Imagem de Franca Viola: a italiana que recusou a se casar com seu estuprador no megacurioso

Em 1960, havia uma lei na Itália que 'obrigava' as mulheres a se casarem com seus agressores para recuperar sua honra

&ldquo;A viol&ecirc;ncia contra as mulheres &eacute; end&ecirc;mica em todos os pa&iacute;ses e culturas&rdquo;. Assim definiu o diretor-geral da Organiza&ccedil;&atilde;o Mundial da Sa&uacute;de (OMS), Tedros Adhanom Ghebryesus, sobre um problema que se arrasta h&aacute; s&eacute;culos. De acordo com dados da OMS, uma em cada tr&ecirc;s mulheres, aproximadamente 736 milh&otilde;es delas, &eacute; submetida a viol&ecirc;ncia f&iacute;sica ou sexual por um parceiro &iacute;ntimo, ou a abuso sexual por um n&atilde;o parceiro, sendo que esse n&uacute;mero permaneceu praticamente inalterado na &uacute;ltima d&eacute;cada.
Estendendo a an&aacute;lise, uma em cada quatro mulheres entre 14 a 24 anos que estiveram em um relacionamento j&aacute; experimentaram algum tipo de viol&ecirc;ncia pelo seu parceiro. Ainda, 6% das mulheres em todo o mundo relatam ter sido abusadas sexualmente por algu&eacute;m que n&atilde;o seja seu marido ou parceiro. No entanto, devido &agrave;s taxas altas e subnotifica&ccedil;&atilde;o dos casos, &eacute; prov&aacute;vel que o n&uacute;mero real seja significativamente maior.
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/03/03153020316253.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: GettyImages/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
S&oacute; nos Estados Unidos, em m&eacute;dia 463.634 jovens de 12 anos ou mais s&atilde;o alvo de estupro e agress&atilde;o sexual a cada ano, como informa a RAINN (Rape, Abuse and Incest National Network,&nbsp;ou "rede nacional sobre estupro, abuso e incesto" em tradu&ccedil;&atilde;o livre), a maior organiza&ccedil;&atilde;o antiviol&ecirc;ncia sexual dos EUA.
Tedros defende que &eacute; necess&aacute;rio existir esfor&ccedil;os profundos e sustentados por parte dos governos, comunidades e indiv&iacute;duos para mudar atitudes prejudiciais, melhorar o acesso a oportunidades e servi&ccedil;os para mulheres e meninas, e promover relacionamentos saud&aacute;veis e mutuamente respeitosos.&nbsp;
Durante as &uacute;ltimas tr&ecirc;s d&eacute;cadas, as mulheres se tornaram mais propensas a denunciar estupros e tentativas de estupro &agrave; pol&iacute;cia. Em 1960, Franca Viola se tornou a primeira mulher italiana a se recusar a se casar com seu estuprador.
<h2>O sequestro de Viola</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/03/03153406992257.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: GettyImages/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O princ&iacute;pio social de &ldquo;salvar a honra de uma mulher&rdquo; est&aacute; recheado de machismo estrutural na pr&oacute;pria constru&ccedil;&atilde;o da palavra &mdash; e ainda mais em sua aplica&ccedil;&atilde;o. Na It&aacute;lia da d&eacute;cada de 1960, essa ideia era muito forte devido &agrave; influ&ecirc;ncia da Democracia Crist&atilde;, um partido pol&iacute;tico de orienta&ccedil;&atilde;o democrata-crist&atilde; cujo alinhamento pol&iacute;tico-ideol&oacute;gico coincidia com os valores conservadores de centro-direita, que dominava todos os aspectos da sociedade e pol&iacute;tica no p&oacute;s-guerra italiano.
O governo crist&atilde;o tinha influ&ecirc;ncia direta da Igreja Cat&oacute;lica, que promovia ideias tradicionais n&atilde;o s&oacute; de como deveria ser uma fam&iacute;lia &ldquo;ideal&rdquo; italiana, como tamb&eacute;m na maneira como a mulher deveria se mover na estrutura social.&nbsp;
Al&eacute;m de terem seu papel resumido a serem apenas donas de casa e m&atilde;es, tamb&eacute;m tiveram o direito de ir e vir limitado por leis e pol&iacute;ticas, como a Lei Basaglia, de 1978. Para se divorciar, os c&ocirc;njuges precisavam aprovar a culpa um do outro, como adult&eacute;rio, abandono ou comportamento inadequado. As mulheres, como &eacute; de se esperar, foram as mais afetadas pela dificuldade de provar a culpa do parceiro porque eram colocadas em situa&ccedil;&otilde;es desvantajosas, uma vez que as exig&ecirc;ncias para provar a culpa muitas vezes favoreciam apenas aos homens.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Forum Outerspace&nbsp;" data-fonte-url="https://forum.outerspace.com.br/index.php?threads/hist%C3%B3ria-a-italiana-que-destruiu-s%C3%A9culos-de-uma-terr%C3%ADvel-tradi%C3%A7%C3%A3o.572448/"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/03/03153159776254.jpg" alt="Franca Viola. (Fonte: Forum Outerspace/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Franca Viola. (Fonte: Forum Outerspace/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Nascida em 9 de janeiro de 1948, em Alcamo, na Sic&iacute;lia, em uma fam&iacute;lia de agricultores, Franca Viola cresceu sob essa e as demais restri&ccedil;&otilde;es &agrave; vida digna de uma mulher na It&aacute;lia. Por volta dos 15 anos, em 1963, ela chegou a namorar por seis meses Fillipo Melodia, na &eacute;poca com 23 anos, um aspirante a criminoso ligado &agrave; m&aacute;fia italiana, antes de p&ocirc;r um fim na rela&ccedil;&atilde;o.
S&oacute; que Melodia nunca aceitou o t&eacute;rmino mesmo ficando afastado de Viola durante o per&iacute;odo de um ano que ela passou na Alemanha. Ele esperou a volta da jovem para tentar uma reconcilia&ccedil;&atilde;o, mas foi rejeitado. Com isso, Melodia recorreu a uma alternativa violenta, tendo em mente que a lei italiana o resguardaria.&nbsp;
Em 26 de dezembro de 1965, ele esperou at&eacute; que o pai de Viola sa&iacute;sse de casa para sequestr&aacute;-la com a ajuda de 15 amigos. Por mais de uma semana, o homem a manteve prisioneira em uma fazenda remota, onde a estuprou repetidamente.
O plano de Melodia era fazer de Viola uma mulher "desonrada", pois perdera a virgindade antes do casamento, sendo obrigada por lei a se casar para "recuperar" a virtude. Mas a jovem disse que n&atilde;o tinha inten&ccedil;&atilde;o de realizar o desejo de Melodia e que, al&eacute;m disso, o processaria por viol&ecirc;ncia carnal, intimida&ccedil;&atilde;o e sequestro.
<h2>Sob os holofotes</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/03/03153513266258.jpg" alt="(Fonte: Rejected Princesses/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Rejected Princesses/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Segundo a lei, o crime seria desculpado se o casal se casasse em um "casamento reparador", em que o homem era perdoado por sua viol&ecirc;ncia e a honra da mulher era restaurada. E isso n&atilde;o era apenas uma tradi&ccedil;&atilde;o informal, mas uma exce&ccedil;&atilde;o expl&iacute;cita no c&oacute;digo penal italiano. O artigo 544 equiparava o estupro a um crime contra a moralidade p&uacute;blica e n&atilde;o a um delito pessoal.
Assim que liberada pelo ex-namorado, Viola levou o seu caso ao tribunal e processou Melodia por todos os crimes mencionados, atraindo aten&ccedil;&atilde;o internacional. A publica&ccedil;&atilde;o The New York Times&nbsp;escreveu uma mat&eacute;ria paternalista sob a manchete: &ldquo;Nenhum admirador tira vantagem de Franca&rdquo;, enquanto multid&otilde;es especulavam ao redor de debates sobre a conduta da jovem e o julgamento.
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/03/03153755053264.jpg" alt="(Fonte: Mashable/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Mashable/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A narrativa p&uacute;blica afetou os pensamentos e objetivos de Viola sobre o assunto, enquanto era descrita como "gentil, magra e bonita" pelas reportagens nos jornais. N&atilde;o h&aacute; d&uacute;vida que a repercuss&atilde;o do caso tenha contribu&iacute;do para a condena&ccedil;&atilde;o de Melodia, que recebeu uma senten&ccedil;a de 11 anos de pris&atilde;o.
Apesar disso, o artigo da lei segundo o qual um estuprador poderia extinguir seu crime se casando com a v&iacute;tima s&oacute; foi abolido em 1981, sendo que a viol&ecirc;ncia sexual se tornou crime contra a pessoa (e n&atilde;o contra a moralidade p&uacute;blica) apenas em 1996, ap&oacute;s o fim da Democracia Crist&atilde;. Em 1976, Melodia foi solto e banido da Sic&iacute;lia por seu relacionamento com a m&aacute;fia. Dois anos depois, ele foi encontrado morto a tiros em Modena, tamb&eacute;m na It&aacute;lia.
<h2>Seguindo em frente</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/03/03153653920263.jpg" alt="(Fonte: Il Riformista/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Il Riformista/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Em dezembro de 1968, aos 21 anos, Franca Viola finalmente se casou com Giuseppe Ruisi, um interesse rom&acirc;ntico desde sua inf&acirc;ncia. Mesmo ap&oacute;s tr&ecirc;s anos do encerramento de um dos casos que movimentou a pol&iacute;tica e sociedade italiana, Ruisi precisou solicitar uma licen&ccedil;a para o porte de arma de fogo para proteger sua fam&iacute;lia das amea&ccedil;as que recebiam.
Apesar de o ent&atilde;o presidente da It&aacute;lia, Giuseppe Saragat, e o papa Paulo VI terem expressado publicamente solidariedade pela coragem de Viola e aben&ccedil;oado a uni&atilde;o do casal, ainda assim se tratava de uma sociedade forjada em um forte conservadorismo. A jovem serviu de s&iacute;mbolo apenas a uma pequena parcela que tentava combater o patriarcado e garantir mais direitos &agrave;s mulheres naquela &eacute;poca.
Viola nunca fez parte do ativismo e foi isso que a cineasta Marta Savina ressaltou no curta-metragem que fez sobre a hist&oacute;ria da mulher, atualmente com 75 anos. Ela quis mostrar como Franca Viola continuou sendo um modelo para a causa da qual fez parte, mas n&atilde;o advogou, e tamb&eacute;m como aliados masculinos a ajudaram a responsabilizar outros homens por ass&eacute;dio e viol&ecirc;ncia de g&ecirc;nero durante o processo.

