado do Rio Cuyahoga, tornando o incidente matéria de capa nos jornais de todo o país.Em vista disso, Carl Stokes, o primeiro prefeito negro de Cleveland, iniciou uma grande campanha para despoluir o rio, temendo que o escândalo o prejudicasse nas eleições futuras.A limpeza do Rio Cuyahoga resultou na criação da Agência de Proteção Ambiental (EPA) em 1970. Em 22 de abril daquele ano, o senador Gaylord Nelson criou o primeiro Dia da Terra para atrair conscientização sobre o meio ambiente e a natureza – embora tenha sido motivado por fins políticos.</body>

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Cuyahoga: o rio que pegou fogo nos Estados Unidos em 1969

Imagem de É necessário lavar as embalagens que vão para coleta seletiva? no megacurioso

A não limpeza dos materiais pode prejudicar o processo de reciclagem, mas nem todos os produtos precisam ser lavados

<head></head><body>O ato de lavar as embalagens que irão para <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/114352-ruinas-de-pompeia-tem-evidencias-de-reciclagem-de-lixo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">reciclagem</a> é polêmico e causa muitas dúvidas. Enquanto alguns são a favor da limpeza, afirmando que ela deixa o material em melhores condições de reuso, outros dizem se tratar de um péssimo hábito, por contribuir com o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113213-quanto-desperdicio-da-para-evitar-usando-garrafas-no-bebedouro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">desperdício de água</a>.Afinal, é necessário lavar as embalagens que vão para a coletiva seletiva? De acordo com o Centro de Informações sobre Reciclagem e <a href="https://www.megacurioso.com.br/meio-ambiente/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Meio Ambiente</a> (Recicloteca), deixar de lavar os materiais para reciclagem pode prejudicar a logística de recolhimento diário dos produtos, comprometendo a higiene das áreas de armazenamento.Usar objetos sujos também pode dificultar o tratamento dos resíduos, tornando a reciclagem mais lenta e cara, exigindo uma limpeza constante dos veículos de transporte e do maquinário. Além disso, o acúmulo de sujeira é prejudicial à saúde dos envolvidos no processo.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Freepik&nbsp;" data-fonte-url="https://br.freepik.com/fotos-gratis/menina-recolhe-lixo-em-sacos-de-lixo-no-parque_5911683.htm#page=1&amp;query=reciclagem&amp;position=21"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/06/22/22095843586050.jpg" alt="(Fonte: Freepik)">(Fonte: Freepik)Dessa forma, lavar <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/103727-por-que-nao-podemos-descartar-todo-o-lixo-humano-em-vulcoes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">lixo</a> reciclável é uma atitude importante antes de destinar as embalagens para a coleta seletiva, segundo a ONG. No entanto, é possível realizar o procedimento sem desperdiçar água, seguindo algumas dicas simples.<h2>Como realizar a limpeza dos recicláveis</h2>A lavagem dos recicláveis é necessária no caso dos produtos que deixam resíduos nos vasilhames. Entre eles, estão potes de iogurte, garrafas e caixas de <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/85367-como-o-leite-que-consumimos-todos-os-dias-chega-ate-a-nossa-mesa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">leite</a>, latas de doces e geleias, embalagem de creme de leite, caixas longa vida, conservas e sacos que envolvem alimentos molhados.Tente retirar o máximo de resíduos sem utilizar água, passando um papel usado. Se necessário, faça uma lavagem superficial, reaproveitando a água da lavagem da louça — coloque os materiais no fundo da pia, deixando a água com sabão cair sobre eles enquanto faz a limpeza de pratos, panelas e os demais itens.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Freepik&nbsp;" data-fonte-url="https://br.freepik.com/fotos-gratis/menina-recolhe-lixo-em-sacos-de-lixo-no-parque_5911683.htm#page=1&amp;query=reciclagem&amp;position=21"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/06/22/22095900008051.jpg" alt="(Fonte: Freepik)">(Fonte: Freepik)Vale ressaltar que nem todos os produtos precisam ser limpos antes de separados para a coleta seletiva. Quanto aos frascos que não precisam ser lavados para a reciclagem, vale destacar as embalagens de sabão, de todos os tipos, e dos produtos de limpeza (desinfetantes, multiuso, cloro e derivados etc).Embalagens de buchas, escovas, <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-e-beleza/37061-lavar-os-cabelos-com-shampoo-e-condicionador-e-realmente-necessario-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">shampoos</a>, sabonetes, <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/113998-como-as-pessoas-se-limpavam-antes-do-papel-higienico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">papel higiênico</a> e perfumes também não precisam de limpeza. Outros itens que entram nessa lista são as embalagens de grãos alimentícios secos (feijão, arroz, lentilha, pipoca, ervilha e outros do tipo).</body>

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É necessário lavar as embalagens que vão para coleta seletiva?

