Ciência
01/05/2018 às 10:00•2 min de leitura
Charlie Hunnam, Robert Pattinson, Sienna Miller e Tom Holland estão no elenco do filme "Z: A Cidade Perdida", que conta a história do explorador Percy Fawcett.
O longa-metragem foi adaptado e dirigido por James Gray e lançado em 2017, depois de 2 anos em produção. Nele, o público acompanha uma das aventuras de Fawcett pela Améria do Sul nos primeiros anos do século XIX em busca de Z, uma civilização amazônica antiga sobre a qual ouviu falar em uma de suas missões.
Bem, se até hoje a Floresta Amazônica ainda esconde segredos, imagine 100 anos atrás. A ideia de desbravar o desconhecido fascinava tanto o arqueólogo que, em 1920, ele partiu para uma expedição solo tentando encontrar a cidade. Porém, precisou voltar devido a uma séria febre que teve durante a viagem, quando também teve que sacrificar seu cavalo.
Cinco anos depois, em fevereiro de 1925, ele embarcou em sua última missão, levando consigo seu filho Jack. Depois de 3 meses desbravando terrenos cobertos pela vegetação natural amazônica na região entre a Bolívia e o Brasil, eles pareciam estar no caminho para a tal civilização.
Em maio do mesmo ano, durante a expedição, Percy enviou um telegrama a sua esposa, Nina, na Inglaterra, dizendo que esperava chegar à cidade perdida em menos de 1 mês. No entanto, o homem nunca voltou.
Várias pessoas intrigadas com o sumiço do expedicionário atravessaram o Atlântico na tentativa de encontrar ao menos seu corpo ou evidências de seu paradeiro.
Somente em 2005, quando o autor David Grann visitou o estado do Mato Grosso, aqui no Brasil, para coletar material para seu livro sobre Fawcett, é que ele descobriu que o arqueólogo havia mentido sobre a localização do acampamento Dead Horse, onde fazia suas pausas na viagem.
Até hoje, ninguém sabe exatamente o que aconteceu com Fawcett e o restante da expedição, mas a principal aposta é de que ele tenha sido morto por invadir alguma aldeia indígena amazônica de maneira não muito amigável.
Em seus relatos e nos encontros na Inglaterra, ele costumava falar sobre a população indígena brasileira e boliviana de forma extremamente depreciativa e inferiorizada, de forma que faria sentido que ele os tratasse assim também pessoalmente.
"A Cidade Perdida", por sua vez, continua perdida até hoje. Apesar de outras pesquisas recentes terem apontado que a Floresta Amazônica foi de fato habitada por civilizações antigas, certamente elas não envolvem a mística imaginada por Fawcett.