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Franca Viola: a italiana que recusou a se casar com seu estuprador

Imagem de São Paulo vai sediar corrida maluca inspirada no universo geek e você pode se inscrever no megacurioso

A competição Red Bull Ladeira Abaixo está retornando a São Paulo com uma inédita homenagem à cultura geek

<head></head><body>São Paulo sediará em junho uma das competições automobilísticas mais piradas e criativas do mundo: <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/123182-ladeira-abaixo-como-foi-a-corrida-maluca-da-red-bull-no-interior-de-sp.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o Red Bull Ladeira Abaixo</a>. Ausente desde 2019 da capital paulista, a corrida retorna com uma novidade histórica. É a primeira vez que a prova será disputada como uma celebração à cultura geek.Para delírio da galera nerd, isso significa curtir um grid de largada composto por personagens de filmes, séries, animes e games. Todos vestidos a caráter e pilotando seus próprios carrinhos sem motor, descendo morro abaixo propelidos pela energia limpa da gravidade.&nbsp;De acordo com o site do evento, será "um show de velocidade (quase sempre), habilidade (quase nunca) e diversão (sim!)". Desde sua criação em 2000, o Red Bull Ladeira abaixo já realizou mais de 150 etapas em todo o mundo, mas essa é a primeira vez que o formato temático festeja a cultura geek.<h2>Quem irá participar do Red Bull Ladeira Abaixo 2024 em São Paulo?</h2><iframe class="instagram-media instagram-media-rendered" id="instagram-embed-0" src="https://www.instagram.com/reel/C10RtDCvrct/embed/captioned/?cr=1&amp;v=14&amp;wp=540&amp;rd=https%3A%2F%2Fplataforma.nexperts.co&amp;rp=%2Fprojetos%2Fgerenciar%2Fpublisher%2Fedit%2F66YQZ%2Fk5K1a#%7B%22ci%22%3A0%2C%22os%22%3A25440.600000023842%2C%22ls%22%3A24938.200000047684%2C%22le%22%3A25437.400000035763%7D" allowtransparency="true" allowfullscreen="true" frameborder="0" height="1239" data-instgrm-payload-id="instagram-media-payload-0" scrolling="no" style="background: white; max-width: 540px; width: calc(100% - 2px); border-radius: 3px; border: 1px solid rgb(219, 219, 219); box-shadow: none; display: block; margin: 0px 0px 12px; min-width: 326px; padding: 0px;"></iframe><script async="" src="http://www.instagram.com/embed.js"></script>Um dos maiores destaques do Red Bull Ladeira Abaixo 2024, Gaules, hoje o maior streamer do Brasil (e um dos principais do mundo), estará na competição, e aposta: "Este é um dos eventos mais esperados do ano, porque une o esporte à diversão. E essa próxima edição geek vai ser muito legal, <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/127542-alem-das-lives-npc-quanto-da-para-faturar-com-cosplay.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pois conectará o universo dos cosplays</a>, dos carrinhos e a emoção do pessoal descendo a ladeira".Além do líder da TRIBO, uma das comunidades mais marcantes em eventos de eSports no Brasil, outra lenda das competições de jogos eletrônicos — a FURIA — estará na edição especial do Ladeira Abaixo com seus players e streamers.&nbsp;Mais duas feras que irão prestigiar a competição são:&nbsp;Flakes Power, conhecido por suas transmissões de Fortnite, e o streamer Mount, que tem cerca de um milhão de inscritos na Twitch. "Essa pegada geek é muito interessante por conta daquele estigma de que os gamers não saem de casa", provoca o Mountzera.&nbsp;<h2>Como participar do Red Bull Ladeira Abaixo 2024?</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Maxim Malov/Red Bull Content Pool&nbsp;" data-fonte-url="https://ci3.googleusercontent.com/meips/ADKq_NaKDVV2el2Npem0YfBmvt7YA1XWmnQFOEXL7bn5bWG6T5H8iWIKo2a18fG9Bo1nPhOtdwSkqcp_BQIhkrvNSVKKL1OO6beLkN4n91I_pRmT5I6rcLGROuQWyWLsP8IvCTmQExAWQE0wnj26EtCed-ZfLD-yAS3DStCI4plm09xYPEzN_ePlO_PAALXPJ2EDW2xBsA3-8KJa=s0-d-e1-ft#https://cseprs3.s3.amazonaws.com/email-editor-files/e1f319e2-98d4-4d77-3a2f-08d9cfa433a8/9855767c-2539-4e35-95ea-7a5becc9b42e.jpg"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/15/15174254228290.jpg" alt="(Fonte: Maxim Malov/Red Bull Content Pool)">(Fonte: Maxim Malov/Red Bull Content Pool)As inscrições para o Red Bull Ladeira Abaixo 2024, <a href="https://www.redbull.com/br-pt/events/red-bull-ladeira-abaixo-2024/application" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estão disponíveis no site da competição</a>, até as 23h59 do dia 08 de março de 2024. Os candidatos devem incluir uma ilustração do projeto (em software de edição gráfico ou mesmo com lápis e papel), <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127636-relembre-6-brincadeiras-antigas-que-ficaram-no-passado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a descrição do tema do carrinho</a> e os nomes e dados dos integrantes da equipe, que deverão ser no máximo cinco.&nbsp;No dia 15 de março, serão divulgados os 40 projetos mais criativos. A partir daí, as equipes selecionadas terão cerca de três meses para construir e entregar o projeto final. Como os carrinhos não podem ser motorizados, as despesas com o seu transporte até o local da competição, independentemente da cidade de origem, serão por conta dos competidores.Embora a data da realização do evento esteja fixada como 16 de junho de 2024, o horário e o local ainda serão anunciados em breve, diz o site.&nbsp;</body>

