Ciência
18/05/2023 às 10:00•2 min de leitura
Houve um período na história em que muitas mulheres foram vítimas de injustiça por serem consideradas bruxas. Essa foi uma realidade bastante comum na Europa, e sempre despertou curiosidade nas pessoas por conta das várias sentenças injustas aplicadas à época.
Para tentar manter essa história viva, pesquisadores da Universidade de Edimburgo, na Escócia, criaram um mapa interativo que permite observar todos os casos de bruxaria de que se tem notícias no país, dando a chance inclusive de observar vários detalhes em cada um deles.
Vale lembrar que muitos casos de perseguição às bruxas começaram no século XV, e ao menos no caso do site em questão os mais de três mil relatos variam entre os séculos XVI e XVIII. Em muitos deles é possível ver apenas o nome e o antigo local em que as supostas bruxas viviam, mas outros trazem mais detalhes sobre os casos envolvendo cada uma delas.
Um dado curioso é que nem todos esses casos estão associados a mulheres. Em algumas situações, o site mostra que homens também foram perseguidos com a acusação de possuírem poderes místicos (15% das ocorrências), mas o maior grupo presente nesse relatório é composto por mulheres.
Mapa permite visualizar como aconteceu a caça às bruxas na Escócia e a sentença aplicada em muitos dos casos. (Fonte: Atlas Obscura/Reprodução)
Aliás, o mapa também desmistifica aquela clássica história de que bruxas são velhas pobres que vivem em cabanas nas florestas. O levantamento feito pelos pesquisadores mostra que metade das pessoas que compõem o mapa estava abaixo dos 40 anos, e nem sempre eram viúvas ou pobres - muitas delas, aliás, eram da classe média ou da nobreza da Escócia.
O site também mostra como as autoridades lidavam com aqueles que eram acusados de bruxaria. Uma das práticas mais comum era privar essas pessoas de dormir, o que acabava fazendo com que ficassem alucinadas e, dessa forma, dissessem algo que servisse para formular uma sentença.
Torturas não eram muito comum nesse período, mas de todos os casos é sabido que pelo menos 205 pessoas foram executadas de alguma forma, 27 foram banidas, 11 acabaram declaradas como fugitivas, uma foi presa e outra sofreu humilhação pública.
Caso esteja curioso para visitar o site e visualizar todas as informações (vale mencionar que elas foram coletadas entre 2018 e 2019 com a ajuda de geólogos e historiadores), é só clicar aqui.