Imagem de As cores de Urano e Netuno estavam erradas até hoje; conheça as verdadeiras no megacurioso

Cientistas da Universidade de Oxford apontam que Urano e Netuno foram representados com cores erradas desde que foram descobertos

<head></head><body>As simulações que vemos do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127313-5-grandiosidades-encontradas-no-sistema-solar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sistema solar</a> nos oferecem uma visão muito rica de como são as diferentes dinâmicas do espaço, assim como nos permitem ter uma melhor dimensão da escala dos diferentes planetas e satélites presentes nele.No entanto, novos estudos e descobertas constantemente nos obrigam a reconsiderar aquilo que já tínhamos como fato — o que já rendeu debate se <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/107309-plutao-pode-voltar-a-ser-um-planeta-eis-que-o-debate-volta-a-tona.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Plutão</a> seria ou não um planeta, por exemplo. E algo semelhante ocorre agora envolvendo dois outros planetas relativamente próximos dele.<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/106996-confirmado-planeta-urano-tem-um-delicioso-cheirinho-de-peido.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Urano</a> e Netuno costumavam ser representados com tons de verde e azul, respectivamente. E segundo cientistas da Universidade de Oxford, é preciso deixar de lado essa concepção, pois ela não corresponde à realidade.<h2>Redescobrindo as cores de Urano e Netuno</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/10/10231700760018.jpeg" alt="À esquerda, as duas representações de Urano (a, c); à direta, a visão de Netuno (b, d) antes e após a revisão proposta pela pesquisa. (Fonte: Monthly Notices of the Royal Astronomical Society/Reprodução)">À esquerda, as duas representações de Urano (a, c); à direta, a visão de Netuno (b, d) antes e após a revisão proposta pela pesquisa. (Fonte: Monthly Notices of the Royal Astronomical Society/Reprodução)Pode-se dizer que as imagens fornecidas pela <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128332-nova-edicao-dos-discos-de-ouro-da-voyager-pode-ir-ao-espaco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Voyager</a> ao longo do século XX contribuíram para essa visão equivocada, já que se trata da única nave espacial encarregada de visitar ambos planetas. Vale lembrar que, nesse trabalho, são captadas imagens em cores separadas. Em seguida, diferentes filtros são aplicados, para obter uma imagem colorida e mais próxima daquilo que veríamos.Ou seja, as imagens finais surgem apenas após passarem por um processamento. No entanto, Netuno acabou aparentando ser bem mais azul do que realmente seria, segundo os cientistas. As descobertas foram compartilhadas na nova edição da Monthly Notices of the Royal Astronomical Society. Para chegarem a essa conclusão, foram utilizados dados tanto do Space Telescope Imaging Spectrograph (STIS), quanto do Telescópio Espacial <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114282-hubble-o-telescopio-miope-que-viu-mais-longe-faz-30-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Hubble</a> e do Multi Unit Spectroscopic Explorer (MUSE).Ao combinar as imagens fornecidas, foi possível gerar uma representação mais equilibrada, revelando&nbsp;dois planetas gelados com um tom bastante semelhante, que privilegia o azul esverdeado.Vale destacar que, a partir dessa pesquisa, os cientistas também puderam constatar que a cor de Urano muda com o tempo. Essa variação, atualmente, seria explicada pela menor concentração de metano nas regiões polares do planeta, combinada ainda com outras dinâmicas relacionadas à incidência de luz solar nas suas diferentes estações.<h2>Por que demorou tanto tempo para os cientistas chegarem a essa conclusão?</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Monthly Notices of the Royal Astronomical Society&nbsp;" data-fonte-url="https://oup.silverchair-cdn.com/oup/backfile/Content_public/Journal/mnras/527/4/10.1093_mnras_stad3761/1/m_stad3761fig8.jpeg?Expires=1707913577&amp;Signature=OXGNQMXyDuTEFXQnfiIgY9tr6t4I0Pk5d5iTWft14gxFCVWRU2khP2c2i84uxDS~-74xC42HikXeDYWfyPfQ8E5hsgBo1kU8qa1QRo3EYrrYTd5QiVku-9wVg723rjCEQS-5AgXkEJYrkfMjtm~wP~fOKx8Thkc6yo1AerIzqX4l16nDGvs3bunqO~avH~uTX1ivAMcHvlaVtWBs4qe6FqoIxWHJw~XMjghceG~wOHa3PGgjtVQZYS4IYQxQ0Faebjf90aSj~zghDzqcjn5etAwS1HALOjqJTq8ZQrBQcHC8tbVn-z1ayR~0OPEZucz9uh7Jnd4e~~fCeenA0UVG1A__&amp;Key-Pair-Id=APKAIE5G5CRDK6RD3PGA"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/10/10233434194022.jpeg" alt="Imagem mostra os planetas Urano e Netuno em diferentes etapas do processamento de imagem. (Fonte: Monthly Notices of the Royal Astronomical Society/Reprodução)">Imagem mostra os planetas Urano e Netuno em diferentes etapas do processamento de imagem. (Fonte: Monthly Notices of the Royal Astronomical Society/Reprodução)Embora existisse a impressão que a representação dos planetas não estaria precisa, era difícil para cientistas estipular o quanto. Afinal, é preciso reunir evidências para rebater qualquer visão difundida."Apesar de as imagens familiares de Urano da Voyager 2 terem sido publicadas numa forma mais próxima da cor ‘verdadeira’, as de Netuno foram, de fato, esticadas e melhoradas e, portanto, tornadas artificialmente demasiado azuis", explicou Patrick Irwin, que liderou a pesquisa, para a Royal Astronomical Society."Mesmo que a cor artificialmente saturada fosse conhecida na época entre os cientistas planetários – e as imagens tenham sido divulgadas com legendas explicando isso – essa distinção foi perdida com o tempo. Aplicando o nosso modelo aos dados originais, conseguimos reconstituir a representação mais precisa da cor de Netuno e Urano", completa Irwin.</body>