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São Paulo vai sediar corrida maluca inspirada no universo geek e você pode se inscrever

Imagem de Gigante de Cerne Abbas: especialistas dizem que desenho medieval é um retrato de Hércules no megacurioso

O chamado 'Gigante de Cerne Abbas' seria uma representação do famoso herói grego

Um enorme desenho de quase 55 metros no vilarejo ingl&ecirc;s de Cerne Abbas ganhou aten&ccedil;&atilde;o nesse in&iacute;cio de ano. Os pesquisadores Thomas Morcom e Helen Gittos explicaram, em um artigo publicado na revista Speculum no in&iacute;cio de janeiro, que a enorme figura pode representar o her&oacute;i <a href="https://www.google.com/url?client=internal-element-cse&amp;cx=004238318321071068280:rcwgwv4dsro&amp;q=https://www.megacurioso.com.br/educacao/122885-4-mitos-gregos-que-os-filmes-de-hollywood-te-ensinaram-errado.htm&amp;sa=U&amp;ved=2ahUKEwidu4e2lsaDAxUwqZUCHR3BCZoQFnoECAEQAg&amp;usg=AOvVaw1Ar2cUSB1FwtKp-tHUAuXC" rel="noopener noreferrer" target="_blank">H&eacute;rcules</a>.
"A clava &eacute; a pista", dizem os cientistas no artigo. O chamado "gigante de Cerne Abbas" carrega uma ma&ccedil;&atilde;&nbsp;em sua m&atilde;o direita, algo sempre presente nas representa&ccedil;&otilde;es do semideus grego. &nbsp;"Al&eacute;m de sua clava, ele era mais frequentemente associado ao seu manto de pele de le&atilde;o, e &eacute; prov&aacute;vel que um deles estivesse originalmente pendurado no bra&ccedil;o esquerdo do gigante", comentam.
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/05/05084410937017.jpg" alt="O gigante de Cerne Abbas, em Dorset, na Inglaterra. (Fonte: Matt Cardy/Getty Images)" />O gigante de Cerne Abbas, em Dorset, na Inglaterra. (Fonte: Matt Cardy/Getty Images)
O artigo ainda compara a postura frontal da figura em Dorset com uma escultura do s&eacute;culo III, em que H&eacute;rcules segura a <a href="https://www.google.com/url?client=internal-element-cse&amp;cx=004238318321071068280:rcwgwv4dsro&amp;q=https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127692-tumba-de-cerbero-de-2-mil-anos-e-encontrada-incrivelmente-preservada-por-arqueologos.htm&amp;sa=U&amp;ved=2ahUKEwidu4e2lsaDAxUwqZUCHR3BCZoQFnoECAIQAg&amp;usg=AOvVaw2Q134ogL_lIGJU5IrwGDOr" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Hidra</a>. Os pesquisadores tamb&eacute;m analisam extensamente&nbsp;a postura e o posicionamento da clava na m&atilde;o direita, que aparece em diversas outras representa&ccedil;&otilde;es do her&oacute;i grego.
<h2>Inconsist&ecirc;ncias n&atilde;o descartam hip&oacute;tese</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/10/10130858521172.jpg" alt="Representa&ccedil;&otilde;es de H&eacute;rcules foram usadas em artigo para compara&ccedil;&atilde;o com a figura de Cerne Abbas. (Fonte: Wikimedia Commons)" />Representa&ccedil;&otilde;es de H&eacute;rcules foram usadas em artigo para compara&ccedil;&atilde;o com a figura de Cerne Abbas. (Fonte: Wikimedia Commons)
Apesar das semelhan&ccedil;as, o desenho de seu p&ecirc;nis ereto &eacute; incomum, dizem os cientistas. Ainda assim, existem exemplos de imagens desse teor encontradas no Reino Unido. "H&eacute;rcules sempre foi complexo. Ele era um modelo de virilidade, coragem e for&ccedil;a f&iacute;sica e mental", explicam.
Morcom e Gittos dizem parecer "claro" que o Gigante de Cerne &eacute; uma imagem de H&eacute;rcules, "carregando sua emblem&aacute;tica clava acima da cabe&ccedil;a, com a m&atilde;o esquerda estendida, provavelmente j&aacute; tendo o manto [de le&atilde;o] estendido sobre ela, seguindo as tradi&ccedil;&otilde;es iconogr&aacute;ficas locais".
<h2>Novas evid&ecirc;ncias sobre data do desenho</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/10/10130509838168.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Morcom e Gittos disseram ter sido motivados a entender melhor a cria&ccedil;&atilde;o ap&oacute;s surgirem novas evid&ecirc;ncias da &eacute;poca&nbsp;em que o desenho foi feito. Segundo informa&ccedil;&otilde;es divulgadas em 2021 pelo National Trust &mdash; o Fundo Nacional para Locais de Interesse Hist&oacute;rico ou Beleza Natural para a Inglaterra, Pa&iacute;s de Gales e Irlanda do Norte &mdash;, o contorno teria sido feito no in&iacute;cio da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/128202-idade-das-trevas-afinal-a-idade-media-foi-realmente-tao-sombria.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Idade M&eacute;dia</a>.
Martin Papworth, arqueologista s&ecirc;nior do National Trust, liderou a pesquisa iniciada em 2020 para datar o per&iacute;odo do desenho. Ele utilizou a t&eacute;cnica da&nbsp;luminesc&ecirc;ncia opticamente estimulada (LOE ou OSL, na sigla em ingl&ecirc;s), aplicada para medir doses de radia&ccedil;&atilde;o ionizante. A prepara&ccedil;&atilde;o para o experimento exige a remo&ccedil;&atilde;o de camadas superficiais que tenham sido previamente expostas &agrave; luz.

