Imagem de Videotexto: o esquecido ancestral da internet nos anos 1980 no megacurioso

Muito antes de podermos nos conectar à internet como conhecemos hoje, as pessoas podiam acessar serviços pela televisão da sala

A internet (mais ou menos) como conhecemos hoje chegou ao Brasil em 1995, ainda por um computador de mesa e com a linha telef&ocirc;nica de casa, mas j&aacute; com os dom&iacute;nios "www." Inclusive, a novela das 20h que estreou em novembro do mesmo ano, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/116270-a-forca-do-querer-esta-de-volta-relembre-as-novelas-de-gloria-perez.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Explode Cora&ccedil;&atilde;o</a>, contava a hist&oacute;ria de um casal que se conhecia pela internet, com tom de novidade.&nbsp;
Entretanto, mais de 10 anos antes disso, n&oacute;s tamb&eacute;m tivemos um &ldquo;ancestral&rdquo; da internet, que &eacute; pouqu&iacute;ssimo conhecido hoje em dia: o Videotexto.&nbsp;
<h2>Antes do Videotexto, o projeto Ciranda e Minitel</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/28/28194909859000.jpeg" alt="Exemplo de Teletexto da BBC inglesa. (Fonte: Wikimedia Commons)" />Exemplo de Teletexto da BBC inglesa. (Fonte: Wikimedia Commons)
As primeiras ideias come&ccedil;aram a ser desenvolvidas no final dos anos 1970, dentro da Embratel (a empresa estatal de telecomunica&ccedil;&otilde;es), como projeto Ciranda. Este pretendia ser um tipo de comunidade virtual para reunir todos os brasileiros, quase como as redes sociais de hoje.
Mas, como explicado no podcast&nbsp;Primeiro Contato, voc&ecirc; precisava ter um computador para acessar o Ciranda &mdash; e era muito dif&iacute;cil comprar um computador no Brasil dos anos 1980, com as importa&ccedil;&otilde;es proibidas. Al&eacute;m disso, a mensalidade do servi&ccedil;o custava o equivalente a R$ 69 e todo o conte&uacute;do dependia da pr&oacute;pria&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/televisao/70275-20-comerciais-de-tv-famosos-dos-anos-90.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Embratel</a>, que n&atilde;o conseguiu mant&ecirc;-lo atualizado.&nbsp;
Ent&atilde;o, o Ciranda alcan&ccedil;ou pouco mais de 2 mil assinantes no Brasil antes de ser cancelado, poucos anos depois. Mais ou menos nessa &eacute;poca, a Europa experimentava outro formato de conex&atilde;o: o&nbsp;teletexto, que usava a televis&atilde;o e o sinal de telefonia para transmitir informa&ccedil;&otilde;es.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/29/bernard-marti-wikimedia-common-29160106002280.jpg" alt="Bernard MARTI/Wikimedia Common" />Videotexto em uma televis&atilde;o. (Fonte: Bernard MARTI/Wikimedia Commons)
Na Fran&ccedil;a, o Minitel foi lan&ccedil;ado em 1982 e se tornou um sucesso. Os franceses compravam &mdash; ou ganhavam do governo &mdash; pequenos aparelhos com uma tela em preto e preto, al&eacute;m de um teclado. Por ele, podiam acessar as not&iacute;cias do dia, os pre&ccedil;os das a&ccedil;&otilde;es na bolsa, previs&atilde;o do tempo, servi&ccedil;os banc&aacute;rios e at&eacute; compras.&nbsp;
Ele foi t&atilde;o popular na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119475-por-que-o-sistema-numerico-frances-e-tao-diferente-dos-outros.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Fran&ccedil;a</a> que at&eacute; atrapalhou a chegada da internet por l&aacute;: no final dos anos 1990, metade das pessoas usavam o Minitel, mas a rede mundial s&oacute; chegava a 20% do lares. Os servi&ccedil;os s&oacute; foram descontinuados em 2012. Em outros pa&iacute;ses da Europa que usaram solu&ccedil;&otilde;es semelhantes, ainda &eacute; poss&iacute;vel ler as not&iacute;cias "online" pela televis&atilde;o &mdash; Portugal, Hungria e It&aacute;lia ainda possuem alguns servi&ccedil;os de teletexto, mantidos por redes de televis&atilde;o.&nbsp;
<h2>O in&iacute;cio &mdash; e o fim &mdash; do Videotexto no Brasil&nbsp;</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/28/28195643233004.jpeg" alt="O formato do Minitel/Videotexto n&atilde;o continha imagens ou v&iacute;deos. (Fonte: Twitter/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />O formato do Minitel/Videotexto n&atilde;o continha imagens ou v&iacute;deos. (Fonte: Twitter/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Aqui no Brasil, o Videotexto chegou atrav&eacute;s da Telesp &mdash; estatal de telecomunica&ccedil;&otilde;es de S&atilde;o Paulo &mdash;, que se inspirou no projeto franc&ecirc;s do Minitel.&nbsp;
Para usar o Videotexto, voc&ecirc; precisava comprar um kit da Telesp contendo um modem, que conectava sua TV &agrave; "rede", e um teclado. Os funcion&aacute;rios da Telesp iam at&eacute; a casa dos clientes para fazer a instala&ccedil;&atilde;o e, depois disso, voc&ecirc; podia acessar as informa&ccedil;&otilde;es.&nbsp;
Contudo, embora a televis&atilde;o j&aacute; fosse relativamente popular no Brasil (presente em 14 milh&otilde;es de lares), uma linha de telefone era bem menos acess&iacute;vel (apenas em 3 milh&otilde;es de lares). Se voc&ecirc; n&atilde;o viveu esse tempo, pergunte para seus pais ou av&oacute;s: era mais f&aacute;cil ter um carro do que um telefone em casa. Por isso existiam tantos&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/invencoes/42764-voce-sabe-para-que-servem-as-letras-nas-teclas-dos-orelhoes-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">orelh&otilde;es</a> (telefones p&uacute;blicos) nas ruas.&nbsp;
A Telesp at&eacute; tentou fazer algo parecido com o Videotexto, instalando 23 terminais em lugares p&uacute;blicos do estado &mdash; que acabaram sendo apelidados de "olh&otilde;es". Por&eacute;m, isso estimulou um preconceito: apenas crian&ccedil;as, geralmente pobres, usavam os olh&otilde;es para acessar jogos. Ent&atilde;o, eles eram mal vistos por muitas das pessoas que tinham dinheiro para adquirir o servi&ccedil;o.&nbsp;
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/29/catalogo-das-artes-reproducao-29155746963277.jpg" alt="Cat&aacute;logo das Artes/Reprodu&ccedil;&atilde;o" />Videotexto brasileiro. (Fonte: Cat&aacute;logo das Artes/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Em 1983, eram pouco mais de mil clientes. Em maio de 1986, pouco mais de 30 mil assinantes tinham acesso ao Videotexto, que come&ccedil;ava a ser oferecido em outros estados do Brasil. Eram poucas pessoas para dar lucro &agrave;s empresas que tentaram oferecer servi&ccedil;os na plataforma: jornais, bate-papo, servi&ccedil;os banc&aacute;rios e at&eacute; compras.&nbsp;
Das cerca de 90 empresas que ofereciam servi&ccedil;os na plataforma, apenas 6 tinham lucro. Logo, o sistema entrou num ciclo vicioso: as pessoas n&atilde;o usavam o Videotexto pela falta de servi&ccedil;os e as empresas n&atilde;o investiam pela falta de usu&aacute;rios.&nbsp;
Mas quem usava, parecia curtir muito. O Videopapo, um bisav&ocirc; das redes sociais, era o servi&ccedil;o mais popular. Em S&atilde;o Paulo, os "videopapistas" at&eacute; organizavam festas para se conhecerem na vida real, depois de conversar pelo servi&ccedil;o. Isso j&aacute; nos anos 1980.&nbsp;
<h2>Um servi&ccedil;o pioneiro, mas esquecido</h2>
<span data-fonte="Wikimedia Commons" data-fonte-url="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/2/2d/Minitel-CnAM_44045-IMG_5396-gradient.jpg/2048px-Minitel-CnAM_44045-IMG_5396-gradient.jpg" class="img-fc"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/29/wikimedia-commons-29155619348274.jpg" alt="Wikimedia Commons" />Vers&atilde;o de 1985 do Minitel. (Fonte: <a href="https://commons.wikimedia.org/wiki/User:Rama" title="User:Rama">Rama</a>/Wikimedia Commons)
No final da d&eacute;cada de 1980, quando o Videotexto nem tinha "pegado" no Brasil, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/internet/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Internet</a> come&ccedil;ava a dar seus primeiros passos nos Estados Unidos, com redes entre universidades. Al&eacute;m disso, empresas privadas come&ccedil;aram a oferecer redes particulares de computadores &mdash; os servi&ccedil;os de BBS, que conectavam algumas centenas ou milhares de usu&aacute;rios.&nbsp;
Como dissemos no in&iacute;cio, a rede mundial de computadores chegou no Brasil em 1995 e se popularizou ao longo da d&eacute;cada seguinte. O Videotexto foi descontinuado oficialmente pela Telef&ocirc;nica &mdash; que comprou a Telesp &mdash; em 2003, com uma notinha de rodap&eacute; num jornal. A realidade &eacute; que pouca gente sequer se lembrava que o servi&ccedil;o tinha existido.&nbsp;
Hoje, &eacute; at&eacute; dif&iacute;cil encontrar informa&ccedil;&otilde;es sobre o que foi o Videotexto e como ele funcionava. Mas a verdade &eacute; que ele foi um servi&ccedil;o pioneiro: de certa forma, os brasileiros tiveram acesso aos servi&ccedil;os digitais antes de outros pa&iacute;ses desenvolvidos. Em 1983, voc&ecirc; podia acessar sua conta banc&aacute;ria de casa, fazer compras em lojas virtuais e conhecer pessoas &agrave; dist&acirc;ncia. Tudo pelo Videotexto, esse "ancestral" da internet.

