Imagem de Hally War: o fazendeiro que construiu 'pontes vivas' na Índia no megacurioso

Arte conhecida como 'jingkieng jri', as estruturas que ligam as eras no país se assemelham a elementos de histórias de fantasia

<head></head><body>Semelhantes às estruturas de mundos de fantasia, as pontes jingkiengjriksiar, na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123993-populacao-da-india-deve-superar-a-da-china-em-abril-de-2023-segundo-onu.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Índia</a>, concebidas em respeito às lendas locais, são um cartão-postal surpreendente. Constituídas de raízes vivas, elas remontam a centenas de anos e respeitam os conceitos de vida da tribo Khasi, para quem a ideia de uma árvore no formato de elo vai muito além do que é contado nas histórias.Hally War, um agricultor de 68 anos da vila de Siej e membro da tribo Khasi, conta que, no início dos tempos, 16 tribos primordiais viviam com seu criador no reino das nuvens, conhecido como uma morada celestial. Certo dia, um dos homens olhou para baixo e descobriu um paraíso repleto de cachoeiras, selvas e comidas idílicas. Foi então que ele pediu ao seu líder um meio de transitar entre os dois mundos: a jingkiengjriksiar, uma mítica "ponte dourada" que estabeleceu a conexão entre terras particularmente distintas.As histórias se perpetuaram no país e vários povos se juntaram não para construir essas pontes pelas florestas locais, mas para cultivá-las. Hoje, elas são conhecidas como jingkieng jri e consistem em raízes aéreas entrelaçadas na forma de estruturas sólidas, conectando o passado, o presente e o futuro de grupos ancestrais. “Os construtores indianos então se voltaram para seu ambiente natural para aproveitar as matérias-primas e começaram a levantar estruturas e pontes sobre os riachos e terrenos inóspitos”, escreve Ian Lyngdoh, autor do livro Ficus Khasiana.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/10/10090018608034.jpeg" alt="(Fonte: Getty Images / Reprodução)">(Fonte: Getty Images / Reprodução)A arte de tecer raízes tem como base a Ficus elastica, uma espécie de figueira que, caso se reforce com outras semelhantes, é capaz de gerar resultados surpreendentemente resistentes. Lyngdoh esclarece que, a cada ano, essas pontes ficam ainda mais fortes e, enquanto as árvores permanecerem vivas, chegam a durar mais de 500 anos, acomodando até 50 pessoas ao mesmo tempo. "Herdando uma cultura profundamente enraizada no meio ambiente, as pessoas desenvolveram uma arquitetura viva que não foi encontrada em nenhum outro lugar em termos de aplicação e filosofia", completa.Em entrevista, War conta que começou a interagir com as <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-e-beleza/90636-conheca-o-rapaz-que-tem-pes-e-maos-como-raizes-de-arvore.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">raízes</a> vivas aos nove anos, quando passava tempo com seu avô nas proximidades do rio Ummunoi. Assim, com um forte interesse em dar continuidade à tradição, ele aprendeu sobre as características das raízes aéreas flexíveis, meios de as ancorar com outros objetos e como preparar arranjos arquitetônicos para garantir o modelo desejado — tudo com a intenção de elevar uma ponte forte o suficiente para se sustentar sozinha.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/10/10085939390031.jpg" alt="(Fonte: Getty Images / Reprodução)">(Fonte: Getty Images / Reprodução)Nesse processo, War também aprendeu sobre uma série de propriedades florestais que definiriam o tratamento dado em relação a todos os processos de cuidado e de manutenção com o meio ambiente. Isso inclui conhecimentos sobre frutas e cogumelos hostis, plantas que pudessem prevenir <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/124829-5-aristocratas-que-enfrentaram-doencas-mentais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">doenças</a>, materiais para tratar pedras nos rins e uma série de artifícios que ajudasse o ser humano sem prejudicar o ambiente local.<h2>Jingkieng jri é sobre ter paciência</h2>Durante o processo de levantamento das pontes, War entendeu como o tempo agiria em seu crescimento natural. Essa etapa de acompanhamento estimulou o agricultor a refletir sobre diversos conceitos trazidos por sua tribo e o levou a reconhecer o respeito que o povo tem pelo diengjri, como a Ficus elastica é conhecida pelos Khasi. “O diengjri em algumas aldeias é sagrado e certos ritos e rituais são realizados dentro e ao redor da árvore ficus. É considerado o salvador e protetor da floresta pelos habitantes”, escreve Lyngdoh.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/10/10090058422035.jpeg" alt="(Fonte: Getty Images / Reprodução)">(Fonte: Getty Images / Reprodução)Para os sacerdotes da religião tradicional, a "ponte dourada" não apenas conecta eras, mas destaca uma ligação simbólica entre o mundo físico e espiritual, sendo atribuída a um caráter transcendental e sagrado. “Só os velhos podiam plantar esse tipo de árvore. Acreditava-se que as raízes drenariam a força vital dos jovens e a possibilidade de gerar filhos”, lembra War. Desde então, construir as pontes se tornou o trabalho de sua vida, levando cerca de 50 anos para concluir o "primeiro estágio" da ponte de seu avô e outros 17 em um segundo ponto de interesse.Em 2022, a Índia apresentou uma proposta para incluir o diengjri entre os locais de Patrimônio Mundial da UNESCO e contribuir para "a ecologia através da restauração florestal e ribeirinha". Com isso, o país espera que cerca de 72 pontes vidas em Meghalaya sejam protegidas globalmente, estabelecendo uma "viagem etnobotânica distinta enraizada na profunda reciprocidade e síntese cultura-natureza", "um apogeu da relação homem-planta" e "um avanço notável em design e engenharia baseados na natureza".</body>

