Ciência
23/03/2022 às 10:57•3 min de leitura
Quem já se divertiu ao menos um pouco com videogames provavelmente já viu um bigodudo de vestes vermelhas em algum momento. Mario se tornou uma figura bastante popular nas últimas décadas, e é exatamente sobre a história de sua origem e primeiro jogo que trataremos nessa matéria especial.
Muito antes de dar vários pulos por aí e salvar a princesa Peach em quase todas as suas aventuras, Mario tinha um papel diferente no primeiro título em que deu as caras. No clássico Donkey Kong, de 1980, ele era namorado de Pauline e precisava resgatar a donzela das mãos do vilão usando outro codinome: Jumpman.
Após alguns saltos aqui e ali, ele acabou ganhando a profissão de encanador (inicialmente, a ideia era que ele fosse um carpinteiro) por passar por dentro de canos em todos os jogos que o colocavam no posto de protagonista. Com o avanço do tempo, sua turma foi ganhando mais forma com a chegada de seu irmão Luigi, Yoshi, Toad, Daisy e muitas outras figuras conhecidas pelos jogadores.
Já sobre o seu nome, diz a história que muitas pessoas dentro da Nintendo, ainda na época de Donkey Kong, começaram a ver uma semelhança entre o personagem e Mario Segali, o dono do imóvel em que a companhia instalou seu escritório nos Estados Unidos — incluindo aqui o clássico bigode, que virou uma das marcas registradas do mascote da Nintendo. Dessa forma, a homenagem e o batizado de nome foi feito pouco tempo depois.
Como já mencionamos antes, o primeiro jogo em que Mario apareceu foi Donkey Kong, mas a estreia de uma série própria foi com Super Mario Bros., lançado para NES em 1985. O título em questão foi criado por Shigeru Miyamoto, que na época era apenas um artista da Nintendo e já tinha seu nome nos créditos do título do gorilão.
Um dado curioso é que o bigodudo quase não teria ganhado vida, pois seu criador tinha planejado colocar o marinheiro Popeye, Olivia e Brutus como protagonistas no lugar de Jumpman, Pauline e o gorilão em Donkey Kong — mudanças que ocorreram quando o game já estava em andamento por conta de direitos autorais.
Não demorou muito para que a Nintendo percebesse a mina de ouro que tinha em suas mãos. Para se ter uma ideia, a estratégia da empresa de adicionar o game 8 bits em um pacote com o NES ajudou a ampliar as vendas do console e também do jogo. Segundo a própria Nintendo, foram mais de 60 milhões de videogames vendidos, com milhões destas unidades carregando Super Mario Bros. em seu kit.
O tempo foi passando e, com isso, muitos consoles que foram lançados posteriormente também traziam um game protagonizado pelo encanador em suas caixas. Além de Super Mario Bros. 3 com NES, também tivemos Super Mario World com Super Nintendo e Super Mario 64 no saudoso Nintendo 64 para garantir a diversão inicial dos donos dos consoles.
Hoje em dia dificilmente alguém dúvida da fama de Mario, algo que já era notável ainda na década de 1990. Neste período, por exemplo, rolou uma pesquisa de popularidade nos Estados Unidos e, na época, muitas crianças reconheceram mais o rosto do encanador do que o próprio Mickey Mouse.
(Fonte: Nintendo/Reprodução)
Agora, ele literalmente é um personagem multimídia. Além dos games, também já deu as caras em um filme em live action na década de 1990 (de qualidade duvidosa, é verdade), está prestes a estrear uma animação que está em desenvolvimento pela Illumination e tem seu rosto estampado em produtos variados que se tornam sucesso em pouco tempo — sejam eles jogos ou qualquer outra coisa.
Entre as empreitadas mais recentes da Nintendo envolvendo o personagem também está um parque temático inaugurado no Japão no ano passado. Neste local, os visitantes podem se divertir em várias atrações que remontam trechos do Reino dos Cogumelos ou até mesmo jogos clássicos do mascote da empresa japonesa, como Super Mario Kart. Ou seja, mais uma prova de que qualquer ideia envolvendo o encanador tem grandes chances de fazer sucesso.