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Com oito anos de estudo e jornadas que podem levar até 12 horas por dia, formação para padre é feita em seminários e envolve muita disciplina

<head></head><body>Desde que o candidato Padre Kelmon (PTB) assumiu o lugar de Roberto Jefferson na disputa à presidência nas <a href="https://www.tecmundo.com.br/eleicoes-2022" rel="noopener noreferrer" target="_blank">eleições de 2022</a>, chamou atenção sua postura e suas as vestimentas. No debate realizado ontem pela TV Globo, o presidenciável se tornou meme em virtude dos embates com outros postulantes ao cargo.Desde a dificuldade em ter o nome lembrado, até ser chamado de "Padre de Festa Junina" e de impostor, seu nome não saiu dos trending topics. Mas, afinal de contas, o que é preciso para se tornar oficialmente um padre? Vem que a gente te explica. Confira.<h2>Quais os passos para se tornar padre?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/30/30152115821270.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)Para ser ordenado padre, é necessária a formação em um seminário. Existem dois caminhos, sendo o mais longo de até oito anos de estudos. Ele envolve um ano de educação em seminários, com atividades envolvem o estudo de História, Latim e Cantos Gregorianos, além de outras disciplinas.Na sequência, os futuros padres devem cursar três anos de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/123000-7-licoes-da-filosofia-para-uma-vida-feliz.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Filosofia</a>. Após a conclusão, ainda há mais quatro anos de estudo de Teologia. O caminho mais tradicional envolve a ida direta para a universidade, que permite que o tempo de estudo nos seminários seja reduzido.Nestes casos, a formação é adquirida em até quatro anos. A indicação é que se procure a paróquia onde deseja atuar para avaliação das condições de validação do curso. É importante deixar claro que ser padre no Brasil é uma profissão, reconhecida pelo Ministério do Trabalho e integrante da Classificação Brasileira de Ocupações (CBO).<h2>Como funciona a hierarquia na Igreja Católica</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/30/30152009409269.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)O clero, isto é, o conjunto de sacerdotes responsáveis por um culto religioso, funciona com uma hierarquia ascendente, em que há três graus do Sacramento da Ordem (nome dado no catolicismo ao poder e a graça de executar funções na <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121451-6-fatos-curiosos-sobre-a-igreja-catolica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Igreja Católica</a>): Episcopado, Presbiterado e Diaconato.O episcopado é o topo da pirâmide, exercida pelos bispos. No alto, vem o Papa, seguido do Cardeal, do Arcebispo e do Bispo. O presbiterado é o meio dessa hierarquia, também conhecidos como sacerdotes. É representado pelo Vigário-geral, pelo Pároco e pelo Padre.Por fim, na base da hierarquia está o diaconato. É representado pelo Diácono (um religioso no último ano de estudo) e pelos Seminaristas. Fora da hierarquia, mas no desenho de toda comunidade em torno da Igreja, estão os Leigos, que é uma maneira histórica de se referir ao povo, aos fiéis.<h2>Qual a diferença entre a Igreja Católica e a Igreja Católica Ortodoxa</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/30/30152433483279.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)Na campanha política, o candidato Padre Kelmon (PTB) se apresentou como integrante da Igreja Ortodoxa. Mas qual a diferença para a Católica? Durante séculos, as duas eram uma só, até que, em 1054, houve o <a href="https://www.megacurioso.com.br/acontecimentos-historicos/35637-veja-quatro-historias-de-papas-que-renunciaram-nos-ultimos-1-000-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Grande Cisma</a>, uma ruptura da Igreja Cristã, resultando na Igreja Católica Apostólica Romana e na Igreja Católica Apostólica Ortodoxa.&nbsp;Apesar de muitas características semelhantes, os católicos tem no Papa seu principal líder terreno, um representante de Deus. Os ortodoxos, ainda que possuam uma liderança, o patriarca, seu papel é o de manter a unidade da Igreja. Sabe as cruzes? Também são diferentes: a dos ortodoxos possuem três barras, uma a mais do que a dos católicos.As demais diferenças são basicamente ritualísticas. O voto de castidade é obrigatório para todo sacerdote do catolicismo, mas opcional para os padres ortodoxos. Católicos têm no Papa sua autoridade máxima, não reconhecida pelos ortodoxos. A quaresma católica tem 40 dias, dos ortodoxos 47.O calendário da Igreja Ortodoxa é o Juliano, com 13 dias a mais em relação ao <a href="https://www.megacurioso.com.br/acontecimentos-historicos/53456-sabia-que-o-imperio-britanico-deletou-11-dias-de-sua-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Gregoriano</a>, utilizado pelo catolicismo (e por você, mesmo que seja ateu). Sabe o Natal? 7 de janeiro para ortodoxos, 25 de dezembro para católicos. Por fim, até entre os santos há diferenças. Não há estátuas deles para a Igreja Ortodoxa, no máximo pinturas.</body>

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O que define quem oficialmente é um padre?

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A onda de manifestações pela morte de Mahsa Amini que domina o Irã e recebe apoio em todo o mundo é diferente da agitação política de outros momentos

<head></head><body>No último dia 16 de setembro, Mahsa Amini foi morta em Teerã, capital do Irã. Ela tinha apenas 22 anos e estava presa por não usar corretamente o hijab, sob a custódia da Patrulha de Orientação, uma espécie de unidade policial de moralidade.Quando a notícia de sua morte foi tornada pública, um convulsão social tomou conta da capital e outras cidades, repercutindo também em várias cidades ao redor do mundo. A divulgação de uma imagem de Amini em um hospital, deitada em coma, deu mais vigor às manifestações.A morte da jovem iraniana ilustra a violência e a brutalidade do governo local em relação <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122705-mulheres-iranianas-vivem-a-crueldade-de-certificar-sua-virgindade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">às mulheres</a> e aos grupos étnicos minoritários, como os curdos, do qual ela fazia parte. Não foi a primeira vez que algo do tipo ocorreu, mas agora as coisas parecem estar tomando um rumo diferente. Entenda as razões.<h2>Grande apoio público</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/28/28234356728047.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)A Patrulha de Orientação, esquadrão do Comando de Aplicação da Lei da República Islâmica do Irã é responsável por supervisionar a implementação pública dos regulamentos do hijab, as vestimentas prescritas pela doutrina islâmica. Relatos dados pelos familiares de Mahsa Amini dão conta de que a jovem foi espancada até a morte, alegação refutada pelo governo e pela própria polícia.Acontece que as informações e as imagens geraram uma grande revolta pública, fazendo com que os manifestantes fossem às ruas exigir que as mulheres tenham o direito de escolher o que vestir. O tempo fez crescer a insatisfação pela interferência do governo nas questões de âmbito pessoal.Apesar dela já ter sido muito maior, o conjunto de regulações sociais e regras rígidas de estilo de vida seguiam muito pesadas para as mulheres, que praticamente não possuem direitos fundamentais. O <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes/98029-artista-se-transforma-em-personagens-incriveis-com-a-ajuda-de-seu-hijab.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">hijab</a>, no fim, é apenas a ponta do iceberg de questões muito mais profundas e complexas, que ganham cada vez mais apoio de diferentes camadas da população.<h2>Protestos liderados por mulheres</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/28/28234744046049.jpg" alt="(Fonte: WIkimedia Commons)">(Fonte: WIkimedia Commons)Enquanto outras manifestações públicas tinham homens à frente, a deste momento é liderada por mulheres. As questões são bastante profundas, mas é impossível negar que os direitos femininos estejam no centro das demandas.Isso não significa dizer que as questões econômicas ou outros aspectos da política local não importe, mas a pauta comportamental foi a que mostrou maior potencial de união. A insatisfação com a ingerência sobre a vida, especialmente das mulheres iranianas, mostra que o governo tem sérios problemas pela frente.O histórico do país mostra uma sequência de casos de humilhações em virtude de gênero. Ainda que a violência costume ser muito maior com as curdas e os curdos, desta vez as demais <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121948-qual-e-a-diferenca-entre-raca-e-etnia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">etnias</a> parecem estar mais propensos a simpatizarem com a causa.<h2>A coragem dos manifestantes</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/28/28234553642048.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Protestar contra um governante não é uma situação tão simples mesmo em <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123022-7-sistemas-de-governos-nao-ditatoriais-que-existem-pelo-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">democracias</a>. No caso do Irã, o problema é ainda maior, já que coloca em risco todo manifestante. Porém, ao contrário do que poderia parecer, a insatisfação popular se tornou maior do que o próprio medo.Na capital e também em cidades do interior, mulheres têm tirado seus lenços na rua. Não é incomum filmagens e fotos mostrando essas mesmas pessoas ateando fogo neles, ou cortando o cabelo em público. Esse tipo específico de manifestação tem sido replicado em outros lugares do mundo, onde iranianos e simpatizantes dos movimentos tomam as ruas em apoio aos protestos.Nem mesmo o <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/112555-o-esquadrao-feminino-quase-esquecido-da-segunda-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">esquadrão</a> da polícia responsável por controlar motins está dando conta de dispersar a população. É possível encontrar vídeos circulando nas redes sociais mostrando que, em alguns locais, os manifestantes conseguem até empurrar a polícia para trás. É cedo para dizer se alguma mudança virá, mas certamente deixarão impactos. Resta saber quais.</body>

