Imagem de Lei pode impedir próximas gerações de consumir tabaco na Nova Zelândia no megacurioso

País aprovou nova lei que reduz em 90% os estabelecimentos autorizados a vender tabaco

<head></head><body>A Nova Zelândia aprovou uma lei que visa diminuir cada vez mais o consumo de&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122091-como-o-tabaco-fez-o-mundo-ser-o-que-e-hoje.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tabaco</a>&nbsp;no país. A partir de agora, qualquer pessoa nascida a partir do dia 1º de janeiro de 2009 está proibida de comprar produtos com a substância.Como os nascidos naquela data hoje têm 14 anos, isso significa que com o passar do tempo a idade mínima para comprar tabaco no país vai ficar cada vez mais alta, até o dia em que ninguém mais poderá adquirir a substância legalmente. Daqui a 50 anos, por exemplo, para legalmente comprar um <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122866-como-as-substancias-do-cigarro-se-se-agarram-as-coisas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cigarro</a>, a pessoa terá de mostrar um documento parar provar que já têm 64 anos.<h2>Nova Zelândia quer acabar com o comércio de tabaco</h2>Além desse novo limite de idade, a nova lei também reduz drasticamente a quantidade de estabelecimentos autorizados a vender tabaco no país: de 6000 lojas autorizadas, agora somente 600 podem vender cigarros e afins no território neozelandês. E mais: a intenção do governo é livrar o país da nicotina até o ano de 2025.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/22/22151423553267.jpg" alt="Próximas gerações devem ficar impossibilitadas de comprar cigarro legalmente na Nova Zelândia">Próximas gerações devem ficar impossibilitadas de comprar cigarro legalmente na Nova ZelândiaA dra. Ayesha Verrall, ministra da saúde da Nova Zelândia, justificou a decisão do governo afirmando que "não há uma boa razão para permitir a venda de um produto que mata metade das pessoas que o usam." Além disso, ela estima que a proibição de produtos com <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/118905-dia-mundial-sem-tabaco-como-a-nicotina-mata-milhoes-todo-ano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nicotina</a> deve ajudar o país a economizar dinheiro, já que menos gente vai adoecer e precisar de tratamento de doenças causadas pelo ato de fumar.A oposição, é claro, não está contente com a decisão e afirma que a proibição vai acabar resultando no surgimento de um mercado paralelo, com o tabaco continuando a ser comercializado — só que ilegalmente —. Além disso, os opositores também argumentam muitos estabelecimentos vão à falência por causa da decisão do governo.<h3>Vape segue legalizado</h3>Apesar da proibição,&nbsp;a lei não impede o uso do vape, que segue sendo legal e já é muito mais popular do que o cigarro na Nova Zelândia. Cerca de 16% da população do país fumava tabaco diariamente 10 anos atrás, com este valor caindo hoje para apenas 8%. Já os fumantes de vape já são atualmente 8,3% da população neozelandesa.</body>

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Lei pode impedir próximas gerações de consumir tabaco na Nova Zelândia

Imagem de Aumento da taxa de suicídio e Festas de fim de ano NÃO têm relação direta no megacurioso

Falsas alegações e notícias inverídicas sobre o aumento da taxa de suicídio durante as festas de final do ano persistem em coberturas jornalísticas

<head></head><body>Uma nova pesquisa publicada pelo Annenberg Public Policy Center (AAPC) indica que veículos de imprensa e agências jornalísticas seguem compartilhando informações que relacionam o aumento da <a href="https://www.megacurioso.com.br/politica/91732-os-10-paises-com-as-maiores-taxas-de-suicidio-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">taxa de suicídio</a> com as Festas de fim de ano. De acordo com o projeto, foi averiguado que mais da metade das notícias que envolvem ambos os temas apoiam o falso mito, gerando possíveis impactos em pessoas que já pensam em tirar suas vidas no período.O projeto indicou que, durante a temporada de férias de 2021/22, 56% das matérias que traziam informações sobre suicídio e festas de final de ano davam suporte à conexão, enquanto apenas 44% desmentiam os dados. Vale reforçar que, nos EUA, embora a taxa de suicídio tenha aumentado em 2021 após dois anos de declínio, segundo dados dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), a taxa média diária durante os meses de férias — incluindo dezembro e janeiro — permaneceu entre os índices mais baixos do ano.“Nossa experiência em rastrear notícias sobre suicídio durante as férias mostra como é difícil acabar com esse mito”, diz Dan Romer, diretor de pesquisa do Annenberg Public Policy Center. “Nos 23 anos de nosso estudo, apenas nove anos tiveram taxas mais altas de desmascaramento do mito e apenas três deles ocorreram nos últimos dez anos.”De acordo com o CDC, em uma pesquisa compartilhada em setembro de 2022, o número de suicídios em 2021 foi 4% maior do que em 2020. Esses números foram impulsionados pela pandemia da covid-19, que exacerbou os níveis de <a href="https://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/99148-9-fatos-sobre-transtornos-de-ansiedade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ansiedade</a> e depressão entre os jovens e trouxe impactos graves em épocas de alto pico emocional. Apesar disso, os níveis em dezembro e janeiro estiveram entre os mais baixos dos 12 meses, com agosto dominando os casos no ano em questão.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/12/12103502544079.jpg" alt="(Fonte: Getty Images / Reprodução)">(Fonte: Getty Images / Reprodução)“Para algumas pessoas, esta pode ser uma época do ano emocionalmente carregada”, diz Romer. “Com histórias focadas na tristeza das férias, transtorno afetivo sazonal e outras mudanças nas estações, há muitos fatores que parecem apoiar o mito. Há também a preocupação com aqueles que perderam amigos e familiares durante o ano e que podem estar tristes com essas perdas. Mas não devemos presumir que essas experiências levam as pessoas ao suicídio.”De 29 de dezembro de 2021 a 10 de janeiro de 2022, por exemplo, 47,5% dos jovens de 18 a 29 anos nos EUA apresentaram quadros sintomáticos de transtorno de ansiedade ou <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122908-depressao-conheca-os-6-tipos-mais-comuns-da-doenca.htm#:~:text=O%20transtorno%20depressivo%20maior%20é,perda%20ou%20ganho%20de%20peso" rel="noopener noreferrer" target="_blank">transtorno depressivo</a>, segundo o US Census Bureau e o National Centro de Estatísticas de Saúde.&nbsp;<h2>A importância de combater notícias falsas sobre o suicídio</h2>Entre novembro e dezembro de 2021, tabloides como o Highland News Leader e o Spencer Evening World afirmaram, sem apresentar dados concretos, que as taxas de depressão e suicídio aumentam no final do ano. Negligenciando os sinais de alerta e a importância de cuidar da parte mais fragilizada da sociedade, esses meios de imprensa permitiram que pessoas que já pensam no suicídio pudessem encarar a temporada como "válida".As recomendações atuais conscientizam os propagadores de notícias a evitarem informações que reforcem temas delicados quando não há comprovação via base factual. É indicado que, antes de trazer qualquer mensagem com potencial para gerar impacto social, especialmente quando a fonte é um portal renomado, haja pesquisas em centros confiáveis, a fim de ajudar as pessoas necessitadas e de gerar uma sensibilização coletiva.Isso também é válido em caso de compartilhamento de notícias falsas por parte de internautas. Sempre investigue as fontes e suas procedências antes de se comprometer com algo que possa beneficiar ou prejudicar a vida de alguém, direta ou indiretamente.</body>

