Imagem de Nova teoria sugere que Universo é mais velho do que achávamos no megacurioso

De acordo com estudo, tudo ao nosso redor teria o dobro de idade do que pesquisas prévias estimaram primeiramente

<head></head><body>As primeiras observações feitas pelo Telescópio Espacial James Webb (JSTW) não podem ser explicadas pelos modelos cósmicos atuais. O motivo? Esses modelos estimam que o Universo tenha cerca de 13,8 bilhões de anos, o que foi determinado com base no conceito de Universo em expansão do Big Bang.Contudo, a descoberta de <a href="https://www.megacurioso.com.br/universo/98960-17-galaxias-lindas-que-farao-voce-querer-viajar-pelo-universo-agora-mesmo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">galáxias</a> primitivas "impossíveis" feitas pelo JSWT não se encaixariam como esse período. Por esse motivo, um novo estudo está propondo que tudo ao nosso redor, na realidade, teria em torno de 26,7 bilhões de anos.<h2>Idade do Universo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/30/30192600564400.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Conforme foi observado pelos pesquisadores, as primeiras galáxias chamadas de "impossíveis" refere-se ao fato de que algumas galáxias que datam para a alvorada cósmica — um período entre 500 a 800 milhões de anos após o Big Bang — terem discos e protuberâncias semelhantes àquelas que passaram por um longo período de evolução.Essas galáxias de tamanho menor, contudo, são aparentemente mais massivas do que as maiores, o que é exatamente o oposto da expectativa científica. A nova estimativa de idade é derivada da taxa de expansão do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127210-estrela-mais-brilhante-do-universo-carrega-varios-misterios.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Universo</a>, feita ao medir o desvio das linhas espectrais na luz emitida por galáxias distantes para a cor vermelha.O fato do desvio indicar para o vermelho baseava-se na hipótese de que a luz perdia energia à medida que percorria distâncias cósmicas. Essa explicação, no entanto, foi refutada por não conseguir explicar muitas observações. Logo, seria necessário encontrar todas as limitações usadas em modelos anteriores para determinar uma resposta mais assertiva.<h2>Mistura de modelos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/30/30192628898403.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)O novo estudo tentou combinar o modelo padrão do Big Bang com o modelo da "luz cansada" para ver como as informações se ajustavam aos novos dados obtidos pelo JWST. Somente esse processo já aumentou a idade do Universo para 19,3 bilhões de anos. Contudo, os dados ainda não eram perfeitos.A abordagem de misturar dois modelos para explicar novas observações não é algo novo na ciência. Muito do que se sabia até então era uma combinação de informações trazidas por Isaac Newton e Albert Eisenstein no passado. Portanto, esse era o momento perfeito para entender como as informações obtidas pelo JWST poderiam agregar na criação de um novo modelo.No passado, algumas observações do Telescópio Espacial Hubble apontaram para o impossível problema das primeiras galáxias, mas foi só com os novos dados obtidos pelo <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126785-james-webb-as-6-maiores-destaques-do-primeiro-ano-do-satelite-no-espaco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">James Webb</a> em meados de 2022 que esse problema foi firmemente estabelecido.Em uma tentativa de defender o modelo padrão do Big Bang, os astrônomos tentaram resolver essa equação comprimindo a linha do tempo para a formação de estrelas massivas e buracos negros primordiais que acumulam massa a taxas não fisicamente elevadas. No entanto, cada vez está mais claro que uma nova física precisará surgir para explicar o que foi visto pelo JWST.&nbsp;</body>

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Nova teoria sugere que Universo é mais velho do que achávamos

Imagem de Seria possível que a vida tenha migrado através do universo? no megacurioso

Embora ainda não existam evidências para afirmar, é possível encontrar elementos que validem essa hipótese

<head></head><body>Em 2017, um asteroide interestelar passou pelo nosso sistema quase que despercebidamente. Ele foi batizado de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/104714-charutao-primeiro-asteroide-interestelar-detectado-tem-formato-inusitado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">‘Oumuamua</a>, palavra havaiana para “mensageiro de muito longe que chega primeiro”, e tinha um formato comprido — semelhante a um charuto — medindo cerca de 800 metros.Aquela foi a primeira vez que um objeto vindo de fora do nosso sistema solar era detectado por aqui. No ano seguinte, ele chegou a ser considerado uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/109908-harvard-diz-que-charuto-espacial-poderia-ser-sonda-alienigena-sera.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sonda alienígena</a> e levantou uma importante questão: seria possível que diferentes formas de vida tenham migrado por dezenas — talvez centenas — de anos-luz até chegar na Terra? E a resposta é sim.<h2>Uma longa jornada</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/24/24050513633002.jpg" alt="Tardígrados são animais que conseguem sobreviver em temperaturas que variam de -250 °C até os 150 °C. (Fonte: Getty Images)">Tardígrados são animais que conseguem sobreviver em temperaturas que variam de -250 °C até os 150 °C. (Fonte: Getty Images)Microrganismos extremamente resistentes, como bactérias e esporos, podem sobreviver em condições espaciais hostis — incluindo vácuo quase completo, temperaturas extremas e radiação ionizante. Essa super resistência faz com que eles sejam candidatos interessantes para se pensar em como a vida migrou através do universo.Um dos melhores exemplos disso são os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121209-tardigrados-5-fatos-sobre-esses-seres-praticamente-imortais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tardígrados</a>, que apresentam uma resistência particularmente extrema. Esses micro animais podem suportar a desidratação completa — perdendo até 90% de sua água — e entrar em um estado de hibernação, onde seu metabolismo diminui significativamente. Isso possibilita que eles resistam a condições bastante adversas, como pressões elevadas, temperaturas extremas e altos níveis de radiação.Mas, embora a capacidade de sobrevivência desses microrganismos seja impressionante, não há qualquer indício de que eles tenham se originado no espaço. O que se sabe é que eles já se provaram resistentes e poderiam suportar uma eventual jornada interestelar.&nbsp;<h2>Novas possibilidades</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/24/24050422224001.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)A ideia de que a vida pode ser transportada pelo espaço interestelar em partículas microscópicas de poeira e gelo sugere que ela pode se disseminar mais do que os cientistas acreditavam. Mais do que isso, ela oferece um novo olhar para a busca por vida fora do nosso planeta. Em vez de procurar por sinais de vida apenas em planetas distantes, talvez faça sentido considerar a possibilidade dela estar presente em partículas vagantes pelo espaço.Além disso, a pesquisa recente no campo da biologia computacional e da engenharia genética está nos aproximando de uma compreensão mais profunda da origem da vida. Os cientistas estão trabalhando em simulações computacionais da formação de moléculas complexas, reproduzindo o processo de maneira cada vez mais precisa. Eles também estão criando estruturas genômicas sintéticas, abrindo caminho para a vida sintética.Com essas ferramentas, a possibilidade de criar moléculas complexas e compreender as origens da vida na Terra está se tornando mais próxima da realidade. Pode ser que a vida no universo seja mais comum do que pensamos e que os "alienígenas" possam ser formas de vida que compartilham a galáxia conosco desde tempos imemoriais.</body>