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Gigante de Cerne Abbas: especialistas dizem que desenho medieval é um retrato de Hércules

Imagem de Árvore acorrentada no Paquistão está cumprindo pena desde 1898 no megacurioso

A frondosa árvore Banyan foi acorrentada ao solo com várias algemas depois que um oficial bêbado do exército britânico se sentiu ameaçado por ela

<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/108290-conheca-a-surpreendente-historia-da-arvore-mais-ampla-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Uma &aacute;rvore Banyan, nome dado no Paquist&atilde;o para a figueira-da-&Iacute;ndia</a> (Opuntia ficus-indica), tem chamado a aten&ccedil;&atilde;o de turistas e viralizando de tempos em tempos nas redes sociais por estar acorrentada. Sim, desde 1898, a majestosa &aacute;rvore est&aacute; presa por ordem de um oficial do ex&eacute;rcito brit&acirc;nico da &eacute;poca do dom&iacute;nio colonial daquele pa&iacute;s, conhecido como Raj Brit&acirc;nico.
A planta, que fica dentro de uma instala&ccedil;&atilde;o do ex&eacute;rcito da prov&iacute;ncia de Khyber, no noroeste indiano, est&aacute; algemada com correntes que prendem seus in&uacute;meros galhos at&eacute; o ch&atilde;o. Para completar o cen&aacute;rio, existe uma antiga placa, como se fosse uma confiss&atilde;o da &aacute;rvore, que come&ccedil;a com: "Eu estou presa!".
<ul>
<li>Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123514-kynam-a-madeira-mais-cara-do-mundo-e-criada-por-envenenamento.htm" target="_blank" rel="sponsored">Kynam: a madeira mais cara do mundo &eacute; criada por envenenamento</a></li>
</ul>
<h2>A hist&oacute;ria da &aacute;rvore acorrentada</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/05/05134218460178.jpg" alt="(Fonte: Qissa Khwani/Facebook)" />(Fonte: Qissa Khwani/Facebook/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Ap&oacute;s a informa&ccedil;&atilde;o de sua condi&ccedil;&atilde;o de prisioneira, a &aacute;rvore conta como ficou nessa posi&ccedil;&atilde;o: "Em uma tarde, um oficial brit&acirc;nico muito b&ecirc;bado pensou que eu estava me movendo do meu lugar original, e ordenou ao sargento da cozinha que me prendesse. Desde ent&atilde;o, eu estou presa".&nbsp;
<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127915-4-membros-curiosos-das-forcas-armadas-que-voce-nao-imaginaria-ser-verdade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Por mais bizarra que pare&ccedil;a</a>, a hist&oacute;ria da pris&atilde;o da figueira-da-&Iacute;ndia &eacute; real. Segundo historiadores, o oficial vitoriano que se sentiu amea&ccedil;ado pela &aacute;rvore se chamava James Squid e, pelo seu elevado n&iacute;vel et&iacute;lico, acreditou realmente que a imponente &aacute;rvore Banyan estava se movendo de forma brusca em sua dire&ccedil;&atilde;o. Por isso, n&atilde;o hesitou e mandou que o sargento prendesse o Ficus insurgente.
Em resposta a uma mat&eacute;ria publicada em 2013 pelo jornal paquistan&ecirc;s Daily Tribune, um morador da comunidade deu outra interpreta&ccedil;&atilde;o para o ato: &ldquo;Os brit&acirc;nicos basicamente deram a entender aos membros da tribo que, se ousassem agir contra o Raj, tamb&eacute;m seriam punidos de forma semelhante&rdquo;.
<h2>A &Iacute;ndia conquistou sua liberdade, mas a &aacute;rvore acorrentada, n&atilde;o</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/05/05202811878000.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
H&aacute; mais de 76 anos, o Paquist&atilde;o &eacute; uma rep&uacute;blica parlamentar livre do dom&iacute;nio brit&acirc;nico. No entanto, governo ap&oacute;s governo, nenhum deles foi capaz de remover as correntes da centen&aacute;ria figueira do Passo de Khyber. Mesmo reconhecidamente inocente de ass&eacute;dio vegetal, a &aacute;rvore Banyan continua suportando em sil&ecirc;ncio os seus injustos grilh&otilde;es.&nbsp;
Ultimamente, essa passagem montanhosa de grande import&acirc;ncia estrat&eacute;gica tem sido <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127893-alem-de-israel-5-guerras-com-interferencia-dos-estados-unidos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o cen&aacute;rio de conflitos violentos entre o ex&eacute;rcito paquistan&ecirc;s contra o Talib&atilde;</a> e outros grupos fundamentalistas do Afeganist&atilde;o. Para punir os crimes de fronteira, o governo de Islamabad ainda utiliza os draconianos Regulamentos de Crimes de Fronteira (FCR), que era usado no tempo em que o pa&iacute;s ainda fazia parte da &Iacute;ndia Brit&acirc;nica.
Esse conjunto de leis, que permite a puni&ccedil;&atilde;o coletiva de tribos ou fam&iacute;lias pelos crimes cometidos por indiv&iacute;duos dentro desses grupos, vem sendo empregado pelas autoridades paquistanesas de forma discricion&aacute;ria em algumas &aacute;reas tribais. Ali perto, uma &aacute;rvore Banyan, que j&aacute; foi chamada de met&aacute;fora do FCR, continua presa a velhos conceitos e a &oacute;dios antigos que se renovam.&nbsp;

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Árvore acorrentada no Paquistão está cumprindo pena desde 1898

Imagem de Os 5 brinquedos mais raros do McDonald's que valem uma fortuna no megacurioso

Os brindes do McLanche Feliz podem ser um investimento a longo prazo!