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Aumento da taxa de suicídio e Festas de fim de ano NÃO têm relação direta

Imagem de É possível ter um QI abaixo de 50? no megacurioso

Notícias de pessoas com níveis de inteligência extraordinários são sempre destaque, mas e o contrário? É possível que existam pessoas com QI bem abaixo do normal?

Observa&ccedil;&otilde;es e an&aacute;lises realizadas &agrave; capacidade cognitiva nos diferentes pa&iacute;ses sugerem que existem <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118090-nota-de-qi-define-inteligencia-veja-as-pessoas-mais-inteligentes-do-mundo.htm" target="_blank" rel="sponsored">diferen&ccedil;as nas pontua&ccedil;&otilde;es de QI m&eacute;dio</a> entre diferentes nacionalidades. Essas diferen&ccedil;as se d&atilde;o por diversos fatores e podem estar amplamente ligadas a diversos tipos de eflu&ecirc;ncias, como a cultura, a economia, o clima, a esperan&ccedil;a m&eacute;dia de vida entre outras.
Tem-se por medida que o QI mundial anda numa m&eacute;dia de 100. Ser&aacute;, ent&atilde;o, poss&iacute;vel situar-se abaixo da metade? Sim, &eacute;, e existem casos documentados.
Um deles foi o de Joseph Arridy, nascido no in&iacute;cio do seculo passado nos Estados Unidos. Testado por 3 psic&oacute;logos diferentes, foi constatado possuir um QI de apenas 46 e, por isso, acabou indo parar numa <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/115912-os-bizarros-experimentos-da-willowbrook-state-school.htm" target="_blank" title="Os bizarros experimentos da Willowbrook State School ">escola para crian&ccedil;as com defici&ecirc;ncias mentais</a>. Arridy ficou conhecido por ter sido condenado por um&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/117173-homem-e-libertado-apos-37-anos-preso-por-crime-que-nao-cometeu.htm" target="_blank" title="Homem &eacute; libertado ap&oacute;s 37 anos preso por crime que n&atilde;o cometeu">crime que n&atilde;o cometeu</a> ap&oacute;s ser influenciado pela pol&iacute;cia para confessar algo que nunca fez, sendo condenado &agrave; morte aos 23 anos.
O crime em quest&atilde;o foi o ataque e viola&ccedil;&atilde;o de duas jovens menores de idade (12 e 15 anos) enquanto elas dormiam, sendo que uma veio a falecer. Arridy n&atilde;o compreendeu o crime que foi perpetrado, a confiss&atilde;o que fez, nem a pr&oacute;pria execu&ccedil;&atilde;o. Admite-se que ele n&atilde;o entendia, nem tinha no&ccedil;&atilde;o, do que era certo ou errado.
Os testemunhos que prestou eram inconsistentes e o principal suspeito, Frank Aquilar, j&aacute; tinha sido detido. Apesar disso, Arridy foi condenado por homic&iacute;dio e &agrave;&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119483-o-brasil-ja-teve-pena-de-morte.htm" target="_blank" title="O Brasil j&aacute; teve pena de morte?">pena de morte</a> por c&acirc;mara de g&aacute;s. Acabou por ficar conhecido como o &ldquo;homem mais feliz no corredor da morte&rdquo;, exatamente por n&atilde;o ter no&ccedil;&atilde;o da gravidade do que estava para acontecer. Inclusive, quando foi informado que ia ser morto, disse: "N&atilde;o, n&atilde;o, Joe n&atilde;o vai morrer". Ele era incapaz de analisar a realidade.&nbsp;
Em 2011, o governador do Colorado Bill Ritter perdoou oficialmente Arridy ap&oacute;s ter sido provado que ele nem sequer estava na cidade quando ocorreu o crime.
***
Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, colunista do Mega Curioso, &eacute; PhD em Neuroci&ecirc;ncias, mestre em Psicologia, p&oacute;s-graduado em Neuropsicologia entre outras p&oacute;s-gradua&ccedil;&otilde;es, licenciado em Biologia e em Hist&oacute;ria, tecn&oacute;logo em Antropologia, jornalista, especializado em programa&ccedil;&atilde;o Python, Intelig&ecirc;ncia Artificial e tem forma&ccedil;&atilde;o profissional em Nutri&ccedil;&atilde;o Cl&iacute;nica. Atualmente, &eacute; diretor do Centro de Pesquisas e An&aacute;lises Her&aacute;clito; membro ativo da Redilat; chefe do Departamento de Ci&ecirc;ncias e Tecnologia da Logos University International, cientista no Hospital Martin Dockweiler, e professor e investigador cientista na Universidad Santander.