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Videotexto: o esquecido ancestral da internet nos anos 1980

Imagem de Por que não posso usar normalmente meu celular dentro do avião? no megacurioso

As autoridades de comunicações dos EUA já criaram larguras de banda para celulares e comunicação de aeronave, mas o problema pode estar no solo

<head></head><body>Quem viaja periodicamente de avião sabe que as agências reguladoras possuem regulamentos muito rígidos em relação à <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/105325-o-que-acontece-se-nao-desligarmos-o-celular-durante-um-voo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">utilização de dispositivos eletrônicos portáteis, os chamados PEDs em inglês</a>. Tanto a Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) quanto a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) no Brasil, proibiam o uso de celulares durante todas as fases do voo.&nbsp;Isso terminou em 2013, quando a FAA atualizou suas diretrizes para permitir que os passageiros passassem a usar os seus PEDs (no Brasil, a atualização veio em 2015). No entanto, há uma condição: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/248906-devemos-usar-modo-aviao-durante-voo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">os dispositivos eletrônicos devem ser colocados no modo avião durante o voo.</a>Na prática, é como ficar sem celular, pois você não pode fazer nem receber chamadas, mensagens de texto, ou conectar dados. Sem redes móveis ou WiFi, você fica restrito a usar aplicativos offline, como jogos, aplicativos de notas ou reprodução de músicas e vídeos já armazenados no seu dispositivo.&nbsp;<h2>E qual é o real motivo de não poder usar o celular online?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/26/26195022705362.jpg" alt="Na prática, você fica sem celular a bordo de aeronaves durante o voo.">Na prática, você fica sem celular a bordo de aeronaves durante o voo.Naturalmente, a tecnologia digital que usamos hoje é muito mais sofisticada do que <a href="https://www.tecmundo.com.br/mercado/204194-tv-tubo-antiga-derrubava-internet-vila-britanica-dia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">as engenhocas dos anos 1960</a>. A&nbsp;tal interferência eletromagnética que, teoricamente, poderia emitir um sinal dentro da mesma frequência dos sistemas da aeronave foi descartada em 1992, quando a Comissão Federal de Comunicações (FCC) criou larguras de banda de frequência distintas para celulares e para aeronaves, o que foi seguido pelo resto do mundo.Mas, como a indústria da aviação continuou a proibir o uso de celulares, uma das explicações pode estar não lá em cima, mas aqui embaixo. Como as redes de telefonia sem fio são conectadas por uma série de torres, há um temor das operadoras de que as redes poderiam ficar sobrecarregadas se os passageiros usarem seus celulares ao mesmo tempo.Isso pode fazer sentido, pois em 2021, durante a pandemia da covid-19, o número de passageiros voando foi superior a 2,2 bilhões de pessoas. E a situação não melhora com a chegada do 5G, pois, por mais extraordinário que seja, o seu espectro de largura de banda é incrivelmente próximo daquela reservada para a aviação.&nbsp;<h2>O motivo final: a fúria aérea</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/26/26205227729375.jpg" alt="A fúria aérea é um fenômeno moderno.">A fúria aérea é um fenômeno moderno.Embora atualmente a maioria das companhias aéreas <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119920-como-funciona-a-internet-wi-fi-nos-avioes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ofereça aos passageiros serviços de WiFi</a>, a FCC voltou a rejeitar em 2017 mais um plano para permitir o uso online de celulares a partir de 3048 metros (10 mil pés) de altitude. Só que pilotos, comissários de bordo e vários membros do público em geral foram contra.O motivo? O comportamento perturbador dos passageiros conhecido como "fúria aérea", fenômeno moderno que se caracteriza pelo descumprimento dos requisitos de segurança, brigas verbais — ou físicas — com outros passageiros e tripulação. Imaginem tudo isso com 200 pessoas falando ao mesmo tempo no celular!</body>

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Por que não posso usar normalmente meu celular dentro do avião?