O McLanche Feliz foi lan&ccedil;ado pelo <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/103838-23-coisas-que-voce-talvez-nao-saiba-sobre-o-mcdonald-s.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">McDonald&rsquo;s</a>, nos Estados Unidos, no final dos anos 1970, cerca de tr&ecirc;s d&eacute;cadas ap&oacute;s sua inaugura&ccedil;&atilde;o. O motivo? Simples: concorr&ecirc;ncia. A extinta rede Burger Chef estava fazendo sucesso com brinquedos, por isso a maior rede de fast food da &eacute;poca <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121861-mclanche-feliz-como-nasceu-o-combo-para-criancas-do-mcdonald-s.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">resolveu copiar</a>.
Lan&ccedil;ado regionalmente, mesmo nos EUA, o lanche com brinquedo logo se espalhou por todo o pa&iacute;s e <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123688-os-6-restaurantes-do-mcdonald-s-mais-incomuns-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pelo mundo</a>. No Brasil, &eacute; f&aacute;cil encontrar brinquedos ou cole&ccedil;&otilde;es recentes do McLanche Feliz, do McDonald&rsquo;s, por pre&ccedil;os que variam desde R$ 10 a unidade at&eacute; mais de R$ 300 pelo conjunto completo. Por&eacute;m, isso n&atilde;o chega nem perto dos valores pagos por itens raros l&aacute; fora.&nbsp;
Confira alguns dos itens mais caros do McLanche Feliz!
<h2 style="font-family: 'Source Sans Pro', sans-serif;">5. Os baldes Boo</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/03/03155906947287.png" alt="(Foto: Reprodu&ccedil;&atilde;o/eBay)" />(Foto: Reprodu&ccedil;&atilde;o/eBay)
Lan&ccedil;ados no Halloween de 1986, estes brinquedos viraram a maior febre do McLanche Feliz por serem bem &uacute;teis: a crian&ccedil;ada utilizava os baldes para catar doce pela vizinhan&ccedil;a.&nbsp;
Um conjunto com os tr&ecirc;s baldes de 1990 foi vendido, recentemente, por US$ 150. Por&eacute;m, o valor pode aumentar conforme a raridade do balde e at&eacute; das caretas que eles trazem!
<h2 style="font-family: 'Source Sans Pro', sans-serif;">4. Os McFurbys</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/03/03155335918281.jpg" alt="(Foto: Reprodu&ccedil;&atilde;o/eBay)" />(Foto: Reprodu&ccedil;&atilde;o/eBay)
Lan&ccedil;ado em 1998, o Furby &eacute; um brinquedo eletr&ocirc;nico que fez o maior sucesso. Apesar de n&atilde;o parecer t&atilde;o antigo, os bonecos originais valem uma fortuna! E o McDonald&rsquo;s adorou a proposta, incorporando os Furbys em seu McLanche.
Hoje em dia, uma cole&ccedil;&atilde;o completa dos McFurbys pode valer at&eacute; US$ 150. O &uacute;nico problema &eacute; que s&atilde;o nada menos do que 80 bonecos! Cole&ccedil;&otilde;es menores t&ecirc;m pre&ccedil;os bem mais em conta, &eacute; claro.&nbsp;
<h2 style="font-family: 'Source Sans Pro', sans-serif;">3.&nbsp;McNuggets Buddies</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/03/03160027537288.jpg" alt="(Foto: Reprodu&ccedil;&atilde;o/eBay)" />(Foto: Reprodu&ccedil;&atilde;o/eBay)
Os McNuggets foram introduzidos em 1983 com muito sucesso. Assim, surgiram os McNuggets Buddies, personagens que frequentemente ganhavam novas roupagens no McLanche, at&eacute; sa&iacute;rem de linha em 1996 &ndash; eles ganharem uma vers&atilde;o especial e limitada em 2023, com foco no saudosismo dos adultos.
Cole&ccedil;&otilde;es inteiras podem variar de US$ 100 a US$ 250. Recentemente, um conjunto de Halloween dos anos 1990 foi arrematado por US$ 112. Por&eacute;m, itens mais antigos e ainda no pacote original podem chegar a mais de US$ 200 por brinquedo.
<h2 style="font-family: 'Source Sans Pro', sans-serif;">2. Carrinhos de Os Gat&otilde;es</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/03/03155555704285.jpg" alt="(Foto: Reprodu&ccedil;&atilde;o/eBay)" />(Foto: Reprodu&ccedil;&atilde;o/eBay)
A s&eacute;rie&nbsp;The Dukes of Hazzard, chamada no Brasil de&nbsp;Os Gat&otilde;es, fez o maior sucesso nos Estados Unidos entre 1979 e 1985. E como todo grande fen&ocirc;meno, foi parar dentro das caixinhas do McLanche Feliz. Recentemente, uma cole&ccedil;&atilde;o completa com os seis ve&iacute;culos lan&ccedil;ados pela rede foi vendida por US$ 350.
Essa cole&ccedil;&atilde;o &eacute; envolta em pol&ecirc;mica: al&eacute;m dos ve&iacute;culos, os usu&aacute;rios ganhavam cartilhas adesivas para customiz&aacute;-los. O problema &eacute; que uma delas trazia a bandeira dos Estados Confederados, um s&iacute;mbolo hoje usado por supremacistas brancos. Tanto que um &uacute;nico brinquedo do Dodge Charger &ldquo;enfeitado&rdquo; com a bandeira foi anunciado por US$ 250, no eBay.
<h2>1. Prefeito McCheese e policial Big Mac</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/03/03155446897282.jpeg" alt="(Foto: Reprodu&ccedil;&atilde;o/eBay)" />(Foto: Reprodu&ccedil;&atilde;o/eBay)
A lista de brinquedos mais raros inclui personagens coadjuvantes do in&iacute;cio da era do McLanche Feliz. Em dezembro, um boneco pl&aacute;stico do prefeito McCheese foi arrematado por US$ 330, no eBay.
J&aacute; um conjunto de pel&uacute;cias do prefeito e do policial Big Mac est&aacute; anunciado por US$ 225. Os itens s&atilde;o raros porque os personagens deixaram de aparecer nos comerciais da rede de fast food ainda nos anos 1980.

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Os 5 brinquedos mais raros do McDonald's que valem uma fortuna

Imagem de Maconha: o que mudou no Uruguai após 10 anos da legalização? no megacurioso

Dez anos depois da regulamentação, já é possível ver alguns efeitos da lei no Uruguai.

<head></head><body>Há pouco mais de 10 anos, no dia 10 de dezembro de 2013, o Uruguai tomava uma decisão importante na sua história: a regulamentação da produção, da venda e do consumo da cannabis. A regularização da maconha, segundo especialistas da área, tem cumprido o objeto de gerar um novo mercado legalizado para uma substância que antes apenas circulava clandestinamente, na mão de traficantes.Dez anos depois, já é possível ver alguns efeitos dessa decisão política. De acordo com o então presidente uruguaio, <a href="https://www.megacurioso.com.br/economia/36826-governo-do-uruguai-quer-legalizar-a-venda-de-maconha-em-farmacias.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">José "Pepe" Muijca</a>, a ideia era que o novo mercado quebrasse o narcotráfico no país e melhorasse a segurança pública. Nem tudo aconteceu até o momento. Mas o que já pode ser constatado? Vejamos a seguir alguns dados já consolidados.<h2>1. O número de usuários registrados aumentou mais de 150% desde 2018</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/20/20190045037449.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)De acordo com o Instituto de Regulamentação e Controle da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126699-canabis-na-construcao-um-caminho-para-a-sustentabilidade-ambiental.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Cannabis</a> (IRCCA), o número de usuários de maconha registrados para compra no Uruguai é atualmente de 86.207 pessoas. Isso corresponde a cerca de 2,5% da população inteira do país.Contudo, os dados também mostram que muitos consumidores maiores de 18 anos continuam sem se registrar. Ou seja, dois a cada três usuários (cerca de 66%) recorre ao chamado "mercado cinza", em que a maconha é produzida legalmente, mas distribuída fora do mercado regular.<h2>2. Muitos adolescentes experimentaram maconha apenas uma vez</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/20/20190226954450.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Dados de 2022 da pesquisa da empresa Cifra indicam que 19% dos usuários maiores de 16 anos voltaram a consumir maconha depois de prová-la pela primeira vez. Em &nbsp;2016, o dado era de 10%.A empresa analisa que provavelmente mais pessoas passaram a assumir o consumo da cannabis, já que há pelo menos dez anos ela é legalizada no Uruguai. "Acredito que exista um aumento do consumo em determinada população, porque é mais fácil, mas também que as pessoas estão declarando o seu uso", afirmou a diretora da Cifra, Mariana Pomiés.Ainda assim, o número indica que não houve um grande aumento de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/127966-por-que-e-tao-dificil-diminuir-o-consumo-de-carne-vermelha.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">consumo</a> de maconha entre essa população, o que era um grande medo de certas camadas da sociedade.<h2 dir="ltr">3. A maconha ficou mais barata</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/20/20190256144452.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Em média, um pacote de 5 gramas de maconha, vendido nas farmácias autorizadas no Uruguai, custa cerca de US$ 12 ou R$ 59. Esse é o valor cobrado pela variedade gama, mas há outras, com menor percentual de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/116084-como-a-cannabis-age-no-organismo-do-ser-humano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">THC</a>, que costumam ser mais baratas.Esses preços são considerados relativamente menores que os custos em outras localidades. Só a título de comparação, entre as grandes cidades, o valor mais baixo é encontrado em Montreal, no Canadá (US$ 5,90 ou cerca de R$ 29), e o mais alto em Tóquio, no Japão (US$ 33,80 ou cerca de R$ 166).<h2>4. Metade da população do Uruguai é favorável à legalização</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/20/20190628767454.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Desde que o país regulamentou o mercado da maconha, 66% dos uruguaios passaram a se manifestar como favoráveis à nova lei. O percentual praticamente dobrou desde a última medição de opinião, que havia sido feita em 2012. Já em relação ao número de pessoas que se opõem à lei, o percentual caiu de 66% para 45%.Para Mariana Pomiés, diretora da Cifra, está ocorrendo uma mudança cultural no Uruguai em decorrência da lei. "O que mais colaborou para que as pessoas mudassem de opinião foi o transcurso da vida cotidiana sem grandes problemas após a regulamentação. As pessoas que poderiam ter predisposição favorável à legalização, mas tinham medo, foram perdendo o temor", conclui.</body>