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Seria possível que a vida tenha migrado através do universo?

Imagem de "Estrelas fracassadas": por que algumas estrelas não brilham? no megacurioso

Conhecidas como 'estrelas fracassadas', as anãs marrons são corpos celestes que ficam na fronteira entre planetas gasosos e estrelas minúsculas

Quando voc&ecirc; pensa em uma estrela, qual &eacute; a primeira imagem que surge na sua cabe&ccedil;a? &Eacute; bem prov&aacute;vel que o seu imagin&aacute;rio se lembre instintivamente de um brilhoso ponto no c&eacute;u, n&atilde;o &eacute; mesmo? Contudo, o brilho pulsante que contagia o Universo n&atilde;o &eacute; exatamente uma constante entre as estrelas.
Entre as menores estrelas e os planetas gasosos mais massivos do espa&ccedil;o, uma estranha classe de objetos celestes se esconde. Conhecidas cientificamente como <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114760-descoberta-ana-marrom-rodeada-por-potencial-maternidade-cosmica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">an&atilde;s marrons</a>, esses astros foram apelidados de "estrelas fracassadas" por terem um brilho muito fraco e insignificante. Entenda mais sobre essas curiosas estrelas!
<h2>Luz apagada</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/22/22185815977482.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
As an&atilde;s marrons s&atilde;o corpos celestes mais massivos que gigantes gasosos, como J&uacute;piter, mas menos massivos do que outras estrelas menores. Al&eacute;m disso, elas s&atilde;o relativamente comuns. Estudos indicam que podem existir at&eacute; 100 bilh&otilde;es destes corpos com brilho fraco espalhados pela <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121120-5-misterios-incriveis-nao-desvendados-sobre-a-via-lactea.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Via L&aacute;ctea</a>.
Tendo em mente que a popula&ccedil;&atilde;o estelar da Via L&aacute;ctea est&aacute; estimada entre 100 bilh&otilde;es a 400 bilh&otilde;es de astros, as an&atilde;s marrons s&atilde;o corpos celestes quase t&atilde;o comuns quanto as pr&oacute;prias estrelas. Por&eacute;m, por que elas n&atilde;o conseguem obter a mesma intensidade de luz de suas "primas"? A resposta &eacute; relativamente simples.
Tanto as estrelas quanto as an&atilde;s marrons nascem quando enormes nuvens de g&aacute;s e poeira colapsam. Ent&atilde;o, as "protoestrelas" continuam coletando material dessas nuvens at&eacute; atingirem massas nas quais a press&atilde;o e a temperatura interna s&atilde;o significativas o suficiente para desencadear a queima de hidrog&ecirc;nio, fundindo os &aacute;tomos para criar h&eacute;lio. Contudo, as estrelas fracassadas nunca atingem massa suficiente para desencadear essa fus&atilde;o nuclear.
Isso n&atilde;o significa que esses corpos celestes n&atilde;o queimam hidrog&ecirc;nio. Por&eacute;m, uma an&atilde; marrom jamais conseguir&aacute; equilibrar a queima nuclear em seu n&uacute;cleo com as perdas de f&oacute;tons em sua superf&iacute;cie. Portanto, sua temperatura central eventualmente cair&aacute; abaixo do limite de queima do hidrog&ecirc;nio, incapacitando seu brilho.
<h2>Rela&ccedil;&atilde;o com planetas</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/22/22185838225484.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Tendo em mente que as an&atilde;s marrons s&atilde;o astros gigantes, mas que n&atilde;o podem ser chamados exatamente de estrelas, por qual motivo elas n&atilde;o s&atilde;o consideradas planetas? A linha divis&oacute;ria entre an&atilde;s marrons e planetas gigantes gasosos &eacute; geralmente considerada algo entre 10 e 14 vezes a massa do planeta mais massivo do Sistema Solar, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125543-estranho-relampago-esverdeado-e-fotografado-em-jupiter.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">J&uacute;piter</a>. Isso quer dizer que n&atilde;o podemos encontrar um planeta com mais de 13 vezes a massa de J&uacute;piter.
O motivo cient&iacute;fico para isso &eacute; porque, com essa massa, esses corpos celestes s&atilde;o capazes de desencadear a queima nuclear constante do deut&eacute;rio &mdash; uma forma "pesada" de hidrog&ecirc;nio. Em vez de ter um n&uacute;cleo feito de apenas um pr&oacute;ton com o hidrog&ecirc;nio" padr&atilde;o", o deut&eacute;rio tem um neutron sem carga e um n&uacute;cleo de um pr&oacute;ton carregado positivamente. Inclusive, essa &eacute; a raz&atilde;o pela qual as an&atilde;s marrons podem ter um brilho t&atilde;o fraco.
Essa linha divis&oacute;ria entre planetas e an&atilde;s marrons foi definida para que o segundo grupo seja classificado como objetos que queimaram 50% ou mais de seu deut&eacute;rio inicial. No entanto, alguns pesquisadores acreditam que essa linha t&ecirc;nue que divide os dois tipos de astro pode mudar no futuro.
Existe uma forte cren&ccedil;a cient&iacute;fica de que as an&atilde;s marrons s&atilde;o objetos celestes que n&atilde;o s&atilde;o estrelas, mas foram criadas quando uma nuvem de g&aacute;s e poeira colapsou, enquanto os planetas s&atilde;o como bolhas densas que se formam em um disco de material protoplanet&aacute;rio em torno de uma estrela colapsada.&nbsp;