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É possível ter um QI abaixo de 50?

Imagem de Lecanemab: remédio contra Alzheimer pode revolucionar tratamento no megacurioso

Resultados positivos nos testes animaram os cientistas quanto a possibilidades futuras

<head></head><body>Você sabia que, apenas no Brasil, cerca de 2 milhões pessoas são <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123565-reserva-cognitiva-o-que-e-e-por-que-deve-ser-fortalecida.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">diagnosticadas com a Alzheimer</a> todos os anos? É um problema de saúde que traz intensas dificuldades tanto para o doente quanto para seus entes queridos. Além disso, é uma doença muito complexa, pois se desenvolve por décadas sem que haja sinais aparentes de que algo está errado.Mas uma notícia divulgada nos últimos dias trouxe excelentes novidades para as pessoas que sofrem com essa condição e animou a comunidade médica: trata-se de um novo medicamento para o tratamento dessa condição médica.Os especialistas responsáveis pelos testes médicos consideraram o Lecanemab&nbsp;(nome dado ao novo medicamento) como importante, visto que os ensaios clínicos apresentaram descobertas positivas para o composto.Alguns deles até sugerem que estamos diante do “começo do fim” da difícil e intensa busca por tratamentos eficazes contra o mal de Alzheimer, após a nova droga ter se mostrado capaz de reduzir o declínio da memória&nbsp;entre os pacientes testados.<h2>Resultados</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/11/11205345041013.jpg" alt="(Fonte: Michal Jarmoluk/Pixabay/Reprodução)">(Fonte: Michal Jarmoluk/Pixabay/Reprodução)O avanço médico possibilitado por essa pesquisa é tido como de grande importância porque dá fim a décadas de fracasso na busca por um resultado positivo. Em outras palavras, podemos estar vendo o nascimento de uma nova era para as pessoas que sofrem com Alzheimer.De acordo com as informações divulgadas pela imprensa especializada, os resultados referentes ao ensaio clínico de fase três sobre o Lecanemab foram relatados pela Eisai, uma companhia farmacêutica sediada em Tóquio que se uniu a empresa de biotecnologia, Biogen, dos EUA, para o desenvolvimento do medicamento.Segundo a Eisai, os primeiros resultados obtidos no mês de setembro deste ano e que envolveu um estudo com 1.795 pacientes com Alzheimer precoce, apontaram que, após um período de 18 meses, o Lecanemab conseguiu impedir a <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123647-6-mitos-sobre-saude-mental-desmentidos-por-psicologos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">progressão da doença</a> em 27% dos casos em comparação aos pacientes que receberam o placebo.Os resultados e demais detalhes dessa pesquisa foram divulgados no periódico médico-científico The New England Journal of Medicine.<h2>O Lecanemab</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/11/11205540959014.jpg" alt="(Fonte: Mircea - See my collections/Pixabay/Reprodução)">(Fonte: Mircea - See my collections/Pixabay/Reprodução)Conforme os cientistas por trás do desenvolvimento do novo medicamento, o Lecanemab atua atacando uma substância denominada beta-amiloide. Basicamente, ela um tipo de composto pegajoso que se junta em quantidades significativas no cérebro de indivíduos com Alzheimer.Sendo assim, esse medicamento trabalha de maneira semelhante ao que o corpo humano faz naturalmente para se proteger e combater bactérias e vírus, já que funciona como um anticorpo desenvolvido para induzir o sistema imunológico para limpar o amiloide do cérebro.Para fins de esclarecimento, o amiloide é uma proteína. No cérebro, ela se acumula nos espaços situados entre os neurônios, dando início a formação de placas específicas que, por sua vez, são uma marca característica do mal de Alzheimer.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/19/19120821210187.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Mas nem tudo são flores. Apesar dos resultados promissores, há riscos elevados envolvidos. Por exemplo, varreduras cerebrais apontaram para a possibilidade de inchaço no cérebro e hemorragia. Dos mais de 1.700 participantes, cerca de 7% tiveram que interromper o tratamento devido aos efeitos colaterais. Além disso, a droga em questão foca nos estágios iniciais do Alzheimer.Porém, conforme comentou a pesquisadora Susan Kolhaas, do Alzheimer's Research UK, mesmo apresentando um efeito modesto, o Lecanemab lança um pouco luz e esperança, especialmente para a possibilidade de as próximas gerações de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123232-conheca-a-sinistra-sindrome-de-alice-no-pais-das-maravilhas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">medicamentos para o Alzheimer</a> serem muito mais eficientes.&nbsp;Há muito o que se comemorar, afinal, como apontamos no início desse artigo, é uma busca de décadas que só teve fracassos até agora.</body>

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Lecanemab: remédio contra Alzheimer pode revolucionar tratamento

Imagem de Quando o aborto virou pecado para a Igreja Católica? no megacurioso

Embora a decisão de tratar o aborto como pecado tenha sido dada por um papa, foi Napoleão III quem sugeriu a mudança

