Ciência
01/04/2020 às 05:30•3 min de leitura
A ficção científica é uma das maiores fontes de inspiração quando se pensa no futuro. Livros, filmes e séries previram cenários apocalípticos, viagens interestelares, carros voadores e muitas outras coisas. Aos poucos, algumas delas acabaram se tornando realidade. Por isso, confira 10 invenções que surgiram primeiro na mente de visionários da ficção:
Hoje o aparelho é praticamente uma extensão de nossos braços, mas eles surgiram apenas em 1973, ainda no formato “tijolão” – a saber, trata-se do Motorola DynaTAC, que pesava mais de 1 kg! Por anos, achava-se que a inspiração teria sido a série clássica de Star Trek, mas, em 2015, o criador Martin Cooper falou que a ideia surgiu após ler uma revistinha do Dicky Tracy, que trazia um rádio bidirecional de pulso, uma espécie de comunicador semelhante a um celular. Mas não dá para descondierar os efeitos do Capitão Kirk nessa novidade.
Star Trek
A cena da princesa Leia mandando um recado a Obi-Wan Kenobi, em Star Wars: Uma Nova Esperança, chama a atenção para algo muito futurístico para a época: os hologramas 3D. Em 2018, através de uma técnica chamada exibição volumétrica, pesquisadores da Universidade Brigham Young, nos EUA, conseguiram recriar a proposta do cinema com o uso de lasers, mas ainda em escala muito pequena.
Star Wars: Uma Nova Esperança
Se você já viu um outdoor luminoso e interativo na sua cidade, saiba que a inspiração veio de Blade Runner: O Caçador de Androides. O filme de 1982 mostrava como seria a Los Angeles futurista de 2019: cheia de outdoors digitais, que prenderiam a atenção. A ideia fisgou o pessoal da publicidade, que usa e abusa dos recursos que esse tipo de mídia permite.
Blade Runner: O Caçador de Androides
Em uma cena de O Vingador do Futuro, de 1990, Arnold Schwarzenegger entra em um táxi que não possui um motorista humano. Em seu lugar, está um boneco que funciona como computador de bordo, ou seja, o veículo seria todo autônomo. As pesquisas nessa área estão cada vez mais avançadas, com diversas montadoras correndo contra o tempo para tornar essa tecnologia acessível a todos.
O Vingador do Futuro
Os fãs de Star Trek certamente vão se lembrar dos replicadores, que são instrumentos capazes de materializar instantaneamente qualquer objeto. Hoje em dia, as impressoras 3D não fazem isso tão rapidamente, mas conseguem criações complexas em um tempo muito curto. No futuro, provavelmente a velocidade de impressão irá aumentar exponencialmente, chegando próxima a de um replicador.
Star Trek
No clássico livro Frankenstein, de Mary Shelley, lançado em 1831, o doutor usa a energia dos raios para dar um choque em sua criatura e, com isso, fazê-la ganhar vida. Em 1947, mais de 100 anos depois, o médico Claude Beck fez algo parecido ao dar um choque de 60 Hz no coração de um adolescente e salvá-lo da morte. O instrumento era bem caseiro, com duas pequenas pás de prata ligadas em uma tomada. Na década seguinte, os desfibriladores passaram a ser um item fundamental em qualquer hospital.
Frankenstein
Fahrenheit 451, de Ray Bradbury, de 1953, é outro livro clássico da ficção que trouxe uma invenção que conquistaria a todos: os dispositivos portáteis de música. No romance distópico, o aparelho é descrito como pequenas conchinhas, que funcionam como rádios do tamanho de dedais. No ano seguinte, os primeiros aparelhos portáteis de música foram lançados pela Texas Instruments, que incluíam até um pequeno fone de ouvido. Agora, mais de 5 décadas depois, é possível ouvir música em diferentes dispositivos que se carrega por aí.
Fone de ouvido
O filme Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças, de 2004, trouxe algo que muita gente sonha: um aparelho para apagar memória ruins, principalmente relacionada a ex-namorados. Em 2013, cientistas mostraram que isso pode se tornar realidade, quando conseguiram apagar 3 meses de memórias de ratinhos de laboratório, sem sinal de que elas retornaram semanas depois. Porém, ainda não há previsão de testes em humanos.
Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças
No livro Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley, lançado em 1931, os personagens tomavam uma droga chamada soma que as impedia de ficarem tristes. Isso aconteceu 2 décadas antes de os primeiros antidepressivos chegarem às farmácias.
Antidepressivos
O livro Snow Crash, de Neal Stephenson, lançado em 1992, falava de uma comunidade virtual em que as pessoas interagiam entre si através de avatares. Hoje em dia, existem diversos jogos e realidades semelhantes a essa descrição, mas é impossível não se lembrar do sucesso que Second Life fez no começo dos anos 2000.
Second Life
10 invenções da ficção científica que se tornaram realidade via TecMundo