Imagem de Satélites de madeira: alternativa sustentável para reduzir o lixo espacial será lançada ano que vem no megacurioso

NASA e JAXA preparam o lançamento do primeiro satélite de madeira, uma inovação ecológica que pode transformar a paisagem espacial

Com o aumento significativo no n&uacute;mero de sat&eacute;lites no espa&ccedil;o, a preocupa&ccedil;&atilde;o com o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120525-incidentes-com-lixo-espacial-esta-preocupando-cientistas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">lixo espacial</a> cresce proporcionalmente. Diante desse desafio, cientistas das ag&ecirc;ncias espaciais dos Estados Unidos (NASA) e do Jap&atilde;o (JAXA) est&atilde;o trilhando uma rota inovadora: a cria&ccedil;&atilde;o do primeiro sat&eacute;lite artificial de madeira do mundo.
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<li style="font-weight: bold;">Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124322-sindrome-de-kessler-como-o-acumulo-de-lixo-espacial-nos-afeta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">S&iacute;ndrome de Kessler: como o ac&uacute;mulo de lixo espacial nos afeta?</a></li>
</ul>
Previsto para ser lan&ccedil;ado em 2024, esse projeto promete n&atilde;o apenas abordar a problem&aacute;tica do lixo espacial, mas tamb&eacute;m buscar uma solu&ccedil;&atilde;o ecologicamente consciente para as estruturas que circundam nosso planeta.
<h2>Projeto LignoStella Space Wood</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/22/jaxa-reproducao-22163411990179.jpg" alt="JAXA/Reprodu&ccedil;&atilde;o" />(Fonte: JAXA/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Com mais de 10 mil&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126785-james-webb-as-6-maiores-destaques-do-primeiro-ano-do-satelite-no-espaco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sat&eacute;lites em &oacute;rbita</a>, a quantidade de lixo espacial tornou-se uma preocupa&ccedil;&atilde;o. A predomin&acirc;ncia do alum&iacute;nio, material tradicional dos sat&eacute;lites, torna-se um fator agravante quando esses dispositivos se desintegram durante a reentrada atmosf&eacute;rica, contribuindo para a polui&ccedil;&atilde;o do nosso ambiente.
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<li>Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123532-os-detritos-espaciais-estao-destruindo-os-oceanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Os detritos espaciais est&atilde;o destruindo os oceanos</a></li>
</ul>
Diante dessa amea&ccedil;a crescente, os pesquisadores agora direcionam seus esfor&ccedil;os para avaliar a viabilidade dos sat&eacute;lites de madeira, uma inova&ccedil;&atilde;o que desafia as normas da ind&uacute;stria espacial. Em 2020, foi lan&ccedil;ado o revolucion&aacute;rio projeto LignoStella Space Wood, destinado a explorar a durabilidade de diferentes tipos de madeira no ambiente hostil do espa&ccedil;o. A ousada proposta submeteu as amostras de madeira a mais de 290 dias de exposi&ccedil;&atilde;o na Esta&ccedil;&atilde;o Espacial Internacional.
O resultado desses testes desafiadores foi surpreendente. Contrariando as expectativas e desmistificando preocupa&ccedil;&otilde;es comuns sobre o uso de madeira no espa&ccedil;o, as amostras n&atilde;o exibiram quaisquer sinais vis&iacute;veis de decomposi&ccedil;&atilde;o ou danos. Entre as variedades testadas, a madeira de magn&oacute;lia mostrou-se a mais promissora.
<h2 style="font-family: 'Source Sans Pro', sans-serif;">Impacto ambiental reduzido</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/21/21215242023496.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />O alum&iacute;nio dos sat&eacute;lites tradicionais podem danificar a camada de oz&ocirc;nio.&nbsp;(Fonte: Getty Images)
Pesquisadores destacaram que o alum&iacute;nio presente nos sat&eacute;lites contribui significativamente para as part&iacute;culas de aerossol na estratosfera, podendo afetar a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127084-qual-e-o-estado-atual-da-camada-de-ozonio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">camada de oz&ocirc;nio</a>. Como a madeira queima completamente ao reentrar na atmosfera, os sat&eacute;lites feitos desse material oferecem uma solu&ccedil;&atilde;o potencial para minimizar esse impacto ambiental.
Contudo, embora apresente vantagens, o uso de recursos naturais em hardware espacial ainda s&atilde;o uma inc&oacute;gnita. A miss&atilde;o conjunta da NASA e da JAXA, Ag&ecirc;ncia Japonesa de Explora&ccedil;&atilde;o Aeroespacial, est&aacute; prevista para o ver&atilde;o de 2024 e ser&aacute; crucial para monitorar e avaliar o desempenho dessa inova&ccedil;&atilde;o ao longo do tempo.
A busca por solu&ccedil;&otilde;es sustent&aacute;veis no espa&ccedil;o &eacute; essencial, dada a crescente amea&ccedil;a do lixo espacial. Os sat&eacute;lites de madeira apresentam-se como uma alternativa promissora, proporcionando n&atilde;o apenas uma op&ccedil;&atilde;o ecologicamente correta, mas tamb&eacute;m potencialmente mais eficiente. O lan&ccedil;amento previsto para 2024 marca um passo audacioso em dire&ccedil;&atilde;o a um futuro onde a inova&ccedil;&atilde;o e a sustentabilidade coexistem no vasto cosmos.

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Satélites de madeira: alternativa sustentável para reduzir o lixo espacial será lançada ano que vem

Imagem de Baterias sustentáveis super-potentes poderão ser feitas de algodão no futuro no megacurioso

Conheça dois projetos que pretendem ampliar a oferta de baterias mais sustentáveis no futuro