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Hally War: o fazendeiro que construiu 'pontes vivas' na Índia

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Dados das últimas duas décadas mostram relação entre mudanças climáticas e redução do verde nas florestas

<head></head><body>No verão de 2018, quem se aventurasse pelas florestas da Suíça ou da Alemanha iria se deparar com um visual típico de outono. As árvores apresentavam folhas marrons, que quase dominavam a paisagem. O típico verde dos abetos e faias estava diluído em um cenário que não condizia com a época do ano.E isso não é um fenômeno que atinge apenas a Europa Central. Na região do Mediterrâneo, o escurecimento das florestas já ocorreram várias vezes desde 2003. E, mais uma vez, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121264-aquecimento-global-e-efeito-estufa-qual-e-a-diferenca-entre-eles.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aquecimento global</a> pode ser apontado como um dos responsáveis.<h2>Florestas menos verdes</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/11/11233850641015.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)Mauro Hermann, aluno de doutorado em dinâmica atmosférica no Instituto Federal de Tecnologia de Zurique, liderou um estudo que coletou dados da coloração das florestas europeias dos últimos 21 anos. Foram utilizados dados de satélite de alta resolução para identificar eventos de redução do verde — um sinal de vitalidade reduzida e estresse nas florestas e também é usado como um indicador de morte florestal.Além de verificar que esse fenômeno acontece com mais frequência em diferentes regiões do continente, o estudo também detectou uma correlação entre aumento da temperatura e escurecimento das florestas.Em 2022, por exemplo, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124780-as-6-ondas-de-calor-mais-mortais-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Europa enfrentou um verão com temperaturas extremamente elevadas</a> e um escurecimento de 37% das regiões de florestas temperadas e mediterrâneas. "Muito mais do que qualquer outro evento nas últimas duas décadas", explicou Hermann.<h2>Uma relação complexa</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/11/11234047651016.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)O objetivo do trabalho de Hermann era compreender como o clima afeta as florestas em uma grande área durante várias estações. Embora os dados reforcem o impacto de estações quentes, “a conexão entre florestas e clima é muito mais complexa do que pode parecer à primeira vista”, explicou Heini Wernli, professor de física atmosférica e orientador de Hermann.Ao analisar os dados de duas décadas, a equipe percebeu que um verão atípico pode não influenciar na coloração das folhas das árvores de maneira imediata. Hermann explica que isso se deve ao “efeito legado”, quando variações de temperatura e umidade ao longo de meses e anos causam uma consequência tardia.“Uma descoberta particular do estudo é que os sinais climáticos identificados apontam para as consequências da seca dos anos anteriores e, portanto, sustentam o efeito do legado”, observou Hermann. Isso também significa que um único verão quente e seco geralmente não leva à redução do verde da floresta.Em 2003, por exemplo, boa parte da Europa enfrentou um verão muito quente e seco. Porém, como os anos anteriores e seguintes não tiveram uma variação significativa, quase não se verificou uma variação de grande escala na cor das florestas. Mas como desde 2018 o continente vem sofrendo com secas em grande escala e <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112965-decada-de-2010-terminara-como-a-mais-quente-ja-registrada.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">altas temperaturas</a>, é possível notar uma aumento significativo no escurecimento.</body>

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Por que as florestas na Europa estão escurecendo?

Imagem de Por que o jambu deixa a lingua dormente? no megacurioso

Saiba por que o jambu causa esse efeito e algumas outras curiosidades relacionadas a essa especiaria

