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Existe um motivo histórico por trás de os franceses sempre estarem protestando

<head></head><body>Por que existem tantos protestos na França? Essa é a dúvida que permeia várias entradas no Google todos os anos, porque, realmente, a França sempre ocupa os jornais mundiais com alguma revolta pública – ou várias – ao longo do ano.As demandas e os motivos estão em constante mudança, desde o controle de aluguéis, salário mínimo mais alto, redistribuição de riqueza mais ampla, políticas educacionais elitistas, ou aumento de idade da aposentadoria.Para entender o porquê isso acontece, é preciso voltar ao século XVIII.<h2>Charivari: o início de tudo</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/20/20132116905203.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)De alguma maneira, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122018-6-protestos-causados-por-motivos-bizarros.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">protesto</a> sempre esteve enraizado na cultura francesa. No período medieval, o protesto de rua era chamado de charivari, e consistia na prática de sair às ruas para humilhar publicamente pessoas acusadas de ofensas morais, como adultério. O grupo de manifestantes batia panelas, gritava canções zombeteiras e forçava os acusados para fora de suas casas e até mesmo da cidade. Havia alguns casos que dinheiro era pago à multidão reunida como forma de retratação.Ao longo do tempo, os charivaris foram adquirindo um viés cada vez mais político, visando as casas dos políticos e funcionários impopulares a serviço do rei. Certamente, a prática encontrou seu ápice em 14 de julho de 1789, quando a França estava afogada em dívidas devido aos gastos extravagantes da comitiva real de Luís XVI, com impostos cada vez mais altos, enquanto a nobreza e o clero desfrutavam de isenções fiscais.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/20/20132152032204.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Sendo assim, a população, esmagada pelo dízimo obrigatório, pelas más colheitas e pelo aumento do preço de commodities, como a farinha, estourou de raiva pelas ruas de Paris. A Bastilha, símbolo da monarquia, caiu, assim como o império do rei. Três anos e meio depois, o feudalismo foi abolido, o rei foi morto na guilhotina, e a declaração dos direitos do homem e do cidadão foi proclamada, seguida pela primeira constituição do país. Começava ali um novo capítulo na história francesa, que só aconteceu graças à revolta do povo.Acredita-se que o fantasma tanto da morte dos monarquistas quanto do que a ira de uma população era capaz passaram a assombrar os líderes políticos. Afinal, essa herança sangrenta continuou de várias formas, porque a Revolução de Julho de 1830 viu a derrubada do rei Carlos X, que foi substituído por Luís Felipe, o Duque de Orleans, que também caiu menos de 20 anos depois, forçado pelo povo a renunciar.<h2>Protestos: a alma da França</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/20/20132242778205.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Depois da Revolução Francesa, a Comuna de Paris foi a insurreição de maior proporção. Liderada pelas classes trabalhadoras, durou mais de dois meses em 1871, plantou as sementes da emancipação feminina, da liberdade de imprensa e do princípio da laicidade nas escolas e no governo.No século XX, os comunistas passaram a liderar os protestos de rua, chegando a reunir 600 mil pessoas em 1936 durante uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127135-greve-geral-de-1917-a-primeira-paralisacao-geral-do-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">greve geral</a> iniciada após a eleição da Frente Popular, em maio de 1936, que levou à criação de um governo de esquerda liderado por Léon Blum. Sua proporção forçou uma rápida aceitação do governo, que assinou os chamados Acordos de Matignon, trazendo vitória para as classes trabalhadoras com salários maiores em toda a linha e os direitos inequívocos de se sindicalizar.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/20/20133713263222.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Para o sociólogo Charles Tilly, os protestos franceses guardam a estridência dos charivaris em sua essência, e ele os enxerga como uma resposta ao crescimento do Estado e do capitalismo franceses. À medida que a política se tornou cada vez mais dominada por um Estado central e elites capitalistas, as pessoas comuns desenvolveram uma consciência política nacional, portanto, suas táticas de protesto mudaram de acordo.Sendo assim, o protesto continua sendo uma parte importante da vida nacional francesa, de um povo que ama a história e todas as comemorações dela. “A França muitas vezes olha para o seu passado tanto quanto olha para o seu futuro ao responder ao seu presente”, disse Guy Groux, especialista em protestos franceses no Centro Nacional de Pesquisa Científica de Paris, em entrevista à Time em 2009.</body>

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Por que existem tantos protestos na França?