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Maconha: o que mudou no Uruguai após 10 anos da legalização?

Imagem de Restaurante japonês faz o menor sushi do mundo no megacurioso

Sushi em miniatura atrai pessoas de todo mundo que vão ao lugar comprovar que fazer uma versão do tamanho de um grão de arroz é possível.

Se voc&ecirc; &eacute; um amante de sushi ou simplesmente curioso por <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124149-fugu-o-prato-mais-perigoso-e-caro-do-japao-e-feito-com-baiacu-venenoso.htm#:~:text=primeiro%20a%20compartilhar-,Fugu%3A%20o%20prato%20mais%20perigoso%20(e%20caro)%20do%20Jap%C3%A3o,%C3%A9%20feito%20com%20baiacu%20venenoso&amp;text=Fugu%20%C3%A9%20uma%20palavra%20japonesa,e%20tamb%C3%A9m%20o%20mais%20venenoso." rel="noopener noreferrer" target="_blank">experi&ecirc;ncias culin&aacute;rias &uacute;nicas</a>, o Sushiya no Nohachi, localizado no tranquilo distrito de Asakusa, T&oacute;quio, oferece uma atra&ccedil;&atilde;o peculiar que tem cativado o mundo: o menor sushi do mundo. Neste modesto restaurante japon&ecirc;s, a arte de transformar um &uacute;nico gr&atilde;o de arroz em uma deliciosa obra-prima &eacute; elevada a um novo patamar.
No cora&ccedil;&atilde;o do empreendimento est&aacute; o chef Hironori Ikeno, que teve a ideia genial em 2002, quando um cliente o desafiou a criar o menor sushi poss&iacute;vel. Desde ent&atilde;o, esse truque singular tornou-se a assinatura do restaurante, atraindo visitantes dos mais diversos lugares do globo. Cada pe&ccedil;a min&uacute;scula &eacute; meticulosamente elaborada com um gr&atilde;o de arroz, uma fatia fina de nori e uma cobertura que inclui op&ccedil;&otilde;es como atum, dourada, ouri&ccedil;o-do-mar, polvo e ovo.
<h2 style="text-align: justify;">A arte da precis&atilde;o</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/27/27104829150058.jpg" alt="O sushi &eacute; realmente min&uacute;sculo. (Fonte: Tofugu / Divulga&ccedil;&atilde;o)" />O sushi &eacute; realmente min&uacute;sculo. (Fonte: Tofugu / Divulga&ccedil;&atilde;o)
Embora a fa&ccedil;anha pare&ccedil;a simples, a precis&atilde;o e a concentra&ccedil;&atilde;o necess&aacute;rias para formar essas miniaturas garantem que o processo leve cerca de 7 minutos e meio por pe&ccedil;a. O restaurante, fiel &agrave; tradi&ccedil;&atilde;o, s&oacute; serve o sushi em miniatura algumas vezes por semana e, no m&aacute;ximo, cinco vezes por dia.
Ao contr&aacute;rio do que se poderia esperar, pedir o menor sushi do mundo no Sushiya no Nohachi n&atilde;o &eacute; t&atilde;o simples quanto apontar para o menu. Surpreendentemente, &eacute; oferecido gratuitamente, mas apenas quando acompanhado por um pedido de um prato de sushi de tamanho tradicional, algo que custa pr&oacute;ximo a US$ 50.
<iframe width="853" height="480" src="https://www.youtube.com/embed/pZtIDeNk2aI?start=0" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
Enquanto muitos visitam o Sushiya no Nohachi em busca do menor sushi do mundo, o restaurante reserva surpresas al&eacute;m dessa atra&ccedil;&atilde;o. Em uma atmosfera que combina tradi&ccedil;&atilde;o e modernidade, os clientes podem explorar o aut&ecirc;ntico sushi estilo Edo.&nbsp;
Este estilo, desenvolvido antes da era da refrigera&ccedil;&atilde;o, destaca-se pelas t&eacute;cnicas de preparo que envolvem, por exemplo, marinar o sushi em molho de soja e ferver frutos do mar.&nbsp;
Mesmo com acesso a tecnologias modernas, o Sushiya no Nohachi mant&eacute;m viva essa tradi&ccedil;&atilde;o, proporcionando uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/117486-lula-dancante-e-o-prato-sensacao-em-restaurantes-do-japao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">experi&ecirc;ncia &uacute;nica aos apreciadores de sushi</a>.
<h2 style="text-align: justify;">Os bastidores do sushi em miniatura</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/27/27105029635060.jpg" alt="Os min&uacute;sculos sushis em compara&ccedil;&atilde;o com os sushis de tamanho normal. (Fonte: Tofugu / Divulga&ccedil;&atilde;o)" />Os min&uacute;sculos sushis em compara&ccedil;&atilde;o com os sushis de tamanho normal. (Fonte: Tofugu / Divulga&ccedil;&atilde;o)
Criar o menor sushi do mundo apresenta uma s&eacute;rie de desafios. Os mais complexos s&atilde;o aqueles envolvendo a alga nori, como o sushi de ouri&ccedil;o-do-mar e o de ovo. Para essas varia&ccedil;&otilde;es, &eacute; necess&aacute;rio envolver habilmente o nori ao redor do gr&atilde;o de arroz, uma tarefa que exige habilidade e destreza.&nbsp;
A esta&ccedil;&atilde;o do ano tamb&eacute;m desempenha um papel crucial, com a primavera sendo a &eacute;poca ideal para alcan&ccedil;ar a perfei&ccedil;&atilde;o nas cria&ccedil;&otilde;es em miniatura.
Ao visitar o Sushiya no Nohachi, os clientes s&atilde;o levados a uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/110705-10-fatos-curiosos-sobre-a-culinaria-japonesa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">jornada culin&aacute;ria</a> que transcende as expectativas. Enquanto o menor sushi do mundo rouba a cena, &eacute; o compromisso com a tradi&ccedil;&atilde;o, a qualidade dos ingredientes e a habilidade excepcional dos chefs que tornam este restaurante japon&ecirc;s uma joia gastron&ocirc;mica em Asakusa.