Imagem de Tom Brown, o caçador de maçãs que resgata variedades 'perdidas' no megacurioso

Em um 'verdadeiro trabalho de vida', Tom Brown já recuperou milhares de maçãs em árvores frutíferas à beira da extinção

<head></head><body>Há aproximadamente 25 anos, o engenheiro químico aposentado Tom Brown (79) vem dedicando sua vida a resgatar maçãs perdidas da herança dos Apalaches, região norte-americana que abriga 420 condados em 13 estados. Suas investigações, consideradas um "trabalho de toda uma vida", contam com dezenas de histórias curiosas e resultaram na salvação de cerca de 1200 variedades, com grande parte delas sendo raras e patrimoniais.A busca de Tom Brown pelas <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118733-vodca-atomica-feita-com-macas-de-chernobyl-e-apreendida-na-ucrania.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">maçãs</a> patrimoniais dos Apalaches iniciou em 1998, quando teve contato com os primeiros espécimes estranhos em um mercado histórico de agricultores. Segundo Brown, as frutas, que tinham nomes exóticos como Bitter Buckingham, White Winter Jon, Arkansas Blacke Billy Sparks Sweetening, Jonathans e Twenty Ounce, se destacavam por apresentar cores e tamanhos distintos, algo que o levou a ir atrás do vendedor Maurice Marshall para descobrir de onde vinham tais iguarias.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/06/24/24103505081098.jpg" alt="(Fonte: Carla Walsh - Alamy / Reprodução)">(Fonte: Carla Walsh - Alamy / Reprodução)Essas maçãs, padronizadas nas décadas de 1700 e 1800, haviam desaparecido de circulação comercial em 1950, e desde então foram dadas como perdidas em pouco mais de 3200 quilômetros de extensão territorial. Impressionado com tais informações, Brown se questionou "quão legal seria encontrar uma maçã que ninguém prove em 50 ou 100 anos?", e decidiu pesquisar a história das maçãs patrimoniais dos Apalaches.<h2>Os pomares históricos dos EUA</h2>No início do século XX, cerca de 14 mil variedades de maçãs cresceram nos Estados Unidos e a maioria podia ser encontrada em pomares dos Apalaches. Logo, o mercado investiu nas colheitas frutíferas devido à facilidade de manutenção e aos baixos custos, fazendo com que quase todas as fazendas locais se especializassem no cultivo de maçãs. As circunstâncias climáticas e o boom&nbsp;comercial fizeram com que as maçãs fossem mais operadas do que a cidra, que na época era a bebida mais escolhida pelos colonos, a as tornaram as joias do país.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/06/24/24103551783100.jpg" alt="(Fonte: National Agricultural Library / Reprodução)">(Fonte: National Agricultural Library / Reprodução)Porém, em pouco menos de 50 anos, as tradições apalaches sucumbiram pela <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116812-desfile-em-rosa-flamingos-sao-filmados-por-drone-durante-migracao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">migração</a> urbana, agricultura fabril e sistemas alimentares corporativizados. Em 1950, fazendeiros foram forçados a abandonar seus negócios e os jardins passaram a desaparecer rapidamente, e como consequência não somente a produtividade foi significativamente reduzida, mas os investimentos no negócio sofreram a pior baixa de todos os tempos."Me chateou saber disso", disse Brown, lamentando a extinção de quase 11 mil variedades. "Eram alimentos que as pessoas já se importavam profundamente, que tinham sido centrais para suas vidas. Foi errado deixá-los morrer."<h2>O trabalho de recuperação</h2>Ao conhecer as histórias, Tom Brown as encarou como um "chamado" e iniciou um projeto para recuperar as maçãs esquecidas, logo após aprender o básico sobre identificação, clonagem, enxerto e manutenção de árvores apalaches. Seu trabalho contou com uma profunda investigação, e listas, características, rumores e avaliação de áreas foram discutidos, de forma a ajudar no rastreio dos catálogos de pomar.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/06/24/24103705579101.jpg" alt="(Fonte: Atlas Obscura / Reprodução)">(Fonte: Atlas Obscura / Reprodução)Atualmente, Brown dirige aproximadamente 48,3 mil quilômetros por ano e dedica cerca de três dias por semana à caça de maçãs, trabalhando ao lado de municípios e <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114545-ong-mostra-que-morcegos-nao-so-sao-fofos-mas-tambem-ajudam-o-meio-ambiente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ONGs</a> para coletar informações e resgatar frutas "desaparecidas". Seu pomar Heritage Apples, localizado em Clemmons, Carolina do Norte, já conta com 700 espécimes raros recuperados na Geórgia, Carolina do Sul, Carolina do Norte, Kentucky, Tennessee, Virgínia Ocidental, Maryland e Pensilvânia.O projeto de caça às maçãs é reconhecido por conservacionistas e profissionais da culinária, visto que o cultivo de Brown resulta na venda de quase 1000 mudas anuais, contribuindo para o renascimento da culinária tradicional e para a manutenção de um ecossistema natural considerado extinto por décadas.</body>