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'Estrelas fracassadas': por que algumas estrelas não brilham?

Imagem de Marte está girando mais rápido e os cientistas não sabem por que no megacurioso

Cientistas usaram dados da sonda InSight para estudar núcleo, manto e atmosfera de Marte, que evidenciaram uma lenta aceleração na rotação do planeta

<head></head><body>Definido como "um experimento histórico" por cientistas do Observatório Real da Bélgica, um estudo constatou que <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126947-explosao-solar-e-sentida-em-marte-lua-e-terra-pela-1-vez.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o planeta Marte passou a girar mais rápido</a>. Ainda sem uma explicação comum para o motivo, a velocidade de rotação está aumentando à taxa de 4 milissegundos por ano, o que corresponde a um encurtamento do dia marciano em frações de milissegundo.&nbsp;Para conseguir detectar tais alterações tão sutis, os autores do estudo utilizaram dados fornecidos pela InSight, uma sonda espacial da NASA <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/110205-missao-insight-pousa-com-sucesso-em-marte-e-ja-envia-foto-para-a-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">que pousou no Planeta Vermelho em 26 de novembro de 2018</a>. Apesar de ficar sem energia em dezembro do ano passado, o transponder de rádio do equipamento (conhecido como RISE) conseguiu coletar mais de quatro anos de dados.O artigo publicado recentemente na revista Nature trabalhou com medições feitas nos primeiros 900 dias da missão em Marte: o funcionamento do RISE consistia em enviar ondas de rádio para o espaço e avaliar quanto tempo elas levavam para voltar à superfície do planeta. Foi como se a InSight fotografasse cada giro planetário.<h2>Por que Marte está girando mais rápido?</h2><iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/NTo5-YsjWlI" title="How NASA Uses Gravity and Radio Waves to Study Planets and Moons" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>O estudo não expressa um consenso sobre o que está causando realmente a aceleração na rotação de Marte, mas algumas teorias são discutidas. Uma delas propõe que <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124971-novo-mapa-em-alta-definicao-revela-os-segredos-de-marte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o acúmulo de gelo nos polos do planeta</a> pode estar alterando a distribuição de sua massa.&nbsp;Outra explicação, o chamado rebote pós-glacial, afirma que massas de terra podem se elevar após terem sido soterradas pelo gelo por milênios.&nbsp;Finalmente, há a questão do núcleo marciano, observado de forma inédita pela InSight. O estudo revelou um núcleo irregular, menor que o da Terra, mas extenso em relação ao planeta. Nessa teoria, o material derretido se “espalha” à medida que Marte gira.<h2>Qual a importância das descobertas da sonda InSight?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/10/10135244312176.jpg" alt="(Fonte: NASA/JPL-Caltech)">(Fonte: NASA/JPL-Caltech)Conhecer a estrutura interior <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126816-lua-de-marte-vai-cair-sobre-o-planeta-sera-que-a-nossa-tambem-vai.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">e também a atmosfera de Marte</a> é fundamental para compreender como o planeta se formou e evoluiu. A grande questão até agora é que esses dados sobre o interior planetário ainda não estavam acessíveis. Nesse sentido, os dados da missão InSight representam um ponto de inflexão, pois permitiram separar informações do núcleo, do manto e da crosta.&nbsp;A análise dos sinais do RISE possibilitou uma medição inédita da chamada "nutação", que é como o planeta oscila devido à agitação do seu interior líquido. Isso eliminou de vez a tese de um núcleo totalmente sólido em Marte, estimando a existência de um núcleo líquido com "raio de 1.835 quilômetros, com margem de erro de 55 quilômetros, e uma densidade média de 5.955 a 6.290 quilos por metro cúbico", diz o estudo.&nbsp;"Resultados como este fazem todas essas décadas de trabalho valerem a pena", declarou em um release Bruce Banerdt, coautor do trabalho que se aposentou do cargo de principal pesquisador da InSight, após 46 anos de trabalho.&nbsp;</body>

