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Estudo avaliou a densidade nutricional de alguns alimentos para verificar se existe algum super vegetal – e a resposta foi sim

Todo mundo sabe que uma alimenta&ccedil;&atilde;o balanceada e diversificada &eacute; fundamental para manter uma boa sa&uacute;de. De maneira geral, cada grupo de alimentos &eacute; rico em algum tipo de nutriente que, quando somados, s&atilde;o capazes de garantir energia para o nosso corpo, al&eacute;m de evitar uma s&eacute;rie de doen&ccedil;as.
Mas, existe algum tipo de alimento que se <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121274-4-razoes-pelas-quais-a-proteina-vegetal-e-mais-saudavel-que-a-animal.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">destaque nutritivamente</a>? De acordo com um estudo validado pelo Centro de Controle e Preven&ccedil;&atilde;o de Doen&ccedil;as (CDC) dos Estados Unidos, sim. E, n&atilde;o existe apenas um vegetal que se destaca pela sua densidade nutricional, como &eacute; poss&iacute;vel elencar os mais completos e que merecem uma aten&ccedil;&atilde;o especial na hora de prepararmos nossas refei&ccedil;&otilde;es!
<h2>Frutas e legumes poderosos</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/04/04053057366001.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Frutas e vegetais poderosos (PFV), s&atilde;o alimentos associados &agrave; redu&ccedil;&atilde;o do risco de doen&ccedil;as cr&ocirc;nicas, pois contam com uma alta concentra&ccedil;&atilde;o de nutrientes importantes para o nosso corpo. Por&eacute;m, at&eacute; pouco tempo atr&aacute;s, faltavam crit&eacute;rios para classificar quais eram as frutas e os vegetais que poderiam ou n&atilde;o ser inclu&iacute;dos neste grupo.
Para tentar entender melhor a qualidade dos alimentos que estavam indo &agrave;s mesas das pessoas, um estudo realizado por Jennifer Di Noia, da William Paterson University, nos EUA, avaliou 47 frutas e vegetais diferentes. A base para a classifica&ccedil;&atilde;o foram 17 nutrientes de import&acirc;ncia para a sa&uacute;de p&uacute;blica, segundo a Organiza&ccedil;&atilde;o das Na&ccedil;&otilde;es Unidas para Alimenta&ccedil;&atilde;o e Agricultura e o Instituto de Medicina. S&atilde;o eles: pot&aacute;ssio, fibras, prote&iacute;nas, c&aacute;lcio, ferro, tiamina, riboflavina, niacina, folato, zinco e vitaminas A, B6, B12, C, D, E e K.
Para chegar a um padr&atilde;o, todos os vegetais foram analisados na forma crua. Em cada um deles, foi verificada a quantidade dos nutrientes e calorias para cada 100 g de alimento. Depois, foi comparado o quanto do valor obtido em 100 kcal correspondia &agrave;s porcentagens dos valores di&aacute;rios para os nutrientes, com base em uma dieta de 2.000 kcal/dia.
E foi assim que se descobriu que o agri&atilde;o &eacute; o vegetal ideal.
<h2>Agri&atilde;o: o super vegetal</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/04/04053121105002.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
O agri&atilde;o &eacute; uma planta que pertence &agrave; <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122647-5-vegetais-conhecidos-e-voce-nao-sabia-que-sao-flores.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fam&iacute;lia das cruc&iacute;feras</a> &mdash; um grupo de vegetais bastante diversificado e conhecido pela alta quantidade de nutrientes &mdash;, que costuma ser consumido principalmente em saladas. Al&eacute;m de ser nutritivamente perfeito, o agri&atilde;o pode ser facilmente cultivado, o que pode facilitar o seu consumo.
No estudo realizado por Di Noia, foi verificado que &eacute; poss&iacute;vel encontrar 100% dos nutrientes listados a cada 100 kcal de agri&atilde;o. Ele &eacute; um dos alimentos mais ricos em vitamina C, estando melhor avaliado at&eacute; que frutas c&iacute;tricas, como laranja e lim&atilde;o. O agri&atilde;o tamb&eacute;m possui mais ferro que a carne (na compara&ccedil;&atilde;o de 100 kcal de cada), al&eacute;m de ser uma fonte f&aacute;cil de fibras, prote&iacute;nas, c&aacute;lcio e carboidratos.
Entre os vegetais estudados, os cruc&iacute;feros (agri&atilde;o, couve chinesa, couve, br&oacute;colis, r&uacute;cula) e as folhas verdes (acelga, beterraba, espinafre, chic&oacute;ria, alface) estavam concentrados na metade superior como os mais nutritivos. J&aacute; os vegetais dos grupos amarelo/laranja (cenoura, tomate, ab&oacute;bora, batata-doce), allium (cebolinha, alho-por&oacute;), c&iacute;tricos (lim&atilde;o, laranja, lima, toranja) e frutas de bagas (morango, amora) estavam concentrados na metade inferior.
Mas &eacute; importante lembrar que o estudo avaliou apenas um grupo restrito de 47 vegetais crus &mdash; <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122520-6-vegetais-que-sao-mais-saudaveis-cozidos-do-que-crus.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cozinh&aacute;-los pode alterar a rela&ccedil;&atilde;o nutricional de cada um deles</a>. Existem outros alimentos que tamb&eacute;m s&atilde;o ricos e que tamb&eacute;m devem fazer parte de uma dieta balanceada. Al&eacute;m disso, nenhuma dieta deve se concentrar exclusivamente em um &uacute;nico alimento e pessoas com car&ecirc;ncia de determinados nutrientes ou alergias a alimentos espec&iacute;ficos devem procurar acompanhamento profissional para encontrar sua dieta ideal.

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Você sabe qual é o vegetal mais saudável que existe?