Imagem de Veja como as IAs imaginam um corpo 'perfeito' de homem e mulher  no megacurioso

O Projeto Bulimia entende que perspectivas irrealistas dos corpos humanos reproduzidos por IA afetam a forma como jovens e adultos elaboram sua imagem corporal

<head></head><body>O Projeto Bulimia, um grupo de investigação e intervenção <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124174-sindrome-de-realimentacao-por-que-nao-se-resolve-facilmente-a-desnutricao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">na clínica dos transtornos alimentares</a>, está centrando seus olhares sobre as geradoras de imagens baseadas em IA, e a forma como essas ferramentas disseminam padrões irrealistas de beleza a partir das informações da internet onde foram treinadas.Para comprovar sua hipótese, os pesquisadores do projeto programaram os geradores de imagens mais conhecidos — <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124510-6-familias-do-mundo-de-acordo-uma-inteligencia-artificial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Dall-E 2, Stable Diffusion e Midjourney</a> — para criar o corpo feminino perfeito especificamente de acordo com a mídia social no ano de 2023. Em seguida, repetiram o prompt, mas dessa vez para o corpo masculino.Em uma postagem chamada "Rolando entre Vieses" no seu site, o Projeto Bulimia concluiu que “Mulheres menores apareceram em quase todas as imagens criadas por Dall-E 2, Stable Diffusion e Midjourney, mas o último apresentou as representações mais irrealistas do corpo feminino”. No caso dos homens, todos "parecem versões photoshopadas de fisiculturistas".<h2>Qual é o corpo “ideal” da mídia social conforme a IA?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/22/22182607100316.jpg" alt="Mulher &quot;perfeita&quot; em 2023 segundo as mídias sociais.">Mulher "perfeita" em 2023 segundo as mídias sociais.Tentando chegar a um corpo "ideal" nas mídias sociais, a equipe percebeu que <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-e-beleza/37504-personal-trainer-avisa-desconfie-das-fotos-de-transformacao-corporal.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">40% das IAs geraram corpos irreais</a>, o que foi mais pronunciado para homens do que para mulheres. Quanto ao tom da pele, 53% das imagens exibiram tons de pele oliva, enquanto 37% das "pessoas" geradas tinham cabelos louros.O desafio seguinte foi solicitar aos geradores que fizessem uma “mulher perfeita” e também um “homem perfeito” segundo uma perspectiva mais geral da internet em 2023. Conforme os resultados, a principal diferença entre os dois prompts foi que as imagens vindas de mídias sociais mostravam maior apelo sexual e partes do corpo mais desproporcionais e irrealistas.&nbsp;<h2>Buscando um olhar real através de lentes artificiais</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/22/22183838088328.jpg" alt="Homem &quot;perfeito&quot; em 2023 segundo as mídias sociais.">Homem "perfeito" em 2023 segundo as mídias sociais.Buscando compreender quais são os corpos "ideais" promovidos por bilhões de imagens nas mídias sociais, a equipe concluiu que as renderizações de IA com viés mais sexualizado podem ser explicadas pelo fato de esse tipo de mídia usar algoritmos. Ou seja, uma sequência de instruções que privilegia conteúdos que recebem olhares mais demorados.&nbsp;Então, temos a questão das versões bizarras e distorcidas, e a explicação é que essas aberrações derivam de plataformas que, propositalmente, "promovem tipos de corpos irreais", diz a equipe. Por que então fazer isso, levando-se em conta que, com base nos filtros do Instagram e do Snapchat, ninguém consegue alcançar esses padrões idealizados?&nbsp;A resposta a essa pergunta — criar um senso de insatisfação para obter lucro — pode ser <a href="https://www.tecmundo.com.br/mercado/264276-saber-inteligencia-artificial-sendo-usada-etica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">uma estratégia profundamente prejudicial à saúde mental e física das pessoas</a>. Tudo começa com uma redução na autoestima que logo conduz a dietas extremas e transtornos alimentares. O resultado, dizem os especialistas, são&nbsp;imagens corporais distorcidas e quadros de ansiedade, depressão e comportamentos autodestrutivos.&nbsp;</body>

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Veja como as IAs imaginam um corpo 'perfeito' de homem e mulher 

Imagem de 5 tecnologias que até os animais já podem usar no megacurioso

Muitos avanços tecnológicos podem ser compartilhados entre os animais de estimação e seus tutores

<head></head><body>É inegável que a tecnologia facilita as nossas vidas. No entanto, nem sempre nos damos conta de que ela também facilita o dia a dia dos nossos animais de estimação, pois muitas ferramentas modernas que usamos podem ser utilizadas também pelos animais — e muitas marcas já estão de olho nesses clientes.Segundo o Instituto Pet Brasil, o mercado de consumo de produtos para animais de estimação movimentou cerca de R$ 58 bilhões em 2022. Um aumento de 14% em relação ao ano anterior. Ao que tudo indica, além de brinquedos e comida, em breve esse mercado bilionário ofereça mais opções tecnológicas para os animais. Mas, quais opções seriam?<h2>1. Televisão</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/22/22151509255223.jpg" alt="Fonte: Getty Images">Fonte: Getty ImagesAcredite, os cães já têm suas séries prediletas para maratonar. Empresas como a DOGTV oferecem horas de conteúdo para cães, inclusive conteúdo ao vivo. A empresa está presente nas operadoras de TV a cabo e online.Seu objetivo é distrair os animais na ausência de seus tutores e oferecer a eles um conteúdo educativo, que possa estimulá-los. Os conteúdos caninos precisam ser exibidos em 75 quadros por segundo, caso contrário, os animais não conseguem assistir.A empresa não divulga dados relacionados à sua audiência, mas explica que seus conteúdos são baseados em pesquisas veterinárias. Além dela, existem outros canais exclusivos para os cães.<h2>2. Videogames</h2><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/SOJJf_zoPDs" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Já há alguns anos, pesquisadores sabem que animais como porcos, cães e até mesmo galinhas são capazes de jogar videogames. Isso é interessante, pois esse comportamento já havia sido visto em primatas, que conseguem pegar nos controles de forma mais confortável.Ainda que não tenham polegares, os porcos e as galinhas dão seus jeitos para jogarem, usando os focinhos e os bicos. É claro que os jogos precisam ser simples e adaptados aos estímulos adequados para esses animais.Já os primatas, como os chimpanzés, conseguem jogar jogos muito mais complexos, usando os mesmos controles que os humanos.<h2>3. Chamadas de vídeo</h2><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/OHcAOlamgDc" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Todos os dias, inúmeras pessoas se comunicam por chamadas de vídeo. Em alguns casos, elas pedem para falar e ver os seus animais de estimação, mas, será que eles entendem o que está acontecendo?Um estudo do MIT mostra que <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119946-como-funciona-a-comunicacao-dos-papagaios.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">os papagaios sabem</a>. Na verdade, como são animais altamente sociáveis, as videochamadas poderiam ser usadas para amenizar a solidão que esses bichos poderiam sentir quando seus tutores viajam, por exemplo — pelo menos foi isso o que o estudo sugeriu.No mesmo estudo, as aves foram treinadas para ligarem umas para as outras. Em 15 dias, elas aprenderam a usar as ferramentas e eram capazes de compreender que aquela conversa estava acontecendo ao vivo. Tagarelas, os papagaios fizeram mais de 200 ligações.<h2>4. Podcast</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/22/22152032859226.jpg" alt="Fonte: Getty Images">Fonte: Getty ImagesO psicólogo britânico Alex Benjamin, da Universidade de York, produziu um estudo em que usa um podcast para <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124931-as-6-racas-de-caes-mais-faceis-de-treinar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">acalmar cães</a>. Modulando a voz humana para que ela se torne agradável aos animais, o artigo intitulado “Quem é o bom menino?” apresentou resultados promissores.No podcast, atores interagem com os ouvintes contando histórias a eles ou os elogiando.Mas, nem todos os animais parecem gostar dos programas gravados — e esse é o caso das vacas. Um segundo estudo, publicado pela revista Frontiers in Psychology, concluiu que as <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124507-a-complexa-e-fascinante-vida-social-das-vacas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vacas se sentem relaxadas pela voz humana</a>, mas os sons precisam ser emitidos por pessoas próximas a elas. Nada de alto-falantes.<h2>5. Assistentes pessoais e IA</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/22/22152232393227.jpg" alt="Fonte: Getty Images">Fonte: Getty ImagesAssistentes pessoais, como a Alexa, conseguem ajudar as pessoas a fazerem tarefas diárias, como criar uma lista de compras no supermercado. Mas, quando essas ferramentas são potencializadas por máquinas, é possível usá-las para melhorar os cuidados com os animais, como entendendo seu comportamento de alimentação, monitorando a temperatura dos seus ambientes, servindo porções adequadas de comida etc.Esse tipo de tecnologia já é usada no agronegócio, como forma de aumentar a produtividade dos rebanhos, mas tudo indica que poderá ser aplicada também nas rotinas dos animais domésticos.</body>