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As cores de Urano e Netuno estavam erradas até hoje; conheça as verdadeiras

Imagem de Galáxia mais próxima da Via Láctea esconde outra "por trás", diz estudo no megacurioso

Novas observações sobre a Pequena Nuvem de Magalhães mostram que, na realidade, podem ser duas galáxias disfarçadas como uma só

A Pequena Nuvem de Magalh&atilde;es &eacute; uma gal&aacute;xia pr&oacute;xima muito familiar aos astr&ocirc;nomos &mdash; ao menos, assim se pensava. Um novo estudo sugere que a gal&aacute;xia sat&eacute;lite da Via L&aacute;ctea, localizada a cerca de 199 mil anos-luz da Terra, parece estar escondendo um segredo inacredit&aacute;vel: ela, na realidade, seria feita de duas <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128131-galaxias-adolescentes-sao-detectadas-pelo-telescopio-james-webb.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">gal&aacute;xias</a>, uma atr&aacute;s da outra.
Para fazer essa descoberta, uma equipe liderada por Claire Murray, astr&ocirc;noma do Space Telescope Science Institute em Maryland, rastreou o movimento de nuvens de g&aacute;s e estrelas jovens nascendo dentro delas em torno da Pequena Nuvem de Magalh&atilde;es. Eles, ent&atilde;o, descobriram que a pequena gal&aacute;xia, com cerca de 18,9 mil anos-luz de largura, cont&eacute;m dois ber&ccedil;&aacute;rios estelares distintos.&nbsp;
<h2>Gal&aacute;xias 'naufragadas'</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/05/05160726920271.jpg" alt="Parte da Pequena Nuvem de Magalh&atilde;es capturada pelo telesc&oacute;pio Hubble. (Fonte: Wikimedia Commons/ESA/Hubble &amp; NASA)" />Parte da Pequena Nuvem de Magalh&atilde;es capturada pelo telesc&oacute;pio Hubble. (Fonte: Wikimedia Commons/ESA/Hubble &amp; NASA)
Assim como a Grande Nuvem de Magalh&atilde;es, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/exploracao-espacial/36821-nasa-divulga-incriveis-imagens-em-alta-resolucao-das-nuvens-de-magalhaes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Pequena Nuvem de Magalh&atilde;es</a> &eacute; uma gal&aacute;xia an&atilde; que est&aacute; gravitacionalmente ligada &agrave; Via L&aacute;ctea, e &eacute; constantemente atra&iacute;da em nossa dire&ccedil;&atilde;o para uma colis&atilde;o e fus&atilde;o num futuro distante. Enquanto a primeira delas tem uma forma de disco semelhante &agrave; da Via L&aacute;ctea, a Pequena Nuvem de Magalh&atilde;es &eacute; mais irregular.
Ela possui apenas um ter&ccedil;o da massa da gal&aacute;xia an&atilde; maior, que tem uma massa equivalente a cerca de 7 bilh&otilde;es de vezes a do Sol. Embora se pensasse anteriormente que a Pequena Nuvem de Magalh&atilde;es consistia em m&uacute;ltiplos componentes, ela &eacute; um tanto ofuscada por nuvens interestelares de g&aacute;s e poeira, o que significa que certas caracter&iacute;sticas s&atilde;o dif&iacute;ceis de distinguir.
No passado, Murray havia determinado que a Pequena Nuvem de Magalh&atilde;es era um "naufr&aacute;gio" de uma outra gal&aacute;xia an&atilde;, cheia de g&aacute;s interrompido por intera&ccedil;&otilde;es gravitacionais entre a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121120-5-misterios-incriveis-nao-desvendados-sobre-a-via-lactea.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Via L&aacute;ctea</a> e a Grande Nuvem de Magalh&atilde;es. Com tudo, estudos feitos com o apoio da Ag&ecirc;ncia Espacial Europeia (ESA) constataram que a gal&aacute;xia apresentava duas nuvens de diferentes metais, sendo que uma delas parece estar mais distante da Terra do que a outra.
<h2>Escondendo outra gal&aacute;xia</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/05/05004734232009.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Um mist&eacute;rio que os cientistas planejam desvendar no futuro &eacute; se as duas nuvens da Pequena Nuvem de Magalh&atilde;es foram unidas pela gravidade ou se uma delas consiste em g&aacute;s que foi libertado do outro por intera&ccedil;&otilde;es gravitacionais com a Grande Nuvem de Magalh&atilde;es. Uma evid&ecirc;ncia que favorece a primeira hip&oacute;tese &eacute; o fato de ambas as nuvens parecem ter massas semelhantes.
Se uma fosse separada da outra, seria razo&aacute;vel supor que a nuvem filha seria menor que sua progenitora. Al&eacute;m disso, se as duas nuvens n&atilde;o estiverem relacionadas, isso implicaria que a Pequena Nuvem de Magalh&atilde;es &eacute; composta por dois objetos celestes e n&atilde;o apenas um s&oacute;.
Nesse caso, os pesquisadores acreditam que a Pequena Nuvem de Magalh&atilde;es provavelmente necessitaria de um novo nome. Inclusive, muitos cientistas j&aacute; est&atilde;o trabalhando isso. A gal&aacute;xia an&atilde; tem atualmente o nome do explorador dos s&eacute;culos XV e XVI, Fern&atilde;o de Magalh&atilde;es, que n&atilde;o descobriu nem a Pequena Nuvem de Magalh&atilde;es, nem a Grande Nuvem de Magalh&atilde;es, e tamb&eacute;m &eacute; respons&aacute;vel pela morte e escraviza&ccedil;&atilde;o de milhares de ind&iacute;genas durante suas miss&otilde;es.&nbsp;

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Galáxia mais próxima da Via Láctea esconde outra 'por trás', diz estudo