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Marte está girando mais rápido e os cientistas não sabem por que

Imagem de Como foi calculada a idade do planeta Terra? no megacurioso

O primeiro cientista a medir a idade da Terra usou como referência o tempo que o planeta levou para resfriar, mas a datação radiométrica aprimorou esse cálculo

<head></head><body>Atualmente,<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125019-qual-e-a-idade-da-terra-e-como-ela-e-calculada.htm#:~:text=Usando%20esse%20m%C3%A9todo%2C%20os%20ge%C3%B3logos,4%2C5%20bilh%C3%B5es%20de%20anos." rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;sabemos qual é a idade da Terra.</a> E, quando não sabemos, uma breve pesquisa nos lembra que nosso planeta tem cerca de 4,54 bilhões de anos. No entanto, se vivêssemos no passado e tivéssemos que resolver essa questão, como faríamos?As primeiras pesquisas conhecidas para calcular a idade do planeta Terra datam de 1844 e foram realizadas pelo físico britânico William Thomson, o Lord Kelvin. Conhecido por inventar <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125630-planeta-registra-as-temperaturas-mais-altas-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a escala de temperatura absoluta</a> que leva seu nome, ele presumiu que, no seu início, a Terra era uma grande bolha derretida no espaço.&nbsp;Como era perito em temperatura, Thomson calculou quanto tempo o planeta levou para esfriar. Anos depois, concluiu que a Terra tinha cerca de 20 a 400 milhões de anos. Embora elaborada com rigor científico, a ideia estava em desacordo com outros saberes da época, como as ideias de Darwin sobre o longo tempo que as espécies levaram em sua evolução, sendo a Terra naturalmente muito mais velha.<h2>O que diz a datação radiométrica?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/21/21154027831360.jpg" alt="Bertram Boltwood. (Fonte: Wikimedia Commons)">Bertram Boltwood. (Fonte: Wikimedia Commons)Mais para o final do século XIX, os cientistas Ernest Rutherford e Bertram Boltwood passaram a utilizar um novo método — <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/125596-5-aventureiros-reais-que-inspiraram-indiana-jones.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a datação radiométrica</a> — para determinar a idade das rochas e de outros materiais. Para isso, eles mediam a quantidade de um isótopo radioativo presente no material e avaliavam o seu decaimento através dos anos.&nbsp;Esses isótopos radioativos — como urânio, potássio e carbono-14 — são átomos instáveis que decaem com o tempo, liberando radiação. Como a taxa de decaimento é constante, basta medir a quantidade de radiação apresentada em uma amostra para determinar quanto tempo se passou desde que ela foi formada.&nbsp;Embora esse tipo de datação permita uma ideia mais precisa da idade da Terra, a estimativa é limitada, pois o planeta sempre é mais velho do que a sua rocha mais antiga.&nbsp;No nosso caso, a rocha mais antiga encontrada até hoje, no Complexo Acasta do Canadá, data de cerca de 4,02 bilhões de anos atrás, o que nos dá uma idade mínima da Terra.<h2>A solução que veio do espaço</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/20/20200053781000.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Analisar as rochas mais antigas do planeta pela datação radiométrica, apesar de promissor, revela-se um método insuficiente. Primeiramente porque é impossível analisar todas as rochas, e também porque as amostras mais antigas podem ter deslizado para o manto da Terra, onde as altas temperaturas dificultam esse tipo de pesquisa.&nbsp;Dessa forma, os cientistas passaram a analisar rochas da Lua <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118052-primo-da-terra-de-4-6-bilhoes-de-anos-gera-meteorito-raro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">e de outros corpos celestes</a>. Um deles — um meteorito de uma rocha que caiu no Arizona — foi analisado pelo geoquímico Clair Cameron Patterson. Ele mediu a quantidade de urânio e chumbo presente nas amostras e concluiu, pelo decaimento do elemento radioativo, que a idade da Terra é de aproximadamente 4,54 bilhões de anos.</body>

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Como foi calculada a idade do planeta Terra?

Imagem de Missão da NASA revela detalhes sobre as origens do vento solar no megacurioso

Os dados registrados pela sonda Parker Solar Probe podem ajudar a prever tempestades solares