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5 tecnologias que até os animais já podem usar

Imagem de Titanic naufragado é reconstruído em imagens 3D detalhadas no megacurioso

Sequências foram criadas utilizando mais de 700 mil imagens individuais, revelando os restos do que está naufragado

<head></head><body>Em um trabalho que promete surpreender os curiosos sobre um dos maiores naufrágios já acontecidos na história, a empresa Magellan (especializada em trabalhos que envolvem as profundezas do mar) recriou uma versão submersa do <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119582-7-fatos-essenciais-sobre-a-historia-do-naufragio-do-titanic.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Titanic</a> em proporções reais utilizando imagens tridimensionais.O trabalho em questão precisou de 700 mil imagens, conforme relatado pela BBC. Elas foram obtidas por submersíveis controlados remotamente em um trabalho que exigiu mais de 200 horas de dedicação dos profissionais envolvidos.Nesse processo, os engenheiros passaram instruções para que os exploradores robóticos pudessem escanear o navio naufragado a uma profundidade de 3.800 metros. Dessa forma, foi possível ter uma visão mais exata das duas partes divididas ao meio para fazer uma recriação com um nível de detalhes surpreendente, como é possível ver na gravação a seguir:<blockquote class="twitter-tweet">A new view of the Titanic! New scans reveal the world's most famous wreck as never seen before. They show the wreck in its entirety - it's as if the water has been drained away… Check it out here <a href="https://twitter.com/hashtag/Titanic?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#Titanic</a> (Footage: <a href="https://twitter.com/AtlanticProds?ref_src=twsrc%5Etfw">@AtlanticProds</a>/ Magellan) <a href="https://t.co/1nOdfc7mWb">pic.twitter.com/1nOdfc7mWb</a>— Rebecca Morelle (@BBCMorelle) <a href="https://twitter.com/BBCMorelle/status/1658768797270958081?ref_src=twsrc%5Etfw">May 17, 2023</a></blockquote>"A profundidade dele, quase 4.000m, representa um desafio, e você também tem correntes no local — e não podemos tocar em nada para não danificar os destroços", disse Gerhard Seiffert, da Magellan, encarregado do planejamento da expedição.&nbsp;"O outro desafio é que você precisa mapear cada centímetro quadrado — até mesmo partes desinteressantes, como no campo de destroços, você precisa mapear a lama, porque precisa disso para preencher todos esses objetos interessantes", continuou o especialista.<ul><li>Veja também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120330-5-relatos-tragicos-de-pessoas-que-sobreviveram-ao-naufragio-do-titanic.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">5 relatos de pessoas que sobreviveram ao naufrágio do Titanic</a></li></ul><h2>Primeira etapa de um grande trabalho</h2>Falando ao site da BBC Parks Stephenson, analista do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120549-como-o-titanic-foi-acidentalmente-encontrado-durante-a-guerra-fria.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Titanic</a>, comentou que esse modelo criado após o estudo "é um grande primeiro passo para entender a história do Titanic com base em evidências de pesquisa — e não em especulações".Com essas imagens, os especialistas puderam conhecer alguns detalhes mais concretos, como a escala real do navio e até mesmo o número de série das hélices utilizadas na construção do navio.A análise mostra, inclusive, que a proa do navio ainda continua totalmente reconhecível mesmo mais de um século após o seu naufrágio (que aconteceu em 14 de abril de 1912). Entretanto, o mesmo não pode ser dito da popa, que acabou ficando bem danificada após naufragar.A exploração conseguiu encontrar inclusive alguns detalhes interessantes, como partes metálicas do navio que continham ornamentos, estátuas, garrafas de vinho que nunca foram abertas e até mesmo diversos sapatos que acabaram naufragando.&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/18/18141416165265.jpg" alt="Reconstrução tridimensional do Titanic pode ajudar a entender como de fato aconteceu o naufrágio. (Fonte: BBC/Reprodução)">Reconstrução tridimensional do Titanic pode ajudar a entender como de fato aconteceu o naufrágio. (Fonte: BBC/Reprodução)<h2>Mais trabalho a ser feito</h2>Conforme mencionado, o trabalho dos pesquisadores ainda vai continuar, já que as imagens foram capazes de revelar novas perspectivas para uma compreensão mais precisa do que de fato aconteceu na noite do naufrágio.<ul><li>Veja também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118440-como-o-tamanho-do-titanic-contribuiu-para-que-o-navio-afundasse.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Como o tamanho do Titanic contribuiu para que o navio afundasse?</a></li></ul>"Nós realmente ainda não compreendemos a natureza da colisão com o iceberg. Nós sequer sabemos se ele de fato foi atingido na lateral, como mostrado em todos os filmes — ele pode até afundado no lugar do iceberg", comentou Park Stephenson, outro estudioso do Titanic.Ele revelou, inclusive, que os danos encontrados na popa podem dar uma ideia mais clara de como o grande navio de fato naufragou — e isso poderia colocar um fim na dúvida que muitas pessoas ainda têm quando se fala do fim do Titanic.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:53.894Z

Titanic naufragado é reconstruído em imagens 3D detalhadas

Imagem de Cabelo da Idade do Bronze provou o uso de drogas na Antiguidade no megacurioso

E há quem diga que a prática começou no século passado...