<head></head><body>O uso de baterias representa um desafio para o desenvolvimento de tecnologias mais sustentáveis, dada a elevada poluição gerada. Além disso, a crescente demanda por veículos elétricos tende a pressionar a busca por fontes capazes de armazenar grandes quantidades de energia.O problema envolvendo o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127443-maior-reserva-de-litio-do-mundo-esta-em-vulcao-nos-eua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">lítio</a>, comumente usado nas pilhas e baterias, começa no próprio processo de obtenção, que ocorre por meio da mineração. A sua extração, além de contribuir com alterações permanentes na paisagem, exige a utilização de uma elevada quantidade de energia, sem falar no uso da própria água, um recurso natural cada vez mais escasso.O descarte inapropriado de pilhas e baterias, por sua vez, potencializa os danos ambientais: o lítio, assim como outros metais utilizados com propósitos semelhantes, prejudica o solo e o lençol freático, causando danos permanentes ao contaminar plantações e a água dos rios. Diretamente ou não, já somos afetados por esse ciclo nocivo. Mas, então, qual é a melhor alternativa?<h2>Enfrentando desafios: a busca por baterias sustentáveis</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/16/16000042495117.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Para quem está em busca de soluções, o cenário ainda se mostra delicado, já que utilizar uma bateria sustentável muitas vezes significa obter menor eficiência energética. Da mesma forma, ter que depender das versões mais eficazes significa aumentar a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124062-como-paises-estao-trabalhando-para-limitar-emissoes-de-carbono.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pegada de carbono</a> e adiar a transição energética.Mas como prova de que as baterias sustentáveis podem ganhar um maior espaço, a PJP Eye, empresa com sede no Japão, está investindo na produção de baterias que resolvam esses dois problemas.A ideia é fornecer, a partir do carbono obtido do algodão, uma bateria mais eficiente que seja capaz de carregar em pelo menos dez vezes menos tempo que modelos convencionais utilizados atualmente.Dentre as possíveis aplicações, destaca-se o uso em bicicletas elétricas. Uma outra vantagem é que, livres de níquel, manganês e cobalto, essas baterias serão capazes de durar por mais de 30 anos. Ainda há outra versão que poderá ser usada em aviões elétricos e <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122535-carros-voadores-sao-uma-realidade-para-o-futuro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">táxis voadores</a> que estará disponível a partir de 2025.<h2>Rastreando as baterias</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/16/16000746000119.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Pesquisadores do Centro de Estudos de Energia e Petróleo (Cepetro), ligada à Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) estão trabalhando num projeto inovador para o rastreamento de baterias, independente da fabricante e da finalidade.A plataforma que está sendo projetada contará com a <a href="https://www.tecmundo.com.br/mercado/215214-blockchain-funciona-aplicacoes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tecnologia blockchain</a>, e permitirá o monitoramento a partir de dados compartilhados pelas fabricantes de uma forma segura. Em suma, o rastreamento inclui a disponibilização de dados acerca do processo de produção das baterias, passando pelo descarte, e mesmo por outros aspectos que dizem respeito sobre o próprio período de vida útil delas.Com a coleta de todas essas informações, seria possível investir até mesmo na formulação de métodos para aperfeiçoá-las mais adiante. O objetivo ainda é oferecer um caminho para que elas sejam regulamentadas, assim como já está ocorrendo na União Europeia. O trabalho está sendo financiado pela TotalEnergies, uma multinacional francesa.Ou seja, o futuro até pode envolver o emprego massivo de novas tecnologias, mas isso não significa que um uso mais consciente dos recursos naturais existentes e o incentivo à sustentabilidade fiquem de fora.</body>

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Baterias sustentáveis super-potentes poderão ser feitas de algodão no futuro

Imagem de Por que é tão difícil diminuir o consumo de carne vermelha? no megacurioso

Estudos mostram que a redução do consumo de carne bovina e queijos, por exemplo, reduziria as taxas de emissão de carbono na atmosfera — mas a tarefa não é tão simples assim

<head></head><body>O gado desempenha um papel colossal nas alterações climáticas sofridas pelo nosso planeta. Estudos mostram que o gado não é apenas a maior fonte agrícola de metano, um potente gás que aquece a Terra, como também as 940 milhões de vacas existentes no mundo expelem quase 10% de todas as emissões de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119719-como-os-cientistas-descobriram-o-efeito-estufa.htm#:~:text=No%20s%C3%A9culo%20XIX%2C%20as%20atividades,comp%C3%B5em%20o%20ar%20da%20Terra." rel="noopener noreferrer" target="_blank">gases de efeito estufa</a> (GEEs) — por meio de arrotos e excrementos.Por conta de dados como esses, existe uma quantidade surpreendente de dinheiro e tempo sendo gasto para o controle dessas emissões. Então, em vez de nos esforçarmos tanto para corrigir esses erros, por que a humanidade simplesmente não diminui o consumo de carne bovina e seus subprodutos? Embora isso pudesse nos salvar, uma mudança tão drástica não é simples assim.<h2>Mudança de hábitos</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/08/08020930037007.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)De acordo com uma nova investigação, mesmo um desvio modesto das dietas à base de carne bovina poderia reduzir a pegada de carbono de um indivíduo em até 75%. Porém, separar as <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124507-a-complexa-e-fascinante-vida-social-das-vacas.htm#:~:text=Existem%20ainda%20cerca%20de%2050,com%20um%20comportamento%20bastante%20gentil." rel="noopener noreferrer" target="_blank">vacas</a> da equação climática tem se mostrado um projeto complicado, sobretudo nos Estados Unidos — local com uma indústria avaliada em US$ 275 bilhões anualmente.Atingir um mundo livre de carne enfrenta desafios formidáveis. Além de superar as mudanças culturais atualmente existentes, também existe o desafio de atender às demandas nutricionais e reequilibrar as complexidades de uma economia agrícola, alimentar e industrial ligada à pecuária.&nbsp;Por esse motivo, dietas mais ecológicas são apenas um dos pilares de um conjunto de soluções baseadas em alimentos para reduzir essas alterações climáticas causadas pelo homem. No fim das contas, são tantas barreiras no caminho que pequenas mudanças podem provocar ganhos impressionantes.<h2>Consumo de alimentos provenientes do gado</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/08/08020943035009.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)O gosto quase mundial por carne e laticínios parece ser algo inevitável. Recentemente, diversos países registraram um aumento constante no consumo de carne ao longo da década. Estudos feitos em 2021, por exemplo, mostram que a população dos EUA consumiu 12% mais queijo, manteiga e sorvete do que em outros anos, o que mostra uma tendência que se expande para outras partes do planeta.Do outro lado da moeda, a produção de meio quilo de bife gera quase 100 vezes mais GEEs do que uma quantidade equivalente de ervilhas, enquanto a produção de queijo emite oito vezes o volume da produção de tofu. Porém, mesmo que todos os rebanhos desaparecessem magicamente, isso não eliminaria totalmente o problema.Estudos mostram que um sistema agrícola livre de animais reduziria apenas 2,6% das emissões totais de GEEs nos EUA. O gado também ajuda a manter subprodutos agrícolas, como cascas e polpas de frutas, reduzindo a produção de carbono dos resíduos agrícolas em 60%. Logo, as atuais emissões da agricultura são resultado de um certo equilíbrio entre culturas e pecuária.Dada a escala das indústrias de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118957-6-fatos-preocupantes-sobre-o-consumo-de-carne-bovina.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">carne bovina</a> e laticínios, o gado claramente não irá desaparecer do mapa tão cedo. Sendo assim, é explicável que tantos recursos tenham sido destinados ao cerne da questão das emissões. No fim das contas, a natureza abrangente dos sistemas alimentares têm exigido uma abordagem coletiva para reduzir as suas enormes emissões. Sendo assim, o foco no futuro deve continuar sendo no desenvolvimento de práticas agrícolas melhoradas, como a maximização dos rendimentos, a minimização dos insumos, a redução da perda e do desperdício de alimentos.&nbsp;</body>

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Por que é tão difícil diminuir o consumo de carne vermelha?

