Ciência
23/11/2013 às 03:43•1 min de leitura
Fonte da imagem: Reprodução/Live Science
Não é todo dia que os arqueólogos encontram esqueletos de pessoas que viveram na Idade Média, mas quando adicionamos o fato de que se trata de um membro da aristocracia, a raridade fica ainda mais evidente. Pois foi isso que arqueólogos encontraram em uma escavação francesa — realizada na região da Alsácia. No local, foram encontradas 38 tumbas de períodos que vão da idade da pedra à “Idade das Trevas”.
E é desse segundo período que surge o protagonista dessa história: um crânio de uma mulher que viveu na aristocracia da França durante o declínio econômico da Europa. O mais curioso é a forma como os historiadores conseguem afirmar que se trata mesmo de uma aristocrata: o crânio encontrado está deformado e há sinais de que isso foi feito propositalmente com ela ainda viva — cerca de 1.650 anos atrás.
Junto com o esqueleto, também foram encontrados muitos objetos de valor. Isso inclui espelhos de bronze, cintos com materiais preciosos para a época, alguns adereços de ouro e outros que revelam o caráter aristocrático dos ossos. Vale dizer que a escavação começou em 2011 quando as tumbas foram encontradas, mas somente em 2013 os arqueólogos foram mais a fundo e localizaram os corpos.
Segundo aponta a história da Europa durante a idade média, em alguns períodos da própria Idade das Trevas, as mulheres da aristocracia utilizavam bandagens e outros equipamentos para forçarem a deformação na cabeça. Há grandes probabilidades de que isso era algo permitido apenas para as pessoas mais ricas, pois esses crânios geralmente são encontrados em tumbas com muitos objetos valiosos.
Como historiadores relataram para o Huffington Post, os crânios deformados de mulheres ricas são comumente relacionados à região da Alemanha, França e Leste Europeu, sendo que a tradição teria sido levada do centro da Ásia — graças aos hunos e, mais tarde, aos povos germânicos.