Existe um extenso debate e vis&otilde;es opostas sobre o motivo de as <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124397-5-drogas-recreativas-comumente-usadas-na-antiguidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pessoas usarem drogas</a>. Algumas come&ccedil;am porque querem se sentir bem, outras querem um desempenho melhor nos estudos, ou no trabalho. Existe tamb&eacute;m os curiosos e aqueles que querem fazer uso s&oacute; para terem uma falsa sensa&ccedil;&atilde;o de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/123178-geracao-z-e-a-obsessao-pela-fama-a-qualquer-custo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pertencimento</a>.
O segredo das drogas &eacute; que elas estimulam partes do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124398-cerebros-humanos-vem-diminuindo-de-tamanho-ha-3-mil-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">c&eacute;rebro</a> que fazem a pessoa se sentir bem. Mas, ap&oacute;s um tempo, a pessoa se acostuma com a sensa&ccedil;&atilde;o de bem-estar e desperta o desejo de se manter naquilo sempre.
No entanto, muito diferente do que mentes conservadoras possam acreditar, a droga n&atilde;o &eacute; um tipo de "mal do s&eacute;culo" ou apenas "coisa de joven". Muito pelo contr&aacute;rio, o uso da droga data de milhares de anos, come&ccedil;ando j&aacute; na Idade do Bronze &ndash; e um fio de cabelo milenar provou isso.
<h2>Um h&aacute;bito antigo</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/09/hans-ollermann-brooklyn-museum-09162138906291.jpg" alt="Hans Ollermann/Brooklyn Museum" />(Fonte: Hans Ollermann/Brooklyn Museum/Flickr/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Os seres humanos sempre foram obcecados por subst&acirc;ncias que alteram o estado da mente. N&atilde;o &eacute; para menos que a estrutura megal&iacute;tica mais antiga do mundo, <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121893-gobekli-tepe-a-antiga-construcao-que-teria-invertido-a-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Gobekli Tepe</a>, na Turquia, tem cisternas gigantes onde cerveja era armazenada h&aacute; 12 mil anos.
Nesse sentido, a bebida alco&oacute;lica foi usada por muito tempo como <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124286-egipcios-foram-pagos-em-cerveja-durante-a-construcao-das-piramides.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">combust&iacute;vel e moeda de troca</a>, sobretudo no Egito Antigo, onde os trabalhadores receberam gal&otilde;es de cerveja para colocar em p&eacute; as famosas pir&acirc;mides. Quando o assunto &eacute; o lado fumante da hist&oacute;ria, os citas n&ocirc;mades montados a cavalo trouxeram com eles a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122557-maconha-como-ela-ja-foi-aceita-e-muito-disputada-pelo-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">maconha</a> dos estepes de Altai da &Aacute;sia Central para a Gr&eacute;cia Antiga.
<span data-fonte="Wikimedia Commons" data-fonte-url="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/e/e4/Arabischer_Maler_des_Kr%C3%A4uterbuchs_des_Dioskurides_004.jpg/727px-Arabischer_Maler_des_Kr%C3%A4uterbuchs_des_Dioskurides_004.jpg" class="img-fc"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/09/wikimedia-commons-09162244595292.jpg" alt="Wikimedia Commons" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Um estudo publicado na revista Nature em abril desse ano combinou v&aacute;rios campos de estudo diferentes, de arqueologia a iconografia, para conseguir rastrear o h&aacute;bito do consumo de plantas medicinais at&eacute; os tempos pr&eacute;-hist&oacute;ricos. As subst&acirc;ncias que alteram a mente s&atilde;o geralmente invis&iacute;veis no registro arqueol&oacute;gico, com sua presen&ccedil;a sendo inferida a partir de evid&ecirc;ncias indiretas, como tipologia e a fun&ccedil;&atilde;o de certos artefatos possivelmente relacionados &agrave; pr&aacute;tica.
Sendo assim, como os agentes psicoativos costumam permanecer preservados por mil&ecirc;nios, a an&aacute;lise qu&iacute;mica que fizeram dos res&iacute;duos arqueol&oacute;gicos puderam fornecer evid&ecirc;ncias indiretas do consumo de drogas no passado, como os alcaloides do &oacute;pio que foram detectados em recipientes da Idade do Bronze.
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124397-5-drogas-recreativas-comumente-usadas-na-antiguidade.htm" target="_blank" rel="sponsored">5 drogas recreativas comumente usadas na antiguidade</a>
<h2>A droga e o homem</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/03/03135258236196.jpg" alt="(Fonte: P. Witte/Scientific Reports/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: P. Witte/Scientific Reports/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Dessa vez, no entanto, os cientistas descobriram evid&ecirc;ncias diretas de que as pessoas na Europa usavam drogas psicoativas durante a Idade do Bronze, detectando tra&ccedil;os de subst&acirc;ncias alcaloides que causam del&iacute;rio e euforia em fios de cabelo humano datados de cerca de 3 mil anos atr&aacute;s.
O chuma&ccedil;o de cabelo foi encontrado com outros artefatos funer&aacute;rios na caverna Es C&agrave;rritx, em Menorca, uma das Ilhas Baleares na costa leste da Espanha, no Mar Mediterr&acirc;neo. Ao passar por uma an&aacute;lise, estavam presentes os estimulantes efedrina, atropina e escopolamina &ndash; todos compostos psicoativos que podem causar desorienta&ccedil;&atilde;o, perturba&ccedil;&atilde;o sensorial e alucina&ccedil;&otilde;es v&iacute;vidas.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/09/alfredo-dagli-orti-shuterstock-09162340858293.png" alt="Alfredo Dagli Orti/Shuterstock" />(Fonte: Alfredo Dagli Orti/Shutterstock/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Apesar de o uso de drogas entre humanos ser uma pr&aacute;tica conhecida a partir de pistas descobertas na Eur&aacute;sia e nas Am&eacute;ricas, foi s&oacute; por meio dessa revela&ccedil;&atilde;o que os cientistas puderam ter certeza. &Eacute; poss&iacute;vel que os nossos ancestrais da Idade do Bronze consumissem esses compostos ao comer certas plantas, como mandr&aacute;gora, meimendro, macieira e pinheiro comum.
Como ressaltou a principal autora do estudo, Elisa Guerra-Doce &ndash; professora associada de pr&eacute;-hist&oacute;ria da Universidade de Valladolid, na Espanha &ndash;, o motivo pelo qual essas comunidades consumiam as subst&acirc;ncias ainda n&atilde;o est&aacute; totalmente claro, embora a suspeita seja que os xam&atilde;s possam t&ecirc;-las usado em cerim&ocirc;nias religiosas.