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Protestos no Irã: 3 razões para esse ser um momento ímpar

Imagem de Fragata Valk: os judeus expulsos do Brasil ajudaram a fundar Nova York no megacurioso

É impossível não se perguntar: será que os judeus teriam prosperado tanto se tivessem ficado por aqui?

<head></head><body>O ditado popular “a união faz a força” nunca foi subestimado pelos<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120303-como-o-imperio-do-japao-quase-importou-judeus-refugiados.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;judeus</a>, muito pelo contrário, se atualmente eles são conhecidos por terem se tornado o grupo étnico mais bem-sucedido do mundo, deve-se exatamente por isso.Eles foram os primeiros a se submeterem à <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123046-desglobalizacao-como-o-controverso-movimento-afeta-o-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">globalização</a>, possuindo uma rede de conexões globais muito antes de as demais nações, e uma comunidade forte e solidária que sempre ajudou os mais pobres a conseguirem chegar em algum lugar na vida através do estudo – um hábito santificado para eles.E isso não é à toa. A supervalorização e dedicação aos estudos com o senso empreendedorismo os tornou o grupo religioso mais rico dos Estados Unidos desde que emigraram para lá, em 1654. Um estudo do Pew Forum Institute de 2008 mostrou que 46% dos judeus nos EUA ganhavam mais de US$ 100 mil por ano, comparado a 19% dos norte-americanos não judeus. A Forbes confirmou isso com uma lista dos mais ricos dos EUA, dos quais 400 bilionários, 100 eram judeus. Um exemplo disso é que Mark Zuckerberg é judeu, bem como o pai do cofundador do Google, Sergey Brin.Os judeus estão em todas as áreas que construíram os Estados Unidos — em Wall Street, no Vale do Silício, no Congresso e em Hollywood; e isso só aconteceu porque eles imigraram de vários lugares do globo, inclusive do Brasil, de onde foram expulsos.<h2>Renegados e caçados</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/26/26153453655075.jpg" alt="(Fonte: BBC/Reprodução)">(Fonte: BBC/Reprodução)Se olhar para como a comunidade judaica se tornou bem-sucedida com o passar do tempo já é algo incrível, entender o quão rápido isso aconteceu, considerando seu histórico de rejeição pelas outras nações, é ainda mais surpreendente.A odisseia dos judeus que vieram para o Brasil começou em 1536 – apesar de parte dela já datar do século IV –, quando Dom João III instituiu a Inquisição em Portugal, visando convertê-los ao cristianismo – foi com isso que surgiu o termo “cristãos-novos” para diferenciá-los dos "cristãos velhos", os autênticos devotos ao cristianismo. Comunidades inteiras que se recusaram a morrer ou abdicar de sua fé passaram a se reunir em porões de suas casas para exercer a religião, inclusive aqueles que aceitaram a conversão.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/26/26153548002076.jpg" alt="(Fonte: Cooperadores da Verdade/Reprodução)">(Fonte: Cooperadores da Verdade/Reprodução)Contudo, a prática não conseguiu se sustentar por muito tempo devido ao quanto a perseguição se tornou mais ferrenha e generalizada. Em 1540, os cristãos-novos iniciaram seus esforços para fugir daquela configuração de vida, optando pela emigração para o Novo Mundo, que ainda começava seu processo de colonização.&nbsp;Em 1492, os sefarditas foram o primeiro movimento migratório de judeus, que deixaram a Espanha após o decreto da rainha Isabel de Castela e do rei Fernando de Aragão expulsando aqueles que não haviam se convertido ao cristianismo. Foi em fevereiro de 1630, com a ocupação holandesa, que os judeus dos Países Baixos, alguns dos quais descendentes dos que haviam fugido da Península Ibérica rumo à Holanda, chegaram ao Brasil.A maioria deles fazia parte da <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122102-a-incrivel-e-sangrenta-historia-da-gemma-constantiniana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Companhia das Índias Orientais</a>, fundada nos Países Baixos com o objetivo de acabar com o monopólio econômico da Espanha e de Portugal.<h2>Prosperando em solo brasileiro</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Studium Manistici&nbsp;" data-fonte-url="https://studiumanistici.uniroma3.it/articoli/pre-inclusione-e-d-esclusione-pratiche-di-accoglienza-ed-esperienze-di-emarginazione-religiosa-in-europa-e-nellamerica-spagnola-seminario-internazionale-di-studio-1331/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/26/26153758199077.jpg" alt="(Fonte: Studium Manistici/Reprodução)">(Fonte: Studium Manistici/Reprodução)No Brasil, eles rumaram para o Recife, capital de Pernambuco, onde foram abrigados por parentes já estabelecidos. Eles construíram escolas, sinagogas e cemitérios enquanto professavam sua religião em paz; dedicando-se ao comércio, botânica e engenharia. Toda essa contribuição foi essencial para o enriquecimento da vida cultural e econômica da região.A grande virada, porém, aconteceu com a nomeação de Maurício de Nassau como governador-geral da Companhia das Índias Orientais. Pensando em uma verdadeira revolução e em transformar Recife na "capital das Américas", ele investiu em reformas grandiosas, inclusive em mão de obra qualificada daqueles que pudessem contribuir para o crescimento do Brasil – visto que colonos pobres não teriam nenhum proveito.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/26/26154245843079.jpg" alt="Maurício de Nassau. (Fonte: La Parola/Reprodução)">Maurício de Nassau. (Fonte: La Parola/Reprodução)Portanto, Nassau trouxe da colônia luso-judaica em Amsterdã alfaiates, médicos, sapateiros, vidraceiros, arquitetos, comerciantes, pedreiros e todo tipo de judeu com alguma especialidade. Era o plano perfeito, sobretudo porque os imigrantes tinham conhecimento de português.Durante a dominação holandesa no Brasil, os judeus prosperaram religiosa e economicamente, até que Nassau fosse acusado por improbidade administrativa e forçado a voltar à Europa, em meados de 1644.<h2>A jornada do Valk</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/26/26154350059082.jpg" alt="(Fonte: Nautico/Reprodução)">(Fonte: Nautico/Reprodução)Consequentemente, a dominação neerlandesa no nosso país declinou, e os judeus enfrentaram uma nova onda de perseguição religiosa e econômica que atingiu seu ápice em janeiro de 1654, após a vitória dos portugueses sobre os holandeses no Brasil.Ao assumir o governo pernambucano, o general Francisco de Barreto Meneses concedeu um prazo de 3 meses para que todos os judeus do Recife liquidassem seus negócios e partissem do território brasileiro para sempre. Alguns se refugiaram no sertão, mas a maioria queria voltar à Holanda, onde o calvinismo permitia que eles exercessem sua religião.Um dos navios que levou famílias judias embora do Brasil, foi a fragata Valk, que acabou se desviando do caminho por intempéries do tempo, custando várias vidas, e também foi parar nas mãos de piratas. O Valk acabou com 23 judeus a bordo, resgatados por uma fragata francesa e encaminhados à Jamaica, então colônia espanhola, onde acabaram presos pela Inquisição.Após intervenção do governo holandês, a fragata Valk foi liberta, mas por motivos financeiros, seguiu para um destino mais próximo que a Europa: a colônia holandesa de Nova Amsterdã, atual Nova York, então apenas um entreposto comercial. Foi lá que esses 23 judeus que saíram fugidos do Brasil formaram a primeira comunidade judaica da América do Norte, e ajudaram a construir a cidade, fazendo dela a segunda com o maior número de judeus no mundo depois de Tel Aviv, em Israel.<h2>Da rejeição à prosperidade</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/26/26154528389084.jpg" alt="(Fonte: The New York Times/Reprodução)">(Fonte: The New York Times/Reprodução)Em meados do século XIX, cerca de 200 mil judeus emigraram para os EUA, vindos da Alemanha e da Europa Central, se espalhando pelo país e montando negócios altamente lucrativos que consolidaram a economia americana.Entre 1882 e 1924, cerca de 2 milhões de judeus entraram nos EUA da Ucrânia, Rússia ocidental, Polônia, Lituânia, Bielorrússia e Romênia; fazendo do país a maior concentração judaica do mundo, e poderia ter sido maior se eles não começassem a emigrar em massa para Israel quando o governo americano promulgou leis duras que detiveram a emigração.Ao longo desse período, os judeus enfrentaram a pobreza extrema, comendo pouco e se acumulando em favelas superlotadas e imundas de Nova York, se concentrando mais no Brooklyn e no Lower East Side.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/26/26154637553085.jpg" alt="(Fonte: Global Boston/Reprodução)">(Fonte: Global Boston/Reprodução)A década de 1930 conheceu um crescimento econômico considerado na comunidade judaica, com cerca de 20% dos homens judeus em profissões livres, o dobro da taxa de toda a população americana na época. Mas o boom só aconteceu mesmo após a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121183-auschwitz-o-que-aconteceu-la-apos-a-segunda-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Segunda Guerra Mundial</a> e o horror do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122129-quadrinhos-foram-pioneiros-no-ensino-sobre-o-holocausto-aos-americanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Holocausto</a>, quando o antissemitismo enfraqueceu as restrições na contratação de judeus, o que os impedia de prosperar em vários aspectos.Já em 1957, cerca de 75% dos judeus nos EUA trabalhavam em cargos de poder no país, e essa taxa alcançou impressionantes 87% na década de 1970. Na média geral, os judeus ganhavam 72% a mais do que todos os norte-americanos, e foi assim que eles evoluíram das favelas encardidas de Nova York para o metro quadrado mais bem localizado de Manhattan, trocando uniformes sujos de graxa dos sistemas fabris da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119905-como-teria-sido-o-mundo-sem-a-primeira-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Primeira Guerra Mundial</a> para os colarinhos brancos de Wall Street, se tornando o exemplo de sucesso e a definição da palavra elite.</body>