<head></head><body>O <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118431-6-curiosidades-fascinantes-sobre-o-estado-do-para.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">jambu</a> é uma planta típica da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120006-e-possivel-produzir-sem-desmatar-a-amazonia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Amazônia</a> muito conhecida por ser usado em pratos e bebidas da região Norte, sendo rica em fibras e vitaminas. O alimento carrega diversos benefícios para a saúde, além de gerar uma experiência única e curiosa.A erva pode ser cultivada de forma tradicional – com água, sol e adubo — ou utilizando a técnica da hidroponia, que não depende do uso do solo. É produzido durante o ano todo, mas há um pico de produção nos meses de maio a outubro — período de menos chuva na região da Amazônia.<h2>Por que o jambu causa dormência na língua?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/22/22152539038244.jpg" alt="Descubra algumas curiosidades referentes ao jambu, a especiaria capaz de deixar a língua dormente. (Fonte: Portal Amazônia/Reprodução)">Descubra algumas curiosidades referentes ao jambu, a especiaria capaz de deixar a língua dormente. (Fonte: Portal Amazônia/Reprodução)É muito comum sentir uma "dormência" na boca ao ingerir alimentos que carregam o jambu em sua preparação e esse efeito é causado devido a uma substância chamada espilantol, que gera a sensação de formigamento quando é absorvida pela mucosa labial.Caso esteja curioso para saber um pouco mais, confira outras informações associadas ao jambu a seguir.<h2>Rico em vitaminas</h2>O jambu é rico em diversas vitaminas, como a B1, a B2 e a vitamina C, o que ajuda na defesa do organismo de quem consome a fruta que carrega esses componentes.&nbsp;<ul><li>Veja também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/103868-quais-vitaminas-tomar-e-quais-evitar-para-ficar-mais-saudavel.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Quais vitaminas tomar - e quais evitar - para ficar mais saudável?</a></li></ul>“Essas vitaminas são importantes e têm a principal função de fortalecer a imunidade e o sistema imunológico, sem falar que gera benefícios relacionados à saúde da pele e dos ossos. Portanto, mesmo que a dormência causada pelo jambu pareça algo que vá comprometer nossa saúde, não é necessário se preocupar, pois ele só gera benefícios ao nosso corpo”, comenta Flávio Landim, professor de biologia da Ferretto.<h2>Alívio de dores</h2>A erva possui ação anestésica e pode ser utilizada na medicina popular para aliviar dores causadas na região da cabeça.&nbsp;“Como o jambu possui espilantol, ele causa uma dormência na região da boca quando é ingerido. Com isso, é possível aliviar dores de garganta, inflamações na boca e dores de dente de uma forma totalmente natural”, explica Landim.<h2>Jambu faz mal?</h2>Por possuir diversas vitaminas, o jambu não apenas não faz mal como também consegue auxiliar na saúde e na prevenção de doenças.“O consumo das folhas de jambu pode amenizar sintomas de tuberculose e ajudar no tratamento de problemas digestivos, assim como auxiliar no tratamento da anemia”, diz o especialista.“Isso acontece porque, além do produto ser rico em vitaminas, ele possui ferro, fósforo, sais minerais, cálcio e proteínas, que fazem nosso sistema corporal funcionar de forma correta”, finaliza o biólogo.</body>

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Por que o jambu deixa a língua dormente?

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Segundo especialistas, os pimentões vermelhos, amarelos e verdes possuem diferenças químicas que os distinguem

<head></head><body>Alguma vez você já se questionou qual a diferença entre o pimentão amarelo, vermelho e verde? Para a surpresa de muitos, nós não estamos falando sobre tipos diferentes de um vegetal. Em termos gerais, essas três colorações de pimentão fazem parte da mesma espécie, mas em estágios completamente diferentes de amadurecimento.Porém, isso significa que eles são exatamente iguais? Pode parecer tudo muito confuso, mas a resposta para essa pergunta é não. Na realidade, as diferenças no sabor, aparência e <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/117257-10-perfumes-com-aromas-totalmente-inusitados.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aroma</a> de cada pimentão não são resultado de diferenças genéticas, mas químicas. Afinal, o processo de amadurecimento libera uma série de compostos naturais que alteram o produto final.<h2>Componentes químicos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/02/02222656887137.jpg" alt="(Fonte: Repositório de imagens NZN)">(Fonte: Repositório de imagens NZN)Um estudo publicado na Compound Interest reuniu uma grande quantidade de informações para esclarecer o que diferencia cada coloração de um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119609-pimentao-macho-e-femea-verdade-ou-fake-news.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pimentão</a>. Segundo a pesquisa, esse vegetal passa por três estágios distintos de coloração, cada um deles com seus próprios componentes químicos.Quando ainda está verde, o pimentão é bastante semelhante a uma planta. E o que isso quer dizer? Nessa fase, o vegetal ainda está repleto de clorofila e aldeídos com "cheiro verde". Os pimentões amarelos, por sua vez, obtêm sua cor da luteína e do beta-caroteno, produtos químicos responsáveis por também fornecer o tom mais "alaranjado" nas gemas dos ovos e nas cenouras.Quando o pimentão atinge a coloração avermelhada, isso significa que ele passou a produzir mais (E)-2-hexenal e (E)-2-hexanol, as substâncias químicas que lhe conferem um cheiro mais doce e frutado. Se você quer observar de perto as mudanças de cor em um pimentão, basta deixá-los em um quarto escuro e fresco por algumas semanas — onde terão espaço para amadurecer mesmo fora da horta.<h2>Escolhendo um pimentão</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/02/02222725134141.jpg" alt="(Fonte: Repositório de imagens NZN)">(Fonte: Repositório de imagens NZN)Agora que você sabe que todos os pimentões já foram verdes um dia, é importante ter em mente todas as características que cada uma dessas colorações oferece em termos de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123520-baunilha-de-onde-vem-um-dos-sabores-mais-populares-da-culinaria.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sabor</a> e aroma. Assim, você saberá qual desses produtos é melhor para o tipo de receita que você está procurando fazer ou se encaixa melhor no seu paladar.Ao contrário dos seus "irmãos", o pimentão verde possui um sabor muito mais marcante e de leve picância. Por conta disso, costuma ser bastante consumido mesmo cru em saladas ou aparecendo como acompanhamento de certos tipos de carne. O pimentão vermelho, no entanto, tem um sabor bem mais adocicado e tende a ser mais leve ao paladar.Ele também aparece com muita frequência na composição de saladas, mas é um ótimo ingrediente para a criação de molhos. Por fim, o pimentão amarelo é de longe o que mais tem valor nutricional pelos elementos químicos que carrega. Seu sabor é visto como suave em comparação aos outros dois, casando muito bem com receitas envolvendo peixes.&nbsp;De todo modo, independente de sua escolha, esse é um vegetal com sabor intenso e extremamente delicioso. Logo, qualquer coloração pode te trazer muita satisfação!</body>

