Ciência
10/09/2018 às 05:30•3 min de leitura
Muitas pessoas que passaram pela Terra foram relevantes em seus campos de atuação e, não sem motivos, são lembradas até hoje. A princípio, basta que as obras criadas por esses seres humanos tão relevantes sejam mantidas e transmitidas para as novas gerações, mas alguns tiveram a honra – dependendo do ponto de vista – de terem seus corpos preservados em museus, para que pudessem ser observados por todos.
Em alguns casos, manter pedaços de pessoas relevantes para a história mundial faz algum sentido, mas a manutenção desse tipo de exposição pode ser algo bem bizarro. Por isso, abaixo listamos 7 pessoas que possuem partes de seus corpos em exposição pelo mundo.
Não poderíamos começar de uma forma melhor esta lista, se não lembrando que o pênis de Grigori Rasputin está exposto no Museu Erótico em São Petersburgo, na Rússia. Ele foi um curandeiro e conselheiro da família Romanov, antes de ser assassinado em 1916.
Já falamos sobre ele aqui no Mega, mas, além de toda a sua excentricidade, existia outra questão que chamava a atenção: seu pênis de 33 centímetros de comprimento. Passando de mão em mão e com diversas histórias sobre como e por que ele foi retirado de seu corpo, o membro acabou chegando ao museu em 2004, após ser comprado por um médico russo.
Ninguém duvida da genialidade de Albert Einstein, mas suas ideias teriam surgido por ele ter um cérebro com composição diferenciada ou em razão de sua formação e visão de mundo? Talvez a ciência um dia consiga explicar essa questão, pois, após a morte do físico alemão, em 1955, o patologista Thomas Harvey retirou – ou melhor, roubou – o cérebro e os globos oculares do cadáver.
Isso aconteceu contra a vontade da família e do próprio Einstein, que desejava ser cremado para que não se criasse um culto ao seu redor. Posteriormente, a família autorizou que se mantivesse o cérebro em um museu, com motivos estritamente científicos. O órgão foi separado em 100 fatias e colocado em lâminas de vidro, garantindo sua conservação para futuros estudos.
O famoso astrônomo morreu em 1642, mas em 1737 seu corpo foi transferido para uma nova tumba. Durante esse processo, admiradores roubaram três dedos, um dente e uma vértebra do falecido italiano. Um dos dedos acabou em exposição no Museu da História da Ciência, em Florença, na Itália. As outras partes estavam sob guarda particular até 2009, quando o museu resolveu requisitá-las, para que se mantivessem em segurança. A vértebra pertence à Universidade de Pádua, mas não está em exposição.
O anatomista e neurologista italiano trabalhou durante toda sua vida na Universidade de Pavia, onde não era muito querido por seus colegas. Conhecido por seu jeito arrogante, ele espalhava boatos sobre seus desafetos e só oferecia oportunidades a seus amigos e sua família. Quando morreu, em 1832, sua autópsia foi conduzida por um de seus assistentes, que removeu a cabeça, os dedos e o trato urinário. Não se sabe o motivo dessa retirada estratégica, mas as partes hoje estão expostas no museu da universidade.
Os membros preservados de personalidades parecem seguir uma lógica e dizer muito sobre a nossa sociedade. Não foi diferente com Napoleão Bonaparte, que perdeu o pênis durante sua autópsia. Ao contrário de Rasputin, o líder francês não era um referencial quando se fala em tamanho – o membro tinha apenas 3,8 centímetros.
Dezessete pessoas testemunharam a remoção do falo, que foi deixado sob os cuidados do padre que conduziu seu sepultamento. No começo do século 20, ele chegou a ficar exposto no Museu de Arte Francesa, em Nova York, mas foi comprado por John J. Lattimer em 1977 e está até hoje sob seus cuidados.
O chefe Mkwavinyika Munyigumba Mwamuyinga, também conhecido como Chefe Mkwawa, é lembrado até hoje por sua resistência à colonização alemã, que aconteceu onde hoje é a Tanzânia, em 1891. Ele lutou bravamente para defender seu povo e chegou a matar até mesmo um comandante de alta patente do exército alemão em batalha. Infelizmente, foi muito difícil combater a tecnologia de guerra europeia, e ele acabou sendo encurralado; em 1898, atirou contra a própria cabeça.
Os alemães enviaram o crânio do comandante para Berlim. Os Hehe lutaram ao lado da Inglaterra durante a Primeira Guerra Mundial e, após o conflito, uma das cláusulas do Tratado de Versalhes foi o retorno do crânio do Chefe Mkwawa para suas origens. Após dificuldades para a obtenção do símbolo de resistência, ele hoje está em exposição em um museu na Tanzânia.
Conhecida como uma das maiores espiãs do século 20, até hoje não se sabe para qual dos lados Mata Hari prestava contas: França ou Alemanha. Na história oficial, ela foi executada em 1917 pelos franceses, acusada de ser uma espiã alemã.
Alguns historiadores acusam os franceses de utilizar a mulher como desculpa pelas derrotas durante batalhas da Primeira Guerra Mundial, já que ela era uma prostituta que se relacionava com oficiais alemães de alta patente. Seu corpo foi utilizado para estudos, mas sua cabeça foi retirada e colocada em um museu de anatomia em Paris, de onde sumiu. Até hoje o paradeiro segue desconhecido.
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