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Fragata Valk: os judeus expulsos do Brasil ajudaram a fundar Nova York

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Lista conta com sete nomes diferentes. Conheça aqui quais foram esses encontros protagonizados pela rainha

O mundo recebeu, no dia 8 de setembro, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122903-rainha-elizabeth-ii-do-reino-unido-morre-aos-96-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank" style="background-color: transparent;">a not&iacute;cia da morte</a> da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120785-10-momentos-da-rainha-elizabeth-ii-antes-de-assumir-o-trono.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank" style="background-color: transparent;">rainha Elizabeth II</a>. Com 96 anos de vida e 7 d&eacute;cadas de reinado, ela colecionou encontros com diversas personalidades, entre elas Papas e at&eacute; mesmo santos.
A seguir, vamos relembrar quais foram esses encontros e os grandes nomes da igreja cat&oacute;lica com os quais a monarca teve contato.
<h2>1. Papa Francisco (2014)</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/16/a-16134945484004.jpg" alt="a" />(Fonte: Gettyimages)
Para celebrar os 100 anos do retorno das rela&ccedil;&otilde;es diplom&aacute;ticas entre o Reino Unido e a Santa S&eacute;, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118108-3-curiosidades-sobre-elizabeth-ii-na-segunda-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank" style="background-color: transparent;">rainha Elizabeth II</a> e o Papa Francisco tiveram um encontro no Vaticano no m&ecirc;s de abril de 2014.
Na ocasi&atilde;o, ambos tiveram a oportunidade de conversar um pouco, e a monarca deu alguns presentes para o l&iacute;der da igreja cat&oacute;lica.
<h2>2. Papa Bento XVI (2010)</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/16/a-16135010476006.jpg" alt="a" />(Fonte: Gettyimages)
O antecessor de Francisco tamb&eacute;m teve a oportunidade de se encontrar com Elizabeth II. Dessa vez, a reuni&atilde;o aconteceu durante uma visita de Bento XVI ao Reino Unido em setembro de 2010.
O encontro foi bem agrad&aacute;vel para ambos, e o agora papa em&eacute;rito chegou a classific&aacute;-lo como "bastante cordial e caracterizado pela troca de preocupa&ccedil;&otilde;es com o bem-estar das pessoas e a fun&ccedil;&atilde;o dos valores do Cristianismo na sociedade".
<h2>3. S&atilde;o Jo&atilde;o Paulo II (1980, 1982 e 2000)</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/16/a-16135313250009.jpg" alt="a" />(Fonte: Gettyimages)
Um dos santos recentes da igreja cat&oacute;lica, Papa Jo&atilde;o Paulo II (que agora atende por S&atilde;o Jo&atilde;o Paulo II) tamb&eacute;m teve a chance de entrar em contato com a rainha Elizabeth II em tr&ecirc;s ocasi&otilde;es diferentes.
Na primeira reuni&atilde;o que aconteceu no Vaticano em 1980, Elizabeth II estava acompanhada de seu esposo, pr&iacute;ncipe Philip. J&aacute; em maio de 1982 o ent&atilde;o Papa Jo&atilde;o Paulo II foi at&eacute; o Pal&aacute;cio de Buckingham, e a &uacute;ltima reuni&atilde;o foi em outubro de 2000, quando a rainha viajou at&eacute; o Vaticano para um encontro particular.
Vale lembrar que a canoniza&ccedil;&atilde;o de Jo&atilde;o Paulo II aconteceu em 2014, marcando o segundo santo em ordem cronol&oacute;gica conhecido pela monarca.
<h2>4. Madre Teresa de Calcut&aacute; (1983)</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/16/a-16135643533012.png" alt="a" />(Fonte: Gettyimages)
A &uacute;nica santa conhecida em vida pela rainha Elizabeth II foi Madre Teresa de Calcut&aacute;. O encontro em quest&atilde;o aconteceu em 1983 e, apesar de n&atilde;o ter uma quantidade abundante de detalhes, na ocasi&atilde;o a monarca recebeu da madre como presente uma placa de Ordem do M&eacute;rito.
<h2>5. Papa Jo&atilde;o XXIII (1961)</h2>
<iframe width="853" height="480" src="https://www.youtube.com/embed/LCkBAfinBmQ?start=0" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
Voltando um pouco mais no tempo, Elizabeth II e pr&iacute;ncipe Philip tiveram uma audi&ecirc;ncia com o Papa Jo&atilde;o XXIII em maio de 1961. Vale lembrar que a canoniza&ccedil;&atilde;o de S&atilde;o Jo&atilde;o XXIII e S&atilde;o Jo&atilde;o Paulo II aconteceu no mesmo dia, ent&atilde;o pela l&oacute;gica hist&oacute;rica Jo&atilde;o XXIII foi o primeiro santo conhecido pela rainha.
<h2>6. Papa Pio XII (1951)</h2>
<iframe width="853" height="480" src="https://www.youtube.com/embed/lL2lUIGIqMo?start=0" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
Esse encontro mais antigo marcou o primeiro contato de Elizabeth II com um Papa. Por&eacute;m, o bate-papo em quest&atilde;o aconteceu em 1951, um ano antes de ela se tornar a rainha do Reino Unido.

