A vingança de Mariya Oktyabrskaya contra os nazistas

25/06/2021 às 14:002 min de leitura

Nascida em 16 de agosto de 1905, em uma família de ucranianos camponeses pobres da Península da Crimeia, no extinto Império Russo, Mariya Oktyabrskaya começou a afinar suas ideias comunistas em meados de 1925, quando se casou com o oficial do Exército soviético, Illya Oktyabrskaya.

Assim que começou a se interessar por assuntos militares, ela se envolveu com o Conselho de Esposas Militares e foi treinada como enfermeira no Exército, aprendendo a manusear armas e dirigir veículos pesados. “A esposa de um oficial não é apenas uma mulher orgulhosa, mas também um título de responsabilidade”, disse Mariya.

(Fonte: Ranker/Reprodução)(Fonte: Ranker/Reprodução)

Quando a Frente da Europa Oriental da Segunda Guerra Mundial foi aberta, Mariya foi evacuada para Tomsk, na Sibéria, enquanto seu marido lutava contra os alemães.

Em agosto de 1941, seu marido morreu pelas mãos dos nazistas perto de Kiev, porém Mariya só ficou sabendo da infeliz notícia 2 anos mais tarde. A mulher se revoltou, resolvendo canalizar toda a sua sede de vingança em exterminar os nazistas para honrar o seu marido.

A ira de Mariya

(Fonte: Pinterest/Reprodução)(Fonte: Pinterest/Reprodução)

Aos 38 anos, Mariya vendeu todos os seus bens para doar um tanque médio T-34 ao Exército Vermelho, solicitando ao Comitê de Defesa do Estado que tivesse permissão para dirigi-lo. 

"Meu marido foi morto em ação em defesa da pátria mãe. Quero me vingar dos cães fascistas por sua morte e pela morte do povo soviético torturado pelos bárbaros fascistas", escreveu ela na carta que enviou à Josef Stalin pedindo para trabalhar na guerra.

Ela foi autorizada pelo ditador, e nomeou sua arma de vingança de "Namorada Lutadora". A mulher se inscreveu para um programa de treinamento de tanques com duração de 5 meses. Em setembro de 1943, Mariya foi recrutada para atuar como motorista e mecânica na 26ª Brigada de Guardas de Tanques, que fazia parte do 2º Corpo de Guardas de Tanques. A maioria dos soldados a enxergavam como uma piada, porém eles mudaram de opinião ao testemunharem o ódio dela.

Em outubro de 1943, o tanque de Mariya foi o primeiro a romper as linhas inimigas, destruindo a artilharia dos alemães. E os homens ficaram impressionados e motivados pela coragem em combate da mulher, que chegou a saltar em meio ao fogo inimigo para consertar sua máquina.

(Fonte: Pinterest/Reprodução)(Fonte: Pinterest/Reprodução)

“Eu tive meu batismo de fogo. Eu venci os bastardos. Às vezes fico com tanta raiva que nem consigo respirar”, escreveu Mariya em uma carta para sua irmã.

No entanto, em 15 de janeiro de 1944, a "onda" de vingança sangrenta de Mariya teve um fim abrupto. Em meio a uma operação, o tanque foi atingido e a mulher desobedeceu à ordem de permanecer no veículo, saindo para tentar repará-lo.

Ela não teve a mesma sorte que das outras vezes que tomou a atitude impulsiva, sendo nocauteada por estilhaços de munições que a perfuraram por inteira. Durante dois longos meses, Mariya Oktyabrskaya ficou em coma profundo antes de sucumbir aos ferimentos, em 15 de fevereiro de 1944.

Ela foi postumamente nomeada Herói da União Soviética, a maior honraria que o governo poderia lhe oferecer.

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