Imagem de O milagre da ilha Redonda, o modelo de restauração ecológica no Caribe mais bem-sucedido do mundo no megacurioso

Como a erradicação de espécies invasoras e a proteção da biodiversidade transformaram Redonda em um modelo de sucesso na preservação ambiental

A ilha Redonda, situada no <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127712-quem-eram-os-habitantes-originais-das-ilhas-do-caribe.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Caribe</a> e pertencente a Ant&iacute;gua e Barbuda, tem testemunhado uma transforma&ccedil;&atilde;o not&aacute;vel. Com uma &aacute;rea de aproximadamente 1,5 km de comprimento e 0,5 km de largura, o local passou de uma paisagem &aacute;rida e degradada a um ref&uacute;gio verdejante de vida selvagem, sendo um exemplo inspirador de conserva&ccedil;&atilde;o e restaura&ccedil;&atilde;o bem-sucedidas.
<h2>Antes da recupera&ccedil;&atilde;o</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/05/05202126972006.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Getty Images/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A introdu&ccedil;&atilde;o de cabras-selvagens na ilha por colonizadores no s&eacute;culo XVIII desencadeou um dos maiores desafios do desequil&iacute;brio que atingia a regi&atilde;o. Esses animais se alimentaram vorazmente das plantas nativas, amea&ccedil;ando a vegeta&ccedil;&atilde;o e o equil&iacute;brio ecol&oacute;gico, o que levou ao empobrecimento do solo e &agrave; eros&atilde;o, e tornou a paisagem lunar &aacute;rida.
Mais tarde, no s&eacute;culo XIX, a ilha se tornou um centro de com&eacute;rcio de guano, e com a pr&aacute;tica vieram ratos invasores. Esses roedores n&atilde;o apenas destru&iacute;ram as esp&eacute;cies nativas de aves, comendo seus ovos, mas tamb&eacute;m representaram uma amea&ccedil;a &agrave; vegeta&ccedil;&atilde;o, alimentando-se de sementes e plantas nativas. A presen&ccedil;a de ratos e a falta de vegeta&ccedil;&atilde;o tamb&eacute;m contribu&iacute;ram para a eros&atilde;o do solo.
<h2>De desastre ecol&oacute;gico &agrave; modelo mundial de preserva&ccedil;&atilde;o</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/05/05202323793008.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Em 2016, grupos ambientalistas lan&ccedil;aram um ambicioso esfor&ccedil;o para erradicar essas esp&eacute;cies invasoras da ilha. As cabras, que n&atilde;o estavam acostumadas ao contato humano, tiveram que ser encurraladas e transportadas de helic&oacute;ptero. A erradica&ccedil;&atilde;o de ratos envolveu a coloca&ccedil;&atilde;o de iscas estrat&eacute;gicas, temperadas com subst&acirc;ncias que eram atraentes para os roedores, mas inofensivas para as aves e r&eacute;pteis nativos.
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127764-5-animais-que-estao-vencendo-a-luta-contra-a-extincao.htm" target="_blank" rel="sponsored">5 animais que est&atilde;o vencendo a luta contra a extin&ccedil;&atilde;o</a>
Apesar dos desafios, a restaura&ccedil;&atilde;o foi bem-sucedida. Ap&oacute;s a erradica&ccedil;&atilde;o das esp&eacute;cies invasoras, a vegeta&ccedil;&atilde;o floresceu e a biodiversidade aumentou de maneira surpreendente. Diversas esp&eacute;cies de aves terrestres retornaram &agrave; ilha. Al&eacute;m disso, as popula&ccedil;&otilde;es de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127188-descoberta-de-antigo-lagarto-marinho-reescreve-historia-dos-repteis.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">lagartos</a> end&ecirc;micos tamb&eacute;m se recuperaram. A paisagem &aacute;rida deu lugar a uma exuberante vegeta&ccedil;&atilde;o, criando um ambiente prop&iacute;cio para a vida selvagem.
<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/05/05202522939012.jpg" alt="(Fonte: Ed Marshall/Fauna &amp; Flora/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Ed Marshall/Fauna &amp; Flora/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O governo de Ant&iacute;gua e Barbuda declarou o local como uma &aacute;rea de prote&ccedil;&atilde;o ambiental, agora designada Reserva do Ecossistema de Redonda. A prote&ccedil;&atilde;o abrange uma vasta &aacute;rea de terra e mar, para garantir a biodiversidade e a condi&ccedil;&atilde;o de local de nidifica&ccedil;&atilde;o essencial para aves migrat&oacute;rias. A dimens&atilde;o da Reserva permitiu que o pa&iacute;s atingisse sua meta "30x30", contribuindo para o compromisso global de proteger 30% do planeta para a natureza at&eacute; 2030.
A transforma&ccedil;&atilde;o da ilha Redonda de um ambiente degradado para um para&iacute;so ecol&oacute;gico &eacute; uma hist&oacute;ria inspiradora de conserva&ccedil;&atilde;o bem-sucedida. Os habitantes de Ant&iacute;gua e Barbuda, que antes chamavam Redonda de "a rocha", tornaram-se os guardi&otilde;es da ilha e se orgulham do sucesso da restaura&ccedil;&atilde;o. O resultado do esfor&ccedil;o conjunto entre organiza&ccedil;&otilde;es, governo e parceiros internacionais demonstra que, mesmo em face de desafios ambientais, &eacute; poss&iacute;vel fazer a diferen&ccedil;a e fornecer esperan&ccedil;a para as futuras gera&ccedil;&otilde;es.

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O milagre da ilha Redonda, o modelo de restauração ecológica no Caribe mais bem-sucedido do mundo

Imagem de O planeta já perdeu metade dos seus recifes de coral desde 1950 no megacurioso

A morte dessas estruturas significa o colapso de parte da economia global, da biodiversidade e da nossa saúde