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Qual é a diferença entre pimentão vermelho, verde e amarelo?

Imagem de Curare: veneno usado em flechas na Amazônia revolucionou a medicina no megacurioso

Usada por indígenas como veneno, o curare revolucionou a anestesiologia

<head></head><body>O curare é uma substância que já fascinou e assustou muitas pessoas ao longo da história. Utilizado como um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122181-tomar-doses-pequenas-de-veneno-nos-torna-imunes-a-ele.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">poderoso veneno</a> pelos índios sul-americanos, essa substância também tem sido utilizada como um importante medicamento, especialmente na anestesia e em doenças neuromusculares.<h2>Composição e uso pelos indígenas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/27/27230541366537.jpg" alt="Curare é uma substância usada por indígenas há séculos. (Fonte: Getty Images)">Curare é uma substância usada por indígenas há séculos. (Fonte: Getty Images)O curare é um alcaloide extraído de diversas espécies de plantas, principalmente da família das Strychnos, encontradas na América do Sul. A substância é utilizada pelos povos indígenas da América do Sul há séculos. Eles a utilizam como uma ferramenta de caça, aplicando-a em dardos ou flechas para abater presas. Tal composto age como um bloqueador neuromuscular, paralisando o sistema respiratório e provocando a morte por asfixia.&nbsp;No século XVIII, com a chegada dos colonizadores europeus, a substância chamou a atenção da ciência ocidental. Os europeus observaram que os indígenas utilizavam a substância com sucesso para caçar, sem matar a presa com os dardos envenenados. O curare foi então levado para a Europa, onde passou a ser estudado.<h2>Uso na medicina&nbsp;</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/27/27230800787539.jpg" alt="Medicamentos criados a partir do curare são usados como anestésicos. (Fonte: Getty Images)">Medicamentos criados a partir do curare são usados como anestésicos. (Fonte: Getty Images)Após anos de pesquisa, a ação do curare como relaxante muscular foi identificada em 1901, por um grupo de cientistas liderado por Henry Hallett Dale. No entanto, o avanço mais significativo veio em 1935, quando Harold Griffith e Enid Johnson, da Universidade McGill, demonstraram que a substância poderia ser usada como <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123627-como-as-pessoas-aliviavam-dores-antes-dos-anestesicos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">agente anestésico em humanos</a>.&nbsp;A partir daí, o curare começou a ser desenvolvido como um medicamento. Em 1942, a primeira preparação comercial de curare foi lançada como anestésico geral, com o nome de intocostrin. Entretanto, a substância ainda apresentava efeitos colaterais indesejáveis, como queda na pressão arterial, o que limitava seu uso. Anos depois, uma forma mais pura de curare, chamada tubarina, foi desenvolvida e passou a ser utilizada como relaxante muscular em cirurgias.&nbsp;Desde então, várias outras substâncias semelhantes ao curare foram desenvolvidas, incluindo atracúrio, pancurônio e vecurônio, usados como relaxantes musculares em procedimentos cirúrgicos até hoje.<h2>Uso controverso em injeções letais</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/27/27230902297542.jpg" alt="Injeções letais são tema controverso até hoje. (Fonte: Getty Images)">Injeções letais são tema controverso até hoje. (Fonte: Getty Images)Na década de 1950, surgiram relatos de que alguns estados americanos estavam utilizando curare em combinação com outros medicamentos para realizar <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/124087-6-punicoes-brutais-do-periodo-colonial-que-foram-abandonadas-ainda-bem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">execuções de condenados à pena de morte</a>. Alegou-se que o uso de curare fazia parte de um plano para tornar as execuções mais humanas, tornando o processo menos doloroso e mais rápido para o condenado.No entanto, o uso de curare nas execuções foi criticado por grupos de direitos humanos e de defesa dos condenados. Eles argumentaram que a substância não tornava as execuções mais humanas, mas sim que ele encobria sinais visíveis de dor ou sofrimento durante a execução, já que a pessoa continuava consciente, mas estava totalmente paralisada.</body>

