Harriet Tubman: a abolicionista negra que fugiu da escravidão

24/02/2022 às 10:302 min de leitura

Embora tenha nascido escravizada, Harriet Tubman conquistou sua liberdade ao fugir de sua terra natal, Maryland (EUA). Sem certidão de nascimento que comprove quando nasceu, historiadores estimam que ela tenha vindo ao mundo entre 1820 e 1822. A partir desse momento, tornou-se uma figura emblemática na história da escravidão norte-americana.

Ao longo de sua jornada, Tubman dedicou sua vida ao combate da escravidão e ajudou dezenas de escravizados a fugirem do sul dos Estados Unidos por meio de rotas de fuga. Nesse meio tempo, também adquiriu papel importante na Guerra Civil Norte-Americana. Curioso para saber mais sobre a história da pessoa que pode se tornar a nova face da nota de US$ 20? Então, acompanhe os próximos parágrafos!

Primeiros anos

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

Embora tenha ficado conhecida pelo nome Harriet Tubman, seu nome original era Araminta Ross, mas também chamada pelo apelido "Minty". Seus pais eram Harriet Green e Benjamin Ross. Desde que Minty se entendia por gente, sua mãe já era escrava da família Brodess. Portanto, ela já havia nascido escravizada e sua juventude foi marcada por traumas.

Sua primeira experiência com a escravidão aconteceu quando foi encarregada de cuidar do filho dos vizinhos dos Brodess. Obrigada a colocar a criança para ninar durante a noite toda, Tubman recebia chicotadas se o bebê acordasse chorando. Porém, sua vida mudou completamente durante um acidente.

Ao tentar ajudar um escravo em fuga quando estava a caminho de um armazém, o capataz que estava perseguindo o rapaz lançou um peso de ferro em sua direção. Esse peso acertou a cabeça de Harriet em cheio, fazendo com que ela ficasse com uma cicatriz e desacordada por alguns dias. Por conta disso, desenvolveu narcolepsia. 

Vida adulta

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

Após algum tempo, os Brodess pediram para Harriet trabalhar na coleta de lenha na mata, onde desenvolveu novas amizades. Nesse cargo, conheceu o afro-americano livre John Tubman. Eles tiveram um romance e se casaram entre 1844 e 1845. Nessa época, ela também contratou um advogado que descobriu que sua mãe, Harriet Green, deveria ter sido libertada aos 45 anos de idade.

Foi assim que ela percebeu que seria necessário fugir, e acredita-se que foi nessa época que mudou o nome para Harriet Tubman. Inicialmente, ela convenceu dois de seus irmãos a fugirem também, mas seu marido, John Tubman, recusou-se e ameaçou denunciá-la. Posteriormente, em uma segunda tentativa, acabou conseguindo fugir sozinha.

Liberdade

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

Harriet conseguiu fugir através da Underground Railroad, uma rede secreta que fornecia ajuda às pessoas que fugiam da escravidão. Assim, os escravos eram levados para lugares nos EUA ou no Canadá onde a escravidão era proibida. Foi dessa forma que ela acabou se estabilizando na Filadélfia.

Um ano depois, passou a se envolver com a Underground Railroad e participou do resgate de dezenas de outros escravos. Alguns historiadores falam que ela teria salvado a vida de 70 pessoas, enquanto outras fontes falam em números além dos 300 com a ajuda de seu marido Tubman.

Na década de 1850, conseguiu resgatar a sua família e se mudou com eles para Auburn, em Nova York. Ao reencontrar John Tubman anos depois, descobriu que ele já estava em outro relacionamento e cada um seguiu sua trajetória. A fama de Tubman era tão grande naquela época que passou a ser reconhecido como Moisés Negro.

Trajetória final

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

Após toda a atuação liberando escravos, Harriet ainda teve papel importante na Guerra Civil Americana, entre 1861 e 1865. Durante o conflito, atuou como enfermeira e criou uma rede de espionagem que obtinha informações exclusivas dos sulistas. Em 1863, coordenou um ataque que destruiu linhas de suprimentos dos adversários e resgatou 750 escravos.

Depois da guerra, engajou-se politicamente na luta feminista que reivindicava o direito de voto para as mulheres e passou seus últimos anos em um lar de idosos que ela mesmo havia ajudado a fundar. Harriet Tubman faleceu em 1913, vítima de tuberculose, e seu enterro teve diversas honrarias militares. Com isso, morria mais uma figura simbólica na luta contra a opressão.

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