Imagem de Como ocorre a contaminação alimentar? no megacurioso

Recall de alimentos nos EUA reacende discussão sobre a contaminação alimentar

A cadeia de lojas Trader Joe&rsquo;s &eacute; uma importante rede de supermercados e mercearias dos Estados Unidos que conta com mais de 500 unidades espalhadas pelo pa&iacute;s. No &uacute;ltimo m&ecirc;s, a franquia ficou no centro das discuss&otilde;es sobre <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/125334-os-habitos-que-contaminam-a-comida-e-matam-pessoas-todos-os-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">qualidade alimentar na atualidade</a>. Em menos de um m&ecirc;s, o Trader Joe&rsquo;s fez quatro recalls de produtos aliment&iacute;cios por diferentes motivos. A rede pediu para consumidores descartarem determinados lotes de alimentos ou devolverem a loja para serem reembolsados.
Os recalls j&aacute; aconteceram por presen&ccedil;a de metal em bolachas, de pedras em cookies, de insetos em sopas e pela falta de an&uacute;ncio da presen&ccedil;a de leite em outros produtos. Os casos reacenderam a discuss&atilde;o sobre a contamina&ccedil;&atilde;o alimentar.
A maioria das grandes marcas de supermercados aproveitam sua capilaridade pelo pa&iacute;s para oferecer alimentos prontos. Para isso, terceirizam a sua produ&ccedil;&atilde;o e a log&iacute;stica de entrega, mesmo quando os produtos s&atilde;o de &ldquo;marca pr&oacute;pria&rdquo;. Estas cadeias mais longas de alimentos dificultam o controle de qualidade e aumentam o risco de contamina&ccedil;&atilde;o nos alimentos.
<h2>Tipos de contamina&ccedil;&atilde;o alimentar</h2>
Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecu&aacute;ria (Embrapa), a contamina&ccedil;&atilde;o alimentar pode ocorrer por tr&ecirc;s meios: biol&oacute;gico, f&iacute;sico ou qu&iacute;mico.
A contamina&ccedil;&atilde;o biol&oacute;gica engloba todos os outros tipos, mas al&eacute;m de ser causada por corpos estranhos f&iacute;sicos ou qu&iacute;micos, podem ser causados por elementos presentes no pr&oacute;prio alimento. Microrganismos utilizados para produzir itens como, queijos, coalhadas, p&atilde;es, salames e outros, podem ver uma multiplica&ccedil;&atilde;o das bact&eacute;rias caso sejam mal armazenados. Assim, bact&eacute;rias boas podem se tornar nocivas aos seres humanos dependendo das condi&ccedil;&otilde;es para sua multiplica&ccedil;&atilde;o.
A contamina&ccedil;&atilde;o qu&iacute;mica pode ser causada quando alimentos s&atilde;o expostos a agrot&oacute;xicos excessivos e n&atilde;o s&atilde;o devidamente lavados. Al&eacute;m disso, o contato com produtos de limpeza ou com outros produtos de processo industrial pode inserir toxinas e elementos qu&iacute;micos estranhos na comida.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/28/28202201452004.jpg" alt="Alimentos est&atilde;o em risco desde a colheita at&eacute; a chegada na mesa. (Fonte: GettyImages/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Alimentos est&atilde;o em risco desde a colheita at&eacute; a chegada na mesa. (Fonte: GettyImages/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Por fim, existe a contamina&ccedil;&atilde;o por meios f&iacute;sicos. Nesses casos, corpos estranhos externos aos alimentos entram em contato com estes e podem passar bact&eacute;rias e outros organismos nocivos. As contamina&ccedil;&otilde;es f&iacute;sicas podem acontecer nas mais diversas etapas da produ&ccedil;&atilde;o alimentar. No campo, o contato com roedores, insetos e at&eacute; com pedras pode ser um dos primeiros pontos de contamina&ccedil;&atilde;o. Por isso, seguir as orienta&ccedil;&otilde;es de coleta e armazenamento dos alimentos do campo &eacute; fundamental.
No transporte existe mais risco de contamina&ccedil;&atilde;o f&iacute;sica, seja pelo contato com outros tipos de alimentos ou pela falta de higiene nos equipamentos utilizados. Nas ind&uacute;strias de processamento aliment&iacute;cio, equipamentos sem a manuten&ccedil;&atilde;o adequada podem oferecer risco de contamina&ccedil;&atilde;o por metal e vidro. As equipes que manuseiam os alimentos tamb&eacute;m oferecem risco, caso n&atilde;o utilizem luvas, toucas e n&atilde;o fa&ccedil;am a higieniza&ccedil;&atilde;o correta.
Por fim, existem riscos na venda ou no preparo de alimentos. Os mercados precisam armazenar os produtos de modo que as embalagens n&atilde;o sejam violadas e os riscos seguem nos restaurantes ou no preparo em casa. Por isso, todo cuidado &eacute; pouco e seguir as normas dos &oacute;rg&atilde;os fiscalizadores &eacute; importante.
<h2>Futuro da alimenta&ccedil;&atilde;o</h2>
A praticidade, cada vez mais exigida no mundo moderno, causa outros riscos de contamina&ccedil;&atilde;o. A demanda por frutas descascadas e verduras e folhas cortadas e prontas para o consumo s&atilde;o uma delas. Este tipo de preparo deixa a comida muito mais suscet&iacute;vel a <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124880-6-alimentos-mais-propensos-a-causar-intoxicacao-alimentar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">contamina&ccedil;&atilde;o</a> por bact&eacute;rias como a Salmonella e E. coli. Isto por que as cascas atuam como uma barreira natural contra a invas&atilde;o destes organismos, e uma vez sem elas e com partes cortadas, as partes abertas de frutas e verduras tornam-se um local melhor para a alimenta&ccedil;&atilde;o e reprodu&ccedil;&atilde;o de fungos e bact&eacute;rias.
Todos esses casos trazem preocupa&ccedil;&atilde;o sobre o futuro da alimenta&ccedil;&atilde;o. A perda do contato com <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120416-siga-essa-dica-simples-para-manter-as-verduras-frescas-por-mais-tempo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">alimentos frescos</a> e a industrializa&ccedil;&atilde;o extrema da comida pode levar a cada vez mais surtos de contamina&ccedil;&atilde;o &mdash; e cada vez mais r&aacute;pidos e dif&iacute;ceis de serem identificados.

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Como ocorre a contaminação alimentar?

Imagem de É possível se bronzear apenas comendo cenouras? no megacurioso

Em vídeo que recentemente viralizou nas redes sociais, internauta afirma que é possível bronzear a pele através da ingestão de cenouras

De acordo com um vídeo recente que está circulando na internet, seria possível deixar a pele bronzeada sem absorver raios ultravioletas (UV). Para isso, as pessoas só teriam que comer três <a href="https://www.megacurioso.com.br/plantas-e-frutas/40569-voce-sabia-que-as-cenouras-eram-originalmente-roxas-.htm#:~:text=Curtiu%3F,roxas%20em%20alguns%20dos%20vegetais." rel="noopener noreferrer" target="_blank">cenouras</a> por dia para que elas consigam "brilhar de dentro para fora", como afirmou a usuária do TikTok @isabelle.lux.Então, será que isso é algo cientificamente comprovado? Um fato é que as cenouras contêm beta-caroteno, o pigmento que lhes confere sua coloração alaranjada. Caso uma pessoa consuma quantidades absurdas dessa substância, sua pele de fato poderia ver algumas transformações — o que não é necessariamente algo saudável. Entenda!<h2>Bronzeamento 'artificial'</h2><blockquote cite="https://www.tiktok.com/@isabelle.lux/video/7255811427246558507" class="tiktok-embed" data-video-id="7255811427246558507" style="max-width: 605px;min-width: 325px;"><section><a href="https://www.tiktok.com/@isabelle.lux?refer=embed" target="_blank" title="@isabelle.lux">@isabelle.lux</a> Carrots &gt;&gt;&gt;&gt;&gt; <a href="https://www.tiktok.com/tag/beautyfood?refer=embed" target="_blank" title="beautyfood">#beautyfood</a> <a href="https://www.tiktok.com/tag/beautyhacks?refer=embed" target="_blank" title="beautyhacks">#beautyhacks</a> <a href="https://www.tiktok.com/tag/carrottan?refer=embed" target="_blank" title="carrottan">#carrottan</a> <a href="https://www.tiktok.com/music/original-sound-7255811421215165227?refer=embed" target="_blank" title="? original sound - Isabelle ?? Lux">? original sound - Isabelle ?? Lux</a></section></blockquote>Como aprendemos ao longo de nossas vidas, o Sol é o grande responsável pelo <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/125215-qual-e-a-historia-do-bronzeamento-de-pele.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bronzeamento</a> da pele humana. Nesse sentido, os raios UV do tipo A e UVA são os principais responsáveis por essa transformação no nosso aspecto.&nbsp;O bronzeamento, na realidade, é uma defesa natural do nosso organismo à alta incidência solar, provocando maior produção de melanina. Por sua vez, a melanina, que é o pigmento natural da pele, é responsável pelo bloqueio das radiações UV em tal região do corpo. Assim, quanto maior for a nossa exposição ao Sol, maior a quantidade de melanina produzida e maior o bronzeado.E o que as cenouras têm a ver com isso? A resposta é: nada. Se você consumir mais de 30 mg/dia de beta-caroteno, a única coisa que você poderá desenvolver não é um bronzeado, mas sim carotenodermia. Esse é o nome científico para o consumo excessivo dessa substância, o que causa a descoloração amarela da pele.<h2>Riscos da carotenodermia</h2><blockquote class="twitter-tweet">We have recently updated our page on Carotenoderma, the yellow-orange discolouration of the skin due to carotenaemia. Read more: <a href="https://t.co/qfshF6wtLz">https://t.co/qfshF6wtLz</a> <a href="https://t.co/5iZyfcuGF5">pic.twitter.com/5iZyfcuGF5</a>— DermNet (@dermnetnz) <a href="https://twitter.com/dermnetnz/status/1438201433631993863?ref_src=twsrc%5Etfw">September 15, 2021</a></blockquote>Quando uma pessoa sofre de carotenodermia, sua pele recebe um pigmento amarelo/laranja que não é da mesma cor que você adquiriria com um bronzeado. Em geral, essa coloração estranha acaba ficando concentrada nas palmas das mãos, nas solas dos pés e nas linhas do sorrido próximas ao nariz.&nbsp;A carotenodermia geralmente ocorre em crianças pequenas e bebês. Esse problema ocasionalmente afeta adultos, embora só aconteça em circunstâncias excepcionais. Na literatura medicinal, é sabido o caso de um homem de 47 anos que pediu ajuda aos médicos após ter leves dores de estômago e a tal coloração estranha no corpo.Após uma série de questionamentos, o paciente confessou que ingeria entre 2,5 a 3 kg de cenouras por semana para emagrecer. Embora a transformação da coloração da pele soe como algo alarmante, sendo potencialmente confundida com icterícia, a carotenodermia geralmente é inofensiva e pode ser tratada com a suspensão de cenouras.Até onde se sabe, não é possível sofrer uma overdose de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/103868-quais-vitaminas-tomar-e-quais-evitar-para-ficar-mais-saudavel.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vitamina A</a> comendo apenas cenouras, mas há evidências de que os suplementos de caroteno aumentam o risco de câncer de pulmão em fumantes e ex-fumantes. Sendo assim, se você estiver procurando por um novo bronzeado, vale mais a pena passar algumas horas no Sol — com o auxílio de protetor solar — em vez de se entupir de cenoura durante sua semana.