<head></head><body>A missão Parker Solar Probe da NASA conseguiu detectar dados a respeito das origens dos ventos solares ao voar bem perto do Sol. Estas importantes descobertas foram detalhadas em um artigo publicado na revista Nature, na primeira semana de junho.Lançada em 2018, a espaçonave projetada para “<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120672-sonda-da-nasa-consegue-tocar-o-sol-em-feito-inedito.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tocar o Sol</a>” chegou perto o suficiente da estrela para registrar o momento em que o fenômeno é gerado, na superfície do astro, capturando detalhes que desaparecem quando ele sai da coroa. Tais informações podem ajudar os cientistas a&nbsp;prever a ocorrência de tempestades solares.Os dados colhidos indicam que a origem do vento solar “rápido” se dá nos buracos coronais, onde os fluxos de partículas de alta energia que correspondem aos fluxos de supergranulação circulam. Esse tipo mais veloz aparece nos polos do astro e pode alcançar velocidades de até 2,7 milhões de km/h.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/13/13180529981369.jpg" alt="(Fonte: NASA/Divulgação)">(Fonte: NASA/Divulgação)Conforme os pesquisadores que conduziram o estudo, os buracos coronais são formados em áreas nas quais as linhas do campo magnético emergem da superfície. Os ventos solares gerados por lá só atingem a Terra quando o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116097-sol-entrou-no-seu-25-ciclo-por-que-isso-e-importante.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Sol se torna ativo a cada 11 anos</a>, liberando rajadas em direção ao planeta.<h2>Beleza e caos</h2>Fluxo contínuo de plasma, o vento solar é composto por partículas carregadas como elétrons e prótons, oriundas da coroa do Sol. De longo alcance, ele pode interagir com planetas e outros objetos celestes em suas formas rápida e lenta.É este fenômeno o responsável pela geração das <a href="https://www.megacurioso.com.br/fenomenos-da-natureza/48170-5-fatos-curiosos-e-interessantes-sobre-as-auroras-boreais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">auroras boreal e austral</a>, resultando em belas imagens no céu noturno, em determinadas regiões do planeta. Mas a interação das partículas que chegam do principal astro do sistema solar com a atmosfera terrestre também pode ser problemática.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/13/13173457066346.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)As tempestades solares, causadas por uma perturbação no campo magnético do planeta a partir de uma onda de choque de vento solar, são capazes de impactar satélites e redes de energia elétrica. Dependendo da intensidade, alguns locais podem ficar sem comunicação e luz.Uma tempestade de nível G4 (a escala vai até 5), a mais forte dos últimos anos, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/260885-nasa-registra-maior-explosao-solar-ultimos-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">atingiu a Terra em março</a>. O evento intenso, que não foi detectado com antecedência, tornou as auroras visíveis em áreas dos Estados Unidos nas quais normalmente não é possível vê-las.<h2>Máximo solar</h2>Com o Sol atingindo seu período regular de maior atividade — máximo solar — do ciclo atual em julho de 2025, as tempestades solares devem aumentar nos próximos meses. Porém, os dados obtidos pela missão da NASA poderão ajudar os cientistas a evitar vários problemas.“Isso afetará a nossa capacidade de entender como o Sol libera energia e impulsiona as tempestades geomagnéticas, que são uma ameaça às nossas redes de comunicação”, comentou o professor da Universidade de Maryland (EUA), James Drake, em nota. Ele é um dos líderes da equipe que analisou os dados da Parker Solar Probe.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:57.458Z

Missão da NASA revela detalhes sobre as origens do vento solar

Imagem de O que é Lua Negra e qual é o significado desse evento astronômico? no megacurioso

Fenômeno raro, a Black Moon acontece no dia 19 de maio de 2023

<head></head><body>Um fenômeno astronômico raro acontecerá nesta sexta-feira (19). Estamos falando da “Lua Negra”, a única de 2023, que deixará o céu noturno um pouco mais escuro do que o habitual, favorecendo a observação de planetas e estrelas.Surgido recentemente e sem nenhuma relação com a ciência, o termo Lua Negra é uma referência a fenômenos associados à lua nova. Há várias definições para ele, podendo ser a segunda <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/104271-voce-conhece-todas-as-oito-fases-da-lua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Lua nova</a> em um mesmo mês, o que ocorre a cada 29 meses, ou a ausência da Lua nova em fevereiro, acontecendo a cada 19 anos, por exemplo.A melhor definição para o evento desta semana é a ocorrência da terceira Lua nova em uma estação com quatro delas. A maioria das estações tem somente três Luas novas, mas a cada 33 meses, mais ou menos, uma delas possui quatro, ganhando também o nome de “Lua Negra sazonal”.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/17/17134839884175.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Ou seja, a Lua Negra do dia 19 de maio é a terceira Lua nova do outono, no hemisfério Sul, e da primavera, no hemisfério Norte. As duas primeiras aconteceram nos dias 21 de março e 20 de abril, enquanto a quarta será em 18 de junho, três dias antes da chegada do inverno ou do verão, dependendo da região.<h2>Qual o significado da Lua Negra?</h2>Assim como a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121253-o-que-e-lua-azul-lua-de-sangue-e-lua-rosa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Lua Azul, a Lua Rosa e a Lua de Sangue</a>, a Lua Negra não tem um significado científico. Em nenhuma destas ocasiões o satélite natural muda de cor, realmente, com tais nomenclaturas nascendo baseadas em tradições culturais de algumas regiões.No caso da “Black Moon”, como o fenômeno desta sexta também é chamado, a Lua estará com a sua face iluminada totalmente voltada para o Sol. Enquanto isso, o lado escuro do satélite natural ficará voltado para a Terra, impedindo a sua visualização para os observadores na superfície terrestre.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/17/17134940287176.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Vem daí o nome do evento, que apesar do ar de mistério, refere-se apenas à escuridão característica desta fase lunar. Quando isso ocorre, a fonte de luz mais brilhante do céu à noite fica ausente, deixando o firmamento com uma aparência levemente diferente.Há ainda o significado místico do evento. Para as pessoas que praticam algumas <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120070-por-que-a-bruxaria-esta-em-alta-na-sociedade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">religiões pagãs</a>, determinadas ações se tornam ainda mais potentes quando são realizadas na noite da Lua Negra.<h2>Oportunidade para observar o céu noturno</h2>Se não é possível ver a Lua Negra, o fenômeno abre uma boa chance para a visualização do céu noturno, desde que as condições climáticas permitam. Com a ausência da luz brilhante do satélite natural, há uma melhor oportunidade para observar estrelas, planetas e outros astros celestes.Apps como Stellarium, Star Walk 2, SkyLive e Satellites Tracker são algumas das opções que <a href="https://www.tecmundo.com.br/software/236334-5-apps-voce-sempre-saber-lua-estamos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ajudam a localizar os astros e até a Estação Espacial Internacional</a>. Vale apostar também em binóculos, lunetas e telescópios para uma observação mais detalhada.</body>

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O que é Lua Negra e qual é o significado desse evento astronômico?