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Curare: veneno usado em flechas na Amazônia revolucionou a medicina

Imagem de Planta 'extinta', lanterna-de-fada ressurge em floresta do Japão no megacurioso

Espécime da planta misteriosa, Thismia kobensis, foi redescoberta crescendo a poucos centímetros nas florestas da cidade japonesa de Kobe

<head></head><body>Um grupo de cientistas no Japão foi responsável por redescobrir uma espécie extremamente rara de planta: a Thismia kobensis, uma planta <a href="https://www.megacurioso.com.br/nojento/85332-veja-8-parasitas-que-vivem-dentro-de-humanos-e-o-que-eles-provocam.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">parasita</a> que destrói fungos, também chamada de lanterna-de-fada. Por crescerem no subsolo sem fotossíntese, essas plantas precisam enviar flores translúcidas para brotar no chão das florestas, que crescem como impressionantes lanternas fantasmagóricas — de onde surge o apelido.A primeira vez que um desses espécimes foi documentado aconteceu em 1992 na região de Kobe, no Japão. Quando seu habitat foi destruído pela construção de um complexo industrial, a lanterna-de-fada passou a ser considerada extinta. Agora, três décadas depois, ela parece ressurgir há cerca de 30 km da região. Conheça mais sobre essa história!<h2>Milagre científico</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/02/02230246381151.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Conforme publicado na revista Phytotaxa no dia 27 de fevereiro, a recente redescoberta da planta lanterna-de-fada e as investigações subsequentes lançaram uma nova luz sobre este gênero e sua história evolutiva. A Thismia kobensis é uma planta etérea e subterrânea, mas que dá suas caras sobre a terra através de flores com pétalas intrincadas.Sem clorofila para sintetizar energia em sua composição, essas <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/123806-7-plantas-com-flores-para-colorir-seu-lar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">plantas</a> usam um processo chamado de micoheterotrofia para roubar nutrientes dos fungos que se entrelaçam em torno de suas raízes. Os habitats preferidos dessa espécie tendem a ser as florestas tropicais, que enfrentam um declínio global por conta da ação humana.Por terem desaparecido do mundo por tanto tempo, pouco se sabe sobre essas misteriosas plantas. No entanto, o que se sabe é que, pelo fato de serem plantas micoheterotróficas, elas são altamente dependentes das atividades dos fungos e das árvores que as sustentam. Por esse motivo, elas são particularmente sensíveis a distúrbios ambientais — o que as torna muito raras e passíveis de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123494-6-animais-incriveis-que-ressurgiram-depois-da-extincao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">extinção</a>.<h2>Próximos estudos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/02/02230344821152.jpg" alt="(Fonte: Kenji Suetsugu)">(Fonte: Kenji Suetsugu)O ressurgimento da T. kobensis torna essa a espécie de lanterna-de-fada asiática mais setentrional conhecida. Com base em outros estudos aprofundados, os cientistas descobriram que as suas características, como suas pétalas distintas e a falta de glândulas de néctar, as tornam intimamente relacionadas à única espécie de lanterna-de-fada na América do Norte, a Thismia americana.Para os pesquisadores, é bem provável que o espécime encontrado em Kobe seja um tipo de descendente das plantas vistas nos Estados Unidos. A principal hipótese é que essas plantas atravessaram a América do Norte para o Leste Asiático através da Ponte Terrestre de Bering, uma porção de terra firme de aproximadamente 1,6 mil km que juntou o Alasca e a Sibéria durante as glaciações.A T. americana foi encontrada pela primeira vez em Chicago em 1912, mas não é vista por pesquisadores da região desde 1916. Como dito anteriormente, esse tipo de planta está bastante exposto às mudanças climáticas e mudanças em seus habitats, o que pode ter colaborado para o sumiço dos seus ascendentes. Para os próximos estudos, os cientistas pretendem continuar trabalhando em formas para ajudar a proteger essas raras plantas das ações humanas.</body>

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Planta 'extinta', lanterna-de-fada ressurge em floresta do Japão

Imagem de Conheça as 5 variedades de banana mais comuns no Brasil no megacurioso

Um dos líderes em produção e um de seus maiores consumidores, o Brasil fez da banana paixão nacional. Conheça as principais variedades plantadas no país.