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É possível se bronzear apenas comendo cenouras?

Imagem de 5 alimentos e bebidas que podem causar problemas de bexiga no megacurioso

Além do café, alguns outros alimentos e bebidas podem ser inimigos caso você esteja com problemas para urinar

<head></head><body>Quando se fala em alimentos, muitos de nós buscamos apenas os benefícios e malefícios deles. Mas, podemos acabar nos surpreendendo ao descobrir que alguns podem agravar, quase instantaneamente, determinados problemas de saúde, como aqueles associados à bexiga.Dessa forma, se você tem algum problema de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127228-afinal-sera-que-o-xixi-e-realmente-esteril.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">urina</a>, é bom saber de alguns alimentos que podem ser vilões ao entrar em seu corpo!<h2>1. Café</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/17/17231946457008.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Para quem tem problemas gástricos, o café possui cafeína e ácidos, algo que certamente pode se tornar um vilão para quem tem problema ao urinar. Entretanto, ele não precisa ser totalmente removido da sua dieta&nbsp;(a menos que prescrito por um médico), mas deve ser apreciado em doses bem modestas e sem repetições ao longo do dia."A cafeína é conhecida por ser diurética, o que significa que você vai produzir mais urina e fazer a bexiga trabalhar mais. Também foi observada como um item que aumenta a urgência de ir ao banheiro, dificultando o controle da bexiga", explicou a urologista Fenwa Milhouse ao site Huffington Post.<h2>2. Frutas cítricas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/17/17232255566009.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)A palavra "ácido" já apareceu como vilão da bexiga ao falarmos do café. Por isso, vamos dar continuidade em nossa lista mencionado as frutas cítricas como inimigas de quem tem problema no sistema urinário."Toranjas e laranjas, incluindo sucos dessas frutas, possuem altas doses de ácidos. Essa acidez pode causar irritação na bexiga e aumentar as dores nesse órgão para quem já tem algum problema", explicou Milhouse.<h2>3. Tomates</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/17/17232346493010.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Pode parecer curioso para alguns, mas <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/124368-voce-sabia-que-tomates-ja-foram-considerados-venenosos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tomates</a> também devem ser evitados em caso de problemas de bexiga. Aliás, o problema não está especificamente na fruta, mas em alimentos que a utilizam como base, como molhos prontos e ketchup.Para se ter uma ideia, o tomate cozido para a preparação de alguns produtos pode ser mais ácido que um refrigerante. Mas, caso ele seja consumido natural e fresco, se torna menos irritante para o órgão.&nbsp;<h2>4. Carnes processadas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/17/17232617878011.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Carnes no geral não costumam causar grandes desconfortos para a bexiga, mas o mesmo não pode ser dito de salsicha ou linguiça. Muito disso se deve ao fato desses alimentos trazerem nitrato, que é uma mistura de componentes de nitrogênio e oxigênio.Aliás,&nbsp;consumir algumas dessas carnes de forma exagerada pode, inclusive, causar câncer de bexiga, então esse tipo de alimento deve fazer parte de qualquer dieta com bastante moderação.<h2>5. Refrigerante</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/17/17232731779012.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Por fim, vamos fechar a nossa relação com refrigerantes, que por conta de toda a concentração de seus ingredientes pode ser uma verdadeira bomba para a bexiga.Um dos principais problemas dos refrigerantes é a cafeína em sua composição, o que já é um ingrediente diurético capaz de causar desidratação e concentrar a urina. Isso sem falar no açúcar, que pode aumentar a acidez da urina e até mesmo causar infecções na bexiga.</body>

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5 alimentos e bebidas que podem causar problemas de bexiga

Imagem de 5 benefícios de se seguir uma dieta mediterrânea no megacurioso

A ciência comprova: comer como as pessoas que vivem próximas ao mar Mediterrâneo faz a gente viver mais e melhor