Imagem de Quantas vezes o Sol já deu a volta na Via Láctea? no megacurioso

Cientistas tentam fazer cálculos com base na idade do Sistema Solar

<head></head><body>Quando pensamos nos movimentos dos corpos no espaço sideral, logo pensamos na rotação e na translação da Terra. O primeiro, ao redor do próprio eixo, dita os dias, enquanto o segundo determina os anos. Porém, junto ao <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119161-6-grandes-segredos-do-sistema-solar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Sistema Solar,</a> nosso planeta também orbita ao redor da Via Láctea.No centro de nossa galáxia está o buraco negro supermassivo intitulado Sagitário A* – o mesmo que, ano passado, viralizou com a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123395-o-buraco-negro-da-via-lactea-que-move-a-nossa-galaxia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">primeira foto</a> desse tipo de objeto celeste. Determinar quantas vezes o Sol rodou ao redor do Sag A*, entretanto, não é das tarefas mais simples.Vale lembrar que a Terra tem apenas 100 milhões de anos a menos que o Sol, que acaba de assoprar mais de 4,6 bilhões de velinhas. Sua órbita e sua velocidade mudaram ao longo desse período, mas, mesmo assim, cientistas tentam estimar quantas vezes o passeio por toda a Via Láctea foi completado. Confira os cálculos!<h2>Só isso?</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/21/21133613814121.jpg" alt="Buraco negro supermassivo no centro da Via Láctea. (Imagem: Divulgação/NASA)">Buraco negro supermassivo no centro da Via Láctea. (Imagem: Divulgação/NASA)Atualmente, o Sistema Solar <a href="https://www.megacurioso.com.br/universo/98551-voce-tem-ideia-de-com-qual-velocidade-estamos-viajando-pelo-universo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">viaja a uma velocidade</a> estimada de 720 mil km/h pela Via Láctea. Não está nem perto, porém, das estrelas mais ligeiras da nossa vizinhança: chamadas de estrelas de hipervelocidade, que estão correndo pelo Universo a 8,2 milhões de km/h!Com a velocidade atual, o Sol leva aproximadamente 230 milhões de ano para dar a volta em torno do Sag A*. Para se ter uma ideia, isso equivale a 750 vezes o tempo em que os humanos existem na Terra. Até mesmo os dinossauros foram extintos em um período menor do que isso!Como o Sol tem 4,6 bilhões de anos, parecia seguro dizer que ele completou ao menos 20 voltas ao redor do buraco negro supermassivo da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121120-5-misterios-incriveis-nao-desvendados-sobre-a-via-lactea.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Via Láctea</a>, com a Terra ao lado dele em 98% das vezes. Porém, não é bem assim…<h2>O X da questão</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/21/21133818784123.jpg" alt="(Imagem: Unsplash)">(Imagem: Unsplash)Atualmente, o Sistema Solar está distante do seu lugar de origem no espaço sideral. A ciência acredita que ele tenha nascido muito mais próximo do centro da Via Láctea, tendo se afastado gradualmente ao longo dos milhões de anos em um movimento chamado de migração radial.O Sol surgiu a 16,3 mil anos-luz do centro da galáxia, mas hoje se encontra a 26,1 mil anos-luz de distância. Quando surgiu, ele provavelmente levava 125 milhões de anos para dar a volta completa na Via Láctea. Assim, o cálculo é um pouco mais complexo do que imaginado anteriormente pelos cientistas.Dessa maneira, seria necessário compreender melhor a velocidade da migração radial para determinar mais precisamente quantos giros já foram completados. Hoje em dia, o Sistema Solar parece estacionado na sua órbita, mas os cientistas não duvidam que ele ainda possa se afastar mais um pouco ao longo das próximas milhões de eras.</body>

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Quantas vezes o Sol já deu a volta na Via Láctea?

Imagem de Qual é o lugar mais frio do universo? no megacurioso

Enquanto na Terra a temperatura mais baixa já registrada foi de -89,2 °C, pelo universo esse número pode chegar a -272,15 °C

