
Ciência
15/05/2015 às 06:15•3 min de leitura
Por conta de tudo o que conseguimos fazer usando apenas nossa inventividade, nós muitas vezes acabamos menosprezando o intelecto de outros seres vivos – como cachorros, por exemplo –, e nos achamos incomparavelmente superiores a eles. Isso se torna ainda mais fácil quando levamos em consideração que, em certos casos, basta posicionar um filé suculento em um local estratégico para distrair o bichinho de sua tarefa.
No entanto, não é preciso procurar muito para encontrar quem consiga descrever momentos em que seus cães deram sinais de pura genialidade – e é exatamente o que podemos ver na história de Wallis Brozman. Portadora de uma desordem de movimento que faz com que seu corpo fique subitamente paralisado de tempos em tempos, a jovem norte-americana só pode se locomover com segurança precisa utilizar uma cadeira de rodas guiada por seu cão, Caspin.
Certo dia, Brozman levou o misto de labrador com golden retriever para passear em um lugar onde o cão pudesse fazer suas necessidades e deixou o animal solto, sem prendê-lo à coleira que utiliza para que ele a guie quando sofre uma crise de paralisia – o que acabou acontecendo justamente naquele momento. “Eu não conseguia falar nem gritar e não tinha um celular para mandar mensagens de texto”, explica a jovem californiana.
Quando a garota pensava que ficaria isolada naquela situação até que alguém os encontrasse por acaso, Caspin percebeu que algo estava errado e aproximou seu pescoço da mão da dona até que ela conseguisse prender um de seus dedos no seu colarinho. “Então ele começou a me puxar muito lentamente, empurrou a porta de casa para que se abrisse e ficou ao meu lado até que eu conseguisse me mover o bastante para ir até a minha cama”, conta Brozman.
Com base em um estudo desenvolvido por um grupo de pesquisadores da empresa Dognition, Caspin é o exemplo perfeito de um dos tipos de genialidade canina, podendo ser classificado como um “protocão”. Utilizando 20 tipos distintos de jogos voltados para os totós, o sistema de análise da companhia consegue identificar os níveis de empatia, comunicação, esperteza, memória e raciocínio do bicho, permitindo dividi-los entre nove categorias.
A seguir, você pode conferir as descrições de cada um desses tipos de cachorros:
O teste da Dognition com os 20 jogos distintos está disponível para quem estiver disposto a pagar US$ 19 (cerca de R$ 57), mas uma das “brincadeiras” pode ser vista gratuitamente no vídeo mais abaixo. Basicamente, você deve deixar dois copos virados para baixo no chão, deixar seu cachorro – que está preso – ver enquanto você coloca uma guloseima sob um deles e então apontar para o outro, o vazio.
Caso o seu bichinho de estimação siga na direção que você está indicando, isso significa que ele é bom em seguir ordens e em criar elos. Já caso ele ignore sua mão e vá direto para o copo com a guloseima, isso quer dizer que ele possui uma boa memória e é mais independente.
“A pessoas [que participarem do programa de estudo] vão aprender sobre e entender melhor seus melhores amigos”, afirma Brian Hare, membro do Centro de Neurociência Cognitiva da Universidade Duke, no estado norte-americano da Carolina do Norte. Depois de pagar a taxa e enviar os resultados gravados para a Dognition, os donos dos bichinhos recebem um perfil detalhado sobre os animais.
E você, acha que seu cachorro também pode ser um gênio? Em que categoria acredita que ele se encaixa? Compartilhe suas histórias nos comentários.