<head></head><body>Há um bom tempo que se sabe que a chamada <a href="https://www.megacurioso.com.br/nutricao-e-saude/84907-dieta-mediterranea-e-benefica-para-baixar-o-colesterol-ruim.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dieta mediterrânea</a> é altamente benéfica à saúde. Basicamente, esta dieta replica o tipo de alimentação praticado na região banhada pelo mar Mediterrâneo, que compreende o sul da Espanha, o sul da França, Itália e Grécia.A ciência comprova que os hábitos dessas populações são capazes de trazer resultados incríveis à saúde. A dieta envolve o consumo de frutas e vegetais frescos, grãos integrais, peixes, gorduras saudáveis e até vinho. Além disso, as pessoas desses locais também <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117488-confira-4-beneficios-de-dormir-bem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dormem bem</a>, praticam exercícios e costumam ter uma grande quantidade de sociabilidade em suas vidas.Compartilhamos 5 benefícios comprovados cientificamente para quem resolve começar a comer como estes europeus.<h2>1. Menos risco de câncer</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/23/23114254768103.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Um estudo buscou verificar os efeitos da dieta mediterrânea em populações localizadas fora do seu contexto original. No Reino Unido, por exemplo, um grupo foi acompanhado enquanto adotava as práticas associadas à região mediterrânea, como o alto consumo de vegetais, limitação de sal e açúcar e uma boa quantidade de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124264-5-mitos-famosos-a-respeito-do-sono.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sono</a>.Os resultados dessa pesquisa mostraram que o grupo teve um risco de mortalidade 29% menor por causas em geral, e uma probabilidade 28% menor de mortes por <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/125518-5-grandes-avancos-historicos-na-luta-contra-o-cancer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">câncer</a>, em relação a quem não seguia a dieta.“Este estudo sugere que é possível que populações não mediterrâneas adotem a dieta usando produtos disponíveis localmente e adotem o estilo de vida mediterrâneo em geral dentro de seus próprios contextos culturais”, afirmou a pesquisadora Mercedes Sotos Prieto, da Universidad Autónoma de Madrid, que é uma das autoras do projeto.<h2>2. Melhora na pressão arterial</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/23/23114346271106.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)A hipertensão é um dos problemas de saúde mais associados a mortes por <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/127030-quantos-passos-por-dia-temos-que-dar-para-reduzir-o-risco-de-morte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">doenças cardiovasculares</a>. Um artigo publicado em 2020 examinou quais seriam os efeitos de uma dieta mediterrânea na pressão arterial, e por fim chegou a uma conclusão incrível: quem aderia estritamente a este tipo de alimentação diminuía em 36% o risco de desenvolver hipertensão.<h2>3. Efeitos na disfunção erétil</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/23/23114453930110.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)A <a href="https://www.megacurioso.com.br/sexo/102634-disfuncao-eretil-tem-a-ver-com-excesso-de-pornografia-nao-e-bem-assim.htm#:~:text=Nesse%20pequenino%20grupo%2C%20os%20cientistas,pornografia%20ter%C3%A3o%20dificuldades%20de%20ere%C3%A7%C3%A3o." rel="noopener noreferrer" target="_blank">disfunção erétil</a>, presente nos homens, é um problema que costuma ser causado por mudanças no fluxo sanguíneo. Portanto, quem tem hipertensão está duas vezes mais propenso a desenvolver algum tipo de disfunção erétil.Uma pesquisa feita em 2021 buscou então verificar como a alimentação mediterrânea poderia impactar nesta questão. “Em nosso estudo, o consumo de uma dieta mediterrânea foi associado a uma melhor capacidade de exercício, artérias e fluxo sanguíneo mais saudáveis, níveis mais altos de testosterona e melhor desempenho erétil. Parece plausível que esse padrão alimentar possa melhorar o condicionamento físico e o desempenho erétil, melhorando a função dos vasos sanguíneos e limitando a queda de testosterona que ocorre na meia-idade”, explicou o médico Athanasios Angelis, um dos autores.<h2>4. Menor risco de desenvolver demência</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/23/23114530055111.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Há muita pesquisa sendo feita em relação à prevenção da <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124381-demencia-frontotemporal-de-bruce-willis-e-uma-variacao-comum-da-doenca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">demência</a>, que ainda é um problema que atinge muitas pessoas à medida que ficam idosas. Investigadores descobriram que a dieta mediterrânea pode ser um fator ligado à diminuição de risco de desenvolver algum tipo de demência."Usando dados de mais de 60 mil participantes, demonstramos que uma maior adesão à dieta está associada a um menor risco de incidente de demência por todas as causas. Os participantes que mais aderiram à alimentação mediterrânea tiveram um risco 23% menor de desenvolver demência em comparação com aqueles com o menor nível de adesão", apontaram os autores do estudo.<h2>5. Benefícios durante a gravidez</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/23/23114620198115.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Um estudo feito em 2022 descobriu que grávidas que seguiam uma alimentação mediterrânea tinham menos risco de apresentar pré-eclâmpsia e <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121392-6-fatos-surpreendentes-sobre-a-gravidez-que-voce-nao-sabia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">diabetes gestacional</a>. Essa associação foi ainda mais positiva em mulheres grávidas com mais de 35 anos.“Este estudo multicêntrico de base populacional valida que um padrão alimentar mais saudável está associado a um menor risco de desfechos adversos da gravidez, sendo o melhor resultado um risco 28% menor de pré-eclâmpsia. É importante ressaltar que essa conexão entre a dieta mediterrânea e o menor risco de resultados adversos da gravidez foi observada em uma população geográfica, racial e etnicamente diversa", afirmou a pesquisadora Natalie Bello, uma das autoras desta pesquisa.</body>

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5 benefícios de se seguir uma dieta mediterrânea

Imagem de 5 mitos e verdades sobre a desidratação no megacurioso

Confira aqui se algumas ideias bastante difundidas sobre a desidratação são reais ou não passam de conceitos espalhados de maneira errônea

<head></head><body><a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122421-como-saber-se-voce-esta-bebendo-muita-agua.htm#:~:text=Os%20sintomas%20de%20que%20isto,causando%20uma%20situa%C3%A7%C3%A3o%20chamada%20hiponatremia." rel="noopener noreferrer" target="_blank">Beber água</a> é uma tarefa importante para qualquer ser vivo que habita o nosso planeta. Entretanto, há alguns conceitos espalhados entre as pessoas sobre essa prática que nem sempre se comprovam verdadeiros.Por exemplo: será que você realmente precisa beber oito copos de água por dia? Café pode fazer com que seu corpo fique desidratado?Confira a seguir alguns mitos e verdades sobre a desidratação.<h2>1. Mito: beber oito copos de água por dia</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/13/13151741004005.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Você certamente já deve ter ouvido alguém dizer por aí que uma pessoa saudável precisa beber oito copos de água por dia. Porém, isso serve apenas como uma espécie de parâmetro, já que vários outros fatores devem ser considerados.Apenas para citar alguns exemplos:<ul><li>Você certamente não deve beber apenas oito copos de água em um dia de calor;</li><li>Se você pratica atividades físicas, certamente vai precisar se hidratar bem mais do que isso;</li><li>Uma mulher que está gestando um bebê ou em período de amamentação também deve beber bem mais água que apenas oito copos.</li></ul>Por conta disso, o ideal é seguir o que recomendado por médicos caso você tenha alguma necessidade e lembrar-se de hidratar seu corpo sempre que necessário, especialmente em dias de verão.<h2>2. Mito: café provoca desidratação</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/13/13151852580006.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Amantes de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124296-por-que-o-cafe-ja-foi-banido-varias-vezes-ao-longo-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">café</a> possivelmente já foram criticados em algum momento por alguém que disse algo do tipo "beber café vai te deixar desidratado". É verdade, essa bebida de fato possui um efeito diurético e vai aumentar a produção de urina, mas é preciso lembrar de algo muito importante: café também é feito com água.O que é preciso ficar de olho é no uso de suplementos que contenham cafeína ou beber quantidades exageradas de café ao longo do dia. Se isso acontecer, aí de fato você vai precisar se hidratar bem mais para não ter nenhum problema, mas consumir uma xícara ou outra da bebida ao longo do dia passa longe de ser uma ameaça.<h2>3. Verdade: bebidas esportivas ajudam na hidratação</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/13/13152004374007.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Quem pratica esportes com frequência certamente já usou alguma bebida específica para ajuda a se manter hidratado e especialmente repor os eletrólitos perdidos ao fazer sua corrida ou outra atividade. E, de fato, esses líquidos especiais ajudam bastante na reposição de minerais e na hidratação.Vale mencionar ainda que, caso não seja uma pessoa que pratica muita atividade física, a boa e velha <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124704-por-que-beber-agua-pode-ajudar-a-retardar-o-envelhecimento.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">água</a> já é o bastante para se manter hidratado.<h2>4. Verdade: sede já é um sinal de desidratação</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/13/13152103841008.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Muitas pessoas interpretam a sede apenas como um sinal de que o corpo precisa de água, mas, na verdade, isso já é um indicativo de que você já está desidratado.Esse alerta deve ser levado em consideração especialmente se você pratica alguma atividade física ou em dias mais quentes, já que sede é o primeiro alerta emitido pelo nosso corpo de que a barrinha de hidratação começou a ficar desregulada. Por conta disso, o ideal é beber água em intervalos regulares.<h2>5. Mito: beber muita água faz mal</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/13/13152151974009.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Bem, já tivemos notícias de pessoas que beberam água em excesso durante o dia e passaram mal, mas não há nenhum problema em beber 14 copos de água por dia, por exemplo (especialmente no calor).No fim das contas, o que vale é ficar de olho nos excessos, já que&nbsp;muita água no corpo vai acabar diminuindo os níveis de sódio e outros eletrólitos, além de ocasionar problemas como náusea, dores de cabeça e fadiga. Dessa forma, basta ficar atento aos sinais que o seu próprio corpo emite para saber se está exagerando na hidratação.</body>