<head></head><body>A <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122052-o-que-as-sufragistas-pensavam-do-aborto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">discussão sobre o aborto</a> parece hoje um tema tão forte para a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121451-6-fatos-curiosos-sobre-a-igreja-catolica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Igreja Católica</a>, que é quase como se ele sempre tivesse sido um dos maiores pecados para os seus seguidores. Porém, esta nem sempre foi a realidade.Embora o aborto seja considerado pecado desde o início do cristianismo, foi somente no século XIX que a Igreja Católica passou a tratá-lo como um pecado maior e excomungar seus praticantes. E o que fez com que isso mudasse? Um pedido do imperador francês Napoleão 3º.<h2>Um problema de natalidade</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/15/15155653160426.jpg" alt="Napoleão III. (Fonte: Wikimedia Commons)">Napoleão III. (Fonte: Wikimedia Commons)Durante o século XIX, a França enfrentava um problema sério de baixa natalidade. Enquanto a média europeia era de 45 nascidos vivos para cada mil habitantes, a natalidade na França era de apenas 22 (nascimentos para cada mil habitantes). Enquanto no século XVII, o país representava cerca de 40% da população europeia, em 1890 esse número caiu para apenas 12%.O aborto não era um fator decisivo nessa baixa natalidade. O país vinha de um período político delicado depois da Revolução Francesa. Além disso, a vida na cidade — estimulada pelo êxodo rural em larga escala que o país vivia — costuma ser acompanhado por um número menor de filhos.Mesmo assim, Napoleão III optou por conversar com o papa Pio 9º, para que o aborto fosse discutido de maneira mais rígida. Também era um momento oportuno para o diálogo. Para Napoleão, era uma oportunidade de se aproximar dos católicos, que estavam perdendo relevância após a Revolução Francesa, mas ainda eram bastante numerosos.Já a Igreja Católica enfrentava um período conturbado. Os conflitos na península itálica estavam se tornando mais comuns — e resultaram na unificação da Itália em março de 1861. Se unir com um líder de uma importante nação acabou sendo uma saída óbvia para o pontífice obter maior apoio político.<h2>A questão moral</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/15/15162903969450.jpg" alt="Papa Pio IX. (Fonte: Wikimedia Commons)">Papa Pio IX. (Fonte: Wikimedia Commons)De maneira geral, a discussão sobre o aborto na Igreja Católica costuma ser mais moral do que científica. Desde o império romano, ainda em seus primeiros anos, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121905-o-que-a-biblia-fala-sobre-aborto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o cristianismo se colocou contrário ao aborto</a> — uma postura bastante ousada em uma sociedade como a greco-romana, que era consideravelmente abortista.Mas enquanto, até o século XIX, o aborto era considerado um pecado grave, mas sem o mesmo peso que tem atualmente, com o papa Pio 9º o aborto se tornou um pecado gravíssimo — resultando automaticamente em excomunhão. Foi ele quem oficializou para o catolicismo a ideia de que a vida tem início no momento da concepção.Foi isso que fez com que, em outubro de 1869, o Vaticano publicasse um documento no qual cita o aborto como um pecado que deveria resultar na pena máxima e imediata para a Igreja Católica: a excomunhão. Em 1917, quando é promulgado o primeiro Código de Direito Canônico, a condenação se torna oficial e permanece assim desde então.</body>

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Quando o aborto virou pecado para a Igreja Católica?

Imagem de Por que os indianos são mais vulneráveis a doenças genéticas raras? no megacurioso

Genética e uma série de fatores comportamentais podem ajudar a explicar essa questão