A temperatura do universo &eacute; surpreendentemente variada. <a href="https://www.megacurioso.com.br/sol/68375-confira-alguns-fatos-e-curiosidades-sobre-o-sol-o-nosso-astro-rei.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Perto do Sol</a>, por exemplo, ela pode ultrapassar os 15 milh&otilde;es de graus Celsius. Por&eacute;m, a 4,5 bilh&otilde;es de quil&ocirc;metros dali &mdash; uma dist&acirc;ncia insignificante na escala do universo &mdash;, em Netuno, a temperatura m&eacute;dia &eacute; de 223&nbsp;&deg;C negativos.
Existe uma s&eacute;rie de fatores que influenciam nos <a href="https://www.megacurioso.com.br/universo/98589-calor-dos-infernos-qual-a-maior-temperatura-possivel-no-universo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">climas pelo universo</a>. Mas, ser&aacute; que existe algum lugar onde nenhuma fonte de calor consegue atingir? O zero absoluto (0 K, ou -273,16&deg;C) representa um limite te&oacute;rico para qu&atilde;o frias as coisas podem ficar. E, na pr&aacute;tica, qual &eacute; o lugar mais frio no universo?
<h2>Quase zero absoluto</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/04/04100029952044.jpg" alt="(Fonte: Warner Bros. Entertainment/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Warner Bros. Entertainment/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
No planeta Terra, a temperatura natural mais baixa j&aacute; registrada foi de -89,2&nbsp;&deg;C, na Ant&aacute;rtida. Esse &eacute; um valor consideravelmente superior aos -273&nbsp;&deg;C, obtidos artificialmente por pesquisadores da Universidade de Rice, nos Estados Unidos, e da Universidade de Kyoto, no Jap&atilde;o. Para conseguir chegar a esse valor impressionante, eles utilizaram resfriamento a laser seguido de expans&atilde;o.
A temperatura registrada est&aacute; apenas um bilion&eacute;simo de grau acima do zero absoluto, quando o movimento dos &aacute;tomos de um elemento cessa por completo. Ou seja, oficialmente, a temperatura mais baixa do universo foi registrada aqui na Terra. Mas, considerando que n&atilde;o se trata de um evento natural e que um elemento qu&iacute;mico n&atilde;o &eacute; exatamente um lugar, este feito fica de fora da disputa.
<h2>A Nebulosa Bumerangue</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/04/04100201845047.jpg" alt="Imagem da Nebulosa Bumerangue registrada pelo Telesc&oacute;pio Espacial Hubble. (Fonte: NASA/ESA/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Imagem da Nebulosa Bumerangue registrada pelo Telesc&oacute;pio Espacial Hubble. (Fonte: NASA/ESA/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Faz muitas d&eacute;cadas que os astr&ocirc;nomos j&aacute; sabem que ap&oacute;s o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121771-5-ideias-que-contrariam-a-teoria-do-big-bang.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Big Bang</a>, que deu origem a um universo superaquecido, o resfriamento ocorreu de maneira diferente. Por&eacute;m, a energia deixada pela explos&atilde;o original forneceu a radia&ccedil;&atilde;o c&oacute;smica de fundo, que estabelece um limite de 2,7 K (-270,45&nbsp;&deg;C). Esse valor segue diminuindo muito lentamente conforme o universo envelhece.
At&eacute; 1995, acreditava-se que essa era a temperatura natural mais baixa que poderia existir. Por&eacute;m, com a descoberta da Nebulosa Bumerangue, foi verificado um padr&atilde;o estranho que permitiu com que ela se tornasse ainda mais fria, com uma temperatura de apenas 1 K (-272,15 &deg;C).
Embora a temperatura da Bumerangue j&aacute; tenha sido confirmada por v&aacute;rios estudos, ainda n&atilde;o se sabe exatamente como ela &eacute; poss&iacute;vel. At&eacute; o momento, o que se sabe &eacute; que a intera&ccedil;&atilde;o gravitacional entre a estrela que produziu a nebulosa e outra, descoberta em 2017, pode estar impulsionando a expans&atilde;o dos gases da regi&atilde;o. &Eacute; muito prov&aacute;vel que a explica&ccedil;&atilde;o possua outros fatores, mas, por enquanto, esta teoria ainda n&atilde;o foi refutada.
&Eacute; bastante prov&aacute;vel que existam outros lugares t&atilde;o frios quanto &mdash; ou at&eacute; mais &mdash;, considerando que a Nebulosa Bumerangue est&aacute; a apenas 5 mil anos-luz da Terra. Desde 1949, cientistas j&aacute; preveem a exist&ecirc;ncia de temperaturas abaixo do zero absoluto. Por&eacute;m, at&eacute; o momento, a &uacute;nica certeza &eacute; que se voc&ecirc; pudesse conhecer o lugar com a menor temperatura natural j&aacute; registrada, a Nebulosa Bumerangue seria o seu destino.

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Qual é o lugar mais frio do universo?

Imagem de Se Vênus tem placas tectônicas, é possível desenvolver vida também? no megacurioso

De acordo com pesquisadores, Vênus poderia ter tido movimentos de placas tectônicas semelhantes aos da Terra primitiva

<head></head><body>Recentemente, um estudo indicou que Vênus, o segundo planeta do Sistema Solar, outrora pode ter tido os mesmos movimentos de placas tectônicas apresentados pela <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121009-9-fatos-curiosos-sobre-a-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Terra</a> em seus primeiros anos de vida. Essa descoberta cria cenários tentadores relativos à possibilidade de vida primitiva no planeta, ao seu passado evolutivo e muito mais.Os pesquisadores usaram dados atmosféricos de Vênus e modelagem computacional para mostrar a composição atual da atmosfera e pressão superficial do planeta — algo que só teria sido possível como resultado de uma forma inicial de placas tectônicas. No entanto, para os cientistas, esse processo que envolve múltiplas placas continentais se empurrando é crítico para a existência de vida!<h2>Estudando Vênus</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/30/30160630918411.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Na Terra, a movimentação das placas tectônicas intensificou-se ao longo de bilhões de anos. Isso foi responsável pela formação de novos continentes, montanhas e conduzir reações químicas que estabilizaram a temperatura da superfície do planeta. Além disso, resultou num ambiente mais propício ao desenvolvimento da vida.<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116161-5-fatos-curiosos-sobre-o-planeta-venus.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Vênus</a>, por outro lado, é o nosso vizinho mais próximo e planeta-irmão, mas seguiu na direção oposta e hoje tem temperaturas de superfície altas o suficiente para derreter o chumbo. Anteriormente, pesquisadores acreditavam que isso acontecia porque o planeta tinha uma "tampa estagnada", o que significa que a sua superfície tem apenas uma única placa com quantidades mínimas de movimento e gases a serem liberados na atmosfera.&nbsp;O novo artigo, no entanto, sugere que isso nem sempre foi assim. A abundância de azoto e dióxido de carbono na atmosfera de Vênus indicam que o planeta deve ter tido <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127690-cientista-descobre-placa-tectonica-gigantesca-ate-entao-escondida.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">placas tectônicas</a> algum tempo depois da formação do planeta — entre 4,5 a 3,5 bilhões de anos atrás. Esse movimento inicial, tal como na Terra, teria sido limitado em termos do número de placas em movimento e do quanto elas se deslocaram.&nbsp;<h2>Placas tectônicas no Sistema Solar</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/30/30160727542415.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)“Uma das conclusões gerais é que muito provavelmente tínhamos dois planetas ao mesmo tempo, no mesmo sistema solar, operando num regime de placas tectônicas – o mesmo modo de tectônica que permitiu a vida que vemos hoje na Terra”, afirmou o autor principal do estudo, Matt Weller. Isso reforçaria a possibilidade da antiga Vênus ter apresentado vida microbiana em certo ponto.Na visão dos cientistas, em dado momento, Vênus e Terra eram muito parecidos. Eles também acreditam que as placas tectônicas atuam em questão de tempo. Isso mostraria que os planetas podem entrar e sair de diferentes estados tectônicos e que isso pode ser bastante comum — com exceção da Terra. Porém, isso também seria um indício de que planetas entram e saem da habitabilidade em vez de serem continuamente habitáveis.&nbsp;No geral, a equipe de estudos acredita que Vênus acabou ficando muito quente e sua atmosfera muito espessa em alguma época, o que "secou" os ingredientes necessários para o movimento tectônico. Os pesquisadores dizem que os detalhes desse fenômeno podem ter implicações importantes para a Terra no futuro e, por isso, precisam ser analisados mais profundamente.</body>

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Se Vênus tem placas tectônicas, é possível desenvolver vida também?