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Cabelo da Idade do Bronze provou o uso de drogas na Antiguidade

Imagem de Cryopets: os animais que estão sendo preservados em sono criogênico no megacurioso

O sonho é o mesmo que preservar humanos: a chance de ressurreição

Foi em 1965 que a Life Extension Society (LES) ofereceu a oportunidade de preservar uma pessoa pela primeira vez na hist&oacute;ria da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124968-nasa-registra-danca-do-sol-em-videos-de-alta-tecnologia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tecnologia</a>, ainda que se tratasse de um feito um tanto quanto experimental.
O renomado professor de psicologia, <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/118387-james-bedford-o-primeiro-homem-a-ser-criopreservado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">James Bedford</a>, acreditava que ainda tinha chances de se livrar do c&acirc;ncer que se enraizava dentro dele, mas isso n&atilde;o o impediu de reservar mais de US$ 100 mil em seu testamento para custear pesquisas sobre <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124497-5-incriveis-experimentos-que-contam-a-historia-da-criogenia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">criogenia</a>. Ele deixou expl&iacute;cito seu desejo final de ser criopreservado, com a sorte de ser ressuscitado anos mais tarde.
De l&aacute; para c&aacute;, a criogenia se tornou um meio de confortar fam&iacute;lias com a preserva&ccedil;&atilde;o de seus entes queridos e a possibilidade, ainda que remota, de reaviv&aacute;-los no futuro. Foi assim com Bedford em 1965, e com <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116779-zhan-wenlian-a-primeira-mulher-da-china-em-criopreservacao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Zhan Wenlian</a> em 2017.
Mas isso n&atilde;o &eacute; tudo. A dissemina&ccedil;&atilde;o do m&eacute;todo, cada vez mais tecnol&oacute;gico, contaminou outras &aacute;reas, e as pessoas passaram a ter vontade de criopreservar seus animais de estima&ccedil;&atilde;o.&nbsp;Por isso, surgiram empresas e startups como a Cryopets, que visam estabelecer uma rede de cl&iacute;nicas veterin&aacute;rias que forne&ccedil;am check-ups regulares, atendimento de emerg&ecirc;ncia e tamb&eacute;m a op&ccedil;&atilde;o de preserva&ccedil;&atilde;o eterna dos companheiros de quatro patas.
<h2>A ambi&ccedil;&atilde;o</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;&Eacute;poca Neg&oacute;cios&nbsp;" data-fonte-url="https://epocanegocios.globo.com/startups/noticia/2023/04/donos-de-pets-procuram-servico-que-congela-animais-para-depois-ressuscita-los.ghtml"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/04/04132752254228.jpg" alt="(Fonte: &Eacute;poca Neg&oacute;cios/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Kai Micah Mills/Business Insider/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A ideia por tr&aacute;s da criopreserva&ccedil;&atilde;o surgiu em meados de 1953, com o cientista James Lovelock teorizando sobre a possibilidade de submeter um corpo morto ao congelamento a partir da criopreserva&ccedil;&atilde;o de roedores. Ele relatou que os animais podiam ser congelados com 60% da &aacute;gua do c&eacute;rebro cristalizada em gelo sem gerar efeitos adversos, embora outros &oacute;rg&atilde;os tenham se mostrado suscet&iacute;veis a danos. O estudo fez com que outros cientistas congelassem ratos e depois os revivesse, sem dano significativo aparente.
Uma vez que tudo come&ccedil;ou com os animais, que sempre se mostraram mais propensos &agrave; preserva&ccedil;&atilde;o do que a complexidade do corpo humano, a humaniza&ccedil;&atilde;o do processo tamb&eacute;m os alcan&ccedil;ou. No caso da Cryopets, os animais enviados para uma instala&ccedil;&atilde;o em Utah ser&atilde;o pelo mesmo motivo dos humanos: a ressurrei&ccedil;&atilde;o.
&Agrave; medida que a pr&aacute;tica ganha mais tra&ccedil;&atilde;o pelo mundo, instala&ccedil;&otilde;es est&atilde;o sendo criadas para suprir a demanda. A Alcor Life Extension Foundation, com sede em Scottsdale, atualmente mant&eacute;m 186 humanos e 86 animais, afinal, &ldquo;se voc&ecirc; ama um animal, porque n&atilde;o t&ecirc;-lo de volta no futuro, supondo que isso funcione?&rdquo;, disse o CEO da Alcor, Dr. Max More.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/04/04132912894229.jpg" alt="(Fonte: The Santa Barbara Independent/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: The Santa Barbara Independent/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O m&eacute;dico sustenta a ideia de que tudo &eacute; poss&iacute;vel mudar, visto que a pr&oacute;pria defini&ccedil;&atilde;o do que &eacute; considerado <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124887-o-que-significa-uma-morte-natural.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">legalmente morto</a>, por exemplo, j&aacute; &eacute; diferente da d&eacute;cada de 1960. &ldquo;Se o cora&ccedil;&atilde;o de uma pessoa parasse naquele tempo, ela estava morta, mas hoje dizemos que ela morrer&aacute; se n&atilde;o fizermos algo rapidamente&rdquo;, pontua ele.&nbsp;
More quis dizer que quando os m&eacute;dicos levantam as m&atilde;os dizendo que n&atilde;o h&aacute; mais nada o que possar ser feito, eles est&atilde;o se referindo com base nas habilidades e tecnologia de hoje, mas isso certamente mudar&aacute; no futuro, como aconteceu na segunda metade do s&eacute;culo passado.
<h2>A vontade da morte</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/08/marco-bello-getty-images-08171136734257.jpg" alt="Marco Bello/Getty Images" />(Fonte: Marco Bello/Getty Images)
Peter Thiel, o investidor bilion&aacute;rio por tr&aacute;s da Cryopets, que financiou de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124095-ia-sera-usado-um-advogado-robo-pela-primeira-vez-no-tribunal.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">intelig&ecirc;ncia artificial</a> a foguetes reutiliz&aacute;veis, sustenta a mesma ideia. Na verdade, ele vai mais longe. Em fevereiro desse ano, a funda&ccedil;&atilde;o de Thiel anunciou 20 jovens colaboradores que aceitaram interromper seus estudos universit&aacute;rios para receber US$ 100 mil ao longo de dois anos.
Aos 24 anos, Kai Mills foi um dos poucos que abandonaram o ensino m&eacute;dio j&aacute; admitido na faculdade, sendo descoberto por Thiel por administrar servidores do Minecraft no por&atilde;o de sua casa. Seu fasc&iacute;nio pela criogenia come&ccedil;ou quando seu &uacute;nico companheiro, o gato Cat, come&ccedil;ou a apresentar os primeiros sinais de velhice.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/08/getty-images-08171831795260.jpg" alt="Getty Images" />(Fonte: Getty Images)
Com Thiel, ele espera conseguir alcan&ccedil;ar um futuro em que n&atilde;o haja morte, e a Cryopets &eacute; a primeira parte desse plano. Algum dia, o bilion&aacute;rio investidor deseja expandir isso para a preserva&ccedil;&atilde;o humana, &agrave; medida que a ci&ecirc;ncia amadurece. &ldquo;No final das contas, estou interessado em impedir que as pessoas morram&rdquo;, explicou ele ao Business Insider.
Atualmente, a lista de espera da Cryopets inclui cerca de 500 c&atilde;es, gatos, coelhos, roedores e um macaco &agrave; espera da criopreserva&ccedil;&atilde;o. No final desse ano, a empresa contratar&aacute; seu primeiro veterin&aacute;rio para iniciar pesquisas sobre m&eacute;todos de aquecimento de &oacute;rg&atilde;os. E ser&aacute; bem em tempo, visto que o setor da longevidade obteve US$ 5,2 bilh&otilde;es em financiamento s&oacute; no ano passado, segundo um relat&oacute;rio da ag&ecirc;ncia de not&iacute;cias brit&acirc;nica Longevity Technology.