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Quais papas e santos a rainha Elizabeth conheceu?

Imagem de Livro dos Mortos: o "guia" egípcio deixado para as múmias no megacurioso

Papiros com instruções para os mortos eram deixados nos túmulos do Antigo Egito para auxiliar na transição para o Além

<head></head><body>Você provavelmente já ouviu falar no Livro dos Mortos, mas o que você talvez não saiba é que, na realidade, não se tratava realmente de um livro. A verdadeira história por trás das instruções deixadas para os <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122734-ghost-weddings-a-pratica-chinesa-de-se-casar-com-mortos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">falecidos</a> pode ser um pouco diferente do que você esperava.A coisa toda teve origem nos <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122581-diarios-de-merer-os-registros-da-construcao-das-piramides-do-egito.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">rolos de papiros</a>&nbsp;depositados nas tumbas egípcias, sobre a cabeça das múmias ou ao lado delas. Em alguns casos, eram até mesmo entalhadas no túmulo. A ideia era deixar ali algum tipo de instrução, ou até mesmo orações e feitiços, com a intenção de auxiliar os mortos em sua passagem para o Além.<h2>Livro dos Mortos: feitiços e instruções para os finados</h2>No Antigo Egito, ao entrar em um túmulo, você jamais encontraria um livro propriamente dito. Cada tumba tinha seu próprio conjunto de instruções, e a este apanhado de papiros de diferentes autores e origens, com diversos tipos de textos diferentes, foi dado título de Livro dos Mortos.Esses manuscritos tinham por finalidade dar uma mãozinha no julgamento da pessoa morta lá do outro lado, no pós-vida. Os egípcios acreditavam que, ao morrer, o ser humano ia parar em outro plano onde era devidamente julgado por seus atos na Terra. Por isso, relatos sobre a vida do parente ou amigo morto eram escritos em rolos de papiro e deixados para as <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122068-arqueologos-descobrem-250-mumias-em-antiga-necropole-no-egito.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">múmias</a>, assim glorificando e, de certa forma, guiando o julgamento de seus espíritos.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/09/09180820210368.jpg" alt="&nbsp;Wikimedia Commons/Reprodução">&nbsp;Wikimedia Commons/ReproduçãoSegundo Barry Kemp, professor emérito de Egiptologia na Universidade de Cambridge, esses textos "preparavam os egípcios para a vida após a morte e tinham o poder de conjurar todas as partes do corpo de alguém para sua jornada espiritual". A ideia, segundo o professor, era a de que os feitiços e instruções depositados nas tumbas podiam conceder ao espírito do morto "o poder de navegar com sucesso — e pela eternidade — pelos vários reinos", sendo um guia para o além-vida.<h3>Semipadronização</h3>Embora não houvesse mesmo um único Livro dos Mortos, alguns feitiços deixados para os mortos eram bastante populares e frequentemente utilizados na hora de preparar o papiro para o finado. Considerados como praticamente essenciais, alguns textos, como o Feitiço 17, que falava sobre a importância do deus Rá, eram quase que usados por padrão.Também eram comuns algumas dicas deixadas para o espírito da pessoa morta. Por exemplo, ainda de acordo com o professor Kemp, em muitos casos os papiros continham instruções sobre o que fazer e como navegar pelos reinos dos deuses e demônios e "seus potenciais obstáculos".<h3>Livro dos... vivos?</h3>Curiosamente, diversos dos feitiços escritos nos papiros eram voltados para a pessoa enquanto ainda viva. Segundo Foy Scalf, diretor do arquivo de pesquisas da Universidade de Chicago, muitos desses textos visavam auxiliar na experiência transcendental do humano no mundo dos vivos, podendo em seguida ser reutilizado no além para continuar o processo de elevação do espírito.</body>

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Livro dos Mortos: o 'guia' egípcio deixado para as múmias