<head></head><body>Os números não mentem: a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/117219-banana-e-arte-conheca-incriveis-desenhos-feitos-em-cascas-da-fruta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">banana</a> é a fruta com maior produção e consumo em todo o mundo. Sua origem estaria, supostamente, na Ásia, tendo sido cultivada ao longo de toda a antiguidade. Nas Américas, sua chegada teria acontecido quando os colonizadores portugueses aportaram no território que futuramente conheceríamos como Brasil.Como é uma planta de fácil produção, sendo cultivada por todo o país ao longo do ano inteiro, rapidamente se tornou destaque no <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123106-qual-e-o-papel-do-agronegocio-no-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">agronegócio</a>: é a segunda fruta mais importante para o mercado local&nbsp;em termos de área plantada e produtividade.Em nosso país, um dos cinco maiores produtores mundiais e segundo maior consumidor, atrás apenas da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124043-a-china-esta-matando-o-mundo-com-seus-nevoeiros-de-poluicao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">China</a>, algumas variedades se destacam, especialmente a banana-prata (70% do que é plantado), a banana-nanica (20%) e a banana-maçã (4%). Confira as mais consumidas pelos brasileiros.<h2>1. Banana-prata</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/15/15095824841064.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)A banana-prata é uma variedade cuja origem está na Ásia. É um dos tipos mais preferidos pelos brasileiros, sendo uma das menos calóricas (apenas 89 calorias a cada 100 gramas) e de maior durabilidade. Em média, uma banana-prata pode ser consumida até quatro dias após seu amadurecimento.É uma variedade de tamanho médio, menos doce que algumas das integrantes desta lista. É rica em proteínas, carboidratos, vitaminas, minerais, ácido fólico e potássio, podendo ser consumida in natura, frita ou como bananada. De todas, é a que possui maior quantidade de vitamina C, sendo recomendada para o tratamento de pressão arterial, diarreia e <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/110580-existem-5-tipos-diferente-de-insonia-qual-a-sua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">insônia</a>.<h2>2. Banana-nanica</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/15/15095909620066.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)A banana-nanica é uma espécie que pode ser encontrada com outros nomes, como banana-d'água, por exemplo. Uma unidade possui, em média, 86 gramas e 79 calorias. O nome parece um contrassenso: é uma variedade cujo tamanho pode atingir até 24 centímetros; no entanto, seu nome vem da baixa estatura da bananeira quando comparada a outras espécies.É de alta produtividade, sendo muito consumida por atletas, em virtude da alta concentração de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124111-os-beneficios-do-potassio-que-voce-precisa-conhecer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">potássio</a>, grande aliado na prevenção de câimbras. Tem ação ligeiramente laxante, indo na contramão das demais bananas ao não prender o intestino.<h2>3. Banana-maçã</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/08/08172053055354.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Seu tamanho pequeno esconde grandes qualidades: a banana-maçã, que em média possui apenas 55 gramas, é uma variedade muito recomendada para o preparo de doces, afinal sua oxidação não acontece facilmente. De origem nas Américas Central e do Sul, foi batizada pelo aroma de maçã que exala.Entre todas as variedades mais consumidas no Brasil, é a que possui maior teor de proteínas, além de fósforo e manganês, que ajudam no fortalecimento dos dentes e ossos. Como nem tudo é perfeito, a banana-maçã é um tipo que costuma prender o intestino, não sendo recomendada para quem tem <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/111384-prisao-de-ventre-monstra-faz-mulher-perder-memoria-dos-ultimos-10-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">prisão de ventre</a>.<h2>4. Banana-ouro</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/08/08172232729355.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Apesar do nome, a banana-ouro não é metal precioso. Na realidade, até mesmo seu pequeno tamanho, em torno de 10 centímetros, pode ser enganoso, já que se trata do tipo mais calórico de banana, 158 calorias a cada 100 gramas.Sua polpa é doce, o que faz da forma in natura seu consumo mais habitual. Comum de regiões litorâneas, possui bastante magnésio, sendo ótima repositora do mineral que auxilia a manter uma boa saúde óssea e a controlar a pressão arterial.<h2>5. Banana-da-terra</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/15/15100025779067.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)A maior variedade encontrada no Brasil é a banana-da-terra, com seus incríveis 26 centímetros, e peso de até 500 gramas. Sua produção está concentrada nas regiões Nordeste e Centro-Oeste do país, onde é utilizada com frequência na gastronomia local, até porque sua versão natural é um pouco indigesta.De todas as espécies plantas em solo brasileiro, a banana-da-terra é a que mais possui vitaminas A, C e B1. Isso a torna uma fruta indicada para tratar problemas de pele, além de reforço para o <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120028-como-funciona-nosso-sistema-imunologico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sistema imunológico</a>.</body>

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Conheça as 5 variedades de banana mais comuns no Brasil

Imagem de Jaborandi selvagem tem maior potencial para tratar glaucoma no megacurioso

Planta é a única fonte natural de pilocarpina, mas está ameaçada de extinção devido ao avanço do desmatamento na Amazônia