<head></head><body>Entre 448 e 443 milhões de anos atrás, a Terra atravessou o período geológico chamado Ordoviciano, durante a Era Paleozoica, marcado pelo surgimento de líquens e briófitas por conta da formação das grandes geleiras. Foi nessa época que surgiram os recifes de coral, substituindo os recifes microbianos e de esponjas do período Cambriano, a partir da fixação de larvas de coral de nado livre em rochas submersas e outras superfícies duras ao longo das bordas de ilhas e continentes.Um dos ecossistemas mais diversos do planeta, os recifes de coral são responsáveis por protegerem as costas de tempestades e erosão, além de serem fonte de alimentos e novos medicamentos, fornecendo empregos para as comunidades locais e oportunidades de lazer.&nbsp;Milhares de espécies podem ser encontradas vivendo em um recife. Só na Grande Barreira de Corais há mais de 400 espécies de corais, 1.500 espécies de peixes, 4 mil de moluscos e seis das sete espécies de tartarugas marinhas que existem no mundo. O Triângulo dos Corais, uma região no Sudeste Asiático, é considerado o ecossistema mais biologicamente diverso da Terra.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/07/07102228084059.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Segundo dados do Gabinete de Gestão Costeira da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA), estima-se que 1 bilhão de pessoas se beneficiam direta ou indiretamente dos serviços ecossistêmicos que os recifes de coral fornecem. Anualmente, os Estados Unidos poupam US$ 1,8 bilhão em danos à propriedade e à atividade econômica devido aos benefícios de proteção dos recifes contra inundações.Isso porque eles conseguem absorver 97% da energia de uma onda durante tempestades ou maremotos. Para os estadunidenses, só o valor econômico total dos serviços de recifes de coral – incluindo pesca, turismo e proteção costeira – é de mais de US$ 3,4 bilhões a cada ano, podendo chegar a trilhões de dólares em escala global por ano.Apesar de sua importância, por que a Terra já perdeu metade dos seus recifes de coral desde 1950?<h2>Da formação a destruição</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/07/07102308281060.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)A culpa é do <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121264-aquecimento-global-e-efeito-estufa-qual-e-a-diferenca-entre-eles.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aquecimento global</a>. É irônico imaginar que algo tão valioso, econômica e biologicamente, possa ser perdido devido à negligência de um problema que poderia ser enfrentado de maneira mais honesta.De 1967 a 2007, houve um declínio de aproximadamente 50% na cobertura de corais do planeta. Em 2021, uma extensa pesquisa científica publicada na revista One Earth&nbsp;mostrou que a cobertura dos recifes de corais vivos diminuiu pela metade nos últimos 40 anos, devido ao aquecimento antropogênico dos oceanos, que desencadeou surtos de doenças e o branqueamento em massa de quase todos os recifes de corais. Acredita-se que fatores locais, como poluição e pesca predatória, também contribuíram para a perda de corais nas regiões mais ricas.O branqueamento em massa dos corais devido ao aumento da temperatura é considerada a maior crise dos corais de todos os tempos. A bióloga Mary Hagedorn, que esteve envolvida no estudo, explica que os corais possuem esqueletos, o que os faz parecer rochas, mas são animais com parceiros simbióticos. Os pólipos de corais dependem de algas coloridas, chamadas zooxantelas, que vivem em seu tecido e produzem alimentos de que os corais precisam para sobreviver.Quando os pólipos são estressados por mudanças na luz, temperatura da água ou acidez, eles quebram essa relação simbiótica e expelem as algas, dando origem ao processo chamado de branqueamento. Uma vez que os corais possuem uma janela curta para recuperar suas algas simbióticas, se ficarem estressados por muito tempo, a morte é irreversível. Até o momento, não há um recife na Terra que não tenha sido afetado pela ameaça global e local.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/07/07102355852061.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Proporcionalmente, em 2016, o estresse térmico abrangeu 51% dos recifes de coral pelo mundo e foi considerado extremamente severo. O primeiro branqueamento em massa da Grande Barreira de Corais, que afetou 85% da população dos recifes, causou a morte de 29% dos corais de águas rasas. No oeste do Oceano Índico, o branqueamento abrangeu 69% a 99% dos corais, deixando 50% deles mortos nas Seychelles.De 2014 a 2017, aconteceu o terceiro evento global de branqueamento, trazendo um estresse térmico que atingiu mais de 75% dos recifes globais. Mais de 30% deles sofreram estresse a ponto de morte, colocando o evento como o mais longo e destrutivo já registrado.<h2>A queda na biodiversidade</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/07/07102426948062.jpg" alt="Um coral que sofreu branqueamento parcial. (Fonte: GettyImages/Reprodução)">Um coral que sofreu branqueamento parcial. (Fonte: GettyImages/Reprodução)Os pesquisadores descobriram que não só metade dos corais vivos morreram desde a segunda metade do século passado, como também a biodiversidade associada aos recifes de corais caiu 63%. Isso porque recifes branqueados perdem sua capacidade de suportar tantas espécies, muito diferente dos saudáveis, que podem abrigar milhares de animais.Um exemplo disso é que foi em 2012 a última retenção de peixes por um recife de corais, e desde então o número deles diminuiu. A perda de espécies de corais não foi igual em todos os recifes, visto que uns se mostraram mais sensíveis ou foram afetados mais do que os outros. A comunidade científica se preocupa que algumas espécies sejam perdidas antes que possam ser documentadas ou preservadas.<h2>As consequências da morte dos corais</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/07/07102620547063.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Poucas pessoas entendem o que significa um mundo sem recifes de corais. A destruição completa deles causará um desastre econômico global, da indústria pesqueira ao turismo, sobretudo em países em desenvolvimento. Nas comunidades costeiras, estudos já identificaram que os indígenas estão perdendo serviços ecossistêmicos e componentes essenciais para sua dieta diária.Uma vez que são as florestas tropicais do mar, o desaparecimento dos recifes de corais exterminaria a biodiversidade marinha que depende deles para sobreviver. Alimentos essenciais, abrigos e locais de desova para peixes e outros organismos marinhos não existiriam mais. Com isso, 50% a 80% do nosso oxigênio seria impactado, visto que é produzido em nossos oceanos por plânctons e bactérias fotossintetizantes.As linhas costeiras seriam atingidas por ondas e eventos climáticos extremos, se tornando vulneráveis à erosão. Associada ao aumento do nível do mar devido ao aquecimento global, as comunidades e toda a vida costeira seria empurrada para o interior, criando provavelmente o maior êxodo do século XXI.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/07/07102701087064.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Para que esse futuro não nos alcance, atitudes estão sendo tomadas para proteger os corais, como sua criação em viveiros para repovoar recifes danificados. Nesses ambientes protegidos, os corais são capazes de crescer mais rápido do que em ambiente oceânico de alto estresse. Em terra, esforços para uma vida mais sustentável estão sendo tomados, mas ainda são insuficientes e lentos.Os corais branqueados ainda podem se recuperar, mas a atual situação global precisa mudar quanto antes. No momento, a maior ameaça aos recifes é a mudança climática que impacta cada vez mais as regiões que menos contribuem para o efeito estufa. Enquanto as pessoas debatem sobre qual a melhor estratégia para salvar os recifes de coral ao reduzir as emissões de carbono, a cada ano o oceano absorve cerca de um quarto do dióxido de carbono emitido pela queima de combustíveis fósseis e se torna mais quente, ácido e menos hospitaleiro aos corais.Quanto ao que é melhor, a ecologista Christina Hicks disse à Smithsonian Magazine: “Os estudos dizem que é mais vital agirmos agora e em todas as direções”.</body>