Imagem de Os 6 mais importantes deuses do Egito Antigo no megacurioso

Saiba mais sobre o que alguns dos antigos deuses do Egito representavam

O Egito Antigo remonta a um per&iacute;odo marcado por grandes realiza&ccedil;&otilde;es arquitet&ocirc;nicas, como as famosas pir&acirc;mides, e mesmo na Agricultura, baseada em grande parte da regi&atilde;o do Rio Nilo. Mas foi tamb&eacute;m nessa civiliza&ccedil;&atilde;o que a religi&atilde;o se sustentou como um dos seus pilares mais fortes.&nbsp;
&Eacute; verdade que o culto aos deuses podia variar conforme a regi&atilde;o e o per&iacute;odo, mas a civiliza&ccedil;&atilde;o era majoritariamente polite&iacute;sta. Seus rituais deixaram reflexos ao longo da hist&oacute;ria s&atilde;o conhecidos e lembrados ainda hoje. Al&eacute;m disso, o fato de existirem mais de 2 mil deuses refor&ccedil;a o papel deles na sociedade e confere um car&aacute;ter mais complexo &agrave; religi&atilde;o eg&iacute;pcia. Saiba mais sobre seis importantes deuses do Egito:
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121334-6-mitos-sobre-o-egito-antigo-que-voce-provavelmente-acredita.htm" target="_blank">6 mitos sobre o Egito Antigo que voc&ecirc; provavelmente acredita</a>
<h2>1. R&aacute;</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/01/01130736915167.jpg" alt="O Deus Ra era representado de diversas maneiras, sendo uma delas com a cabe&ccedil;a de um falc&atilde;o. (Fonte: Wikimedia)" />O Deus Ra era representado de diversas maneiras, sendo uma delas com a cabe&ccedil;a de um falc&atilde;o. (Fonte: Wikimedia)
A mitologia do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122063-o-que-os-faraos-do-egito-antigo-guardavam-nas-piramides.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Egito</a> mostra como os deuses eram seres temperamentais mas tamb&eacute;m podiam representar grandes fen&ocirc;menos da natureza, como &eacute; o caso de R&aacute;, o deus do sol. Figura de imenso destaque, se trata de um deus tido como respons&aacute;vel pela cria&ccedil;&atilde;o do mundo e de todas os seres, segundo a mitologia. Com o tempo, ele tamb&eacute;m foi associado a outros deuses, como Amon (Amon-Ra).
<h2>2. Os&iacute;ris</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/01/01131418874173.jpg" alt="O Deus Os&iacute;ris junto de outros dois deuses: Anubis e H&oacute;rus. (Fonte: Wikimedia)" />O Deus Os&iacute;ris junto de outros dois deuses: Anubis e H&oacute;rus. (Fonte: Wikimedia)
Um dos nomes mais famosos, Os&iacute;ris &eacute; o deus da morte. Al&eacute;m de ser o patrono da vida eterna, &eacute; ele quem julga os mortos. Tido como inventor da agricultura, especula-se que sua hist&oacute;ria tenha liga&ccedil;&otilde;es com eventos ocorridos no passado hist&oacute;rico do Egito. A mitologia conta que ap&oacute;s ser morto por seu irm&atilde;o Set, Os&iacute;ris nasce no al&eacute;m, fazendo refer&ecirc;ncia &agrave; ideia de que a terra e a vegeta&ccedil;&atilde;o tamb&eacute;m possuem o conceito de vida e renascimento interligados entre si.
<h2>3. &Iacute;sis</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/01/01125701455158.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia)" />(Fonte: Wikimedia)
&Iacute;sis &eacute; uma das deusas mais misteriosas, passando de entidade ofuscada a amplamente cultuada. Ela agregava valor &agrave;s virtudes femininas enquanto era adorada por ser uma m&atilde;e e esposa dedicada.
Seu papel, inclusive, &eacute; associado ao da deusa grega <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121883-5-curiosidades-sobre-afrodite-a-deusa-grega-da-beleza.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Afrodite</a>, sendo uma das &uacute;ltimas deusas adoradas pela sociedade e chegando a ser conhecida na Gr&eacute;cia e Roma Antiga. Esposa de Os&iacute;ris, o Rio Nilo seria fruto das suas l&aacute;grimas derramadas ap&oacute;s a morte do amado.
<h2>4. H&oacute;rus</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/01/01133816738186.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia)" />(Fonte: Wikimedia)
Filho de Os&iacute;ris e &Iacute;sis, foi H&oacute;rus quem vingou a morte do pai e se tornou o senhor dos vivos. Essa luta n&atilde;o veio sem perdas para H&oacute;rus, pois lhe custou a perda de um dos olhos. Nas suas representa&ccedil;&otilde;es, h&aacute; a presen&ccedil;a da cabe&ccedil;a de falc&atilde;o.
Seu olho tamb&eacute;m ficou conhecido por evocar poder, tendo se tornado uma das explica&ccedil;&otilde;es para as fases da lua (o ferido representava a lua, e o outro o sol), al&eacute;m de ser um s&iacute;mbolo tido como capaz de afastar o mau-olhado.&nbsp;
<h2>5. Bastet</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia&nbsp;" data-fonte-url="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/a/af/Bastet-E_3731-IMG_0549-gradient.jpg/512px-Bastet-E_3731-IMG_0549-gradient.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/01/01142949353244.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia)" />(Fonte: Wikimedia)
Inicialmente representada com uma cabe&ccedil;a de le&atilde;o, transmitindo uma imagem de guerreira, Bastet &eacute; a deusa ligada &agrave; fertilidade. Com o passar do tempo, passou a ser retratada tamb&eacute;m com a cabe&ccedil;a de gato, um animal venerado do mundo eg&iacute;pcio e tido como carinhoso e protetor, resultando na mudan&ccedil;a da imagem atribu&iacute;da a ela.
<h2>6. Min</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/01/01140655169198.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia)" />(Fonte: Wikimedia)
Min, deus da fertilidade e da colheita, &eacute; representado com forma masculina. Acredita-se que ele seja um dos deuses mais antigos da civiliza&ccedil;&atilde;o. Al&eacute;m disso, ele tamb&eacute;m foi assimilado pela cultura <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121465-6-filosofias-da-grecia-antiga-que-voce-precisa-conhecer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">grega</a> devido &agrave;s semelhan&ccedil;as com o deus P&atilde;, dos bosques, rebanhos e pastores.

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Os 6 mais importantes deuses do Egito Antigo

Imagem de Massacre de São Bartolomeu: a carnificina que tomou Paris há 450 anos no megacurioso

O episódio, ocorrido em 24 de agosto de 1572, é uma das amostras mais violentas da busca pelo poder ocorridas na França