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Cryopets: os animais que estão sendo preservados em sono criogênico

Imagem de Forno a gás ou forno elétrico: qual é o melhor? no megacurioso

Especialistas respondem a dúvida de todos que procuram pelo forno ideal para suas casas

<head></head><body>Comprar um forno novo é uma tarefa que requer tempo e bastante pesquisa, especialmente para garantir que você adquira um produto que vai atender suas necessidades no dia a dia. Só que uma das suas primeiras decisões neste caso é escolher entre um forno a gás ou um forno elétrico. Os dois possuem suas próprias vantagens e pontos negativos, o que torna essa escolha bem difícil se você não sabe exatamente do que precisa. Para te ajudar nessa questão, vamos falar dessas diferenças e o que você pode esperar dos dois tipos de forno. Confira tudo à seguir!<h2>Forno a gás vs. forno elétrico: principais diferenças</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/08/08202526133313.jpg" alt="O forno a gás ainda é uma das opções mais populares ao redor do mundo. (Fonte: Getty Images)">O forno a gás ainda é uma das opções mais populares ao redor do mundo. (Fonte: Getty Images)Caso você não saiba tanto sobre esses dois tipos de forno, pode não ter noção de suas principais diferenças. No geral, o que você precisa saber é o seguinte:<h3>Forno a gás</h3><ul><li>Não usa muita eletricidade, apenas na hora de ligar ou ao usar a luz interna do forno;</li><li>Muitos modelos podem chegar a temperaturas mais altas que o forno elétrico;</li><li>Menos controle de temperatura, já que certas partes do forno podem esquentar mais do que outras;</li><li>Os modelos tradicionais ainda podem ser mais difíceis de limpar, embora já seja possível encontrar versões modernas que não tem esse problema;</li><li>Precisa de um botijão de gás ou ponto de gás na rua para funcionar.</li></ul><h3>Forno elétrico</h3><ul><li>Só precisa de energia elétrica para funcionar, mas isso pode tornar o seu uso mais custoso;</li><li>Esquenta de forma igual em todas as partes do forno e mantém sua temperatura por mais tempo após ser desligado;</li><li>Possui sistema para ser desligado automaticamente, um ótimo ponto para cozinheiros mais esquecidos;</li><li>Pelo uso obrigatório de energia elétrica, é preciso ter noção que não será possível cozinhar com esse forno se faltar luz em sua casa;</li><li>Pode ser usado de forma tradicional ou pode ser embutido na cozinha, o que o torna mais versátil.</li></ul><h2>Qual é o forno mais seguro para sua casa?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/08/08202558803314.jpg" alt="Atualmente, há uma grande preocupações sobre as emissões do forno a gás. (Fonte: Getty Images)">Atualmente, há uma grande preocupações sobre as emissões do forno a gás. (Fonte: Getty Images)Embora seja uma escolha popular há tanto tempo, o forno a gás começou a trazer preocupações para muitas famílias ao redor do mundo nos últimos anos, especialmente com diversos estudos apontando como a emissão de metano, benzeno e dióxido de nitrogênio no ar. Além disso, é comum que um pouco gás vaze mesmo quando o forno não está sendo usado, um evento que pode passar despercebido na maior parte das vezes.&nbsp;Tudo isso pode contribuir para problemas respiratórios para quem mora em uma casa com um forno a gás e problemas para o meio ambiente por causa do metano. Nos Estados Unidos, já há uma iniciativa por parte da Comissão de Segurança de Produtos de Consumo (CPSC) para que novos modelos deste tipo de forno tenham uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124062-como-paises-estao-trabalhando-para-limitar-emissoes-de-carbono.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">redução nessas emissões</a>. Em comparação, os fornos elétricos não possuem qualquer tipo de emissão e têm o sistema de desligamento automático para evitar acidentes, o que passa uma sensação maior de segurança aos seus usuários.<h2>Qual o melhor forno para cozinhar?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/08/08202634752315.jpg" alt="Felizmente, nenhum tipo de forno vai ter tanto impacto no sabor da sua comida">Felizmente, nenhum tipo de forno vai ter tanto impacto no sabor da sua comidaFaz tempo que se debate sobre qual tipo de forno é realmente o melhor na hora de cozinhar. Por muito tempo, o forno a gás era considerado mais interessante para pratos que levavam mais tempo para se preparar ou só para atingir temperaturas mais altas. Atualmente, muitos modelos de fornos elétricos possuem sistemas que conseguem os mesmos resultados, o que levou mais chefs profissionais a aderirem à mudança.Com os fornos elétricos por indução também sendo mais eficientes e gastando menos energia do que modelos mais básicos, essa se torna a escolha óbvia de muitas pessoas. A maior desvantagem nesse caso é que fornos por indução não podem ser usados com todos os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121960-por-que-as-panelas-nao-pegam-fogo-mas-a-comida-queima.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">utensílios de cozinha</a> que existem por aí, o que ainda pode levar muitos cozinheiros a optarem pelo tradicional forno a gás.&nbsp;No geral, nenhum dos dois fornos vai produzir <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123191-por-que-comida-feita-no-micro-ondas-tem-sabor-diferente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">comidas mais deliciosas</a> por conta própria, mas eles podem ser usados de maneira mais conveniente dependendo das suas próprias necessidades. Por isso, o melhor é sempre escolher o tipo de forno que te atende da forma que você precisa e não baseado em como o modelo funciona para outras pessoas.</body>

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Forno a gás ou forno elétrico: qual é o melhor?