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Tom Brown, o caçador de maçãs que resgata variedades 'perdidas'

Imagem de Formigas assassinas de pássaros são erradicadas do Pacífico no megacurioso

Após ameaçarem aves marinhas por mais de uma década, formigas foram removidas com sucesso de ilha vulcânica na costa dos Estados Unidos

<head></head><body>Uma espécie de formigas invasivas e destrutivas, conhecidas como "formigas amarelas malucas", foram erradicadas de um <a href="https://www.megacurioso.com.br/geologia/102872-voce-sabe-o-que-sao-os-atois-e-como-afinal-eles-se-formam.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">atol</a> remoto — espécie de ilha vulcânica em formato de anel — dos Estados Unidos no Oceano Pacífico. O Serviço de Pesca e Vida Selvagem dos EUA anunciou o sucesso da operação nesta quarta-feira (23).De acordo com o órgão do governo norte-americano, as formigas perseguiram <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/110896-poluicao-plastica-esta-afetando-ate-mesmo-ovos-de-aves-marinha-do-artico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aves marinhas</a> no desabitado Refúgio Nacional da Vida Selvagem do Atol Johnston e impediram a formação de ninhos pelos 70 acres de terra por mais de uma década. Em comunicado, as autoridades anunciaram que essa é a primeira vez que uma espécie de formiga invasora foi erradicada em uma área de terra tão grande nos EUA.<h2>Invasão de formigas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/06/24/24153308868322.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Por mais de 10 anos, as formigas amarelas ameaçaram as aves marinhas enxameando todos os seus ninhos e qualquer outra coisa que ousasse tocar no solo da região. Ao borrifarem ácido fórmico nas aves, as <a href="https://www.megacurioso.com.br/fisica-e-quimica/45563-de-acordo-com-estudo-formigas-podem-converter-co2-em-minerais-no-subsolo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">formigas</a> conseguiam causar ferimentos que incluem cegueira e até a morte de outras criaturas."Para garantir o sucesso da erradicação, as equipes têm monitorado, pesquisado e perseguido formigas amarelas malucas por todo o atol", declarou Kate Toniolo, superintendente do Monumento Nacional Marinho das Ilhas Remotas do Pacífico, em comunicado à imprensa.Voluntários e funcionários federais se uniram para formar um esquadrão especial de remoção das formigas. Por longos meses, as equipes realizaram experiências com iscas e outras técnicas para se livrar das pragas. Após esse processo, cães farejadores foram levados até a ilha para garantir que nenhum desses insetos seria farejado pelos 190 km de terra.<h2>Santuário seguro</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/06/24/24153203259321.jpg" alt="(Fonte: Serviço de Pesca e Vida Selvagem dos EUA)">(Fonte: Serviço de Pesca e Vida Selvagem dos EUA)Após as missões de erradicação das espécies, as instituições de preservação da natureza devem continuar realizando trabalhos para que o atol permaneça um lugar livre de outras espécies invasivas. Por agora, as equipes celebram o fato de terem conseguido transformar o refúgio em um local seguro novamente para as aves marinhas prosperarem.&nbsp;O Atol Johnston é um santuário para dezenas de milhares de aves marinhas de 15 espécies diferentes, de acordo com o Serviço de Pesca e Vida Selvagem dos EUA. Além disso, é o lar da maior colônia do mundo de pássaros tropicais de cauda vermelha e o único habitat de aves marinhas em mais 1,5 milhão de km² de oceano aberto no Pacífico.&nbsp;A formiga amarela maluca, por outro lado, é uma espécie nativa do sudeste da Ásia. Entretanto, acabou sendo introduzida involuntariamente em outras partes do Pacífico e infestou diversos espaços de outros animais, incluindo no Havaí.&nbsp;</body>