Imagem de Astrônomos registram planeta sendo consumido por estrela pela 1ª vez no megacurioso

Fenômeno foi registrado pela primeira vez, fornecendo uma visão do que deverá ocorrer no sistema solar futuramente

<head></head><body>No início do mês de maio, um novo estudo publicado na revista Nature chamou a atenção para um evento observado do espaço, ocorrido entre 10 e 15 mil anos atrás, próximo da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122565-6-constelacoes-fascinantes-que-voce-deveria-conhecer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">constelação</a> de Aquila, onde uma estrela engoliu um planeta gasoso de grandes dimensões.Inicialmente, pesquisadores suspeitaram que poderia se tratar de uma explosão envolvendo astros, mas após persistir com a análise, descobriram que se tratava de outro tipo de fenômeno, nunca antes registrado.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/08/08093557225013.png" alt="Apesar das diversas evidências coletadas, o processo de absorção de planetas por uma estrela ainda não havia sido documentado. (Fonte: Hubble/Reprodução)">Apesar das diversas evidências coletadas, o processo de absorção de planetas por uma estrela ainda não havia sido documentado. (Fonte: Hubble/Reprodução)<h2>Como o fenômeno foi observado</h2>Quando as estrelas envelhecidas esgotam suas reservas de hidrogênio e passam a fundir hélio, elas aumentam de tamanho substancialmente, de modo que elas também acabem absorvendo os planetas que se encontram mais próximos.Neste caso em específico, a estrela em questão tinha aproximadamente 10 bilhões de anos, estando no início de sua última fase – o que significa que ela deverá permanecer como uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121934-as-6-maiores-estrelas-hipergigantes-do-universo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">gigante vermelha</a> por cerca de 100 mil anos.O brilho resultante essa rápida explosão, que culminou com a morte do planeta, se intensificou por 10 dias e perdurou por 100 dias. Cientistas também relataram que a estrela retornou ao seu tamanho original após esse período. Confira, abaixo, uma simulação do que teria ocorrido: <iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/nDi0JIRDXI0" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Para que fosse possível entender melhor como esse evento se iniciou, astrônomos recorreram tanto a telescópios terrestres quanto ao telescópio especial infravermelho NEOWISE (Near-Earth Object Wide Field Infrared Survey Explorer), da NASA.A cada seis meses, esse último instrumento realiza o escaneamento do céu. Ao mesmo tempo, ele facilita o acompanhamento de mudanças ocorridas no espaço. Graças a isso, pesquisadores descobriram que a estrela havia começado a brilhar um ano antes desse último episódio.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/08/08094012300018.jpg" alt="Estrela observada deverá permanecer como uma gigante vermelha por cerca de 100 mil anos. (Fonte: Getty Images/Reprodução)">Estrela observada deverá permanecer como uma gigante vermelha por cerca de 100 mil anos. (Fonte: Getty Images/Reprodução)<h2>Evento oferece uma visão do futuro da Terra</h2>O evento, que ocorreu com um planeta que apresenta dimensões próximas à de Júpiter, oferece uma visão do que deverá se desenvolver no sistema solar futuramente. Para se ter uma ideia, em comparação com a distância presente na Via Láctea, ela seria ainda menor que a existente entre <a href="https://www.megacurioso.com.br/mercurio/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Mercúrio</a> e o Sol.Além de Mercúrio e Vênus, astrônomos acreditam que a Terra poderá passar por esse mesmo processo daqui a cerca de 5 bilhões de anos, momento em que o Sol se encontrará num estágio mais avançado e irá se tornar uma estrela gigante vermelha com diâmetro 100 vezes maior.Por outro lado, como estamos falando de planetas que apresentam menores dimensões, também é esperado que o brilho resultante dessa explosão seja menor.</body>

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Astrônomos registram planeta sendo consumido por estrela pela 1ª vez

Imagem de A Terra pode mesmo perder sua Lua e ficar sem satélite natural? no megacurioso

A ciência já sabe que a Lua está se afastando gradualmente da Terra, mas há chances de que a gente realmente perca contato com nosso satélite?