<head></head><body>Em um estudo feito na Universidade Federal Rural da Amazônia, pesquisadores descobriram que o jaborandi selvagem oferece um potencial maior para o tratamento do glaucoma do que aqueles cultivados pela indústria farmacêutica.A planta, que produz naturalmente o princípio ativo capaz de reverter esse <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123265-deficiencia-visual-entenda-o-amplo-espectro-da-cegueira.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">problema ocular</a>, encontra na natureza condições muito melhores do que em ambiente controlado, chegando a produzir três vezes mais essa substância.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/13/13115114708131.jpg" alt="O jaborandi é a única fonte natural de pilocarpina (Fonte: Shutterstock)">O jaborandi é a única fonte natural de pilocarpina (Fonte: Shutterstock)Os resultados foram encontrados depois que os pesquisadores coletaram amostras de 82 plantas espalhadas pela Floresta Nacional do Carajás, no Pará, além de analisarem também o solo da região onde cresciam os vegetais.Eles concluíram que existe uma relação direta entre alguns nutrientes e a quantidade de pilocarpina produzida. A presença de minérios, como ferro, manganês e compostos nitrogenados são particularmente importantes para o cultivo da espécie.<h2>Qual o futuro para o Jaborandi?</h2>O nome científico do jaborandi é Pilocarpus microphyllus. Essa planta nativa do Brasil está, atualmente, ameaçada de extinção por conta do avanço do desmatamento na região da floresta amazônica.Ela tem enorme importância para as farmacêuticas, já que é a única fonte natural no mundo de pilocarpina, molécula usada no tratamento do glaucoma, um distúrbio associado a lesões do nervo ótico que <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/236728-glaucoma-diabetes-levar-cegueira-saiba.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pode levar à perda da visão</a>.A espécie também é importante para comunidades da região, responsáveis pela colheita das folhas, vendidas para as indústrias interessadas em extrair os produtos naturais.<ul><li>Leia também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122369-5-alimentos-poderosos-capazes-de-prevenir-doencas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">5 poderosos alimentos capazes de prevenir doenças</a></li></ul>Esses são alguns dos motivos que chamam a atenção para a necessidade da sua preservação. Os resultados apresentados pelo estudo apontam na direção do manejo sustentável como a melhor forma de aproveitar o recurso.Em comunicado publicado pela Agência Bori, os autores do trabalham explicam que "encontrar 2,2% de pilocarpina é um teor três vezes mais do que é encontrado na indústria química quando cultiva essa espécie". Por isso farmacêuticas, como a Merck, acompanham de perto a pesquisa.</body>

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Jaborandi selvagem tem maior potencial para tratar glaucoma

Imagem de Árvores e plantas brilhantes podem substituir iluminação pública no futuro no megacurioso

Usando a mesma enzima produzida por vaga-lumes, plantinhas são dotadas de bioluminescência e podem ter significativo em algumas décadas

Locais iluminados naturalmente por plantas podem até parecer coisa de filmes ou video games, mas saiba que estamos perto de ver isso como algo totalmente comum no <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123911-6-impressionantes-antigas-ideias-sobre-o-futuro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">futuro</a> aqui mesmo, no mundo real.Afinal, um grupo de cientistas nos Estados Unidos conseguiu criar em laboratório algumas plantas dotadas de&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120676-planctons-entenda-o-que-sao-porque-brilham-e-sua-importancia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bioluminescência</a>.<h2>Cientistas criam plantas capazes de brilhar</h2>Especialistas do Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos EUA, injetaram nanopartículas em folhas de agrião e conseguiram um efeito de iluminação biológica que&nbsp;perdurou quase 4 horas. A luz gerada pelo próprio vegetal foi fraquinha, mas mostrou que o experimento era sim possível de gerar resultados satisfatórios.Ainda que a iluminação não tenha sido incrivelmente forte, a plantinha foi capaz de brilhar o suficiente para iluminar as páginas de um livro, permitindo sua leitura sem maiores dificuldades. O resultado foi alcançado graças a uma enzima bifuncional chamada luciferase, que por sua vez catalisa a oxidação da luciferina. A reação causa a emissão de luz.<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/hp-vqd8zJM4" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Com o auxílio de uma molécula chamada Coenzima A, os cientistas conseguiram fazer com que o agrião testado fosse capaz de gerar bioluminescência na medida correta, catalisando a oxidação da luciferina na dose certa e evitando que todo o processo fosse tóxico para a planta. Como resultado, a plantinha gerou luz suficiente para servir como uma espécie de luminária ou abajur.O processo gerado em laboratório usa o mesmo tipo de reação visto nos&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/108381-o-que-faz-os-vagalumes-se-acenderem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vaga-lumes</a>, que emitem luz gerada quando a luciferase catalisa a oxidação da luciferina e quase toda a energia gerada nesta interação com a enzima é rapidamente convertida em forma luz.<h3>Possíveis aplicações no futuro</h3>Hoje em dia, a iluminação das ruas e casas equivale a cerca de 20% do consumo mundial de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119813-por-que-a-energia-eletrica-ficou-ainda-mais-cara.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">energia elétrica</a>. Com isso em mente, o uso desta luz natural emitida por plantas como estas criadas pelo MIT poderia diminuir consideravelmente a nossa dependência da iluminação artificial, ajudando ainda a reduzir a emissão de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115240-ate-2025-niveis-de-co2-serao-maiores-do-que-ha-3-milhoes-de-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">CO2</a> na atmosfera.Com o estudo avançando cada vez, pode ser que em alguns anos, ou décadas, possamos ver&nbsp;ruas totalmente iluminadas pelas folhas de árvores ou de plantas, acabando com a necessidade dos postos de luz. O mesmo valeria para dentro das residências, já que os cientistas acreditam ser possível adaptar o uso destas plantas brilhantes para iluminar nossas casas e até mesmo nossos ambientes de trabalho.