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O planeta já perdeu metade dos seus recifes de coral desde 1950

Imagem de Árvores líquidas: a alternativa para melhorar a qualidade do ar urbano no megacurioso

Um fotobiorreator que usa algas pode ser a medida paliativa para lidar com a crise de poluição do ar urbano

<head></head><body>"A poluição mata três vezes mais pessoas por ano do que o HIV/AIDS, tuberculose e malária combinados", diz o IHME Global Health Data Exchange Tool, catálogo mais abrangente do mundo em pesquisas, censos, estatísticas e outros dados relacionados à saúde.O planeta começou a sufocar desde a Revolução Industrial do século XIX, em resposta direta à urbanização e ao aumento populacional. A Londres daquela época ficou conhecida por seus nevoeiros nocivos, feitos de uma combinação de fumaça e neblina provenientes das chaminés fabris e da queima doméstica de carvão. No entanto, hoje a poluição é uma combinação de ozônio ao nível do solo, produzido pela reação de poluentes, como óxido de nitrogênio com outros compostos orgânicos e partículas finas transportadas pelo ar.Inclusive, em 2020, um estudo publicado na revista Nature por um grupo de pesquisadores chineses indicou que, dos 137 países analisados, as partículas finais encontradas no ar e geradas na queima de combustíveis fósseis foram responsáveis por 40% dos natimortos na América Latina, Ásia e África em 2015. A cada ano, mais de 30 gigatoneladas de CO2 são liberadas na atmosfera da Terra, em sua maioria oriunda do uso de combustíveis fosseis, da geração de energia por canais não renováveis e das atividades humanas poluentes.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/25/25160402848248.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Há tempos que os humanos e seus processos desestabilizaram o ciclo de carbono do planeta. A "Pesquisa de Sensoriamento Remoto", da Avaliação Global de Recursos Florestais, mostrou que o desmatamento anual diminuiu cerca de 11 milhões de hectares (29%) por ano entre 2000 e 2010. Enquanto isso, 2021 testemunhou o pior ano em termos de incêndios florestais desde a virada do século, causando uma perda alarmante de 9,8 milhões de hectares de cobertura arbórea a nível mundial.Com tudo isso que tem acontecido, unido ao fato de que as cidades tem cada vez mais espaço verde limitado, as árvores líquidas são a alternativa para melhorar a qualidade do ar nas áreas urbanas.<h2>Salvando as cidades</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/25/25160440636249.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Atualmente, a China lidera o ranking dos países que mais poluem no mundo, com mais de 10,065 milhões de toneladas de CO2 liberadas, seguido pelos Estados Unidos (5,16 milhões de toneladas) e Índia (2,654 milhões de toneladas).A poluição do ar nas áreas urbanas afeta a vida de mais de 2,5 bilhões de pessoas, aumentando o risco de doenças cardíacas, derrames, câncer de pulmão e doenças respiratórias. As árvores são consideradas os pulmões da natureza, responsáveis por transformarem dióxido de carbono em oxigênio, purificando o ar no processo.Já as árvores líquidas são uma iniciativa desesperada do governo da Sérvia para tentar melhorar sua qualidade do ar. Atualmente, Belgrado, a capital do país, é uma das cidades mais poluídas do mundo e a detentora de duas das maiores usinas de carvão, inclusas na lista "dez usinas mais sujas da Europa", feita pela Health and Environment Alliance (HEAL) em 2019. Com isso, a Sérvia foi colocada em primeiro lugar no ranking de países que mais matam por poluição na Europa, segundo a "Análise Global, Regional e por País de Métricas de Poluição e Saúde", um relatório da Aliança Global para Saúde e Poluição.A Sérvia tem uma concentração de PM 2,5 que está 4,9 vezes acima do valor da diretriz anual de qualidade do ar da Organização Mundial da Saúde (OMS). Portanto, não é surpresa que os cidadãos do país sofram com os efeitos colaterais intensos da poluição. Assim como alguns ativistas estão certos de alegarem que "a poluição pode ser vista, cheirada e degustada" em algumas estações do ano, principalmente no inverno.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/25/25160659288257.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Liderado por Ivan Spasojevic, PhD em ciências biofísicas, um projeto do Instituto de Pesquisa Multidisciplinar da Universidade de Belgrado desenvolveu o que estão chamando de árvore líquida, uma ferramenta para reduzir as emissões de gases de efeito estufa nos centros urbanos e melhorar a qualidade do ar. Também chamada de LIQUID 3, a criação é o primeiro fotobiorreator urbano da Sérvia. Contendo 600 litros de água, o dispositivo funciona por meio de microalgas que se ligam ao dióxido de carbono e produzem oxigênio puro ao realizar a fotossíntese.Segundo a pesquisa, as microalgas, encontradas em corpos aquáticos em todo o globo terrestre, podem substituir duas árvores de 10 anos ou até 200 metros quadrados de grama. Os cientistas priorizaram escolher algas unicelulares de água doce porque se criam em qualquer ambiente.&nbsp;O objetivo não é substituir as florestas ou planos de plantio de árvores, mas usar essa árvore líquida para preencher os bolsões urbanos onde não há mais espaço para plantio. Além disso, em condições de poluição muito intensa, como acontece tanto em Belgrado quanto na China, muitas árvores não conseguem sobreviver por serem vulneráveis aos grandes níveis de poluição, muito diferente das algas.<h2>A inovação</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/25/25160818211260.jpg" alt="(Fonte: Liquid3/Divulgação)">(Fonte: Liquid3/Divulgação)Estima-se que as cidades sejam fonte de até 75% das emissões totais de CO2 no mundo, das quais a maior porcentagem vem do tráfego de veículos e do resfriamento e aquecimento em edifícios. Atualmente, 59% da população sérvia vive em áreas urbanas, sendo que o número aumenta cada vez mais. Com uma densidade populacional tão alta, criar árvores verdes ou plantá-las é uma meta complexa a ser alcançada, pois faltam áreas livres para paisagismo. Por isso, no momento, as árvores líquidas são a única alternativa paliativa para a purificação do ar.O município de Stari Grad, em Belgrado, com uma das maiores taxas de emissão de CO2, foi o primeiro a aderir à iniciativa para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos. O LIQUID 3 foi posicionado na Rua Makedonska, e é muito mais do que apenas uma árvore líquida, serve também como bancada, podendo carregar celulares, além de ser um painel solar.A manutenção do sistema é simples, basta remover a biomassa criada pela divisão de algas e despejar água e minerais novos para que as algas continuem a crescer indefinidamente. Inclusive, a biomassa pode ser usada como fertilizante. Com esse projeto, Spasojevic também visa popularizar e ampliar o uso de microalgas, pois podem ser usadas no tratamento de efluentes, como composto para áreas verdes, produção de biomassa e biocombustíveis.</body>