Voc&ecirc; j&aacute; reparou que, quando o assunto envolve <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123649-e-possivel-sentir-o-cheiro-de-alguem-doente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">doen&ccedil;as raras</a>, a &Iacute;ndia quase sempre aparece na lista? Isso n&atilde;o &eacute; coisa de sua imagina&ccedil;&atilde;o &mdash; algumas estimativas independentes apontam que, de todos os&nbsp;casos de doen&ccedil;as raras existentes no mundo, cerca de um ter&ccedil;o surgem na &Iacute;ndia.
<h2>Pouca aten&ccedil;&atilde;o do governo</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;(Fonte: New York Post/ Caters News Agency/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)&nbsp;" data-fonte-url="https://nypost.com/2012/02/09/siblings-from-india-dont-expect-to-marry-due-to-werewolf-syndrome/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/07/07175139631375.jpg" alt="As irm&atilde;s Raut da &Iacute;ndia sofrem de uma doen&ccedil;a extremamente rara conhecida como &ldquo;s&iacute;ndrome do lobisomem&rdquo;." />As irm&atilde;s Raut da &Iacute;ndia sofrem de uma doen&ccedil;a extremamente rara conhecida como &ldquo;s&iacute;ndrome do lobisomem&rdquo;.
Como se isso j&aacute; n&atilde;o fosse suficientemente preocupante, essas doen&ccedil;as consideradas raras afetam uma parcela m&iacute;nima da popula&ccedil;&atilde;o indiana, por isso, recebem pouca aten&ccedil;&atilde;o das autoridades.
Tamb&eacute;m precisamos considerar que estamos tratando de um pa&iacute;s com grandes limita&ccedil;&otilde;es em termos de recursos financeiros e m&eacute;dicos. Ali&aacute;s, esse fato contribui para o atraso na conscientiza&ccedil;&atilde;o das pessoas, especialmente sobre a import&acirc;ncia do <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123601-alzheimer-como-identificar-a-doenca-precocemente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">diagn&oacute;stico precoce</a>.
Sem contar que as restri&ccedil;&otilde;es financeiras impedem que novos medicamentos sejam desenvolvidos, assim como pesquisas no campo sejam realizadas.
Em 2017, a &Iacute;ndia at&eacute; chegou a criar uma Pol&iacute;tica Nacional sobre Doen&ccedil;as Raras. O problema &eacute; que faltava clareza sobre quais doen&ccedil;as seriam consideradas raras, onde elas estavam no pa&iacute;s e como elas seriam cobertas.&nbsp;
Tamb&eacute;m notaram-se problemas quanto a elegibilidade do paciente e o compartilhamento dos custos. Uma pol&iacute;tica revisada sobre essa quest&atilde;o foi apresentada em mar&ccedil;o de 2021, mas sem grandes resultados efetivos, na pr&aacute;tica.
<h2>A base do problema</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/07/07190812973410.jpg" alt="(Fonte: wwhtodo/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: wwhtodo/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Pesquisadores que analisam os fatores que tornam o povo indiano mais vulner&aacute;vel a desenvolver alguns&nbsp;tipos de doen&ccedil;as raras j&aacute; conseguiram avaliar alguns pontos fundamentais.
Por exemplo, a&nbsp;pr&aacute;tica de se casar dentro da comunidade foi apontada como um poss&iacute;vel potencializador para o surgimento das doen&ccedil;as raras entre os indianos.
Conforme uma estimativa do Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de e bem-estar da Fam&iacute;lia do pa&iacute;s, a &Iacute;ndia pode ter mais de 8 milh&otilde;es de pessoas afetadas por essas condi&ccedil;&otilde;es. Vale ressaltar que estamos falando de um espectro superior a 5 mil doen&ccedil;as, consideradas raras, e de base gen&eacute;tica.
<h2>O que sabemos?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/07/07191206270415.jpg" alt="(Fonte: Chokniti Khongchum/ Pexels/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Chokniti Khongchum/ Pexels/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Agora, em 2022, o Center for DNA Fingerprinting and Diagnostics (CDFD), na &Iacute;ndia, promoveu um amplo estudo com a finalidade de procurar e mapear doen&ccedil;as raras gen&eacute;ticas. As amostras tiveram origem em v&aacute;rios segmentos, como regi&otilde;es espec&iacute;ficas do pa&iacute;s, grupos lingu&iacute;sticos e at&eacute; as castas aos quais os indianos pertencem.
K. Thangaraj, diretor do respectivo centro, comentou durante um evento p&uacute;blico que, pelo pa&iacute;s, h&aacute; em torno de 20 outros centros que est&atilde;o usando animais e pesquisas em laborat&oacute;rios para descobrir a real causa das doen&ccedil;as raras entre certos grupos de indianos e como combat&ecirc;-las.
O geneticista respons&aacute;vel pela pesquisa levantou outro dado importante: existe uma quantidade muito maior de doen&ccedil;as raras espec&iacute;ficas entre os povos indianos e do sul da &Aacute;sia.
K. Thangaraj aponta que uma das principais raz&otilde;es s&atilde;o os chamados casamentos endog&acirc;micos, isto &eacute;, relacionamentos entre membros de uma mesma comunidade. Uma observa&ccedil;&atilde;o importante aqui &eacute; haver muito poucos estudos sobre esse ponto.
Conforme explica o especialista em gen&eacute;tica &ldquo;Se a muta&ccedil;&atilde;o causadora da doen&ccedil;a for dominante, ela surgir&aacute;, mas em muta&ccedil;&otilde;es recessivas, ela ser&aacute; transmitida por gera&ccedil;&otilde;es e poder&aacute; surgir posteriormente, mesmo que n&atilde;o sejam parentes, mas perten&ccedil;am &agrave; mesma comunidade&rdquo;.
Outro fator que n&atilde;o pode ser desconsiderado no estudo das doen&ccedil;as raras entre os indianos &eacute; que cada popula&ccedil;&atilde;o apresenta <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123616-angioedema-hereditario-a-doenca-rara-que-pode-matar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">caracter&iacute;sticas gen&eacute;ticas marcantes</a> e bem espec&iacute;ficas.
Sem contar os aspectos comportamentais, como as citadas rela&ccedil;&otilde;es endog&acirc;micas, que se tornaram um padr&atilde;o/norma a cerca de 2 mil anos atr&aacute;s.
Segundo o pesquisador indiano, para se compreender melhor como muitas popula&ccedil;&otilde;es indianas est&atilde;o mais vulner&aacute;veis a doen&ccedil;as raras, uma sa&iacute;da seria seguir o m&eacute;todo de pesquisa gen&eacute;tico judaico. Ou seja, estudar grupos com base na gen&eacute;tica em busca de muta&ccedil;&otilde;es. E, claro, aconselhar os casais que planejam ter filhos, para evitar a propaga&ccedil;&atilde;o da doen&ccedil;a.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;(Fonte: Scroll In/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)&nbsp;" data-fonte-url="https://scroll.in/pulse/906885/longer-wait-for-patients-as-the-government-calls-its-own-rare-disease-policy-impractical"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/07/07191754950419.jpg" alt="(Fonte: Scroll In/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Scroll In/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Outro estudo, tamb&eacute;m com base em an&aacute;lise gen&ocirc;mica, da Harvard Medical School (HMS), nos Estados Unidos, feito em parceria com o CSIR &ndash; Center for Cellular and Molecular Biology (CCMB) em Hyderabad, chegou &agrave;s mesmas conclus&otilde;es apontadas pela pesquisa indiana: a de que indianos e pessoas que vivem em regi&otilde;es ao sul da &Aacute;sia est&atilde;o mais propensas a desenvolverem doen&ccedil;as raras.
At&eacute; agora, muitas condi&ccedil;&otilde;es foram identificadas e o conhecimento sobre elas ampliado. Contudo, as causas gen&eacute;ticas por tr&aacute;s da grande maioria ainda &eacute; um mist&eacute;rio para os pesquisadores.
As&nbsp;doen&ccedil;as raras afetam cerca de 350 milh&otilde;es de pessoas em todo o mundo. Nesse n&uacute;mero, est&atilde;o inclusos 70 milh&otilde;es de indianos. Cada doen&ccedil;a pode afetar um pequeno grupo com algumas centenas de pessoas, enquanto outras, alguns milhares.
Por fim, temos a quest&atilde;o monet&aacute;ria: doen&ccedil;as raras afetam poucas pessoas, logo, os financiamentos para estudos e desenvolvimento de tratamentos s&atilde;o extremamente dif&iacute;ceis de se obter.&nbsp;
Ali&aacute;s, esse &eacute; um dos maiores problemas enfrentados pelos indianos, que j&aacute; sofrem com um sistema de sa&uacute;de prec&aacute;rio e mal conseguem dinheiro para ajudar quem precisa.