Nos pr&oacute;ximos anos, a NASA pretende <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124782-nasa-anuncia-os-quatro-astronautas-de-nova-viagem-a-lua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mandar humanos para a Lua novamente</a>. Mas, se eles demorarem demais, a viagem pode ficar mais longa. Na realidade, j&aacute; &eacute; mais longa do que foi nas primeiras miss&otilde;es Apollo, quando a ag&ecirc;ncia espacial instalou pain&eacute;is refletores para medir a dist&acirc;ncia entre a Terra e a Lua.
Nesses mais de 50 anos, a NASA descobriu que a Lua est&aacute; se afastando da Terra a uma taxa de 3,8 cent&iacute;metros por ano. &Eacute; mais ou menos o ritmo do crescimento das unhas dos dedos.&nbsp;
3,8 cent&iacute;metros pode n&atilde;o ser muita coisa. Mas e se a Lua mantiver esse ritmo por milhares ou milh&otilde;es de anos? Ser&aacute; que, um dia, ela pode se afastar totalmente da Terra e nos deixar sem sat&eacute;lite natural?<a href="https://www.megacurioso.com.br/lua/" rel="noopener noreferrer" target="_blank"> </a>
<h2>A gravidade atrai, mas tamb&eacute;m separa</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/26/fonte-getty-images-26160437280343.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Acredita-se que a Lua se formou depois que um objeto do tamanho de Marte se chocou com a Terra, ainda em sua forma&ccedil;&atilde;o. A gravidade fez com que parte dos destro&ccedil;os formassem nosso sat&eacute;lite natural &mdash; e as for&ccedil;as de mar&eacute;, um efeito secund&aacute;rio da gravidade, fez com que ele ficasse na dist&acirc;ncia que est&aacute; hoje, a cerca de 384.400 quil&ocirc;metros de n&oacute;s.&nbsp;
Mas assim como a gravidade da Terra mant&eacute;m a Lua girando ao nosso redor, ela tamb&eacute;m tem sua for&ccedil;a gravitacional. E essa rela&ccedil;&atilde;o de for&ccedil;as &eacute; o que est&aacute; fazendo nosso sat&eacute;lite se afastar.
Para come&ccedil;ar, &eacute; <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118207-como-a-lua-afeta-as-mares-na-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a gravidade da lua que forma as mar&eacute;s nos oceanos</a>, por exemplo. Essa for&ccedil;a de mar&eacute; exerce uma fric&ccedil;&atilde;o na superf&iacute;cie da Terra, que est&aacute; diminuindo o ritmo de sua rota&ccedil;&atilde;o. Para voc&ecirc; ter ideia, acredita-se que antes da Lua se formar, h&aacute; 4,5 bilh&otilde;es de anos, um dia na Terra durava cerca de 5 horas.&nbsp;
Por&eacute;m, a Terra tamb&eacute;m exerce for&ccedil;as de mar&eacute; sobre a Lua &mdash; &eacute; uma via de m&atilde;o dupla. E como os dois corpos celestes fazem parte de um mesmo sistema gravitacional, eles precisam manter uma constante chamada "momento angular". Ou seja, a energia contida em um sistema que est&aacute; girando.&nbsp;
Basicamente, se voc&ecirc; gira mais r&aacute;pido, o momento angular &eacute; maior. Se voc&ecirc; gira mais devagar, como a Terra est&aacute; fazendo, o momento angular diminui. Contudo, essa constante tamb&eacute;m est&aacute; relacionada &agrave; dist&acirc;ncia entre os corpos no sistema: quanto mais longe, mais momento angular voc&ecirc; tem. D&aacute; para ver onde isso tudo vai chegar?
Isso quer dizer que, se a velocidade da Terra est&aacute; diminuindo, outra vari&aacute;vel precisa mudar para manter o momento angular. A vari&aacute;vel que est&aacute; mudando &eacute; a dist&acirc;ncia da Lua.&nbsp;
<h2>Mas afinal, n&oacute;s vamos ficar sem Lua?</h2>
<span data-fonte="Space Frontiers/Getty Images" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/detail/foto-jornalistica/the-earth-rises-over-the-horizon-of-the-moon-as-seen-foto-jornalistica/1157144802" class="img-fc"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/26/space-frontiers-getty-images-26160530378344.jpg" alt="Space Frontiers/Getty Images" />(Fonte: Space Frontiers/Getty Images)
A boa not&iacute;cia &eacute; que n&atilde;o, a Terra nunca ficar&aacute; sem a Lua. A m&aacute; not&iacute;cia &eacute; motivo disso.
Explicando por partes, os efeitos de mar&eacute; est&atilde;o diminuindo a velocidade de rota&ccedil;&atilde;o da Terra, mas tamb&eacute;m a da Lua. Com o tempo, os dois corpos celestes v&atilde;o chegar ao "acoplamento de mar&eacute;" &mdash; um momento em que as velocidades de rota&ccedil;&atilde;o de corpos celestes se mant&eacute;m, sem maiores mudan&ccedil;as. A&iacute;, a Lua vai parar de se afastar da Terra.
De acordo com os c&aacute;lculos dos astr&ocirc;nomos, isso deve acontecer dentro de 50 bilh&otilde;es de anos &mdash; e essa &eacute; a boa not&iacute;cia. A m&aacute; &eacute; que, muito antes disso, dentro de 5 bilh&otilde;es de anos, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/110667-o-que-vai-acontecer-quando-o-sol-morrer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Sol vai come&ccedil;ar a morrer</a>. Quando isso acontecer, o Astro-Rei vai aumentar de tamanho, at&eacute; se tornar uma estrela gigante-vermelha.
Nessa &eacute;poca, a Lua ter&aacute; se afastado da Terra em mais 198 mil km, mas o Sol vai engolir tudo. Fim da hist&oacute;ria.

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A Terra pode mesmo perder sua Lua e ficar sem satélite natural?

