Artes/cultura
25/10/2018 às 09:30•3 min de leitura
Na verdade, um pouco maior do que isso: Pablo Diego José Francisco de Paula Juan Nepomuceno María de los Remedios Cipriano de la Santísima Trinidad Ruiz y Picasso. O “Picasso” ele adicionou ao próprio nome e tem origem do sobrenome de sua mãe, que era italiana. O artista mesmo dizia que não imaginava como poderia se apresentar como Pablo Ruiz ou Diego-José Ruiz.
O pai de Picasso era pintor também e começou a ensinar pintura ao filho quando ele tinha apenas sete anos de idade. Aos nove anos, Picasso terminou seu primeiro trabalho e aos 13 anos entrou para a Escola de Belas Artes de Barcelona, onde seu pai dava aulas. Dois anos depois disso ele completou o nível avançado de pintura.
Pois é, havia esse boato. Mona Lisa foi realmente roubada do Louvre no dia 21 de agosto de 1911, e o caos tomou conta do mundo das artes. Na época, um jornal francês ofereceu uma recompensa para quem tivesse alguma informação sobre a obra e um homem apareceu com uma estátua que havia sido roubada anos antes. De acordo com esse cara, ele tinha roubado alguns itens a mando do poeta Guillaume Apollinaire, que tinha vendido as peças para Picasso.
Nessa altura do campeonato, Picasso tinha 29 anos e vivia na França, onde acabou tendo que responder judicialmente as acusações do tal ladrão de obras de arte. Picasso confessou que havia comprado as estátuas, mas afirmou que não sabia que elas tinham sido roubadas, e como não havia relações entre o pintor e o sumiço de Mona Lisa, ele acabou sendo liberado e ficou livre das acusações.
O verdadeiro ladrão da obra de Da Vinci foi Vincenzo Peruggia, que foi encontrado em 1913, quando tentava vender a obra. Antes do roubo, ele havia trabalhado como guarda no Louvre e tinha também construído a moldura da pintura. À polícia, ele disse que roubou Mona Lisa para levá-la para a Itália, mas muitas pessoas ainda acreditam que tinha o dedo de Picasso no meio dessa história.
Em 1927, Picasso viu uma moça loira, jovem e muito bonita e foi se apresentar para ela, dizendo que gostaria de fazer seu retrato e que era o grande pintor Pablo Picasso. Ela, Marie-Thérèse Walter, disse que nunca tinha ouvido falar dele, mas os dois acabaram juntos um tempo depois.
Fatos bizarros dessa história: Picasso tinha 45 anos e Mariè-Thérèse tinha apenas 17; além do mais, Picasso era casado com Olga Khokhlova e tinha mais algumas amantes. Foi com Mariè-Thérèse, no entanto, que Picasso viveu seu maior amor, chegando a produzir grandes trabalhos enquanto estava com ela e tendo, inclusive, uma filha desse romance.
Os dois nunca se casaram oficialmente, uma vez que Picasso se recusava a se divorciar de Olga. O romance com Marie-Thérèse acabou em 1936, e depois da morte de Olga, Picasso se casou com Jacqueline Roque. Marie-Thérèse cometeu suicídio quatro anos após a separação, e Jacqueline também se matou, mas 13 anos após a morte de Picasso.
“Minha mãe me disse ‘se você for um soldado, você vai se tornar um general. Se você virar um monge, você vai se tornar o Papa’, mas em vez disso eu fui um pintor e me tornei Picasso”, disse o artista certa vez.
O que muita gente não sabe, no entanto, é que Picasso foi também um poeta e dramaturgo, tendo escrito duas peças surrealistas após a morte de sua primeira esposa, sendo que uma delas foi performada por ninguém menos que Albert Camus, Simone de Beauvoir e Jean-Paul Sartre.
Dizem, no entanto, que seus poemas, repletos de figuras sexuais e escatalógicas, não são nem de perto tão bons quanto suas pinturas. Que bom que ele ficou ao lado das tintas, então.
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