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5 mitos e verdades sobre a desidratação

Imagem de O segredo do fast food: o que torna esses alimentos tão viciantes? no megacurioso

O motivo pelo qual você não consegue parar de comer fast food é porque ele é feito para ser 'perfeito'

<head></head><body>“Amo muito tudo isso”, dizia o slogan&nbsp;de 2003 da rede de fast food&nbsp;McDonald’s. E faz sentido, afinal são cerca de 84,8 milhões de adultos comendo fast food&nbsp;todos os dias só nos Estados Unidos, de acordo com um levantamento do Centro Nacional de Estatísticas de Saúde do Centro de Controle de Doenças (CDC).Em 2021, a indústria de fast food&nbsp;foi avaliada em cerca de US$ 647,7 bilhões e estima-se que atinja aproximadamente US$ 998 bilhões até 2028. Não é por acaso que existem mais de 541 mil restaurantes do tipo pelo mundo, sendo que 40 mil deles pertencem ao McDonald’s.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/10/10155240180275.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)O que é irônico, porém, é que poucas pessoas param para se questionar por que “amam muito tudo isso”. O que faz um lanche do McDonald’s ou do Burger King tão irresistíveis? Por qual motivo, mesmo com a barriga cheia, você já se pegou desejando comer mais? O que há por trás do excesso de desejo e bem-estar que esse tipo de comida causa? O que nos faz comer compulsivamente alimentos que sabemos que nos fazem mal?A resposta é simples, mas pouco difundida: a comida do fast food é projetada para ser perfeita.<h2>O produto ideal</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/10/10155420945281.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Não é novidade para ninguém que a indústria alimentícia controla a sociedade igual uma entidade governamental, com suas alavancas capitalistas que impulsionam tudo e a todos para o consumismo desenfreado. Ela exerce influência significativa sobre o bem-estar, hábitos alimentares, escolhas de consumo, economia e até mesmo a política, sustentando um lobby poderoso que dita todos os passos que o mercado precisa dar.Foi aqui que vimos como nos tornamos reféns dos alimentos <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/126786-ultraprocessados-como-nos-tornamos-refens-de-uma-alimentacao-nociva.htm#:~:text=Um%20relat%C3%B3rio%20de%202021%20do,est%C3%A3o%20com%20sobrepeso%20ou%20obesos." rel="noopener noreferrer" target="_blank">ultraprocessados</a> e como o excesso desses produtos nas prateleiras contribui para empurrar a população para um cadafalso alimentício. Mas não chegamos a falar o porquê continuamos desejando ir até a última batata frita da embalagem, tampouco se isso é culpa de pessoas como Howard Moskowitz.Formado em matemática no Queens College e em psicologia experimental em Harvard, Howard desenvolveu o conceito de como criar versões ideais de produtos alimentícios com base nas preferências individuais dos consumidores, um mecanismo que ele chamou de “otimização hedônica de alimentos”.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/10/10155601211285.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Na década de 1980, Howard foi responsável por fazer a empresa Campbell Soup Company alcançar US$ 600 milhões em receita ao reformular o molho de tomate da marca Prego. Na época, o produto estava perdendo aderência entre os consumidores devido à grande competição do mercado, então o cientista conduziu experimentos com milhares de pessoas para tentar determinar qual fórmula agradaria a todos.No entanto, Howard concluiu que a diversificação de produtos poderia ser mais eficaz do que a busca por uma solução única, assim introduzindo várias versões do molho de tomate, com sabor adicional de cebola, cogumelos e ervas, por exemplo. Essa estratégia levou à expansão estratosférica da empresa no mercado, alcançando diferentes preferências.Se hoje os norte-americanos se esbaldam ainda mais em Dr. Pepper, o refrigerante mais antigo dos EUA, é porque as mãos de Howard passaram por ele. Em 2015, a empresa Keuring Dr. Pepper chamou o cientista para elaborar a fórmula do seu novo sabor de cereja e baunilha. O produto começou com 59 variações de doçura, submetidas a mais de 3 mil testes de sabor pelo país. Ao colher os resultados, Howard fez sua mágica matemática para descobrir qual seria a quantidade de açúcar ideal para o refrigerante.<h2>O ponto da felicidade</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/10/10155834855289.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)E isso é a síntese perfeita do que se trata a engenharia de alimentos, uma área que não só lida com o processamento, qualidade e segurança dos alimentos, mas envolve a pesquisa e desenvolvimento de novas formulações, considerando sabor, textura, valor nutricional e apelo ao consumidor.No competitivo mercado alimentício, a satisfação é o único sentimento que o marketing não consegue comprar dos seus consumidores. Por essa razão, quando o jornalista britânico Malcolm Gladwell disse que Howard foi "a pessoa que mais fez para tentar deixar felizes todos os norte-americanos", ele não estava exagerando.A indústria normalmente busca atender algumas preferências, encontrando sabores ou texturas que alcancem um número razoável de pessoas. Howard, porém, preferiu estender suas pesquisas para satisfazer a maioria. Assim, ele desenvolveu o conceito de “ponto da felicidade”, um método que busca encontrar o ponto ideal para agradar diferentes segmentos de consumidores em relação a um determinado produto.Sua abordagem permitiu que as empresas diversificassem a oferta do mesmo produto ao criar diferentes versões dele, visando atender a essas preferências específicas. Em meados de 1970, Howard foi contratado pela PepsiCo para ajudá-los a alcançar um público maior com seu refrigerante. Foi dessa forma que surgiram variações da bebida, como a Pepsi Diet&nbsp;e Pepsi Light.<h2>O ciclo da mente viciada</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/10/10160257132292.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)O problema é que esse mecanismo é responsável por viciar as pessoas em alimentos que não são nada saudáveis. O ponto da felicidade desencadeia vias de recompensa no cérebro incentivando a sinalização de dopamina, um neurotransmissor envolvido em sentimentos de euforia, felicidade, motivação e prazer. Uma vez que os alimentos são confeccionados com altas cargas de dopamina, as pessoas continuam voltando para mais. Aos poucos, isso constrói uma mente viciada, perpetuando um ciclo de desejo de comer mais fast food, ganhar peso, e comer de novo.O psiquiatra Judson Brewer disse, em sua palestra no TED Talks, que esse ciclo acontece a partir da memória de dependência. O cérebro lembra de quais ações nos faz sentir bem, como comer chocolate. Após repetir o processo o suficiente, essa ação se torna um hábito tão inerente à mente que nada além de uma reeducação alimentar consegue mudar.Por isso há uma linha muito tênue entre aproveitar o sentimento que a comida pode oferecer e engatar em um ciclo de hábitos não saudáveis com alimentos que atingem em excesso o nosso ponto da felicidade.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/10/10160350760293.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Em um estudo de 2010 feito com camundongos que comeram açúcar e gorduras separadamente, os pesquisadores Johnson e Kenny descobriram que o cérebro envia mensagens sinalizando que o estômago já está cheio. No entanto, quando esse excesso de açúcar é combinado com componentes que atingem o ponto da felicidade, seus receptores são sobrecarregados, impedindo o cérebro de dizer que o corpo já está satisfeito. Com isso, quanto mais alimentos os ratos ingeriam, mais eles tinham que comer para obter o mesmo prazer da próxima vez.E antes que você se pergunte: sim, nós somos esses ratos vivendo em loops&nbsp;de desejo por uma comida que não é saudável. Em todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde, mais de 1 bilhão de pessoas têm obesidade, sendo que 650 milhões são adultas, 340 milhões são adolescentes e 39 milhões são crianças.Em 2022, o Australian Dietary Guidelines&nbsp;apontou em sua pesquisa que adolescentes australianos com idades entre 14 e 18 anos obtêm mais de 40% de sua energia diária de alimentos fast food. Vale considerar, porém, que estamos falando de alimentos discricionários, ou seja, que não são necessários para satisfazer as necessidades nutricionais do corpo e não pertencem aos cinco grupos alimentares.Ou seja, eles estão comendo porque não conseguem mais parar, mas Howard Moskowitz e qualquer outro cientista alimentar têm pouca ou quase nenhuma culpa nisso. Eles apenas usam a ciência a seu favor para o progresso, como acontece em qualquer ramo.&nbsp;Além disso, as pesquisas já mostraram que a maioria das pessoas ingere fast food&nbsp;em excesso não pelo sabor, mas por ser barato e conveniente. Um relatório do CDC disse que esse consumo diminui com a idade, resta saber a que preço.</body>

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O segredo do fast food: o que torna esses alimentos tão viciantes?