Imagem de Nós conhecemos apenas 1% dos compostos químicos do Universo no megacurioso

De acordo com pesquisadores, a grande maioria dos compostos químicos existente por aí ainda são desconhecidos pela ciência

<head></head><body>Existem bilhões de produtos químicos existentes no Universo e, de acordo com pesquisadores, nós conseguimos identificar apenas 1% deles. Cientistas acreditam que esses compostos químicos ainda não descobertos poderiam ajudar na remoção dos gases de efeito estufa (GEEs) ou desencadear um avanço médico semelhante ao que a penicilina um dia já fez.Então, por que ainda andamos tão no escuro assim? Por mais que pareça ironia, não é como se os químicos não estivessem curiosos para descobrir mais. Desde que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123066-tabela-periodica-conheca-o-uso-pratico-dos-elementos-na-vida-real.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Tabela Periódica</a> foi inventada pelo químico russo Dmitri Mendeleev em 1869, pesquisadores têm descoberto vários produtos químicos que ajudaram a definir o mundo moderno. Porém, alguns processos são mais delicados do que poderíamos imaginar.<h2>Descobrindo novos elementos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/26/26000553188454.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Em 2010, cientistas foram capazes de sintetizar o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121909-6-elementos-quimicos-com-nomes-inspirados-na-mitologia-e-no-folclore.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">elemento</a> 117 pela primeira vez, o qual foi chamado de tennesso (Ts). Porém, para que elementos desse tipo pudessem ser descobertos, precisávamos da fusão nuclear — constituída pelo disparo de átomos uns contra os outros na velocidade da luz.Para compreendermos a dimensão completa do universo químico, também precisamos entender como os compostos químicos surgem. Alguns deles aparecem naturalmente, como a água que é feita de hidrogênio e oxigênio. Outros, como o náilon, foram descobertos em experimentos de laboratório e podem ser produzidos em fábricas.Os elementos são feitos de um tipo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119192-veja-como-e-um-atomo-em-alta-resolucao.htm#:~:text=O%20%C3%A1tomo%20%C3%A9%20uma%20unidade,el%C3%A9trons%20que%20formam%20a%20eletrosfera." rel="noopener noreferrer" target="_blank">átomo</a> e cada átomo é feito de partículas ainda menores, incluindo elétrons e prótons. Já um composto químico é feito de dois ou mais átomos. Portanto, embora seja possível que ainda existam alguns elementos não descobertos para serem encontrados, isso é um tanto quanto improvável. Então, quantos compostos químicos poderíamos fazer com os 118 tipos diferentes de elementos que conhecemos até aqui?Em tese, existem quase 7 mil compostos de dois átomos no Universo e cerca de 1,6 milhão de compostos de três átomos. Os números só aumentam conforme a quantidade de átomos existente dentro de uma estrutura. O maior composto químico produzido até agora surgiu em 2009 e possuía quase 3 milhões de átomos. Logo, podemos imaginar que existe quase um número infinito de combinações por aí esperando para serem descobertas.<h2>Complexidade das descobertas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/26/26000655704457.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Existem algumas regras para que um composto químico possa surgir, embora elas sejam flexíveis. Até mesmo os chamados "gases nobres" (neon, argônio, xenônio e hélio) que tendem a não se ligar a nada, às vezes formam compostos. Tudo depende das condições de criação. Portanto, se você incluir ambientes extremos em seus cálculos, o número de compostos possíveis aumenta.&nbsp;Muitas vezes, procurar novos compostos químicos é também procurar por outros já conhecidos. Afinal, quando alterado um pouco — seja adicionando, excluindo ou trocando alguns átomos — todo produto químico pode apresentar uma nova faceta. É como se você estivesse fazendo uma casa de LEGO e toda vez que fosse brincar decidisse trocar algumas peças de lugar.Hoje em dia, através das nossas tecnologias, é muito mais fácil determinar a estrutura de novos compostos do que antigamente. Portanto, é possível que em alguns anos nós sejamos surpreendidos por uma nova descoberta que irá revolucionar completamente a forma como enxergamos o mundo, parecido com o que a descoberta da penicilina fez em 1928.&nbsp;</body>

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Nós conhecemos apenas 1% dos compostos químicos do Universo

Imagem de Galáxias de anel polar: astrônomos descobrem duas possíveis novas galáxias raras no megacurioso

Conhecidas como galáxias de anel polar, acredita-se que elas representem menos de 1% de todas as galáxias