<head></head><body>A história da França é rica em acontecimentos que marcaram o curso da humanidade e muitos desses eventos foram marcados pela violência, mostrando o quanto a instabilidade era uma ameaça que se revelava de diferentes formas. Não era raro que diversos movimentos saíssem de sua própria proporção, evidenciando a luta pela manutenção do poder por grupos específicos.&nbsp;Um dos episódios que marcou a história foi o Massacre de São Bartolomeu, ocorrido em 1572, há 450 anos. O cenário, aparentemente, não se encaminhava para um desfecho tão dramático. A <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121451-6-fatos-curiosos-sobre-a-igreja-catolica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Igreja Católica</a> ainda tinha plenos poderes, mas se via ameaçada pela Reforma Religiosa. O avanço de outras religiões gerava embates, exigindo uma análise mais aprofundada do contexto em que aquele período estava inserido.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia&nbsp;" data-fonte-url="https://en.wikipedia.org/wiki/St._Bartholomews_Day_massacre#/media/File:Frans_Hogenberg,_The_St._Bartholomew's_Day_massacre,_circa_1572.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/02/02151423956349.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia)">(Fonte: Wikimedia)<h2>O avanço da Reforma Religiosa</h2>Tanto a emergência do protestantismo luterano, que ganhou maior peso com o movimento liderado por <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121545-quem-foi-martinho-lutero-o-lider-da-reforma-protestante.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Martinho Lutero</a>, quanto do Calvinismo, uma outra vertente protestante, ameaçavam o domínio católico no continente europeu. João Calvino, figura de maior destaque, foi um dos responsáveis por promover a popularização de seus valores em diversos países.&nbsp;Na Inglaterra, os protestantes eram representados pelos puritanos; na Escócia, pelos presbiterianos; na Holanda, pelos reformados. Já na França, os huguenotes eram o grupo que levava os ensinamentos adiante, sendo a maioria deles calvinista. A ideia da predestinação, e mesmo de uma visão de que o trabalho era um caminho para a riqueza, se mostravam como uma forma de pensar divergente do catolicismo.&nbsp;A legitimação do lucro, arduamente criticada, e mesmo o relativo fracasso da Igreja Católica em atender às necessidades dos fiéis, possibilitaram esse movimento de revolução espiritual, configurando-se como um dos marcos do final da era feudal na transição para o capitalismo.No episódio do Massacre de São Bartolomeu, no entanto, é importante lembrar que foi a anuência do poder real que determinou o ataque, mostrando que nem mesmo o Édito de Saint-Germain — assinado por Catarina de Médici em 1562, que oferecia certa trégua aos calvinistas — foi o bastante para impedir um novo episódio na perseguição religiosa contra os huguenotes.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/02/02150936960348.jpg" alt="O Massacre de São Bartolomeu, por Fraçois Dubois. (Fonte: Wikimedia)">O Massacre de São Bartolomeu, por Fraçois Dubois. (Fonte: Wikimedia)<h2>Um episódio violento</h2>O ataque, realizado na madrugada de 24 de agosto, dia de São Bartolomeu, foi brutal. Há hipóteses que, inclusive, apontam Catarina de Médici como a figura que instigou o episódio, começando pelo ataque coordenado. Gaspard de Coligny, um dos líderes protestantes, foi o primeiro alvo, o que representou uma ameaça.&nbsp;O Rei Carlos IX da França, em seguida, teria autorizado o ataque massivo. Entre as vítimas, não havia apenas calvinistas, mas pessoas assassinadas sem qualquer distinção e chance de defesa, incluindo crianças, e indo muito além de uma perseguição que se espalhou por várias províncias francesas. O número de mortos não é totalmente definido, podendo estar entre 5 mil e 30 mil mortos conforme a fonte.&nbsp;O dia ficou marcado não apenas por tingir de vermelho as casas, as ruas de Paris e seus rios, chegando a impossibilitar o consumo de água ou a pesca e tornar algumas áreas insalubres, mas por evidenciar o quão longe quem detinha o poder estava disposto a ir para frear o avanço de tudo aquilo que podia ser considerado uma ameaça, ainda que tivesse apenas uma suposta <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120949-5-enganos-historicos-sobre-a-revolucao-francesa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">revolução</a> ocorrendo.O dia do massacre, por sua vez, passou ser o dia de São Bartolomeu, que promoveu grandes esforços para promover a fé cristã, mas que sofreu uma morte violenta. Após o episódio, o calvinismo perdeu parte de sua força na França. No final das contas, tanto a reativação da Inquisição e mesmo as <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122387-5-historias-fascinantes-de-guerra-ao-longo-dos-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">guerras</a> de religião não evitaram o desgaste do poder papal.&nbsp;O maior estímulo aos ideais capitalistas, entretanto, continuou. Apesar do cenário instável, o absolutismo se consolidou como uma forma de poder que estimulava o mercantilismo e buscava o apoio da burguesia, a quem concedia favores; e a nobreza, a quem atraía buscando obter benefícios e controlar.</body>

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Massacre de São Bartolomeu: a carnificina que tomou Paris há 450 anos

Imagem de Afinal, quem foram os druidas? no megacurioso

Sacerdotes brutais e extremamente poderosos ou homens com conhecimento sobre astronomia e outras ciências? Parece que nunca saberemos

O consenso &eacute; que os druidas eram uma classe de indiv&iacute;duos que viveram em locais onde a <a href="https://www.megacurioso.com.br/datas-comemorativas/85629-voce-conhece-as-tradicoes-que-deram-origem-ao-halloween.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cultura celta</a> se desenvolveu. Esses indiv&iacute;duos ocupariam um lugar importante dentro dessas sociedades devido &agrave; sua sabedoria e aos conhecimentos que possu&iacute;am das tradi&ccedil;&otilde;es. Dentre as suas fun&ccedil;&otilde;es estavam praticar todos os rituais religiosos, interpretar eventos da natureza, prever o futuro e criar po&ccedil;&otilde;es medicinais usando plantas sagradas.
No entanto, h&aacute; pouqu&iacute;ssimas fontes que descrevem essa classe de pessoas. Assim, mesmo para os historiadores, suas vidas s&atilde;o um mist&eacute;rio.
<h2>Os druidas na vis&atilde;o dos romanos</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/01/01182613791485.jpg" alt="Druidas foram descritos de diversas formas. (Fonte: Shutterstock)" />Druidas foram descritos de diversas formas. (Fonte: Shutterstock)
A escrita n&atilde;o era parte importante da cultura celta, por isso, a transmiss&atilde;o de conhecimento entre os druidas se dava oralmente. Dessa forma, n&atilde;o h&aacute; documentos escritos produzidos pelos pr&oacute;prios celtas que relatem como se organizavam esses sacerdotes. As fontes que existem prov&eacute;m de relatos de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/116921-5-imperadores-romanos-que-tiveram-fins-terriveis.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">romanos</a>, gregos e irlandeses.
Na vis&atilde;o dos romanos, especialmente de J&uacute;lio C&eacute;sar, autor que descreveu brevemente alguns encontros com druidas durante as Guerras G&aacute;licas, os druidas eram indiv&iacute;duos extremamente poderosos e cru&eacute;is. Segundo C&eacute;sar, os sacerdotes celtas n&atilde;o pagavam impostos e n&atilde;o eram obrigados a prestar servi&ccedil;o militar. Al&eacute;m do poder religioso, tamb&eacute;m possu&iacute;am poder judicial e por serem os intermedi&aacute;rios entre os deuses e o povo, os druidas podiam impor proibi&ccedil;&otilde;es (como n&atilde;o comer certo tipo de carne) aos demais. Al&eacute;m disso, eles realizavam sacrif&iacute;cios, inclusive de humanos, para aplacar a f&uacute;ria dos deuses.
Vale lembrar, no entanto, que Roma tinha interesse em dominar o territ&oacute;rio em que esses supostos druidas viviam, assim, evidentemente, os colocar como perigosos para a sociedade era muito vantajoso.
<h2>Os druidas na vis&atilde;o dos gregos e irlandeses</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/01/01182615963486.jpg" alt="Na vis&atilde;o Irlandesa, druidas eram magos. (Fonte: Shutterstock)" />Na vis&atilde;o Irlandesa, druidas eram magos. (Fonte: Shutterstock)
J&aacute; nos relatos gregos, os druidas foram retratados como grandes fil&oacute;sofos e cientistas que mereciam admira&ccedil;&atilde;o. Segundo o historiador Ronal Hutton, em geral, quanto mais longe um autor vivia, mais agrad&aacute;vel ele pensava que eles eram. Isso explicaria as descri&ccedil;&otilde;es mais favor&aacute;veis feitas pelos gregos.
As fontes irlandesas s&atilde;o mais confi&aacute;veis, por um lado, j&aacute; que partem de povos que realmente conviveram com druidas. Por&eacute;m, por outro lado, os historiadores n&atilde;o podem atestar a veracidade dos relatos contidos nelas devido aos textos irlandeses terem sido escritos ap&oacute;s a sua convers&atilde;o ao cristianismo, j&aacute; que antes disso n&atilde;o havia cultura escrita por l&aacute;. De qualquer forma, na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115554-complexo-de-templos-e-achado-sob-aterro-na-irlanda-do-norte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Irlanda</a>, os druidas s&atilde;o descritos como magos com poderes sobrenaturais.

