Ciência
22/12/2021 às 02:00•2 min de leitura
Muitas das tradições natalinas que conhecemos atualmente, como decorar a árvore, trocar presentes e esperar pelo Papai Noel, foram inventadas durante a Era Vitoriana (1837-1901). Porém, os vitorianos também celebravam essa data de muitos outros modos que caíram em desuso com o passar dos anos.
Ficou curioso para saber quais são as práticas de Natal que foram abolidas durante as mudanças de geração? Então, olha só essa lista com seis tradições natalinas vitorianas que eram meio esquisitas e deixaram de existir.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Talvez você não seja o maior fã do arroz com uva passa que a sua família prepara para as festividades de fim de ano, mas com toda a certeza isso não chega perto do que era servido nos natais vitorianos. Apesar do tradicional peru ter começado a ser servido nessa época, outros pratos inusitados também entravam no cardápio.
Sopa de tartaruga, cozido de bacalhau e mingau de grãos cozidos eram alguns dos acompanhamentos. Além disso, a galantine de peru — uma espécie de prato gelatinizado — era um dos favoritos entre os mais ricos.
(Fonte: Shutterstock)
O espírito natalino também não parecia estar muito presente naquela época. De acordo com relatos, uma das brincadeiras favoritas entre as crianças no Natal era voltar para casa após um longo semestre de estudos e ficar arremessando ervilhas com um estilingue em qualquer pedestre inocente que passasse pela frente de suas casas.
Nada como receber uma paulada de ervilha congelada na cabeça em uma fria noite natalina, não é mesmo?
(Fonte: Shutterstock)
O wassail, um drinque alcóolico feito de cidra de maçã, era uma bebida bastante popular na Era Vitoriana, especialmente no Natal. Então, principalmente em áreas de cultivo de maçã, era um costume natalino derramar um pouco de wassail na raiz das macieiras e reverenciá-las a fim de se preparar para um bom ano de plantação.
Além disso, de vez em quando, algum fazendeiro atirava nos galhos das árvores para "espantar os maus espíritos".
(Fonte: Shutterstock)
No dia do Natal, era uma tradição entre os jovens de uma determinada vila matarem carriças — pequenos passarinhos — com um graveto, montarem em uma vassoura e passarem de porta em porta com o animal morto pedindo por dinheiro ou comida.
Acreditava-se na época que isso poderia trazer prosperidade e fertilidade para as pessoas, principalmente na Irlanda.
(Fonte: Reprodução)
Foi durante a Era Vitoriana que algumas culturas passaram a enviar cartões de Natal para suas famílias e amigos, apesar de nem sempre esse tipo de arte ser manifestado da maneira mais comum possível. Pássaros mortos, palhaços assustadores e cães com armas de fogo eram apenas algumas das imagens estranhas que aparecem nos cartões dessa época.
Embora a prática pareça completamente esquisita e malvista nos dias atuais, não causava muito impacto durante aquele período. Nada mais símbólico para o Natal do que isso, não é mesmo?
(Fonte: Wikimedia Commons)
Com todos os itens da lista, podemos notar que o Natal era consideravelmente diferente naquela época. Porém, o que mais de estranho poderia acontecer? Somente crianças fazendo brincadeiras potencialmente perigosas. Portanto, era normal que a maioria dos jovens brincassem de cabra-cega durante as festividades.
O jogo determinava que uma pessoa vendada devesse perseguir os demais participantes sem conseguir enxergar nada, apenas tentando decifrar a movimentação dos outros ao seu redor. Então, não era nada surpreendente que alguém batesse a cabeça na parede, desse um topão em alguma quina ou tivesse uma queda bruta enquanto tentava perseguir os participantes.