<head></head><body>Astrônomos podem ter encontrado duas novas <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126908-telescopio-james-webb-registra-ponto-de-interrogacao-no-espaco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">galáxias</a> de anel polar. Ambas as estruturas cósmicas ainda não foram confirmadas como sendo de tal tipo, mas caso isso aconteça, pode ser um indício de que tais galáxias são mais comuns do que os astrônomos acreditam atualmente.<h2>Galáxias de anel polar</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/19/19105024550029.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Galáxias de anel polar, também conhecidas como galáxias com anéis perpendiculares, são uma classe bastante peculiar de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123395-o-buraco-negro-da-via-lactea-que-move-a-nossa-galaxia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">galáxias</a> que se destacam por sua estrutura única e rara no universo. O que faz delas especiais — e alvo de grande interesse de astrônomos — é a orientação de seus anéis de gás, que estão dispostos perpendicularmente ao plano principal de sua galáxia hospedeira.A formação dessas galáxias ainda é um enigma para os astrônomos, mas uma das teorias mais aceitas sugere que elas surgem de interações violentas entre galáxias. Quando duas galáxias colidem ou passam muito próximas uma da outra, a força gravitacional resultante pode distorcer significativamente suas estruturas. Esse processo pode levar à formação de um anel polar quando a matéria é forçada a se mover em uma direção perpendicular ao plano original da galáxia.E é essa configuração única de anel, que é incomum e rara de se encontrar, que as diferencia de outros tipos de galáxias. A presença de anéis de gás em galáxias não é algo particularmente raro, mas geralmente eles estão alinhados com o plano principal da galáxia, não perpendicularmente.<h2>Uma descoberta internacional</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/19/19105246478033.jpg" alt="(Fonte: Hubble Heritage Team/AURA/STScI/NASA/Divulgação)">(Fonte: Hubble Heritage Team/AURA/STScI/NASA/Divulgação)A pesquisa que levou à descoberta das duas galáxias faz parte de um esforço científico internacional chamado WALLABY, que conta com quase 200 cientistas do mundo todo. O projeto está sediado na Austrália (em uma região bastante isolada e livre da interferência de ondas de rádio) e utiliza o radiotelescópio ASKAP — que conta com 36 antenas de 12 metros de largura cada — para detectar e mapear a distribuição de gás em centenas de milhares de galáxias. Juntas, as antenas do ASKAP funcionam como um único receptor com um diâmetro de seis quilômetros.A descoberta das duas galáxias aconteceu durante o projeto piloto do WALLABY, no qual foram analisados os dados de 600 galáxias. Inicialmente, elas não aparentavam ter nada de especial. Porém, ao realizar uma varredura com o ASKAP, a equipe reparou no que aparentava ser um anel de hidrogênio gasoso em duas das galáxias. Batizadas de NGC 4632 e NGC 6156, elas estão localizadas a 56 milhões e 150 milhões de anos-luz da Terra, respectivamente, e já eram conhecidas.Até o momento, as duas galáxias ainda não foram confirmadas como anéis polares. Porém, caso isso aconteça, poderá ser um indicativo de que galáxias de anel polar são muito mais comuns do que os astrônomos pensavam anteriormente. Até então, estudos astronômicos indicavam que os anéis polares estavam presentes em apenas 0,1% de todas as galáxias.&nbsp;Além disso, as descobertas também podem fornecer informações valiosas sobre <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/111935-5-questoes-basicas-sobre-materia-escura-ainda-por-responder.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">matéria escura</a>, que compõe cerca de 27% do universo. Seu nome se deve ao fato dessa matéria nunca ter sido observada, embora sua existência seja realmente conhecida e ela seja a explicação dos cientistas para o que mantém as galáxias e os aglomerados de galáxias juntos.</body>

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Galáxias de anel polar: astrônomos descobrem duas possíveis novas galáxias raras

Imagem de Quantos planetas existem no universo? no megacurioso

Embora já conheçamos 5,5 mil planetas, pesquisadores afirmam que apenas uma fração os planetas existentes no universo foram achados

<head></head><body>O espaço é tão assustadoramente grande que fica até mesmo difícil mensurá-lo. Por exemplo, somente a nossa galáxia possui cerca de 100 milhões de estrelas. Esse número é ainda mais impressionante quando paramos para pensar que podem existir bilhões de galáxias escondidas por aí no universo.O nosso <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126907-quantos-anos-tem-os-planetas-do-sistema-solar.htm#:~:text=Merc%C3%BArio%2C%20V%C3%AAnus%2C%20Terra%20e%20Marte,J%C3%BApiter%3A%204%2C564%20bilh%C3%B5es%20de%20anos." rel="noopener noreferrer" target="_blank">Sistema Solar</a>, por sua vez, é composto por oito planetas — sendo que um dia já foram nove. Mas será que nós sabemos quantos planetas existem espalhados por aí? Até o momento, astrônomos conseguiram identificar 5.502 planetas em torno de outras estrelas na Via Láctea. Contudo, isso seria apenas uma parcela do que realmente existe no universo inteiro.<h2>Descobrindo planetas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/11/11174853431381.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Contar planetas é uma tarefa bastante complicada, algo que pode ser percebido se considerarmos que todos os planetas conhecidos até então estão dentro da nossa própria galáxia. Sendo assim, os astrônomos estão certos de que existem muitos outros por aí que ainda não fomos nem capazes de enxergar.Em entrevista ao portal WordsSideKick.com, o astrônomo do Museu Americano de História Natural de Nova York, Mark Popinchalk, chegou a afirmar que "podemos estimar que existe aproximadamente um planeta para cada estrela". Dessa forma, considerando que existem 100 bilhões de estrelas somente em nossa galáxia, provavelmente tem tantos planetas em torno disso.Segundo Popinchalk, determinar o total de planetas no universo é como "tentar descobrir quantas pessoas vivem em sua cidade sem uma pesquisa na internet". Para obter um número exato, seria necessário conhecer todas essas pessoas e contabilizá-las. Logo, seria mais fácil criar uma estimativa baseado no número de estrelas dentro de um sistema — por mais que o resultado não seja preciso.&nbsp;<h2>Desbravando o universo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/11/11174922480384.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Como citado anteriormente, todos os planetas descobertos até agora estão dentro da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121120-5-misterios-incriveis-nao-desvendados-sobre-a-via-lactea.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Via Láctea</a>. Ninguém ainda foi capaz de encontrar com 100% de convicção um planeta fora da nossa galáxia, também chamados de exoplaneta. O principal motivo são as distâncias muito grandes, o que fazem esses planetas serem muito difíceis de ver.&nbsp;No entanto, uma técnica chamada microlente revelou alguns possíveis exoplanetas por aí. Esses planetas são descobertos quando suas estrelas hospedeiras curvam gravitacionalmente a luz de estrelas distantes atrás delas. Isso faz com que a massa desse objeto celeste adicione um pequeno pontinho extra de luz que pode ser visto através de uma lente.As lentes têm sido um elemento constante nos estudos de <a href="http://oso.com.br/universo/98960-17-galaxias-lindas-que-farao-voce-querer-viajar-pelo-universo-agora-mesmo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">galáxias</a> distantes, apesar de ainda não termos realmente conseguido confirmar a existência de nenhum exoplaneta fora da Via Láctea. De qualquer forma, se seguirmos a teoria de Popinchalk de que existe um planeta para cada estrela, poderíamos criar uma estimativa bem grosseira do que está nos esperando no espaço.Se a nossa galáxia possui cerca de 100 bilhões de planetas e existem mais bilhões de galáxias espalhadas no universo, cada uma delas com um número parecido de planetas, nós estaríamos falando de 100 sextilhões de planetas no total — o número 1 seguido por 23 zeros. Com uma quantidade tão absurda assim, não é possível que nós sejamos a única espécie de "vida inteligente", não é mesmo?</body>

