Como a Lei Seca fez crescer a indústria de sorvetes nos EUA?

09/12/2021 às 04:002 min de leitura

Em meados de 1838, o estado de Massachusetts, nos Estados Unidos (EUA), aprovou uma lei de temperança proibindo a venda de bebidas destiladas em quantidades inferiores a 15 galões. Esse foi o 1° passo em direção à Lei Seca.

Em 1917, com a potência entrando oficialmente para a Primeira Guerra Mundial, o então presidente, Woodrow Wilson, reforçou a proibição total da venda de alcoólicos em escala nacional para economizar grãos para a produção de alimentos. No mesmo ano, o Congresso apresentou a 18ª Emenda Constitucional e proibiu em definitivo a fabricação, o transporte e a venda de bebidas alcoólicas em todo o território americano.

Quando os soldados voltaram da guerra com um apetite voraz por chocolate, que havia sido transformado em rações, os americanos buscavam maneiras alternativas ao álcool para aumentar sua energia e humor. E, da mesma forma que as barras de chocolate se transformaram em aliadas para os guerreiros, o sorvete foi um alívio para a sociedade que não podia mais beber.

O queridinho de uma nação

(Fonte: History/Reprodução)(Fonte: History/Reprodução)

Tem um motivo bem claro para o sorvete ter-se transformado na marca registrada dos EUA da década de 1950 e ainda hoje ser um dos "queridinhos" da nação. Apesar de a paixão dos americanos por doces remontar à época colonial, a mistura congelada de creme e açúcar, tão popular hoje, já foi considerada um deleite raro apreciado apenas pela elite da sociedade.

Isso porque não era muito fácil de se fazer o sorvete, tampouco produzir. Esse cenário só mudou durante os anos de 1800, quando a tecnologia melhorou e começou a empurrar a indústria de fazer sorvete, por culpa desse revivalismo religioso da década de 1830 que culpava a bebida alcoólica por descontrolar as pessoas.

(Fonte: Daily Hind News/Reprodução)(Fonte: Daily Hind News/Reprodução)

Como a proibição do Estado quase transformou "em pó" a indústria do álcool, os fabricantes foram forçados a improvisar para não perderem tudo enquanto a lei não era revogada, e muitos optaram pelo sorvete, que era um doce fácil de se fazer e consumido por todos. Afinal, apesar de os americanos terem sido restringidos do hábito de beber, eles não conseguiram perder o hábito de se reunir em um bar.

As vendas da sobremesa congelada aumentaram mais de 40% na mesma década, em contraste com os US$ 352 milhões perdidos da indústria de bebida alcoólica. Foi assim que os americanos também passaram a combinar o sorvete com o refrigerante para aumentar a saciedade, impulsionando ainda mais esse caso de amor da América com a sobremesa.

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