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Árvores e plantas brilhantes podem substituir iluminação pública no futuro

Imagem de Você sabe o que é o alho-elefante? no megacurioso

Se o alho de tamanho normal já é ingrediente indispensável na cozinha, imagina o que faz um alho imenso? 

<head></head><body>Você com certeza conhece alguém que adora triplicar a quantidade de alho nas receitas, não é mesmo? Será que ela sabe que existe uma espécie de alho imenso dando sopa por aí? Mas, se for explicar, lembre-se de falar: embora o alimento pareça um bulbo de alho gigante e tenha um suave sabor do alho, ele está mais relacionado ao alho-poró. Ficou confuso? A gente te explica!<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/30/30133039661134.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Este alho gigante, também conhecido como alho-elefante (Allium ampeloprasum var. Ampeloprasum) é uma plantinha bem estranha, principalmente pela característica dita acima. Ela também é uma planta bienal, ou seja, completa o seu ciclo de vida em duas estações de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120397-por-que-os-agricultores-estao-parando-de-plantar-feijao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cultivo</a>. Geralmente, você obterá um único bulbo da planta no primeiro ano, quando ela ainda não estiver florescido. Todos os recursos e energias da planta vão para a construção deste único bulbo, o que irá ajudá-la a sobreviver em seu segundo ano de vida e produzir hastes de flores. Em seguida, o bulbo se divide em dentes separados. Pronto — agora você tem um imenso alho em suas mãos!Assim como o alho “normal”, o alho-elefante é geralmente plantado no outono e pode ser colhido cerca de 8 meses depois, no verão seguinte. Se, na hora de colhê-lo, a planta ainda for um único bulbo, o ideal é deixá-lo no solo por mais um ano para terminar de amadurecer.<h2 style="text-align: justify;">Características&nbsp;</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/30/30133041606135.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)A área nativa dessa planta é na África, Ásia e Europa. Mas isso não quer dizer que você não pode plantá-la no Brasil, por exemplo — significa que nas regiões citadas, a planta segue as características dos solos, climas e ecossistema desses lugares. Em terras brasileiras, o alho-gigante é considerado uma planta exótica, ou seja, não originada da nossa região.O alho-gigante precisa de exposição solar total e pH do solo neutro para crescer. Além disso, se adapta melhor em um tipo de solo argiloso e bem drenado. A drenagem acentuada do solo também é fundamental para o cultivo dessa planta, pois ela não tolera bem o encharcamento. Sua flor tem uma cor arroxeada e seu tamanho adulto pode chegar a quase 1 metro de altura. &nbsp;<h2 style="text-align: justify;">Cuidados na plantação</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/30/30110132739064.jpg" alt="(Fonte: Reprodução)">(Fonte: Reprodução)Alguns cuidados devem ser tomados durante a <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/123168-ipuacu-conheca-a-capital-brasileira-dos-agroglifos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">plantação&nbsp;</a>do alho-gigante, como, por exemplo, a quantidade abundante de sol que a planta precisa — pelo menos 6 horas de luz soltar direta na maioria dos dias. O alho-gigante pode até crescer em sombra parcial, mas a chance dele nascer um “alho normal” são maiores se cultivados dessa forma. Um local de plantio protegido de ventos fortes é o ideal, assim como uma camada de cobertura ao redor das plantas para ajudar a proteger as raízes de temperaturas extremas.Além disso, essas plantas precisam de rega regular enquanto estão crescendo ativamente. Regue o suficiente para que o solo permaneça levemente úmido, mas não encharcado. O excesso de água pode apodrecer os bulbos. É melhor regar pela manhã, para que a folhagem seque antes do anoitecer. Caso contrário, a folhagem úmida pode levar ao crescimento de fungos.<h2 style="text-align: justify;">Pragas e doenças&nbsp;</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/30/30133043429136.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)O alho-elefante geralmente tem poucos problemas com <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120479-teiu-o-lagarto-que-se-tornou-praga-em-fernando-de-noronha.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pragas&nbsp;</a>e doenças, com lesmas podendo danificar as plantas jovens, especialmente durante as estações úmidas. Doenças fúngicas e podridão frequentemente atingem as plantas que crescem em condições úmidas, mas não é recomendado o uso de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123493-os-6-alimentos-com-mais-agrotoxicos-que-compramos-no-mercado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">inseticidas químicos</a> caso você plante o alho para comê-lo em casa, por exemplo. Nesse caso, você pode apenas remover as plantas doentes e começar de novo em melhores condições de crescimento.</body>

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