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Restaurante japonês faz o menor sushi do mundo

Imagem de O hábito britânico de tomar chá pode ter salvado vidas no megacurioso

Descubra como a paixão britânica pelo chá pode ter desempenhado um papel crucial na saúde pública e na redução das taxas de mortalidade no passado

<head></head><body>Durante o século XVIII, o aconchegante hábito de saborear uma xícara de chá pode ter desempenhado um papel crucial na saúde pública britânica, indo além das fronteiras culturais. Ao menos essa é a conclusão de uma investigação que une história e saúde, e explora o papel desse hábito durante um momento crucial na história da Inglaterra.<h2>Prevenção de doenças transmitidas pela água</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/18/18225808581015.jpg" alt="Ferver a água pode ter contribuído para evitar a disseminação de doenças. (Fonte: Getty Images / Reprodução)">Ferver a água pode ter contribuído para evitar a disseminação de doenças. (Fonte: Getty Images / Reprodução)Com o surgimento da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125405-ossos-revelam-brutalidade-do-trabalho-infantil-na-revolucao-industrial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Revolução Industrial</a> e o aumento da urbanização, a Inglaterra passou a enfrentar desafios de saneamento consideráveis. Nesse cenário, a prática de ferver água para preparar o chá pode ter sido uma intervenção eficaz, embora inconsciente, na prevenção de doenças.Um estudo surpreendente conduzido pela economista Francisca Antman sugere que a explosão do consumo de chá durante o século XVIII pode ter contribuído significativamente para a redução das taxas de mortalidade, oferecendo uma solução simples para um problema de saúde pública.A pesquisa de Antman, baseada em mais de 400 locais na Inglaterra, revela que áreas com pior qualidade da água experimentaram uma queda mais expressiva na mortalidade após o aumento do consumo de chá.<h2>O papel decisivo do imposto sobre o chá</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/18/18230618476018.jpg" alt="Com a diminuição do imposto, o chá ficou mais acessível. (Fonte: Getty Images / Reprodução)">Com a diminuição do imposto, o chá ficou mais acessível. (Fonte: Getty Images / Reprodução)A virada ocorreu em 1784, quando o imposto sobre o chá foi reduzido drasticamente, tornando-o acessível à maioria dos britânicos. Com isso, mesmo os camponeses mais pobres passaram a consumir a bebida, substituindo alternativas menos saudáveis como a cerveja.A análise das taxas de mortalidade antes e depois desse marco revela uma diferença significativa: as regiões com água de qualidade inferior viram uma queda de 18% nas taxas de mortalidade em comparação com as áreas com água boa. Afinal, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120250-leite-no-cha-como-a-pratica-tornou-se-comum-na-inglaterra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">chá</a> não só era mais acessível, mas também promovia a prática de ferver água, contribuindo para a prevenção de doenças e, consequentemente, para a redução das taxas de mortalidade.<h2>Impacto na mortalidade infantil</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/18/18230711251019.jpg" alt="Os novos hábitos podem ter impactado a mortalidade infantil da época. (Fonte: Getty Images / Reprodução)">Os novos hábitos podem ter impactado a mortalidade infantil da época. (Fonte: Getty Images / Reprodução)Além da redução geral nas taxas de mortalidade, Antman também explorou o impacto nas mortes infantis. Embora a bebida não fosse consumida pelas crianças, observou-se um ligeiro declínio na mortalidade infantil, possivelmente relacionado ao fato de que pais que consumiam chá tinham menos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121368-6-curiosidades-sobre-a-escherichia-coli-a-bacteria-da-diarreia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">doenças diarreicas</a>, oferecendo proteção indireta aos filhos pequenos.Essa reflexão histórica traz à tona uma verdade fundamental: os comportamentos cotidianos das pessoas podem desempenhar um papel significativo em sua saúde. No contexto atual, onde intervenções explícitas e mudanças nos hábitos são debatidas para melhorar a saúde pública, a história do chá britânico oferece uma perspectiva valiosa sobre como práticas simples podem ter impactos duradouros.</body>

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O hábito britânico de tomar chá pode ter salvado vidas