<h2>O decl&iacute;nio dos druidas</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/01/01182617917487.jpg" alt="A ascens&atilde;o do Imp&eacute;rio Romano e o Cristianismo acabaram com os druidas. (Fonte: Shutterstock)" />A ascens&atilde;o do Imp&eacute;rio Romano e o Cristianismo acabaram com os druidas. (Fonte: Shutterstock)
Sua exist&ecirc;ncia pode estar envolta em mist&eacute;rio, mas seu desaparecimento parece ter origens muito mais evidentes. Os historiadores acreditam que os druidas entraram em decl&iacute;nio durante a ascens&atilde;o do Imp&eacute;rio Romano, que promoveu ataques sistem&aacute;ticos a esses sacerdotes. A erradica&ccedil;&atilde;o da cultura druida veio afinal com a cristianiza&ccedil;&atilde;o da Europa.

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Afinal, quem foram os druidas?

Imagem de De vilão a mártir: o cachorro que a Igreja rejeitou como santo no megacurioso

São Guinefort teria sido um cão medieval santificado pelo povo cujo culto foi proibido pela Igreja à época da Inquisição

<head></head><body>Todo mundo sabe que hoje em dia&nbsp;as pessoas amam seus cachorros, muitas vezes tratando-os até como parte da família, tentando inclusive perpetuar esse amor ao <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121677-como-funciona-a-clonagem-de-animais-domesticos-nos-eua-e-outros-paises.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">clonar os bichinhos</a>, na esperança de que nunca seja necessário ao tutor <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122796-as-6-racas-de-cachorro-com-maior-expectativa-de-vida.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">se separar de seu fiel companheiro</a>.Além de serem uma companhia agradável e muitas vezes bem divertida, é comum ouvir relatos de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120836-mercy-dogs-os-caes-heroicos-da-primeira-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cães protagonizando verdadeiros feitos heroicos</a> — como é o caso de Guinerfort, o cachorrinho recusado pela igreja como santo.<h2>Guinefort, o cão herói</h2>Lá pela segunda metade do século XIII, um frei dominicano chamado Estevão de Bourbon costumava viajar pela região sul da França documentando todo tipo de coisa "esquisita", como <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/39045-voce-sabe-qual-e-a-origem-das-superticoes-ao-redor-da-sexta-feira-13.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">superstições</a>, crenças e heresias. Dentre as histórias encontradas pelo religioso estava a de Guinefort, um cãozinho da raça Galgo Inglês (também conhecida como Greyhound) que acabou ganhando status de "santo".<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/31/31165011724386.jpg" alt="Guinefort era um cãozinho da raça Galgo Inglês, também conhecida como Greyhound, como este da imagem. (Foto: Wikimedia Commons/Reprodução)">Guinefort era um cãozinho da raça Galgo Inglês, também conhecida como Greyhound, como este da imagem. (Foto: Wikimedia Commons/Reprodução)Segundo conta a história, certo dia, o senhor e a senhora de um castelo na cidade de Lião, na França, retornavam para casa. A expectativa era de encontrar seu bebê dormindo são e salvo mas, ao abrir a porta de casa, o casal se deparou com tudo revirado. Parecia que uma verdadeira batalha havia ocorrido no castelo, e para piorar a situação eles encontraram o berço do bebê derrubado no chão perto de sangue. Muito sangue. E Guinefort, o fiel cãozinho da família, veio até eles com o focinho todo ensanguentado.Em um ato de desespero, imaginando que o cachorro havia devorado a criança, o lorde do castelo desembainhou sua espada e matou o animal. Atordoado, triste e completamente desolado pela perda do filho, o casal se aproximou do berço caído... e encontrou a criança sã e salva. Perceberam então que todo aquele sangue era, na verdade, de uma&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121706-existe-diferenca-entre-os-venenos-das-cobras-descubra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cobra</a> que havia entrado na propriedade e que Guinefort, em um ato de heroísmo, matou para defender o bebê.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/31/31164657980381.jpg" alt="Gravura ilustra os senhores do castelo abatendo o cão Guinefort, que defendeu seu bebê do ataque de uma cobra. (Foto: Amusing Planet/Reprodução)">Gravura ilustra os senhores do castelo abatendo o cão Guinefort, que defendeu seu bebê do ataque de uma cobra. (Foto: Amusing Planet/Reprodução)Completamente arrependido por ter tirado a vida de seu fiel companheiro, o senhor do castelo então deu ao cãozinho um enterro digno, empilhando algumas pedras que acabaram se tornando uma espécie de altar. A história logo se espalhou pelas redondezas e a figura de "São Guinefort", o falecido cão herói, começou a atrair mais e mais pessoas desesperadas em busca de ajuda para seus próprios filhos. Nascia ali uma figura santa — mas não por muito tempo.<h3>Recusado pela igreja</h3>Um dos maiores problemas em relação a "santificar" o pobre Guinefort era a forma como as pessoas o faziam: geralmente, a busca do milagre em nome do cãozinho vinha em forma de procedimentos que mais pareciam&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122199-a-tortura-chinesa-da-agua-que-levava-suas-vitimas-a-loucura.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tortura</a>&nbsp;do que cura. Mães e pais punham em risco a segurança de seus filhos em rituais que envolviam fogo, afogamentos e todo o tipo de coisa impensável. Ao saber sobre tudo isso, o frei Estevão de Bourbon resolveu intervir, buscando acabar com aquelas práticas terríveis.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/31/31164122319378.jpg" alt="Ilustração de um cão da raça Galgo Inglês, datada de 1658. (Foto: Edward Topsell/Reprodução)">Ilustração de um cão da raça Galgo Inglês, datada de 1658. (Foto: Edward Topsell/Reprodução)O frei alegou que tais rituais não eram coisa de Deus, mas sim que acabavam invocando&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120409-como-o-diabo-mudou-de-cara-e-funcao-ao-longo-dos-seculos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">demônios</a>, e reforçou que as práticas era basicamente infanticídio. Estevão se sentiu ofendido por ver um cão sendo tido como figura santa, alegando que isto era uma afronta aos <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121820-quem-foi-o-primeiro-santo-canonizado-pela-igreja-catolica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">verdadeiros santos canônicos</a>.Visando dar um fim a toda a loucura, o frei mandou destruir o altar construído no túmulo do cãozinho. Além disso, ele deixou avisado que venerar o cachorro acarretaria multa. Isto, é claro, não impediu que as pessoas continuassem a orar e pedir auxílio ao cachorro herói por muitos séculos.Guinefort, é claro, jamais foi canonizado pela Igreja Católica, especialmente porque a instituição não canoniza animais. Outro ponto importante a se levantar é que a história do cachorro santo nunca foi confirmada: na verdade, existem outros relatos similares ao redor do mundo, então pode ser que tudo isto não passe de apenas um conto passado de geração para geração. Um conto heroico e trágico, mas ainda assim apenas um conto.</body>

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De vilão a mártir: o cachorro que a Igreja rejeitou como santo

Imagem de As representações mais antigas de Jesus Cristo no megacurioso

Nem sempre Jesus foi representado como um homem europeu de cabelo comprido e pele branca. Conheça 7 das primeiras imagens de Cristo.