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Por que os indianos são mais vulneráveis a doenças genéticas raras?

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Pesquisadores desenvolveram uma máquina de inteligência artificial capaz de detectar doenças através do cheiro das flatulências

<head></head><body>Em parceria com a engenheira aeroespacial do Georgia Tech Research Institute (GTRI), Maia Gatlin, o estudante de engenharia mecânica da Georgia Tech, David Ancalle, decidiu criar um dispositivo mecânico equipado com uma inteligência artificial (IA) que está sendo treinada para detectar <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123391-as-8-causas-mais-comuns-de-morte-em-todo-o-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">doenças mortais</a> apenas sentindo o cheiro do pum de pacientes.A ferramenta é equipada com uma série de bombas, bicos e tubos destinados a recriar a física e sons da função corporal humana. A máquina foi batizada de Teste de Reprodução Acústica Humana Sintética (SHART). A expectativa é que, no futuro, esse aparelho consiga detectar doenças como a cólera, que mata mais de 500 mil crianças anualmente. Entenda mais sobre o assunto!<h2>Decifrando o organismo humano</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/01/01190652602551.jpg" alt="(Fonte: GTRI/Divulgação)">(Fonte: GTRI/Divulgação)Em seus estudos, Ancalle notou que doenças diarreicas como a cólera são extremamente fatais, tornando-as a terceira principal causa de mortalidade infantil no mundo todo. Portanto, aumentar a detecção dessas enfermidades serviria para reforçar alguns tratamentos e prevenir surtos.O objetivo do SHART é combinar o modelo de aprendizado da máquina com uma série de sensores baratos, podendo implantá-los em regiões suscetíveis a surtos de doenças diarreicas. “E à medida que classificamos esses eventos, podemos começar a coletar esses dados”, afirmou Gatlin.Segundo Ancalle, o projeto surgiu enquanto ele ainda estava tentando relacionar o som da <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122330-as-flatulencias-de-hitler-influenciaram-no-fim-da-segunda-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">flatulência</a> humana a geometria interna de um reto — sendo que mudanças anormais poderiam significar um câncer. Porém, o projeto logo se expandiu e o foco passou a ser em criar um dispositivo capaz de detectar passivamente surtos de doenças gastrointestinais.<h2>Coleta de dados</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;GTRI/Divulgação&nbsp;" data-fonte-url="https://imgix.bustle.com/uploads/image/2022/11/29/1f86301f-c5b8-448c-acd2-7865ae588ba3-2022_1102_image_diarrhea-detector_24.jpeg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/01/01190806201552.jpg" alt="(Fonte: GTRI/Divulgação)">(Fonte: GTRI/Divulgação)Como o objetivo do SHART é ser o menos invasivo possível, a acústica passou a ser a chave da equação. Sons são mais fáceis de analisar remotamente do que vídeos ou autorrelatos, sendo mais simples do que um exame médico. De acordo com a dupla de pesquisadores, os barulhos de micção, flatulência, defecação sólida e <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121867-o-que-os-astronautas-fazem-caso-tenham-diarreia-no-espaco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">diarreia</a> dizem muito sobre nossa saúde.Através de um algoritmo de IA, eles passaram a capturar o espectro de frequência de cada som e repassar para o sistema. Então, a máquina aprende a física por trás desse barulho e se projeta para simular a mesma dinâmica. Agora, Ancalle está trabalhando com urologistas para usar essa abordagem de forma que detecte alterações irregulares na micção e na flatulência com base nessa ideia.Para as próximas fases, o grupo pretende construir um dispositivo implantável em parceria com projetos de banheiros sustentáveis em andamento. Caso tudo funcione corretamente, a perspectiva é que esse aparelho não seja de custo muito elevado para a máquina pública e possa ser instalado em áreas urbanas com sistemas de saúde fracos — uma vez que a acessibilidade é o ponto mais forte da operação. Dependendo do sucesso das etapas seguintes, o SHART poderia ajudar a salvar a vida de milhares de pessoas e melhorar sistemas de prevenção na totalidade</body>

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O que nosso pum diz sobre a nossa saúde?

Imagem de Dilatador retal: o produto que prometeu curar até doenças mentais no megacurioso

O inventor do produto ainda sugeriu que o consumidor fosse aumentando o tamanho conforme o grau de seu problema e conforto