Imagem de Por que Leonardo Da Vinci e Michelangelo eram rivais? no megacurioso

Existem registros de que os artistas odiavam um ao outro

<head></head><body>Registrados na década de 1540, escritos de Bernardo Vecchietti, importante patrono e membro do círculo de literatos dos Médici, oficializam a rivalidade histórica entre Leonardo Da Vinci e Michelangelo. A passagem escrita por Vecchietti descreve um encontro entre o pintor da Mona Lisa com seu rival enquanto passava pelos bancos públicos do Palazzo Spini Feroni, perto da Igreja de Santa Trinitá, em Florença, resultando em uma série de hostilizações entre os artistas.De acordo com Vecchietti, Michelangelo teria sido o mais cruel nas palavras, principalmente ao envergonhar e ridicularizar Da Vinci por ele fracassar ao tentar entregar o projeto de uma estátua de cavalo em tamanho natural encomendada pelo Duque de Milão, Ludovico Sforza, em meados de 1482. “E pensar que acreditaram em você”, teria dito Michelangelo.<h2>Gênios de mundos diferentes</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/20/20125855153190.jpg" alt="Michelangelo. (Fonte: GettyImages/Reprodução)">Michelangelo. (Fonte: GettyImages/Reprodução)Os dois gênios não eram da mesma geração, tampouco compartilhavam do mesmo background social. Da Vinci nasceu em Anchiano, na Itália, em 1452, e era filho ilegítimo de um jovem advogado e de uma camponesa. Começou sua carreira como aprendiz de um pintor em Florença, desenvolvendo rapidamente habilidades excepcionais para a pintura, escultura, engenharia, anatomia e até ciência. Ele se tornou um dos símbolos do Renascimento, que aconteceu entre os séculos XIV e XVI, sobretudo após pintar A Última Ceia.Michelangelo, por outro lado, nasceu em 1475, em Caprese, de uma família de classe média, que não era nobre, mas também não era pobre. Seu pai, Lodovico Buonarroti, era um funcionário público com várias conexões em Florença, o que deu a ele alguns privilégios, principalmente para seguir a carreira nas artes – talento que manifestou desde muito jovem. Esse apoio, no entanto, não veio em grande parte de Lodovico, que via a arte como uma profissão indigna.O jovem Michelangelo ganhou notoriedade pela Itália quando terminou sua escultura de David, representando o herói bíblico que derrotou o gigante Golias com uma única pedra. A essa altura, ele já havia completado o seu Baco e a Pièta, em Roma.<h2>Gênios com visões diferentes</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/20/20130036008191.jpg" alt="Leonardo Da Vinci. (Fonte: GettyImages/Reprodução)">Leonardo Da Vinci. (Fonte: GettyImages/Reprodução)Da Vinci entrou em contato com a obra de Michelangelo quando foi nomeado para uma comissão que determinaria onde colocar David. Após muita deliberação, a enorme escultura foi instalada na praça fora do Palazzo dela Signoria (atual Palazzo Vecchio), sede do corpo dirigente da República de Florença.Mas os caminhos dos artistas só se cruzaram mesmo no Salone dei Cinquecento ao serem contratados, em 1503, para um grande projeto no salão espaçoso. Michelangelo pintaria um afresco da Batalha de Cascina, travada contra os pisanos em 1364, enquanto Da Vinci faria uma tela de 7 a 18 metros de altura para representar a Batalha de Anghiari, de 1440. O afresco adjacente de Michelangelo deveria complementar a pintura de Da Vinci, e desenhos sobreviventes para o projeto demonstram a divergência em visão do que a arte deveria ser para cada um dos artistas.Da Vinci queria retratar um conflito bestial de soldados montados a cavalos selvagens, com muita poeira e fumaça no ar, flechas chovendo de várias direções, homens lutando por suas vidas na água e na lama viscosa. Era para ser dramático, intenso e fílmico. A síntese do naturalismo.&nbsp;<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/20/20130137906192.jpg" alt="Esboço da Batalha de Anghiari, por Da Vinci. (Fonte: Wikipedia/Reprodução)">Esboço da Batalha de Anghiari, por Da Vinci. (Fonte: Wikipedia/Reprodução)Michelangelo, no entanto, já acreditava que o trabalho deveria retratar um momento de alarme humano, de medo, fragilidade e de assalto, exatamente como aconteceu quando os soldados banhistas saíram nus das águas ao serem alertados por um grito de urgência de que o inimigo estava prestes a atacar.Os historiadores de arte apontam que é nítido como os artistas discordaram, não só pelo tempo demorado para começar o projeto – que nunca saiu do papel – quanto pelo embate de visões. Se as obras tivessem se concretizado, teríamos sido agraciados com dois tipos de duelos na mesma imagem: o humano, da batalha que aconteceu; e o filosófico, de homens que enxergavam os acontecimentos do mundo por lentes diferentes.No final das contas, Michelangelo foi convocado para trabalhar para o papa em 1505, e Da Vinci informado pelas autoridades de Florença de que deveria retornar à Milão.</body>

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Por que Leonardo Da Vinci e Michelangelo eram rivais?

Imagem de 6 tradições malucas de Ano Novo ao redor do mundo no megacurioso

Acredite: alguns países possuem tradições que muitas pessoas considerariam algo no mínimo surreal. Confira quais são elas aqui

<head></head><body>Pular ondas, comer uvas e guardar as sementes, cruzar uma porta com o pé direito à meia-noite... Quem é supersticioso certamente deve conhecer algumas tradições de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120705-por-que-comemoramos-o-ano-novo-em-1-de-janeiro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Ano Novo</a>, e muitas delas acabam variando de país para país. Entretanto, nem todas elas são consideradas normais, já que envolvem atos no mínimo curiosos.A seguir, vamos trazer algumas das tradições de Ano Novo mais malucas de outros países. Aliás, convidamos você a usar nossas redes sociais ao terminar sua leitura para comentar se conhecia alguma delas ou se recorda de outra que não listamos aqui.<h2>6. Corre que a viagem vem</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/29/29000915792007.jpg" alt="Antes de correr para o aeroporto, colombianos correm com uma mala em volta da casa para trazer boa sorte. (Fonte: Getty Images/Reprodução)">Antes de correr para o aeroporto, colombianos correm com uma mala em volta da casa para trazer boa sorte. (Fonte: Getty Images/Reprodução)Se você viajar para a Colômbia no período do Ano Novo, não se espante se encontrar uma pessoa correndo ao redor de uma casa com carregando uma mala.&nbsp;Para os colombianos, esse gesto é bastante comum e tem como intuito atrair bons fluidos e muitas viagens no ano seguinte. Porém, atenção: isso só vale se a corrida for feita no sentido horário.<h2>5. Manda a uva goela abaixo</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/29/29001033207008.jpg" alt="Não fosse pela pressa, a tradição da Espanha até poderia ser tratada como algo comum. (Fonte: Getty Images/Reprodução)">Não fosse pela pressa, a tradição da Espanha até poderia ser tratada como algo comum. (Fonte: Getty Images/Reprodução)Vamos ao Velho Continente agora, mais precisamente para a Espanha. Por lá, uma tradição comum é comer 12 uvas assim que o relógio indicar meia-noite, sendo uma fruta a cada badalada do sino. Será que você consegue fazer isso sem engasgar?<ul><li>Saiba mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/128342-5-comidas-que-dizem-dar-azar-no-ano-novo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">5 comidas que dizem dar azar no ano novo</a></li></ul><h2>4. O encontro de dois mundos</h2>A cultura mexicana tem enraizada a cultura de celebrar aqueles que já partiram com o Dia de Los Muertos. Entretanto, eles não são os únicos e se unirem de alguma forma com os falecidos em uma data especial.Na cidade de Talca, localizada no Chile, é comum passar a última noite do ano ao lado daqueles que já morreram. &nbsp;Para eles, no dia 31 de dezembro os espíritos voltam para celebrar com os vivos.&nbsp;<h2>3. Sai de baixo!</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/29/29001131856009.jpg" alt="Se você mora em Joanesburgo e tem uma TV velha, é bom guardar para jogar pela janela no Ano Novo: (Fonte: Getty Images/Reprodução)">Se você mora em Joanesburgo e tem uma TV velha, é bom guardar para jogar pela janela no Ano Novo: (Fonte: Getty Images/Reprodução)É comum se desfazer de algum eletrodoméstico velho quando compramos um substituto novo. Porém, em Joanesburgo o <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/105193-voce-acredita-nestas-11-supersticoes-de-ano-novo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Ano Novo</a> parece ser mais propício para isso, já que os habitantes locais costumam arremessar mobílias e eletrodomésticos velhos pela janela como sinal de prosperidade. Sua cabeça que lute!<h2>2. Drink muito louco</h2>A Rússia é um país conhecido mundialmente por conta de suas bebidas, e uma das principais tradições de Ano Novo dos russos envolve exatamente isso.&nbsp;Por lá, é comum escrever seus desejos para o novo ano em um papel, queimá-lo, despejar as cinzas na taça de champanhe e depois mandar tudo goela abaixo. Teria coragem de fazer isso?<h2>1. Quebra tudo</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/29/29000820318006.jpg" alt="Pratos são quebrados como tradição na Dinamarca - e você com medo de estragar as porcelanas. (Fonte: Getty Images/Reprodução)">Pratos são quebrados como tradição na Dinamarca - e você com medo de estragar as porcelanas. (Fonte: Getty Images/Reprodução)Por fim, deixamos aqui uma tradição peculiar de quem vive na Dinamarca. Na virada do ano, é muito comum os habitantes locais arremessarem pratos e copos contra as paredes de suas casas, garantindo que as más energias serão deixadas para trás e o Ano Novo será ainda melhor.</body>

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