Imagem de Qual a relação entre a longa vida dos esquimós e o ômega 3? no megacurioso

Estudos provaram que os povos do Polo Norte vivem mais por conta de uma dieta rica em ômega 3, vinda dos peixes e algas

Talvez voc&ecirc; n&atilde;o saiba, mas os inu&iacute;tes (os povos ind&iacute;genas que habitam o extremo norte do planeta) s&atilde;o conhecidos por sua longevidade. Este fato chamou a aten&ccedil;&atilde;o de alguns pesquisadores ainda nos anos 1970, que resolveram investigar o que fazia com que eles vivessem com sa&uacute;de por tanto tempo.
O que eles descobriram &eacute; que a resposta estaria na dieta destes povos, baseada em peixes e gorduras de animais mar&iacute;timos. O consumo destes alimentos, que s&atilde;o ricos em <a href="https://www.vhita.com.br/products/omega-3-capsulas?utm_source=nzn&amp;utm_medium=nzn&amp;utm_id=nzn" target="_blank">&ocirc;mega 3</a>,&nbsp;teria rela&ccedil;&atilde;o com a baixa incid&ecirc;ncia de doen&ccedil;as coron&aacute;rias e de mortes associadas a elas entre os inu&iacute;tes.
Isso levou ao aumento de estudos sobre o &ocirc;mega 3, um tipo de gordura que o corpo humano n&atilde;o &eacute; capaz de produzir, mas que &eacute; extremamente ben&eacute;fico para a nossa sa&uacute;de. Os &aacute;cidos graxos presentes neste &oacute;leo s&atilde;o muito importantes para a prote&ccedil;&atilde;o do cora&ccedil;&atilde;o, e se tornam ainda mais potentes quando s&atilde;o associados com h&aacute;bitos saud&aacute;veis &ndash; como a pr&aacute;tica de exerc&iacute;cios e a nutri&ccedil;&atilde;o equilibrada.
Saiba mais sobre como o &ocirc;mega 3 &eacute; um grande aliado para quem quer levar uma vida plena.
<h2>Os benef&iacute;cios do &ocirc;mega 3</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/14/vitha-14164701182433.jpg" alt="vitha" />(Fonte: GettyImages/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Desde que os primeiros pesquisadores descobriram a rela&ccedil;&atilde;o entre o &oacute;leo vindo dos peixes com a sa&uacute;de do cora&ccedil;&atilde;o, muitos outros estudos foram feitos para analisar os poderes desta subst&acirc;ncia. E o que se verificou foi surpreendente.
O uso de suplementa&ccedil;&atilde;o de &ocirc;mega 3 tem rela&ccedil;&atilde;o comprovada com a diminui&ccedil;&atilde;o de problemas cardiovasculares, incluindo ataques card&iacute;acos. J&aacute; um estudo de 2010 mostrou que esta pr&aacute;tica tamb&eacute;m traz melhorias na sa&uacute;de do c&eacute;rebro: o consumo de &aacute;cido docosahexaenoico (DHA), um tipo de &ocirc;mega 3, pode ter um efeito protetor contra o decl&iacute;nio cognitivo que tende a acontecer com o envelhecimento.
A rela&ccedil;&atilde;o com o c&eacute;rebro &eacute; ainda mais profunda, e envolve tamb&eacute;m a sa&uacute;de mental como um todo. Uma pesquisa publicada em 2019 analisou estudos cl&iacute;nicos sobre a suplementa&ccedil;&atilde;o de &ocirc;mega 3 em pacientes com depress&atilde;o. Os resultados sugerem que a subst&acirc;ncia teve efeitos antidepressivos bastante significativos, al&eacute;m de trazer benef&iacute;cios a pessoas com transtorno de ansiedade.
Conforme um estudo conduzido na Espanha, o &oacute;leo tamb&eacute;m ajuda a diminuir o risco de acidentes vasculares cerebrais. A pesquisa analisou os efeitos de uma dieta mediterr&acirc;nea rica em azeite de oliva extravirgem e nozes, que s&atilde;o tamb&eacute;m ricos em &ocirc;mega 3. O que se verificou &eacute; que as pessoas acompanhadas nesta an&aacute;lise tiveram uma redu&ccedil;&atilde;o significativa neste risco em rela&ccedil;&atilde;o ao grupo de controle da pesquisa.
<h2>Como consumir o &ocirc;mega 3?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/14/vitha-14164745158434.jpg" alt="vitha" />(Fonte: GettyImages/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O &ocirc;mega 3 &eacute; naturalmente encontrado em alguns alimentos. Os peixes, principalmente os de &aacute;guas frias (como sardinha, salm&atilde;o, cavala e arenque) possuem formas ativas da subst&acirc;ncia em sua carne. O &oacute;leo tamb&eacute;m aparece em alimentos de origem vegetal, como algas, nozes, chia e linha&ccedil;a, na forma de &aacute;cido linol&ecirc;nico.
O consumo frequente destes alimentos &eacute; uma boa forma de garantir &ocirc;mega 3, mas nem sempre &eacute; poss&iacute;vel ingerir na quantidade necess&aacute;ria &mdash; afinal, ningu&eacute;m consegue consumir tanto peixe quanto os inu&iacute;tes! Por isso, a <a href="https://www.vhita.com.br/products/omega-3-capsulas" target="_blank" rel="sponsored">suplementa&ccedil;&atilde;o de &ocirc;mega 3</a> &eacute; uma forma simples e eficiente de garantir que voc&ecirc; obtenha todos os benef&iacute;cios desse &oacute;leo valioso e fundamental para a sa&uacute;de. &Eacute; uma das maneiras mais inteligentes de agir hoje mesmo em prol de uma vida longa e feliz.
Agora que voc&ecirc; j&aacute; conhece todo o poder do &ocirc;mega 3 e da relev&acirc;ncia da suplementa&ccedil;&atilde;o, vale conferir os produtos da Vhita, que distribui vitaminas e suplementos para ampliar a sa&uacute;de, o bem-estar e a vitalidade da popula&ccedil;&atilde;o.
*Este &eacute; um conte&uacute;do patrocinado por Vhita.

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Qual é a relação entre a longa vida dos inuits e o ômega 3?