Imagem de Por que os cientistas querem criar um fuso horário lunar? no megacurioso

Esse é considerado o grande passo para os governos que querem explorar a Lua

Bases lunares, plataformas de explora&ccedil;&atilde;o e <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112057-estudantes-criam-elevador-espacial-que-pode-ser-construido-hoje.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">elevador espacial</a> s&atilde;o apenas alguns dos planos que governos, como os dos Estados Unidos e China, t&ecirc;m para a Lua. Recentemente, no entanto, foi adicionado a necessidade de estabelecer um fuso hor&aacute;rio lunar a essa lista.
Afinal, se o homem tem planos t&atilde;o grandes assim para a Lua, esse seria o primeiro passo para que essa longa jornada de feitos consiga ser espec&iacute;fica para as comunica&ccedil;&otilde;es lunares, e a Ag&ecirc;ncia Espacial Europeia j&aacute; est&aacute; &agrave; frente do projeto tentando atrair empresas privadas para o empreendimento.
<h2>Visando progresso</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/25/fonte-getty-images-25174803508368.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
A <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119953-como-foi-decidido-o-fim-da-corrida-espacial.htm#:~:text=Em%201950%2C%20foi%20o%20contexto,engenhosidade%20tecnol%C3%B3gica%20e%20recursos%20econ%C3%B4micos." rel="noopener noreferrer" target="_blank">Corrida Espacial</a> do s&eacute;culo XXI &eacute; uma realidade, como j&aacute; deixou bem claro Bil Nelson, ex-astronauta, administrador da NASA e senador da Fl&oacute;rida. Dessa vez, no entanto, no lugar da antiga Uni&atilde;o Sovi&eacute;tica, agora se encontra a pot&ecirc;ncia chinesa que, segundo o governo norte-americano, tenta dominar os recursos lunares ao reivindicar a propriedade das &aacute;reas ricas em recursos da Lua.
Apesar dessa movimenta&ccedil;&atilde;o acontecer h&aacute; um tempo, foi apenas em 2022 que se intensificou, quando o programa espacial chin&ecirc;s construiu uma esta&ccedil;&atilde;o espacial na &oacute;rbita da Terra e estabeleceu v&aacute;rias miss&otilde;es de &oacute;rbita lunar e recupera&ccedil;&atilde;o de amostras. Os chineses agendaram uma terceira fase do programa, prevista para acontecer em 2025, e visam estabelecer uma esta&ccedil;&atilde;o de pesquisa lunar aut&ocirc;noma pr&oacute;ximo ao polo sul da Lua.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/20/20100926980069.jpg" alt="(Fonte: CNSA/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: CNSA/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Ou seja, um fuso hor&aacute;rio lunar condiz com a necessidade de fazer planos a longo prazo para descobrir tudo o que &eacute; necess&aacute;rio para tornar uma base lunar bem-sucedida. A necessidade de um fuso assim est&aacute; em fornecer dados de localiza&ccedil;&atilde;o mais precisos aos usu&aacute;rios na superf&iacute;cie da Lua, visto que, atualmente, as miss&otilde;es lunares sincronizam seus rel&oacute;gios com os da Terra. Nas futuras miss&otilde;es lunares, no entanto, essa t&aacute;tica seria inadequada, especialmente &agrave; medida que mais miss&otilde;es decolam.
A discuss&atilde;o para um fuso lunar come&ccedil;ou em novembro de 2022, durante uma reuni&atilde;o no Centro Europeu de Pesquisa e Tecnologia Espacial da ESA, na Holanda, cruzando com o esfor&ccedil;o da NASA para criar o LunaNet, uma rede de arquitetura digital destinada a permitir comunica&ccedil;&atilde;o e navega&ccedil;&atilde;o na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124782-nasa-anuncia-os-quatro-astronautas-de-nova-viagem-a-lua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Lua</a>.
No momento, ainda n&atilde;o h&aacute; data de lan&ccedil;amento para o sat&eacute;lite Moonlight, que permitir&aacute; que o LunaNet funcione, tampouco garantia de quando um fuso lunar pode ser criado, ou mesmo qu&atilde;o diferente pode ser dos fusos hor&aacute;rios na Terra.
<h2>Organizando a Terra</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/20/20101030987073.jpg" alt="(Fonte: NASA/Alberto Bertolin/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: NASA/Alberto Bertolin/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
At&eacute; a primeira metade do s&eacute;culo XVIII, antes do estabelecimento dos fusos hor&aacute;rios em 1883, havia mais de 144 hor&aacute;rios locais s&oacute; na Am&eacute;rica do Norte, gerando um caos regional devido &agrave;s pequenas diferen&ccedil;as de hor&aacute;rio resultantes entre vilas e cidades adjacentes.
O problema se intensificou com a populariza&ccedil;&atilde;o das ferrovias, quando viagens mais r&aacute;pidas se tornaram poss&iacute;veis em muitas cidades, e os viajantes &agrave;s vezes podiam chegar em um hor&aacute;rio local anterior ao que haviam deixado. A falta de padroniza&ccedil;&atilde;o de tempo e os hor&aacute;rios nas mesmas vias, muitas vezes, n&atilde;o podiam ser coordenados, resultando em colis&otilde;es catastr&oacute;ficas.
O engenheiro Sir Sanford Fleming, que trabalhava nas ferrovias canadenses, testemunhou esse problema quando perdeu um trem em 1876. Essa experi&ecirc;ncia o deu a ideia de criar um hor&aacute;rio padr&atilde;o, com varia&ccedil;&otilde;es hor&aacute;rias conforme as diferentes zonas do mundo.
Como resultado, as maiores empresas ferrovi&aacute;rias come&ccedil;aram a operar em um sistema coordenado de quatro fusos hor&aacute;rios a partir de 1883, dando in&iacute;cio a uma revolu&ccedil;&atilde;o que colocou ordem no mundo.

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