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Quantos planetas existem no universo?

Imagem de Teoria afirma que buracos negros podem deixar informações importantes escaparem no megacurioso

Novo estudo sugere que buracos negros não são 'carecas' e afirma ser possível que informações consigam escapar da gigantesca força gravitacional

<head></head><body>Por mais que nossa tecnologia tenha avançado bastante nas últimas décadas, possibilitando a coleta de informações cada vez mais detalhadas sobre espaço sideral, ainda estamos longe de ter resposta para diversas questões. Um ótimo exemplo, e um dos mais fascinantes de todos, são os misteriosos&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125696-buraco-negro-acende-e-vira-um-dos-objetos-mais-brilhantes-ja-vistos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">buracos negros</a>. Ferramentas como a poderosa sonda espacial <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126785-james-webb-as-6-maiores-destaques-do-primeiro-ano-do-satelite-no-espaco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">James Webb</a> já nos fornecem dados mais detalhados, mas ainda estamos longe de desvendar os segredos do espaço.Porém, um novo estudo pode nos ajudar a entender melhor ao menos um dos mistérios: os já citados buracos negros, corpos supermassivos cuja <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118119-o-que-e-a-gravidade-e-qual-sua-importancia-para-nos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">atração gravitacional</a> é tão forte que nem mesmo a luz é capaz de escapar... ou não. Afinal, segundo a nova pesquisa, pode ser possível que informações escapem de dentro dos buracos negros, o que pode possibilitar um entendimento maior sobre eles no futuro.<h2>Buracos negros e a Teoria da Calvície</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/12/12180242927356.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Há pouco mais de meio século, em 1971, o astrofísico John Wheeler marcou a história ao afirmar que "buracos negros não têm <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/177329-buraco-negro-cabelos-stephen-hawking-detectados.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cabelos</a>". Surgia ali a Teoria da Calvície, que em um primeiro momento pode parecer estranha e até engraçada, mas trata de um assunto importante que, segundo o novo estudo, não necessariamente reflete a realidade.Quando uma estrela colapsa, comprimindo toda a sua massa em um pequeno ponto no espaço, um campo gravitacional fortíssimo é criado. Em teoria, esta gravidade é tão forte que informação alguma pode escapar de sua atração, incluindo a luz.De acordo com a <a href="https://www.megacurioso.com.br/teoria-da-relatividade/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Teoria da Relatividade</a> de Einstein, apenas três informações são necessárias para definir um buraco negro: massa, carga elétrica e rotação. Daí veio a afirmação de Wheeler: a falta de "cabelos" nada mais é do que a escassez de dados e informações sobre o fenômeno.&nbsp;Ao dizer que buracos negros são "carecas", essencialmente Wheeler fazia alusão às três únicas informações necessárias – e disponíveis – para identificar buracos negros. Com tão poucos dados disponíveis, é virtualmente impossível até mesmo diferenciar dois buracos negros gerados a partir de diferentes estrelas com as mais variadas composições. Agora, mais de 50 anos depois, uma nova teoria afirma que sim, buracos negros podem ter "cabelos".<h2>Estudo sugere que informações podem escapar de buracos negros</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/12/12181532933364.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Em um <a href="https://arxiv.org/abs/2307.14720" rel="noopener noreferrer" target="_blank">artigo publicado no site arXiv</a>, um banco de dados e curadoria de pesquisas da Universidade Cornell, nos Estados Unidos, um grupo de estudiosos afirma que é possível que informações escapem da enorme força gravitacional dos buracos negros. O texto, publicado em junho deste ano e ainda não revisado por pares, sugere um olhar sob uma perspectiva diferente, usando a distorção no lugar da <a href="https://www.megacurioso.com.br/fisica-e-quimica/39374-einstein-certo-de-novo-curvatura-espaco-tempo-e-demonstrada-em-laboratorio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">curvatura do espaço-tempo</a>.Embora ambas estejam compreendidas na Teoria da Relatividade,&nbsp;a ideia de curvatura do espaço-tempo foi utilizada por Einstein antes do conceito da distorção, levando cientistas a utilizarem o primeiro conceito como padrão. Mas foi justamente utilizando esta segunda ideia que o novo estudo chegou à conclusão de que pode, sim,&nbsp;existirem "cabelos" nos buracos negros.Também conhecido como Equivalente Teleparalelo da Teoria da Relatividade Geral, o conceito utiliza linhas paralelas em seus cálculos matemáticos, oferecendo uma ótica diferente da mais difundida. Ao aplicarem as linhas paralelas em conjunto dos campos escalares aos cálculos relativos aos buracos negros, a equipe percebeu que existe a possibilidade de que informações possam escapar da gravidade massiva em alguns pontos do horizonte de eventos.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/12/12181807135367.jpg" alt="(Fonte: Getty Images) &nbsp;">(Fonte: Getty Images) &nbsp;No contexto matemático e físico, campos escalares nada mais são do que a atribuição de uma unidade escalar para cada ponto no espaço. Um exemplo bastante conhecido de campo escalar é o <a href="https://www.megacurioso.com.br/boson-de-higgs/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Bóson de Higgs</a>, popularmente conhecido como a "partícula de Deus". Ao aplicar campos escalares à distorção do espaço-tempo, o time acabou "encontrando cabelos" nos buracos negros. Embora ainda sejam apenas alguns "fios", a potencial descoberta pode levar a mais estudos e observações que nos ajudem a compreender os assustadores e intrigantes corpos supermassivos.Ainda deve levar um bom tempo até que possamos testar a possibilidade de informações escaparem e serem coletadas nas proximidades do horizonte de eventos. Porém, o estudo ao menos nos dá esperanças de um dia desvendarmos o que acontece dentro de um buraco negro de forma segura, sem o risco de sermos tragados por sua fortíssima gravidade.</body>