Imagem de Ultraprocessados: como nos tornamos reféns de uma alimentação nociva? no megacurioso

Anualmente, 57 mil pessoas no Brasil morrem por ingerir alimentos ultraprocessados

<head></head><body>Não temos mais tempo. Uma pesquisa do Bureau of Labor Statistics mostrou que 39% da população dos Estados Unidos passou seu tempo livre trabalhando em 2020, em comparação com 43% das pessoas de 2019. Em uma entrevista ao Gettysburg College, a escritora Annie Dillard afirmou que o trabalho tem um enorme impacto na qualidade de vida e no nosso tempo.Consequentemente, na maioria dos casos, isso significa que apelamos ainda mais para uma alimentação nada saudável. Um relatório de 2021 do The Global Nutrition Report (GNR) revelou que 48% da população mundial sofre de má nutrição relacionada a uma dieta recheada de alimentos ultraprocessados. A análise também descobriu que 40% dos adultos (2,2 bilhões de pessoas) estão com sobrepeso ou obesos. As "mortes evitáveis", oriundas de dietas pobres, cresceram 15% desde 2010, se tornando agora responsáveis por um quarto de todas as mortes de adultos.Pode parecer exagero dizer que faz mal optar por um miojo ou hambúrguer de fast food durante o horário de almoço, mas eles são responsáveis por matar em média 57 mil pessoas por ano no Brasil, conforme um estudo feito pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Universidade de São Paulo (USP) e Universidad de Santigo de Chile.O que vale ressaltar, porém, é que a presença cada vez maior desse tipo de alimento em nosso cotidiano não é culpa da falta de tempo, mas de uma verdadeira tirania imposta pela indústria alimentícia de ultraprocessados.<h2>Appert: o precursor</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/17/17111819648125.jpg" alt="(Fonte:GettyImages/Reprodução)">(Fonte:GettyImages/Reprodução)Alimentos processados fazem parte da dieta humana há pelo menos 250 mil anos, quando começamos a usar o fogo para cozinhar, melhorando a digestibilidade e a palatabilidade dos alimentos e dando mais segurança para quem os ingere. O homem pré-histórico percebeu que a comida durava mais quando cozida, podendo ser armazenada por alguns dias dependendo do seu tipo.As civilizações antigas descobriram o sal como o primeiro tipo de conservante considerado essencial. Alimentos em salmoura ou defumados foram cruciais, principalmente para os soldados em guerra e durante quebras de safras ou fenômenos da natureza, como nevascas.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/17/17112004029127.jpg" alt="Nicolas Appert. (Fonte: GettyImage/Reprodução)">Nicolas Appert. (Fonte: GettyImage/Reprodução)Técnicas de conserva, salga, defumação, fabricação de queijo, panificação e até secagem ao sol, que envolviam mudanças químicas e enzimáticas básicas na estrutura dos alimentos quando estavam em sua forma natural, prevaleceram praticamente inalteradas até o início da Revolução Industrial.Apesar de os processos industriais terem alavancado o conceito dos alimentos processados, foi a máquina da guerra, mais uma vez, que deu início a tudo. Em 1804, durante as Guerras Napoleônicas, o inventor francês Nicolas Appert criou a primeira técnica de engarrafamento hermético de alimentos, visando atender às necessidades das tropas francesas. Nove anos mais tarde, o comerciante inglês Peter Durand sofisticou o método ao registrar a primeira patente para a conserva de alimentos em latas.<h2>A onda</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/17/17112220784133.jpg" alt="(Fonte:GettyImages/Reprodução)">(Fonte:GettyImages/Reprodução)A indústria dos alimentos processados precisou encontrar com a estrutura social e o período bélico de 1900 para finalmente entrar no caminho que conhecemos hoje. Na primeira metade do século XX, a ideia que se tinha da mulher americana ideal era que ela fosse mãe e dona de casa em tempo integral, criando os filhos com excelência, fornecendo o apoio emocional necessário aos seu marido, contribuindo para a sociedade, e dando conta dos afazeres domésticos – inclusive o ato de cozinhar.Em comitês e assembleias populares, elas declararam que estavam cansadas de preparar refeições do zero e a indústria alimentícia escutou a queixa como uma oportunidade de facilitar essa tarefa, impulsionando para o mercado alguns tipos de alimentos enlatados e congelados muito utilizados durante a Primeira Guerra Mundial. Em resposta, o setor industrial lançou ao mercado fogões a gás, geladeiras elétricas modernizadas e outros utensílios eletrodomésticos que otimizariam o tempo e custo das pessoas. Era uma mão lavando a outra.A segunda onda de inovação aconteceu no pós-guerra modernizado de 1945 a 1991, trazendo a fabricação de alimentos em massa considerados “mais tecnológicos”, ideais para uma sociedade consumista que se estabelecia em um mundo mais desenvolvido. Foi assim que surgiram os ultraprocessados. Diante de bolachas recheadas e embutidos, o setor industrial precisou responder na mesma intensidade, lançando de micro-ondas a liquidificadores. Tudo isso constituiu o que conhecemos hoje como “culinária de conveniência”.<h2>Morrendo pela boca</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/17/17112444016135.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)E é aqui que precisamos estabelecer um limite. Por muito tempo, nós processamos alimentos, e isso significa que mudamos seu estado in natura&nbsp;para prolongar sua vida útil, tornando-o seguro para armazenar ou comer. Em muitos casos, esse método, do enlatamento à fermentação, aumenta o valor nutricional e até melhora o sabor do alimento.Por outro lado, os alimentos ultraprocessados são feitos com métodos e ingredientes em escala industrial, projetados apenas para serem extremamente saborosos e convenientes para consumo. Contendo altas concentrações de corantes, estabilizantes, realçadores de sabor, emulsificantes e agentes antiespumantes, os ultraprocessados carregam alto teor em gorduras, açúcares e sódio.É um consenso científico que esse tipo de alimento não tem nenhum valor nutricional e que está associado a uma verdadeira epidemia de Doenças Crônicas Não-Transmissíveis (DCNTs), dentre as quais se destacam o infarto, câncer, hipertensão arterial e diabetes. Bolacha, pizza congelada, salsicha, refrigerante, sorvete e produtos de panificação estão associados às 57 mil mortes no Brasil em 2019, sendo que apenas 16% dos brasileiros os consome, em comparação a 60% dos norte-americanos.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/17/17112522350139.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)O American Journal of Preventive Medicine descobriu que as bebidas açucaradas estão associadas a cerca de 184 mil mortes globais de adultos a cada ano. O estudo, publicado em setembro de 2022, também encontrou uma associação significativa entre alimentos ultraprocessados e risco de câncer colorretal. Os homens que consumiram taxas mais altas desses alimentos têm 30% de chance de desenvolver a doença.Mas não estamos aqui para fechar os olhos para o papel importante que os alimentos ultraprocessados desempenham em uma sociedade desigual, em que os 10% mais ricos do mundo ganham 52% da renda mundial, enquanto os 50% mais pobres recebem apenas 8,5% do total, mas para lembrar que sua atuação é uma pedra angular.Em países subdesenvolvidos com maior índice de pobreza, apesar de os ultraprocessados não estarem presentes em larga escala, são considerados a única opção de uma alimentação minimamente decente, sobretudo nos centros urbanos, onde é mais difícil ou não há acesso a alimentos produzidos localmente.O problema é que a indústria alimentícia ocupou toda a disponibilidade de alimentos saudáveis com seus preços baixos, marketing e técnicas obscuras de produção para fazer as pessoas continuarem comprando e comendo ultraprocessados. Isso não só gera uma falsa sensação de status como de exposição a diferentes culturas e culinárias. Afinal, quem nunca se sentiu próximo da Coreia do Sul ao comprar um pote de topokki, o típico bolo de arroz cozido?<h2>A máfia da comida</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/17/17112606627141.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)No estudo “A concentração de nutrientes nos alimentos é um comportamento universal”, publicado na Nature Food, os pesquisadores Giulia Menichetti e Albert Barabási construíram um banco de dados contendo mais de 50 mil itens alimentares da rede de supermercados Walmart, Target e Whole Food Market. Eles descobriram que 73% da oferta de alimentos nos EUA são de ultraprocessados, sendo que estes são em média 52% mais baratos do que alternativas menos processadas.Nos EUA e em países da Europa, o excesso de espaço dos ultraprocessados pode ter nascido de uma cultura. “No Brasil, não importa se você é rico ou pobre, você cresce comendo arroz e feijão. O problema para vocês, no Reino Unido, é que não sabem o que é o seu arroz e feijão”, disse Carlos Augusto Monteiro Lobo, o pesquisador brasileiro responsável pela classificação NOVA de alimentos, em matéria ao The Guardian.E ele não está errado. Nesses países, a relação com os ultraprocessados é extensa e remonta a tantas décadas que os produtos já se tornaram o que chamam de soul food. Desde a infância, as pessoas crescem comendo panquecas processadas da marca Findus a milkshakes Angel Delight, cumprindo o desejo sádico das empresas: criar raízes.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/17/17112836426142.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Desse modo, as alavancas capitalistas da indústria de ultraprocessados facilmente derrubam das mãos do consumidor opções saudáveis. Ao analisar um grupo de estudo de Maryland, o pesquisador de nutrição Kevin Hall descobriu que o cidadão médio chega a gastar 40% a mais em suas compras para uma dieta livre de ultraprocessados.Já ficou mais do que claro que essa tática da indústria é infalível, e quem se opõe a ela está sujeito a retaliação, como aconteceu com Monteiro, que foi fortemente perseguido e contestado apenas por disseminar o quanto esses alimentos são nocivos à saúde. Até porque, em termos econômicos, a palavra "conscientização" pode implicar em queda na aderência dos produtos e transformações que custariam caro ao setor.Em 2014, após o número de jovens adultos obesos ter dobrado entre 2002 e 2013 no Brasil (indo de 7,5% para 17,5% da população), o governo instaurou campanhas e diretrizes radicais para conscientizar o país a comer alimentos mais saudáveis e evitar qualquer tipo de processado, ao menos ao longo da semana.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/17/17121140473167.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Se isso tivesse adiantado, segundo o estudo da USP, Unifesp e Universidad de Santiago de Chile, mais de 57 mil pessoas não morreriam por ano até hoje em decorrência do consumo desenfreado de ultraprocessados. Na visão dos especialistas, o problema do país é que, apesar de suas campanhas informativas, ele acumula um histórico de prioridades erradas, como conceder subsídios e incentivos fiscais que barateiam os produtos industrializados, enquanto dá pouco suporte à produção de frutas e legumes.Victor Aguayo, chefe de nutrição da Unicef, disse que há uma necessidade urgente em mudar o ambiente alimentar para tornar as opções saudáveis fáceis, acessíveis e disponíveis. Mas como fazemos isso quando a atuação do poder público de vários países não facilita pesquisas sobre os perigos dos ultraprocessados e falha em melhorar a qualidade da alimentação, simplesmente porque estão sob a sombra de um setor que, só no Brasil, gera 2 milhões de empregos em toda sua cadeia e recolhe R$ 16 bilhões em impostos?</body>