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Árvores líquidas: a alternativa para melhorar a qualidade do ar urbano

Imagem de Leões evitam humanos até recursos ficarem escassos, diz estudo no megacurioso

Na visão de investigadores, a expansão do território humano pelos habitats dos felinos pode aumentar o risco de conflito entre as duas espécies

Conforme a sociedade evolui, tornou-se mais comum que seres humanos e vida selvagem acabem dividindo o mesmo espa&ccedil;o com maior frequ&ecirc;ncia. Isso inclui at&eacute; mesmo morar perto de grandes carn&iacute;voros, como os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115542-10-curiosidades-sobre-os-leoes-os-felinos-reis-da-floresta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">le&otilde;es</a>, os quais t&ecirc;m sido diretamente afetados pela nossa esp&eacute;cie.
Um novo estudo publicado na revista Communications Biology sugere que a expans&atilde;o do uso humano de terra, juntamente com os efeitos das altera&ccedil;&otilde;es clim&aacute;ticas, pode aumentar o risco de conflito entre humanos e le&otilde;es &mdash; algo que amea&ccedil;aria as popula&ccedil;&otilde;es desses grandes felinos.&nbsp;
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127611-os-humanos-sao-agora-o-principal-predador-da-savana-africana.htm" target="_blank" rel="sponsored">Os humanos s&atilde;o agora o principal predador da savana africana</a>
<h2>Cada um em seu canto</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/18/18173453135495.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Conforme descrito pelo pesquisador do Instituto da Universidade de Michigan para Biologia da Mudan&ccedil;a Global, Kirby Mills, o estudo descobriu que compreender as respostas complexas da <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/123179-5-maneiras-de-desfrutar-a-vida-selvagem-ao-redor-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vida selvagem</a> &agrave;s perturba&ccedil;&otilde;es humanas &eacute; um primeiro passo fundamental para promover a coexist&ecirc;ncia entre esses grupos.&nbsp;
"Em paisagens dominadas pelo homem, a vida selvagem tem de equilibrar as compensa&ccedil;&otilde;es entre a ca&ccedil;a de presas e os riscos potencialmente letais de encontrar humanos. Isto &eacute; particularmente verdadeiro para os grandes carn&iacute;voros, que muitas vezes tentam matar o gado porque as amea&ccedil;as ao gado podem provocar a matan&ccedil;a retaliat&oacute;ria de grandes carn&iacute;voros, o que &eacute; uma das principais causas do decl&iacute;nio da popula&ccedil;&atilde;o de grandes carn&iacute;voros em todo o mundo", disse Mills.
Como quase metade da &aacute;rea atual de le&otilde;es se encontra fora dos limites das &aacute;reas protegidas, esses carn&iacute;voros s&atilde;o obrigados a navegar regularmente em paisagens degradadas pelo homem. Por esse motivo, os investigadores pretendem contribuir para uma melhor compreens&atilde;o das respostas dos le&otilde;es &agrave;s perturba&ccedil;&otilde;es humanas, analisando dados de 31 locais de estudo publicados anteriormente.
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127614-o-comportamento-homossexual-de-animais-pode-ser-tao-comum-devido-a-uma-vantagem-evolutiva.htm" target="_blank" rel="sponsored">O comportamento homossexual de animais pode ser t&atilde;o comum devido a uma vantagem evolutiva</a>
<h2>Rela&ccedil;&atilde;o entre le&otilde;es e humanos</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/18/18173522085497.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
O estudo identificou que em mais de dois ter&ccedil;os dos locais de distribui&ccedil;&atilde;o dos le&otilde;es no mundo, os grandes felinos evitam &aacute;reas de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127405-humanos-ja-ultrapassaram-6-dos-9-limites-que-mantem-a-terra-habitavel-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">atividade humana</a> ou ca&ccedil;avam principalmente &agrave; noite para fugir do contato com a nossa esp&eacute;cie. Essas adapta&ccedil;&otilde;es, no entanto, podem afetar ecossistemas inteiros de uma vez s&oacute;.
&ldquo;Aumentar a atividade noturna para evitar encontros humanos pode influenciar a competi&ccedil;&atilde;o entre esp&eacute;cies, a din&acirc;mica predador-presa e a fun&ccedil;&atilde;o do ecossistema&rdquo;, destacou o pesquisador Neil Carter. Evitar &aacute;reas dominadas por humanos n&atilde;o apenas limita efetivamente a quantidade de habitats que os le&otilde;es podem utilizar, como tamb&eacute;m pode aumentar a competi&ccedil;&atilde;o nessas &aacute;reas.
Isso contribui para riscos de extin&ccedil;&atilde;o regional, reestrutura&ccedil;&atilde;o da din&acirc;mica em uma comunidade de vida selvagem e at&eacute; mesmo na redu&ccedil;&atilde;o da biodiversidade. O estudo tamb&eacute;m descobriu que le&otilde;es s&atilde;o mais propensos a procurar alimentos em &aacute;reas de maior risco quando a cobertura vegetal ou a presen&ccedil;a humana &eacute; vari&aacute;vel. Logo, isso quer dizer que os le&otilde;es tendem a evitar menos os humanos quando a comida &eacute; mais limitada e se os encontros s&atilde;o incertos.
Por conta dessas estat&iacute;sticas, os cientistas conclu&iacute;ram que o sucesso da conserva&ccedil;&atilde;o dos grandes carn&iacute;voros depende completamente da coexist&ecirc;ncia sustent&aacute;vel com comunidades locais capacitadas, especialmente &agrave; medida que o planeta fica cada vez mais quente e os recursos se tornar&atilde;o cada vez mais limitados para essas criaturas.

