Estilo de vida
22/01/2022 às 06:00•2 min de leitura
A história costuma ser contada através de algumas figuras impactantes que marcaram suas épocas, o que inclui homens e mulheres. Entretanto, elas parecem receber muito menos atenção do que eles, sobretudo quando paramos para analisar quais são os nomes mais ensinados nas escolas ao redor do Brasil.
Pensando nisso, nós fizemos uma lista com cinco mulheres brasileiras que merecem ganhar maior reconhecimento e figurar nos livros de educação infantil pelo País. Conheça um pouco mais sobre elas e aprenda sobre seus feitos ao longo das décadas.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Considerada uma das ativistas mais influentes do século XX, Maria Rita de Sousa Brito Lopes (1914-1992), a Irmã Dulce, dedicou sua vida inteira a ajudar as pessoas carentes. Aos 13 anos ela já havia transformado a casa de seus pais em Salvador em um centro de atendimento para os mais necessitados, pobres e doentes.
Foi isso que lhe gerou o apelido "o anjo bom da Bahia", além do fato de que tinha o hábito de ajudar diversas instituições filantrópicas. Sua vontade de ajudar os outros fez com que fosse indicada ao Prêmio Nobel da Paz em 1988 e beatificada em 2011, tornando-se um dos grandes nomes da Igreja Católica no Brasil.
(Fonte: Wikimedia Commons)
O nome Zilda Arns (1934-2010) para sempre estará atrelado à fundação da Pastoral da Criança. Zilda era uma médica pediatra e sanitarista brasileira e morreu em um terremoto no Haiti em 2010, enquanto trabalhava em uma missão da Pastoral.
Irmã de Dom Paulo Evaristo Arns — cardeal e escritor brasileiro —, ela dedicou sua vida à saúde pública com enfoque no combate à mortalidade infantil, desnutrição e violência contra crianças. Além disso, foi destaque por ter criado uma metodologia própria para tratamentos preventivos em jovens.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Um dos nomes brasileiros mais conhecidos fora do país, Anita Garibaldi (1821-1849) foi uma das mulheres mais influentes da história do Brasil ao lado de seu marido, Giuseppe Garibaldi. Com ele, foi chamada de "Heroína dos Dois Mundos" pela participação em diversas batalhas, tanto no Brasil como na Itália.
Influenciada pelos ideais de Giuseppe, ela aprendeu a usar armas e espadas. Foi assim que obteve destreza para participar de conflitos como a Revolução Farroupilha e Revolta dos Curitibanos, consagrando-se um forte nome na política do País.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Tarsila do Amaral (1886-1973) não só criou obras emblemáticas, como o Abaporu, mas se posicionou como um dos nomes mais relevantes do modernismo brasileiro. Seu talento nato, aliado a sua formação em Artes Plásticas, fez dela uma das principais artistas em toda a história do Brasil. O que não significa que seu caminho foi fácil.
Teve de ouvir de seu primeiro marido o desejo de se separar por não concordar com sua dedicação à arte e por não focar nas tarefas domésticas. Por sorte a nossa, ela não deu ouvidos e continuou realizando o que sabia fazer de melhor: pintar.
(Fonte: Internet/Reprodução)
Se hoje temos o Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp) e alguns outros prédios emblemáticos, isso é resultado do trabalho de Lina Bo Bardi (1914-1992). Nascida na Itália e naturalizada brasileira, Lina veio para o Brasil em 1942 para se afastar da instabilidade política na Europa.
Aqui ela conseguiu abrir espaço para as mulheres na cena da arquitetura. Dedicada aos estudos sobre a cultura brasileira, ela tinha forte engajamento político e acreditava que a arquitetura era uma ferramenta para melhorar a vida da sociedade e dos mais pobres. Mesmo com toda sua contribuição para o cenário, enfrentou muito preconceito por ser mulher e estrangeira, jamais ganhando o reconhecimento que merecia.