Imagem de Como funcionam as pulseiras de LED em shows? no megacurioso

Famosas por promoverem uma experiência bastante imersiva, as pulseiras de LED caíram no gosto do público

<head></head><body>Quem já esteve num show do Coldplay utilizando uma das famosas pulseiras de LED, garante que se trata de uma experiência indescritível. A banda inglesa, que aposta em espetáculos mais imersivos, propõe que a plateia largue os smartphones e utilize uma pulseira que pisca e vibra de forma sincronizada para desfrutar do show.Não demorou para que essas pulseiras de luz que oferecem uma visão única do público unido se tornassem destaque, o que justifica o fato delas também serem encontradas em show de outros artistas, como visto na turnê da cantora <a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/254177-coldplay-taylor-swift-beyonce-shows-voce-assistir-online.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Taylor Swift</a>.Mas você já se perguntou como essas pulseiras de LED funcionam? Confira, abaixo, mais informações sobre o seu mecanismo de operação e quais são as suas possíveis aplicações.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/09/09001455692031.jpg" alt="Após serem devolvidas nos shows, as pulseiras de LED passam por um processo de higienização antes de serem disponibilizadas em outros eventos. (Fonte: Getty Images/Reprodução)">Após serem devolvidas nos shows, as pulseiras de LED passam por um processo de higienização antes de serem disponibilizadas em outros eventos. (Fonte: Getty Images/Reprodução)<h2>Mecanismo das pulseiras de LED</h2>A sua concepção, apesar de simples, apresenta um efeito bastante expressivo: como destaca a fabricante das chamadas Xylobands, usadas no show do <a href="https://www.tecmundo.com.br/musica/25154-coldplay-usa-pulseira-luminosa-para-transformar-publico-em-telao-gigantesco-video-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Coldplay</a>, as pulseiras estão ligadas a uma central de controle que envia comandos para piscarem. Esse sinal é emitido via radiofrequência.Naturalmente, num evento de grandes dimensões, para que todas essas pulseiras ganhem vida, vários receptores são espalhados no local do espetáculo, com alcance de 400 metros. Assim, quem controla as luzes do evento pode acionar as pulseiras num raio de até 800 metros.Esses acessórios de LED possuem valor estimado de US$ 5 a US$ 10. Uma vantagem é eles podem ser pré-configurados para que haja um padrão de acionamento nos eventos e eles brilhem de formas alternadas, dando vida a efeitos visuais personalizados.Com essas pulseiras, graças ao uso de chips e sensores, também é possível monitorar o movimento do público. Há modelos, inclusive, que são capazes de gerar calor para promover uma experiência sinestésica no show.<blockquote class="twitter-tweet">Here's what we've been up to so far this year! <a href="https://t.co/HYIeajJJAM">pic.twitter.com/HYIeajJJAM</a>— Xylobands (@Xylobands) <a href="https://twitter.com/Xylobands/status/1639291508170866689?ref_src=twsrc%5Etfw">March 24, 2023</a></blockquote><h2>Após o fim da bateria, ainda é possível reutilizar as pulseiras</h2>Além de serem usadas na iluminação, pulseiras que contam com a radiofrequência podem apresentar outras aplicações. Usadas há mais de 10 anos, é possível tê-las empregadas na transmissão de dados e usadas como ingresso de show. Com elas, é viável até mesmo automatizar o check-in na hospedagem em hotéis e o acesso a áreas restritas.Uma vez feitas em material reciclável, é possível que elas sejam reutilizadas, de modo que seja uma tarefa relativamente simples a de substituir a bateria (que acaba após 19 horas de uso, mas pode durar por até duas semanas no modo de economia de energia).Fato é que, por promoverem uma experiência síncrona tão intensa junto ao público, muitos brasileiros optaram por levar a pulseira de LED para casa após o show do Coldplay, contrariando os apelos da banda. No evento realizado em <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124141-aniversario-de-sao-paulo-a-fundacao-da-maior-cidade-da-america-latina.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">São Paulo</a>, por exemplo, o índice de devolução das pulseiras foi de 84%.</body>

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Como funcionam as pulseiras de LED em shows?

Imagem de Descoberta inédita de onda cerebral em polvos impressiona cientistas no megacurioso

Uma pesquisa inovadora foi capaz de registrar as ondas cerebrais de polvos, apontando padrões semelhantes aos vistos em humanos

<head></head><body>Em um estudo publicado em março no jornal Cell, pesquisadores conseguiram examinar com sucesso as mentes dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124802-polvo-de-aneis-azuis-5-fatos-sobre-esse-animal-fofinho-mas-fatal.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">polvos</a> pela primeira vez. Revelando uma onda cerebral única que nunca foi vista antes em animais, alguns outros padrões também se assemelham aos encontrados em humanos.A pesquisa envolveu a implantação de eletrodos nos cérebros dos cefalópodes, que foram conectados a registradores de dados sob a pele, capturando as primeiras gravações cerebrais dessas criaturas em movimento livre.“Alguns desses padrões de atividade têm alguma semelhança com aqueles observados no hipocampo dos mamíferos, e ainda um centro de memória. Mas também observamos padrões únicos, atividade de 2 Hz, que nunca foram relatados em outros animais”, afirmou Tamar Gutnick, principal autora do projeto e cientista visitante da Universidade de Nápoles, ao Live Science.<h2>Criaturas fascinantes</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/03/03125413639170.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Há muito tempo biólogos são fascinados pela incrível inteligência encontrada em <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125004-por-que-polvos-femeas-se-matam-apos-acasalar-a-ciencia-responde.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">polvos</a> e outros cefalópodes, assim como a excelente memória e a capacidade de se camuflar. &nbsp;Eles também já foram observados usando ferramentas para resolver problemas. E, conforme indicado pelas ondulações de cores em suas peles durante o período de repouso, acredita-se que possam até mesmo sonhar.Contudo, estudar o funcionamento interno das mentes desses animais provou-se um desafio, devido à sua biologia única. Afinal, seu braços extremamente longos, que podem alcançar qualquer parte de seus corpos sem ossos, dificultam acoplar os dispositivos de gravação utilizados para detectar ondas cerebrais.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/03/03125803718173.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Para lidar com esse problema, a nova pesquisa inseriu cirurgicamente dispositivos médicos de rastreamento em três <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121472-polvo-ancestral-mais-antigo-do-mundo-e-descoberto-no-canada.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">polvos</a> em cativeiro, com registradores leves posicionados entre os olhos e conectados na área do cérebro responsável pelo aprendizado e memória. Depois, as criaturas foram monitoradas por 12 horas enquanto realizavam atividades rotineiras, como dormir ou explorar seu tanque.Os resultados com semelhanças aos humanos apontam uma provável evolução neurológica convergente, ou seja, quando duas espécies distintas evoluem a mesma característica de forma independente. Isso porque o último ancestral entre os dois grupos foi um platelminto que existiu há cerca de 750 milhões de anos e contava com um cérebro rudimentar.<h2>Um grande mistério</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/03/03132827363186.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Porém, uma das descobertas surpreendeu a equipe: uma onda duradoura e lenta que se repetia duas vezes a cada segundo. Até o momento, os cientistas não sabem afirmar qual é o propósito dela, e creem que serão necessárias mais gravações para mapeá-la e compreendê-la perfeitamente.No geral, o estudo representa um avanço significativo em nossa compreensão das mentes dos cefalópodes. Com mais informações sobre suas atividades cerebrais, os pesquisadores podem desvendar os segredos dessas criaturas altamente intrigantes e esclarecer detalhes sobre a evolução de inteligência de forma mais ampla.</body>

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