É bem provável que a imagem que você tenha em mente de <a href="https://www.megacurioso.com.br/personalidades/99352-o-que-sabemos-sobre-a-existencia-de-jesus-cristo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Jesus Cristo</a> seja a de um homem branco, com cabelos compridos e barba, mantendo um ar sereno no rosto. Saiba, portanto, que esta é uma construção europeia — afinal, Jesus veio do Oriente Médio e provavelmente não tinha essa aparência.Ao longo de 2.000 anos, milhares de representações de Jesus foram feitas por culturas diferentes. Neste texto, apresentamos as mais antigas.<h2>8. Cristo Pantocrator (por volta de 550 d.C.)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/21/21102023316005.jpg" alt="(Fonte: Shopify)">(Fonte: Shopify)A imagem do <a href="https://www.megacurioso.com.br/religiao/101578-confira-5-das-representacoes-mais-antigas-de-jesus-cristo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Cristo Pantocrator</a> é uma representação bastante conhecida entre as primeiras que foram criadas de Jesus. Ela faz parte de uma concepção teológica ortodoxa oriental, e mostra um Cristo suave, mas severo — é por isso que os dois lados da face de Jesus são levemente diferentes, dando um certo estranhamento ao seu rosto.Os elementos dessa pintura são todos significativos. O halo atrás de sua cabeça indica sua santidade; a posição dos dedos em sua mão direita descreve as letras ICXC — que quer dizer Jesus Cristo. Na mão esquerda, ele segura o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118235-3-passagens-da-biblia-cheias-de-controversias.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Novo Testamento</a>.<h2>7. Jesus, o Bom Pastor (por volta de 455 d.C.)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/21/21093707082008.jpg" alt="(Fonte: Medieval Art)">(Fonte: Medieval Art)Esta imagem de Jesus como um pastor foi encontrada na entrada do <a href="https://www.megacurioso.com.br/lugares-surpreendentes/37777-conheca-algumas-das-maiores-e-mais-incriveis-tumbas-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mausoléu</a> da imperatriz Galla Placidia, na Itália. A concepção de Jesus como um jovem pastor vem do Evangelho de João. Nesta pintura, Jesus veste um manto de ouro com detalhes em púrpura (ambas as cores eram usadas para representar que ele tinha status importante, como alguém da aristocracia).&nbsp;Na imagem, ele está tranquilo, e não tem barba. O bastão que Jesus usa para cuidar das ovelhas tem forma de cruz, o que simboliza sua vitória contra a morte.<h2>6. Jesus das catacumbas de Commodilla&nbsp;(século IV)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/21/21102215761006.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)A imagem de Jesus encontrada nas catacumbas de Commodilla é compreendida como provavelmente a representação mais antiga de Jesus barbudo. Os símbolos ao lado de sua cabeça são as letras alfa e ômega, a primeira e última do <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/120603-qual-a-influencia-do-alfabeto-grego-na-ciencia-e-na-comunicacao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">alfabeto grego</a>&nbsp;— o que era usado para indicar que Jesus estava no começo e no fim de tudo.<h2>5. Jesus das catacumbas de Marcelino e Pedro (século IV)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/21/21102324703007.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Nesta imagem, encontrada nas catacumbas de Marcelino e Pedro, dois mártires da Igreja Católica, a representação de Jesus é bem diferente. A história retratada nesta pintura está no livro bíblico de São Marcos, e mostra uma mulher que foi curada após tocar na roupa de Jesus.O mais interessante dessa representação é ver que, diferente da imagem anterior, aqui Jesus parece com elementos <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122527-conheca-as-esquisitices-da-vida-cotidiana-dos-romanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">romanos</a>: ele tem cabelo curto, não tem barba e usa uma túnica com listras nos ombros. Na antiga sociedade romana, este era um traje usado por pessoas que tinham autoridade.<h2>4.&nbsp;Mural Severa In Deo Vivas&nbsp;(por volta do ano 325)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/22/a-22161213408336.jpg" alt="a">(Fonte: Wikimedia Commons)Esta imagem está localizada em uma pedra que enfeita o sarcófago de uma mulher chamada Severa (é ela que aparece bem à esquerda do quadro). A frase "in Deo vivas" quer dizer "que você viva com Deus".&nbsp;Jesus é o bebezinho que está no colo de sua mãe, Maria. Atrás dela, está José e, na frente, os três reis magos. Acima deles, a&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117169-a-estrela-de-belem-pode-ter-sido-uma-conjuncao-entre-planetas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estrela de Belém</a>. É, portanto, uma imagem que simboliza o Natal — o nascimento de Cristo.<h2>3. Jesus da catacumba de Calixto (por volta do ano 250)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/21/21100556824001.jpg" alt="(Fonte: Pinterest)">(Fonte: Pinterest)Nesta imagem, encontrada na catacumba do papa Calixto I, em Roma, mais uma vez Jesus é retratado como um pastor. Mas note que a roupa que ele usa é bem diferente: trata-se de uma túnica curta, bem comum na época em que a pintura foi feita. A ideia de que Cristo carregasse um animal nos seus ombros traz similaridade à representação de vários <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/110411-10-fatos-que-voce-ainda-nao-sabe-sobre-a-mitologia-grega.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mitos gregos</a>, como Hermes, que também foi pintado dessa forma.2. A cura do paralítico em Dura Europos (por volta do ano 235)<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/22/a-22161845809341.jpg" alt="a">(Fonte: Wikipedia Commons)Essa imagem representando Jesus, novamente de cabelos curtos e roupa romana, encontra-se nas ruínas de Dura Europos, na atual Síria, perto da divisa com o Iraque, mais precisamente no que sobrou da mais antiga igreja já encontrada pelos arqueólogos.A imagem em questão mostra o momento em que Jesus cura um paralítico em Cafarnaum, episódio relatado nos evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas. Com dificuldade de se aproximarem de Cristo por causa da multidão que o cercava enquanto ele pregava em uma casa, algumas pessoas que fizeram um buraco no telhado do local e desceram o homem paralisado em um colchão usando cordas. É nesse momento em que Jesus teria proferido uma de suas mais famosas frases: "Levanta-te e anda!"<h2>1.&nbsp;O grafite de Alexamenos&nbsp;(por volta do ano 200)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/22/22144701011235.jpg" alt="(Fonte: Medium)">(Fonte: Medium)O "retrato" mais antigo que se tem registro de Jesus é, no mínimo, bem curioso: trata-se do grafite de Alexamenos, uma pintura blasfema que alguém fez entre os séculos I e III e que "xinga" um sujeito chamado Alexamenos.<ul><li><a href="https://www.tecmundo.com.br/produto/402699-cupom-amazon-com-ate-80-off.htm">Aproveite o cupom Amazon e garanta os melhores livros sobre história da arte com desconto!</a>&nbsp;</li></ul>A razão é que ele cultua um deus crucificado (há uma frase escrita no grafite: "Alexamenos adora seu deus"). À sua direita, a imagem de Jesus pendurado na cruz. No entanto, ele tem a cabeça de um jumento — o que certamente era uma forma de ofender o cristão.

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