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Ultraprocessados: como nos tornamos reféns de uma alimentação nociva?

Imagem de Os 6 melhores alimentos para o cérebro no megacurioso

Para turbinar a concentração, a memória e mandar o mau humor para longe, escolher os alimentos certos é o primeiro passo

<head></head><body>Para quem está em busca de obter benefícios específicos para o cérebro, por mais que uma dieta equilibrada seja fundamental, investir no consumo de determinados alimentos é o que pode fazer toda a diferença na rotina, seja para turbinar a concentração, a memória, ou mesmo para mandar o mau humor para longe. Pensando nisso, confira 6 alimentos perfeitos para melhorar o desempenho da mente sem abrir mão da energia.<h2>1. Folhas verdes</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/06/06213119867012.jpg" alt="Acelga, alface, brócolis, espinafre e rúcula são algumas das opções para enriquecer a dieta. (Fonte: Getty Images/Reprodução)">Acelga, alface, brócolis, espinafre e rúcula são algumas das opções para enriquecer a dieta. (Fonte: Getty Images/Reprodução)As folhas verdes são bastante relacionadas aos benefícios que promovem para o <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121520-por-que-o-intestino-e-o-nosso-segundo-cerebro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">intestino</a>, por isso nunca é mais lembrar do papel delas para o cérebro. Isso porque elas são fontes de ácido fólico, vitamina E, K e também as vitaminas do complexo B.Estas, em específico, desempenham papéis importantes, seja no desempenho cognitivo, ou mesmo na preservação da atenção e do bom humor. Flavonoides também estão presentes nas folhas verdes e merecem destaque, já que são associadas por atuar na redução do risco de declínio cognitivo e demência.<h2>2. Chá e café</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/06/06213249353013.jpg" alt="A cafeína, presente tanto no café, quanto em uma grande variedade de chás, exerce impacto positivo no cérebro — desde que consumida com moderação. (Fonte: Getty Images/Reprodução)">A cafeína, presente tanto no café, quanto em uma grande variedade de chás, exerce impacto positivo no cérebro — desde que consumida com moderação. (Fonte: Getty Images/Reprodução)Quem não subestima o poder do café da manhã sabe como o dia só começa de verdade após consumir a sua bebida favorita, seja ela chá ou café.E considerando os benefícios que elas promovem, por apresentarem cafeína, são a escolha ideal para melhorar a função mental e turbinar a concentração, ainda que por um período limitado. Como exemplo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123943-tomar-cha-realmente-ajuda-na-digestao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">chás</a> úteis nesse sentido, temos o chá preto, vermelho e também o mate.<h2>3. Nozes</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/06/06213335254014.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)Além de serem ricas em proteínas, as nozes também apresentam doses generosas de ácidos graxos <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/119523-qual-a-relacao-do-omega-3-com-o-aumento-da-expectativa-de-vida.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ômega-3</a>, que são bastante benéficos para a mente e a memória, já que atuam tanto na transmissão de informação neuronal, quanto auxiliam na formação de novas células da região cerebral.Seus benefícios ainda incluem efeitos anti-inflamatórios. Para quem se pergunta sobre a quantidade diária recomendada, 1/4 de xícara é o suficiente.<h2>4. Peixes</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/06/06213417580015.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)A carne branca, proveniente de peixes, não poderia ficar de fora de lista, não apenas pelo menor teor de gorduras, mas pela presença de proteínas e compostos importantes para a atividade cerebral, como os ácidos graxos ômega-3 e as vitaminas do complexo B, que já falamos anteriormente.Para variar o cardápio, é possível apostar no consumo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118720-os-6-melhores-frutos-do-mar-para-quem-tem-diabetes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">salmão</a>, bacalhau e mesmo no atum enlatado. Para quem prefere outras opções ricas nesses nutrientes, linhaça e abacate também podem ser adotados.<h2>5. Frutas vermelhas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/06/06213557853016.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)Frutas vermelhas também são ricas em flavonoides, que ajudam a evitar o declínio cognitivo. Dentre elas, opções não faltam, como os mirtilos e os morangos. Polifenóis também estão presentes no açaí, na amora e mesmo na jabuticaba, sendo os compostos responsáveis por proteger o tecido cerebral de inflamações.Pensando nisso, além de investir numa salada de frutas, vitaminas também podem facilitar a ingestão desses nutrientes — tudo isso sem falar no sabor!<h2>6. Chocolate amargo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/06/06213639481017.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)E a lista não poderia terminar melhor, já que, às vezes, apenas um doce é capaz de salvar o dia. Isso é verdade justamente porque o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124057-por-que-chocolate-e-tao-gostoso-cientistas-podem-ter-encontrado-o-segredo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">chocolate</a> amargo possui o neurotransmissor feniletilamina em sua composição, o que ajuda a preservar o bom humor e a sensação de bem-estar.Assim como a cúrcuma, o iogurte natural e a beterraba, o cacau está no rol de alimentos que podem reduzir o desânimo e a ansiedade. E apesar de não dispensar o acompanhamento de um especialista nos casos em que a situação exigir, ele dá uma amostra importante do poder dos alimentos para uma vida mais equilibrada.</body>

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