Artes/cultura
12/07/2018 às 05:31•3 min de leitura
Ninguém gosta de ter o computador infectado, mas é fato que alguns vírus viraram "queridinhos da galera" por conta do nome, do modo de infecção e até por adquirirem certa fama e causar pânico na comunidade. A seguir, listamos alguns desses clássicos, que ficaram famosos especialmente na década de 1990.
Vários dos integrantes da lista abaixo nem foram os malwares mais devastadores da informática, mas isso não importa desta vez: aqui, selecionamos aqueles que ficaram famosos a ponto até mesmo de virarem notícia de telejornal, em uma época em que isso não era nada comum.
O Morris foi o primeiro malware que ficou famoso na mídia não especializada e um dos primeiros disseminados online. Ele nasceu em 1988 e foi criação do na época universitário Robert Morris. A estimativa é de que 10% dos PCs conectados à internet naquela época foram infectados.
Morris queria “medir o tamanho da internet” na época, mas por o que ele diz ser um erro de cáculo, acabou criando um programa bem danoso. Ele se reproduzia em rede e, ao criar pastas temporárias para salvar cópias de si mesmo, deixava máquinas e servidores extremamente lentos.
O Michelangelo, de 1991, ficou famoso por dois motivos. Que nem o anterior, ele também ganhou um destaque meio apocalíptico na TV. Segundo, pelo funcionamento peculiar. Ele ficava dormente no PC da vítima até 6 de março. O motivo? Era o dia do aniversário do artista do Renascimento que emprestou o nome para essa ameaça.
Esse vírus pra DOS infectava qualquer disquete inserido na máquina e causava perda de dados em massa. Ah, e foi o Michelangelo que deu fama e a liderança no mercado de segurança pra John McAfee, o executivo malucão que fundou uma empresa de antivírus usando o próprio sobrenome.
Esse você vai se lembrar! O I Love You atacou PCs com Windows a partir de maio de 2000 e se espalhava como um anexo falso de email. I Love You era o título da mensagem, e muita gente curiosa caía só porque queria saber quem era o admirador secreto.
O vírus foi criado por um programador nas Filipinas e chegou a atacar até agências governamentais. Primeiro, ele bagunçava e salvava outras coisas em cima de programas ou documentos de texto da sua máquina. Depois, ele se replicava rapidamente quando era baixado e enviava a si mesmo pra sua lista de contatos, aumentando o número de vítimas.
Batizado em homenagem a uma dançarina, o Melissa nasceu em 1999 e infectou milhares de computadores em poucas horas, em uma época em que essa infecção veloz global não era tão comum. O segredo estava em uso de engenharia social, que também não era tão conhecida na época: você recebia o vírus de um contato conhecido com uma mensagem no estilo do “as fotos da festa ficaram ótimas”.
David L. Smith
O criador era David L. Smith, que pegou 20 meses de prisão, multa e proibição de trabalhar com internet sem autorização do tribunal. A “brincadeira”, como ele justificou o Melissa, gerou 80 milhões de dólares de prejuízo em empresas e governos. Ele se replicava em massa junto com vários documentos do seu PC como anexo, o que era não só invasão de privacidade, mas congestionava os lentos servidores de email da época.
A tenista russa Anna Kuornikova foi uma das melhores do esporte na categoria de duplas no fim dos anos 90 e começo de 2000. Só que ela também foi tema de um vírus que assolou muitos PCs nessa época. Criado por um estudante holandês, ele se disfarçava de imagens no formato JPG da atleta pra forçar o seu download.
No lugar, o computador rodava um script que salvava a si mesmo no seu HD e reenviava o email pros seus contatos , inclusive entregando que você foi uma vítima. Ele ainda tentava se conectar com um servidor da Holanda em um dia específico de janeiro. O autor ficou espantado com o estrago que a sua criação fez e se entregou pra polícia local três dias depois.
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