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Formigas assassinas de pássaros são erradicadas do Pacífico

Imagem de Elefante quebra parede de cozinha em busca de comida na Tailândia no megacurioso

O animal faminto aproveitou que os moradores dormiam para fazer o lanchinho da madrugada

<head></head><body>Um <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/116804-elefante-bebe-rouba-cana-de-acucar-e-se-esconde-atras-de-poste.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">elefante</a> faminto invadiu uma casa em Hua Hin, na <a href="https://www.megacurioso.com.br/proxima-parada/52360-proxima-parada-tailandia-um-pais-exotico-fascinante-e-historico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Tailândia</a>, em busca de algo para matar a fome, após fazer um buraco na parede da cozinha. O caso curioso aconteceu na madrugada do domingo (20), quando os moradores foram acordados pelos barulhos vindos daquele cômodo.De acordo com a dona da casa Ratchadawan Puengprasoppon, sons estranhos na cozinha fizeram a família se levantar assustada. Quando chegaram ao local, os residentes foram surpreendidos com a presença do animal gigante e começaram a filmar a bagunça provocada pelo visitante inusitado.O vídeo mostra o elefante usando a sua <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/71475-que-bonitinho-saiba-porque-filhotes-de-elefantes-gostam-de-chupar-a-tromba.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tromba</a> para vasculhar as gavetas do armário embaixo da pia, derrubando pratos e outros objetos, à procura de comida. Nas imagens, também é possível ver que ele pega algo parecido com uma sacola e leva à boca. Confira a gravação feita por Puengprasoppon a seguir:<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/KyMWpm0W4Go" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Em entrevista à CNN, a tailandesa contou que um elefante se chocou com a parede da cozinha em maio, deixando um buraco. Como o dano não havia sido consertado, outro animal aproveitou a brecha para enfiar a cabeça e chegar ao interior da residência, aumentando a abertura.<h2>Incidentes se tornaram comuns</h2>Os incidentes envolvendo elefantes e humanos têm aumentado nos últimos anos, principalmente na <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/36525-voce-conhece-a-origem-dos-nomes-dos-continentes-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Ásia</a>, à medida que os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116137-descubra-como-guerras-civis-podem-afetar-a-vida-selvagem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ambientes selvagens</a> são invadidos pelo homem, deixando os animais com pouco espaço para viver. Os encontros são mais comuns na temporada de colheita de frutas.Com relação a este último caso, o Departamento de Parque Nacional, Vida Selvagem e Conservação de Plantas da Tailândia disse que o animal provavelmente sentiu o cheiro da comida na casa e resolveu entrar. Ainda segundo o órgão, a espécie necessita de minerais encontrados em alimentos salgados e faz de tudo para achá-los.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/06/23/23181602157395.jpg" alt="Estrago feito pelo elefante na parede da casa. (Fonte: YouTube/New York Post)">Estrago feito pelo elefante na parede da casa. (Fonte: YouTube/New York Post)Conforme Puengprasoppon, o trânsito dos elefantes pela cidade, em busca de comida, é comum e acontece há vários anos, mas os paquidermes nunca haviam causado maiores problemas a ela. “É a primeira vez que eles realmente danificam a minha casa”, contou a moradora.Para evitar novas invasões, a família terá que desembolsar o equivalente a US$ 1,5 mil para consertar o buraco na parede e os demais estragos feitos pelo elefante.</body>

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