<head></head><body>Uma das características dos séculos XIX e XX foi o caráter rudimentar da ciência e medicina, e seu processo de redescobertas de coisas que hoje são consideradas até crime. Entre as décadas de 1930 e 1940, por exemplo, as <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120332-cigarros-ja-foram-permitidos-como-medicacao-no-seculo-xx.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">propagandas de cigarros</a> declaravam que fumar era benéfico e poderia até melhorar uma irritação na garganta.Em 1890, problemas relacionadas à constipação, acne, fadiga, anemia, flatulência e, principalmente, doenças mentais poderiam ser tratadas por meio de dilatação retal.&nbsp;Um editorial do&nbsp;Medical News de 1893 observou que o médico Dr. Young elogiou a prática, alegando que pelo menos 3/4 de todos os maníacos do mundo eram curados em apenas algumas semanas ao receberem tratamento com dilatadores retais.<h2>O modo de uso</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/12/12133647340233.jpg" alt="(Fonte: Vintage Everyday/Reprodução)">(Fonte: Vintage Everyday/Reprodução)O “remédio” criado pelo médico de Chicago, chamado de "Os dilatadores retais do Dr. Young", foi considerado por ele mesmo tão revolucionário para "curar de problemas comuns do dia a dia até às doenças mais complexas" que poderia ser autoadministrado, facilitando a vida do consumidor.Apesar da facilidade, os dilatadores retais eram mais doloridos do que um supositório de glicerina, pois eram objetos feitos de borracha bem dura na forma de um torpedo, com direito a um grande bulbo em uma das extremidades. O consumidor deveria inseri-lo no ânus até a base, como se fosse um plugue anal.No manual de instrução que acompanhava os dilatadores, Young recomendava a lubrificação do produto com sabão e que o mantivesse no reto por pelo menos 1 hora, muito embora fosse mais eficaz se a pessoa dormisse com ele. Imaginando que o dilatador fosse causar repulsa e pânico nas pessoas, o médico aconselhou que os clientes usassem o tamanho mais adequado a sua condição, progredindo de acordo com seu uso e conforto.<h2>Fim da glória</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/12/12133740596238.jpg" alt="(Fonte: Vintage Everyday/Reprodução)">(Fonte: Vintage Everyday/Reprodução)Enganado está quem pensou que as pessoas virariam a cara para a invenção bizarra do médico. Muito pelo contrário, a aderência do produto foi massiva. Por mais de 40 anos, os dilatadores foram comercializados como cura imediata e contínua como se fosse algum tipo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117617-a-crise-do-tylenol-um-crime-transformou-a-industria-de-remedios.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">comprimido</a>.Tal como os anúncios do meio do século XX sobre os benefícios equivocados de fumar, vários depoimentos brilhantes de clientes satisfeitos, como o reverendo Hezekiah Cook, estamparam os anúncios de venda dos dilatadores retais. Um homem identificado como Sr. Loughborough disse que "inserir um dilatador por 1 hora diariamente o deixou saudável", e que dinheiro nenhum o faria vender ou devolver seu produto — afinal, a confiança de Young sobre a eficácia do dilatador foi tanta que ele ofereceu uma garantia de 100% do dinheiro de volta para qualquer produto devolvido.Foi em meio à <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123612-5-rituais-antigos-e-tradicionais-que-voce-nunca-ouviu-falar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Segunda Guerra Mundial</a>, bem em 1940, que o Food and Drug Administration (FDA) colocou um freio na comercialização do produto alegando que ele não estava rotulado corretamente, implicando em sua eficácia e no tratamento. Depois, a agência também ressaltou que os dilatadores ofereciam perigo à saúde se utilizados com a frequência e duração prescritas.Young até tentou se defender diante às acusações, porém acabou falhando, e seu produto revolucionário foi banido indefinidamente, encerrando um ciclo de 40 anos de glória.</body>

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Dilatador retal: o produto que prometeu curar até doenças mentais

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Descubra o que torna esses cortes tão chatinhos e dolorosos 

<head></head><body>Quem se lembra da cena do filme Lua Nova, em que a personagem Bella Swan, ao receber um presente de aniversário da família do seu namorado vampiro, abre a embalagem e se corta com o papel? Os momentos seguintes ficaram marcados na mente dos fãs ao redor do mundo: muito sangue e uma confusão familiar digna de um episódio de Casos de Família. E tudo por conta de um corte de papel.Esse bendito <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122132-a-agua-do-mar-serve-curar-feridas-abertas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">machucado</a>, além de provocar um caos na vida da família vampiresca, também traz arrepios na vida real. Quem nunca se cortou com o papel e ficou pensando no motivo do corte doer tanto? E não é qualquer dor, é aquela que incomoda a cada toque, banho, e até em repouso o dedo não deixa de estar dolorido. Quer saber por que esse corte minúsculo dói tanto? Continue a leitura que a gente te conta!<h2 style="text-align: justify;">Combinação tenebrosa&nbsp;</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/14/14111651166116.jpg" alt="(Fonte: Thinkstock)">(Fonte: Thinkstock)O motivo de tanta dor é muito simples. As nossas mãos são incrivelmente sensíveis à dor e as bordas dos papéis são surpreendentemente irregulares. Essa terrível combinação é a principal causa do nosso sofrimento. A gente quase não percebe, mas as pontas dos nossos dedos são mais delicadas do que qualquer outra parte do corpo. Isso acontece porque ao longo dos anos, durante o processo evolutivo, elas foram sendo adaptadas para sentir a sensação do toque através das terminações nervosas. De acordo com especialistas, as mãos e os dedos humanos carregam uma alta concentração de células nervosas chamadas de nociceptores, que respondem a sinais liberados por células danificadas. Por conta disso, os machucados nessa área podem causar agonia intensa — quanto mais forte e mais rápido for o sinal enviado ao cérebro por meio dos nociceptores, mais rápida e intensa será a resposta — a dor. Que azar.Os tão chatinhos cortes de papel acionam, principalmente, os nociceptores mecânicos, que detectam danos celulares causados por cortes e perfurações, em oposição aos danos causados por temperaturas extremas, por exemplo. É uma espécie de mecanismo de segurança. Em menor grau, os cortes de papel também podem ativar nociceptores que são sensíveis à irritantes químicos, como alvejantes usados para clarear o papel. Essas células nervosas também podem gerar sensações de coceira em torno do machucado.<h2 style="text-align: justify;">O papel também tem culpa&nbsp;</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Yahoo Brasil&nbsp;" data-fonte-url="https://s.yimg.com/ny/api/res/1.2/4eLELrO8IZ2xgamjSyGnxg--/YXBwaWQ9aGlnaGxhbmRlcjt3PTk2MDtoPTcyMDtjZj13ZWJw/https://media.zenfs.com/en/homerun/feed_manager_auto_publish_494/fd6c90de73827b8cfac637d29fd1ec17"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/15/15185312952522.jpg" alt="(Fonte: Pexels)">(Fonte: Pexels)Olhando de longe, o papel não parece ser um objeto cortante, certo? Temos a impressão de que as bordas de suas folhas são retas e suaves. Mas, microscopicamente, podemos perceber que as bordas do papel são parecidas com uma faquinha de serra — e quando entram em contato com as pontinhas sensíveis dos dedos, rasgam e dilaceram a pele, atingindo mais terminações nervosas em comparação com objetos cortantes mais precisos, por exemplo.&nbsp;Outro motivo para essa <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120163-evatima-tardo-a-mulher-que-nao-sentia-dor.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dor</a> incomodar tanto é a profundidade do machucado. Cortes mais fundos acionam os mecanismos de defesa do corpo, como a formação de crostas e a coagulação de sangue, que ajudam no processo de cicatrização do ferimento. Já o corte de papel é superficial e atinge apenas os nociceptores. Dessa forma, os mecanismos de defesa naturais do corpo demoram mais tempo para serem acionados, deixando as terminações nervosas expostas por mais tempo.&nbsp;<h2 style="text-align: justify;">E ainda tem mais essa! A sua própria mente pode ser a causa da dor</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/16/16145909882321.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Acredite se quiser, ainda tem mais essa! De acordo com a revista Scientific American, existe um <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121466-como-nosso-cerebro-influencia-na-percepcao-da-dor-que-sentimos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">elemento psicológico muito forte nos cortezinhos de papel</a> — a dor pode ser mais intensa simplesmente por ter sido causada por algo inofensivo e muito menor do que nós. E não é que nossa mente é nosso próprio inimigo mesmo?&nbsp;Agora que você já sabe por que esses machucados causados por papéis incomodam tanto, vale a pena redobrar o cuidado ao ler um livro ou folhear uma revista. Caso aconteça, não se esqueça: curativo no dedo para não deixar as terminações nervosas, mais nervosas ainda.&nbsp; </body>