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Teoria afirma que buracos negros podem deixar informações importantes escaparem

Imagem de É possível uma estrela se tornar um planeta? no megacurioso

Embora cientistas afirmem que estrelas nunca possam escalar para planetas, a fronteira entre os objetos estelares parece ser um pouco obscura

<head></head><body>Mesmo a milhões de anos-luz de distância, as estrelas brilham no céu noturno por serem incrivelmente quentes. Já os planetas, por sua vez, tendem a ser muito mais frios do que esses outros objetos estelares. Nesse meio-termo, existem as anãs marrons, que costumam ser um grande enigma astronômico.Mais massivas que os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124044-1-informacao-que-voce-aprendeu-errado-sobre-os-8-planetas-do-sistema-solar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">planetas</a>, porém menos do que as estrelas, esses astros não se enquadram perfeitamente em nenhuma das duas categorias — por vezes sendo chamadas de "estrelas fracassadas". Porém, se algo falhar como estrela, um dia ela pode ter sucesso como planeta?<h2>Mistério das anãs marrons</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://pt.wikipedia.org/wiki/An%C3%A3_marrom#/media/Ficheiro:Artist%E2%80%99s_conception_of_a_brown_dwarf_like_2MASSJ22282889-431026.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/05/05154711624326.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Na visão da grande maioria dos astrônomos, uma estrela, mesmo que fracassada, jamais poderia se tornar um planeta. Apesar dessa ser uma ideia intrigante, estrelas e planetas podem até possuir a mesma base na forma como surgiram no universo, contudo são duas coisas totalmente diferentes.As <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127210-estrela-mais-brilhante-do-universo-carrega-varios-misterios.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estrelas</a>, e provavelmente as anãs marrons também, formam-se quando nuvens de gás se aglomeram por meio da gravidade. Graças à sua grande massa, as estrelas sustentam a fusão nuclear desse processo, transformando o hidrogênio em elementos mais pesados, como o hélio, o carbono e o ferro. As anãs marrons não têm massa o suficiente para fundir o hidrogênio comum, mas podem brevemente fundir uma versão mais pesada dele, conhecida como deutério.Assim como os planetas, as anãs marrons também esfriam à medida que envelhecem. Muitas estrelas, no entanto, explodem quando morrem, espalhando um monte de outros materiais pelo universo — algo que ajudará na formação de novas estrelas. Esse material restante formará seixos rochosos e, eventualmente, novos planetas. Enquanto estrelas e anãs marrons se formam a partir de gás, os planetas se formam a partir de elementos mais pesados.Por definição, então, uma estrela nunca pode transformar-se em um planeta. Ainda assim, as definições têm evoluído com o passar do tempo. Por muitos anos, as estrelas e os planetas foram definidos pelos seus padrões de movimento no céu. Eventualmente, pesquisadores descobriram que planetas giravam em torno das estrelas e, posteriormente, também descobrimos que as estrelas também podem orbitar umas às outras.<h2>Polêmica científica</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/05/05154756788327.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)As anãs marrons só foram realmente tidas como uma hipótese na década de 1960, e foram observadas pela primeira vez na década de 1990. Logo, essa demora nos estudos complica ainda mais as definições tradicionais. Por isso, alguns pesquisadores enxergam elas não como estrelas fracassadas, mas também nada como uma espécie de planeta turbinado. Elas são algo bastante peculiar.Porém, a criação de uma terceira categoria não parece captar muito bem as nuances desses objetos celestes. Frequentemente, estrelas, anãs marrons e planetas são definidos por tamanho: estrelas têm pelo menos 80 vezes o tamanho de Júpiter, enquanto as anãs marrons possuem algo entre 12 a 80 vezes a massa do mesmo planeta — o tamanho necessário para a fusão do deutério.Mas muitos corpos celestes complicam essa categoria. Até mesmo Júpiter pode ficar grande o suficiente para acumular gravitacionalmente gás no topo de seus núcleos rochosos, ou até mesmo fundir deutério. Enquanto isso, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114760-descoberta-ana-marrom-rodeada-por-potencial-maternidade-cosmica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">anã marrom</a> mais fria conhecida no mundo é capaz de emitir ondas de rádio, uma propriedade mais frequentemente associada às estrelas.Sendo assim, enquanto esses corpos celestes forem definidos pela maneira como se formaram, é pouco provável que uma anã marrom um dia se torne um planeta. No entanto, tendo em mente que essas definições estão sempre se transformando, como a que fez Plutão ser "rebaixado" a planeta anão em 2006, tudo pode acontecer no futuro.</body>

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