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Leões evitam humanos até recursos ficarem escassos, diz estudo

Imagem de Ucrânia planeja inaugurar parque eólico em Chernobyl no megacurioso

Ucrânia investe na construção de uma usina eólica na zona de exclusão de Chernobyl, local onde ocorreu o desastre nuclear 37 anos atrás

<head></head><body>Em abril de 1986, um dos reatores da usina nuclear de Chernobyl explodiu. Considerado como o maior acidente nuclear da história, a explosão provocou a morte de mais de 20 mil pessoas. Além disso, uma área de 2.600 quilômetros quadrados ao redor do local foi evacuada devido à contaminação radioativa.Agora, em meio a uma guerra travada com a Rússia, o governo ucraniano demonstra interesse em explorar a zona de exclusão de Chernobyl para a produção de energia.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/05/05070711583000.jpg" alt="Um novo parque eólico pode reduzir a dependência energética da Ucrânia. (Fonte: Getty Images/Reprodução)">Um novo parque eólico pode reduzir a dependência energética da Ucrânia. (Fonte: Getty Images/Reprodução)<h2>Ucrânia pretende transformar a zona de exclusão em Chernobyl em um polo de energia verde</h2>A ideia é transformar a área em um parque eólico, referência na produção de energia verde. Para isso, a empresa alemã NOTUS Energy seguirá com pesquisas sobre o potencial da região. Estima-se que seria possível produzir 1.000 megawatts (MW) de energia eólica.Em 11 de setembro, foi assinado um acordo de cooperação para dar início ao projeto de geração de energia eólica. No mesmo mês, a Ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, visitou a Ucrânia pela quarta vez desde o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121166-ucrania-e-russia-as-origens-de-um-conflito-de-quase-um-seculo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">início da guerra</a>, em sinalização de apoio ao projeto.A energia produzida pela nova usina eólica seria o bastante para distribuir eletricidade para pelo menos 800 mil residências em Kiev, capital ucraniana. Além disso, uma vez em operação, o local se tornaria um dos maiores parques eólicos do continente europeu.Não seria a primeira vez que o país busca meios de aumentar o seu potencial energético: em 2018, uma usina solar foi inaugurada numa região próxima da antiga usina de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124498-5-curiosidades-sobre-os-animais-de-chernobyl.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Chernobyl</a>. No local, que antes estava em ruínas, mais de 3 mil painéis foram instalados e passaram a fornecer energia para cerca de 2 mil casas.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/05/05070830311001.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)<h2>Planos ucranianos</h2>No cenário atual, onde o país trava um conflito que ainda parece distante do fim, a busca por energia leva em consideração que um novo inverno se aproxima. E junto com ele, as dificuldades tendem a se acentuar.É necessário considerar ainda que, desde a dissolução da União Soviética, em 1991, a Ucrânia, assim como muitos outros países europeus, manteve uma forte dependência da importação de combustíveis fósseis da <a href="https://www.megacurioso.com.br/so-podia-ser-na-russia/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Rússia</a>. Mas desde a invasão russa, além da busca de apoio internacional, o país tem investido em estratégias para ampliar a sua autossuficiência.Inclusive, uma das estratégias adotadas pelo governo russo tem sido a de fragilizar o país por meio do ataque à sua infraestrutura. Com isso, a população ucraniana é diretamente afetada pelas falhas de abastecimento de eletricidade, aquecimento e água — fora os bombardeios e ataques diretos que deixam um legado de destruição e mortes em solo ucraniano.Vale lembrar ainda que a Ucrânia é um dos países que pleiteou o ingresso à União Europeia formalmente desde fevereiro de 2022. Mas para que as negociações avancem, ainda é necessário que o país cumpra uma série de requisitos — o que se torna uma possibilidade mais distante, dado o cenário delicado e a instabilidade que a Ucrânia vivencia.</body>

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Ucrânia planeja inaugurar parque eólico em Chernobyl

Imagem de Conheça o primeiro sorvete de baunilha feito de plástico – e comestível – do mundo no megacurioso

O projeto foi um trabalho final da faculdade Central Saint Martins, no Reino Unido

A designer italiana Eleonora Ortolani descobriu uma forma de produzir&nbsp;sorvete de baunilha a partir de pl&aacute;stico. O projeto Guilty Flavours ("sabores com culpa", em tradu&ccedil;&atilde;o livre), apresentado como trabalho final &agrave; Central Saint Martins da Universidade das Artes de Londres, busca utilizar a digest&atilde;o humana como forma de eliminar o pl&aacute;stico para sempre.
Ortolani trabalhou com a biotecn&oacute;loga Dra. Joanna Sadler, da Universidade de Edimburgo, para desenvolver novos processos bioqu&iacute;micos que tornassem o material <a href="https://www.google.com/url?client=internal-element-cse&amp;cx=004238318321071068280:rcwgwv4dsro&amp;q=https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/125635-conheca-as-mais-bizarras-competicoes-de-comida-de-mundo-e-alguns-recordes.htm&amp;sa=U&amp;ved=2ahUKEwjo-PLE-dqBAxXXkZUCHb74AzwQFnoECAUQAg&amp;usg=AOvVaw1_RtASihaTPes6XSTeI_z4" rel="noopener noreferrer" target="_blank">consum&iacute;vel</a>. O resultado foi um tipo de&nbsp;vanilina (extrato de baunilha)&nbsp;sint&eacute;tica produzida a partir de res&iacute;duos de pl&aacute;stico PET &mdash; o mesmo utilizado em garrafas de refrigerante, por exemplo.
Al&eacute;m de Joanna Sadler, a equipe do projeto contava com outros quatro colaboradores: Hamid Ghoddusi, professor na Universidade Metropolitana de Londres, Steve Pearce, da Omega Ingredients, Douglas McMaster, chef do restaurante lixo-zero "Silo", e Paula Corsini, pesquisadora da Central Saint Martins.
Eleonora Ortolani afirmou que a ideia para o Guilty Flavours surgiu de sua insatisfa&ccedil;&atilde;o com o sistema de reciclagem. Atualmente, existe um&nbsp;limite para a transforma&ccedil;&atilde;o de res&iacute;duos&nbsp;em novos produtos, o que acaba gerando ainda mais lixo.
<h2>Como transformar pl&aacute;stico em comida?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/03/03185322564393.jpg" alt="(Fonte: Eleonora Ortolani/Tom Mannion/University of the Arts London/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Eleonora Ortolani/Tom Mannion/University of the Arts London/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O extrato de baunilha, assim como os diversos tipos de pl&aacute;stico existentes, &eacute; produzido a partir do petr&oacute;leo bruto. A ideia da designer com o projeto era encontrar uma forma de quebrar as liga&ccedil;&otilde;es das mol&eacute;culas do pol&iacute;mero e sintetiz&aacute;-las em vanilina.
Para isso, a equipe modificou a bact&eacute;ria Escherichia coli&nbsp;a fim de possibilitar essa quebra. A subst&acirc;ncia resultante da experi&ecirc;ncia possui estrutura molecular id&ecirc;ntica ao extrato sint&eacute;tico, al&eacute;m de ter cheiro de baunilha, segundo Ortolani. Entretanto, devido a seu ineditismo, h&aacute; restri&ccedil;&otilde;es impostas por parte de&nbsp;&oacute;rg&atilde;os de seguran&ccedil;a alimentar&nbsp;que devem ser seguidas.&nbsp;
Isso significa que, at&eacute; que sejam realizados <a href="https://www.google.com/url?client=internal-element-cse&amp;cx=004238318321071068280:rcwgwv4dsro&amp;q=https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125607-carne-de-frango-feita-em-laboratorio-e-liberada-para-venda-nos-eua.htm&amp;sa=U&amp;ved=2ahUKEwiNy5GF-tqBAxWSrZUCHfDWAHUQFnoECAQQAg&amp;usg=AOvVaw0A6MFgYOGNgQYYeHfCE3JY" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estudos suficientes</a> para definir os efeitos no organismo, ningu&eacute;m est&aacute; autorizado a provar&nbsp;do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127481-6-sabores-unicos-de-sorvete-ao-redor-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sorvete</a>. Por enquanto, o produto encontra-se exposto em uma geladeira na Central Saint Martins.
<h2>Expectativas para o futuro</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Eleonora Ortolani/Mael Henaff/University of the Arts London&nbsp;" data-fonte-url="https://graduateshowcase.arts.ac.uk/project/490285/cover#research-and-process-section"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/04/04150712878221.jpg" alt="(Fonte: Eleonora Ortolani/Mael Henaff/University of the Arts London/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Eleonora Ortolani/Mael Henaff/University of the Arts London/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A Dra. Joanna Sadler publicou um artigo sobre a experi&ecirc;ncia em 2021 na revista Green Chemistry. Nele, ela relata que essa pode ser uma resposta de baixo custo &agrave; crise mundial de <a href="https://www.google.com/url?client=internal-element-cse&amp;cx=004238318321071068280:rcwgwv4dsro&amp;q=https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127176-concreto-que-usa-borra-de-cafe-e-mais-forte-e-bom-para-o-meio-ambiente.htm&amp;sa=U&amp;ved=2ahUKEwiRp9fH-tqBAxXpiJUCHeBRC6AQFnoECAAQAg&amp;usg=AOvVaw04fryf_ezDMch7km_tml0x" rel="noopener noreferrer" target="_blank">res&iacute;duos</a>, al&eacute;m de contribuir para uma economia circular. Dessa forma, o pl&aacute;stico p&oacute;s-consumo pode ser visto n&atilde;o como <a href="https://www.google.com/url?client=internal-element-cse&amp;cx=004238318321071068280:rcwgwv4dsro&amp;q=https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127335-sacos-de-fezes-na-lua-a-importancia-de-resgatar-os-excrementos-dos-astronautas-da-missao-apollo.htm&amp;sa=U&amp;ved=2ahUKEwiRp9fH-tqBAxXpiJUCHeBRC6AQFnoECAUQAg&amp;usg=AOvVaw2zXLmOX0vQ6MOmebroz3cv" rel="noopener noreferrer" target="_blank">lixo</a>, mas sim uma fonte reutiliz&aacute;vel de carbono para produzir materiais industriais relevantes.
J&aacute; Ortolani destaca em seu site a urg&ecirc;ncia de um n&uacute;mero maior de solu&ccedil;&otilde;es inovadoras e mudan&ccedil;as na sociedade, analisando os problemas ambientais atuais. Isso porque, no caso do seu projeto, ainda h&aacute; algum tempo at&eacute; que o consumo seja liberado. Com cada vez mais op&ccedil;&otilde;es surgindo, pode-se ter a esperan&ccedil;a de um "futuro mais sustent&aacute;vel".