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Por que os cortes de papel doem tanto?

Imagem de O que acontece com nosso corpo se ficamos um mês sem beber? no megacurioso

Saiba como o nosso organismo reage ao ficar afastado das longas noites de bebedeira por algum tempo

<head></head><body>Tomar umas <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122370-beber-cerveja-quente-te-deixa-bebado-mais-rapido.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cervejas&nbsp;</a>ou alguns bons drinks para celebrar uma noite de festas com os amigos sempre parece uma ideia divertida. Porém, basta exagerar um pouco na medida para sentirmos na pele o peso da ressaca. No dia seguinte, acordamos com dores de cabeça, estômago embrulhado e o corpo extremamente cansado.Não é preciso de muito para ver que o álcool minou as nossas resistências durante a noite e teve alguns impactos negativos em nossa saúde. Inclusive, inúmeros estudos associam o consumo excessivo de álcool ao câncer, à insuficiência cardíaca, à diabetes e por aí vai. Então, o que aconteceria conosco caso ficássemos um mês sem beber? Entenda!<h2>Restaurando as energias</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/08/08010311562467.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)">(Fonte: Pixabay)Depois que você tomar seu último drink, seu fígado estará um pouco sobrecarregado e o pâncreas passará a produzir mais insulina. Nesse momento, é importante ingerirmos bastante água, já que estaremos eliminando toxinas através do fígado e dos rins nas próximas horas. No total, o corpo humano demora cerca de 72 horas para se recuperar de uma grande <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122397-6-situacoes-inusitadas-que-te-deixam-bebado-mais-rapido.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bebedeira</a>.Após duas semanas sóbrio, você notará uma redução nas bolsas ao redor dos olhos e diminuição do cansaço em geral — sem contar que sua pele ficará mais radiante. Adicione mais uma semana e seus olhos estarão mais brilhantes e claros. No final do mês, a gordura no fígado reduzirá significantemente, aumentando sua capacidade de eliminar toxinas. Nessa fase, muitas pessoas observam uma redução do peso corporal.Parar de beber também significa ter mais energia ao longo do dia, visto que o consumo de álcool em excesso pode aumentar a pressão arterial em níveis absurdos. Beber regularmente afeta a nossa qualidade de sono. Portanto, ao ficarmos limpos, estaremos aumentando nossas chances de dormir melhor, o bom humor se torna mais provável e estamos menos suscetíveis a ficar irritados. Curiosamente, pessoas que bebem menos chegam a ter até aumento na libido.&nbsp;<h2>Benefícios psicológicos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/08/08010559673470.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)Quando bebemos de montão, muitos de nós enfrentamos um tremendo mal estar psicológico. Inclusive, para quem consome álcool regularmente em grandes quantidades, esse estado de ansiedade pode se tornar constante. A <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120873-8-alimentos-para-curar-a-ressaca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ressaca</a> moral pelas decisões questionáveis na embriaguez geram uma situação calamitosa na mente humana.Portanto, parar de beber por um mês pode fazer com que você se torne uma pessoa mais calma em geral. De acordo com um estudo holandês publicado na revista Personality and Individual Differences, cerca de 12% dos consumidores de álcool sofrem da chamada "ansiessaca".&nbsp;Pessoas que já são ansiosas costumam observar os efeitos em proporções maiores ainda. Dar um tempo na bebedeira te livrará de muitos desses sofrimentos. No entanto, é preciso ressaltar que só um tempinho não basta. O detox é extremamente bem-vindo, mas o ideal é que a pessoa consiga mudar seus hábitos para não sofrer com os excessos da bebida. Caso você volte a beber feito um maluco depois dos 30 dias de pausa, inevitavelmente verá que voltou à estaca zero.</body>

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