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Conheça o primeiro sorvete de baunilha feito de plástico – e comestível – do mundo

Imagem de Fontes de água de Katmandu: a chave para combater a seca no Nepal no megacurioso

Como o Nepal está recorrendo a sistemas centenários para garantir um futuro sustentável

<head></head><body>No coração de Katmandu, a capital do Nepal, um tesouro histórico está emergindo como uma resposta inovadora para enfrentar a seca crescente e garantir a sobrevivência em um futuro cada vez mais incerto em relação à água.As fontes de 1.500 anos, conhecidas localmente como dhunge dharas ou hitis, estão desempenhando um papel fundamental na busca por soluções sustentáveis para as crescentes demandas de água.<h2>A riqueza esquecida de Katmandu</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/25/25093712279008.jpg" alt="Bebedouro comunitário em Katmandu">Bebedouro comunitário em KatmanduHá mais de 1.500 anos, quando Katmandu era apenas um humilde assentamento, centenas de chafarizes de pedra pontilhavam a paisagem urbana.Esses chafarizes eram a espinha dorsal do fornecimento de água comunitário, muito antes da introdução das modernas tubulações de água na década de 1890. Esculpidos em pedra intrincada, eles são um testemunho da engenhosidade de seus criadores.Esses sistemas tradicionais de abastecimento captam água de fontes naturais nas <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123537-afinal-qual-e-a-montanha-mais-alta-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">montanhas</a> e a direcionam por meio de canais, muitas vezes subterrâneos, até pontos de distribuição nas comunidades.Construídos com técnicas tradicionais, como pedra e argamassa, eles podem abastecer vilarejos inteiros com água potável, sendo fundamentais para o abastecimento de água e para a cultura das comunidades no Nepal.<h2>Resistência ao tempo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/25/25094003306009.jpg" alt="População utilizando o sistema milenar de água">População utilizando o sistema milenar de águaÀ medida que o tempo avançou e a urbanização tomou conta do território, os antigos chafarizes foram esquecidos e negligenciados. Alguns secaram há décadas, quando a água encanada se tornou disponível nas cidades. Assim, a abundância de água, que costumava ser perene, diminuiu ao longo do tempo.Apesar disso, a durabilidade dos hitis provou ser notável. O antigo sistema de água requer manutenção mínima e limpeza ocasional. Enquanto os projetos modernos de água potável têm uma vida útil de apenas 20 a 30 anos, esse sistema milenar vem fornecendo água de forma confiável com intervenção mínima humana por mais de 1.500 anos.<h2>Preservando o passado para o futuro</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/25/25094257072010.jpg" alt="Criança bebendo água em um hiti">Criança bebendo água em um hitiPor meio da restauração desses hitis, Katmandu está resgatando uma parte vital de sua identidade e enfrentando desafios contemporâneos — como os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120892-por-que-desastres-climaticos-sao-cada-vez-mais-frequentes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">desastres climáticos</a> — com soluções enraizadas na sabedoria ancestral.Esses sistemas provaram ser inestimáveis em cenários climáticos adversos e desastres naturais. Em tempos de seca, a população pode contar com aquíferos e recursos de água subterrânea, enquanto em períodos de chuvas torrenciais, funcionam como amortecedores naturais, evitando enchentes e erosão.As fontes de 1.500 anos de Katmandu estão emergindo como heróis improváveis em um cenário de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119880-escassez-de-agua-ja-provoca-conflitos-no-mundo-veja-onde.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">escassez de água</a> crescente. Esses sistemas antigos oferecem soluções sustentáveis que podem funcionar por séculos com tecnologia mínima. Em um mundo que enfrenta uma crise hídrica global, a sabedoria do passado está se revelando essencial para o futuro.</body>

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