Imagem de Por que a China usa pandas como ferramenta diplomática? no megacurioso

A diplomacia do panda começou em 1950 e começou como forma da China presentear outros países, mas hoje essa prática se tornou uma transação milionária

<head></head><body>Grande parte do século XX foi marcado por relações distantes e até hostis entre os Estados Unidos e a China, sobretudo durante a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128348-por-que-nunca-existiu-aviao-movido-a-energia-nuclear.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Guerra Fria</a>, em que a potência americana sustentava uma campanha de perseguição e criminalização do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127268-o-jogo-de-tabuleiro-que-transformava-os-eua-em-comunista.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">comunismo</a> ao tentar combater seu pior inimigo, a União Soviética.Exatamente por essa campanha de “ameaça comunista” que os EUA sempre estiveram do lado dos nacionalistas chineses, que buscavam um Estado unificado sob o governo do Kuomintang. O governo americano chegou a fornecer apoio significativo por meio do fornecimento de armamento, treinamento militar e assistência financeira ao ex-presidente Chiang Kai-shek na luta contra a ocupação japonesa na China durante a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/128271-grupo-lados-os-falsificadores-poloneses-que-salvaram-milhares-de-vidas-na-segunda-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Segunda Guerra Mundial</a>.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/20/20135642722230.jpg" alt="Richard Nixon. (Fonte: GettyImages/Reprodução)">Richard Nixon. (Fonte: GettyImages/Reprodução)Isso aumentou as tensões entre os nacionalistas e os comunistas mesmo durante esse período delicado na China, chegando ao seu pico em 1945, quando as negociações de paz entre ambos falharam miseravelmente, resultando no reinício da Guerra Civil Chinesa, que fez os comunistas emergirem vitoriosos sob a liderança de<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116128-a-grande-fome-de-mao-milhares-de-chineses-foram-canibalizados.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;Mao Tsé-Tung</a>, que proclamou a fundação da República Popular da China.Em 1972, a visita do então presidente dos EUA Richard Nixon à China desempenhou um papel crucial no processo de estabelecimento das relações diplomáticas formais entre as duas potências. Depois que a ex-primeira-dama Pat Nixon comentou sobre seu amor pelos pandas, a China enviou alguns desses animais para os EUA pela primeira vezem 1972, como forma de acordo de paz.&nbsp;<h2>Fragmentos de uma tradição</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/20/20135524401229.jpg" alt="Imperatriz Wu Zetian. (Fonte: YouYi/Reprodução)">Imperatriz Wu Zetian. (Fonte: YouYi/Reprodução)Nativos da região central da China, os pandas nutrem uma relação que data de vários séculos com o povo chinês, apesar de terem caído no conhecimento do Ocidente apenas em meados do século XX. Os animais sempre foram associados a valores como gentileza, harmonia e expressão de amizade e cooperação, por isso marcaram presença em eventos diplomáticos contemporâneos e se tornaram verdadeiros "presentes".Muito se fala que a diplomacia do panda começou com a Imperatriz Wu Zetian, no século VII, mas não há evidências históricas claras que comprovem que isso realmente acontecia. O que existe, no entanto, é que a dinastia Tang, da qual a imperatriz fazia parte, tinha o costume de enviar presentes exóticos e raridades como parte das relações diplomáticas, e os pandas podem ter sido inclusos nessa lista.Oficialmente, a tradição de usar pandas como embaixadores diplomáticos começou na década de 1950, sob o governo de Mao Tsé-Tung, quando passou a emprestar os animais para zoológicos estrangeiros durante a Guerra Fria. O ato de emprestar um panda aos EUA em 1972, não só estabeleceu os laços de proximidade com a China, como renovou o caso de amor americano com essas criaturas, que não eram vistas no país há mais de 20 anos.<h2>O fim das relações?</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/20/20140614572234.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Em 1984, à medida que a China foi se tornando cada vez mais "capitalista", os pandas se transformaram em ferramentas econômicas. Sendo assim, eles não eram mais apresentados como presentes, mas sim emprestados por um período de 10 anos, que poderia ser prorrogado.&nbsp;Essa mudança permitiu que a China continuasse promovendo sua imagem no exterior e também construísse confiança, uma promoção de parcerias mútuas entre os chineses e os países beneficiários. Para isso, os anfitriões precisariam pagar uma taxa anual de cerca de US$ 1 milhão por urso, sendo que os filhotes de panda nascidos no exterior teriam que ser devolvidos à China antes de seu quarto aniversário.Em meio a um período de forte tensão, o contrato de empréstimo dos EUA termina em dezembro, e os três ursos em solo americano serão devolvidos à China. Se não houver a prorrogação do acordo, como manutenção da diplomacia entre as potências, será a primeira vez em cinco décadas que os EUA ficarão sem pandas.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/20/20140713100235.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)“Dado ao teor atual das relações entre EUA e China, não seria surpreendente que as autoridades chinesas permitam que os contratos de pandas com zoológicos dos EUA expirem”, disse Kurt Tong, analista de consultoria da Asia Group e ex-diplomata, à France-Presse.Afinal, os EUA possuem fortes acordos comerciais com Taiwan e continuam a vender equipamentos de defesa para seus militares, um comportamento que deixa os chineses cada vez mais insatisfeitos. O retorno dos pandas pode resultar na deterioração total das relações entre os países.</body>

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Por que a China usa pandas como ferramenta diplomática?

Imagem de Quais seriam as 'línguas mais estranhas' do mundo? no megacurioso

Análises de regras ortográficas complexas e significado de expressões idiomáticas indicaram quais idiomas podem ser vistos como os mais 'estranhos'

<head></head><body>Para você, qual é a língua mais "estranha" que existe no mundo? Embora essa seja uma pergunta de cunho pessoal, existem estudos que tentam determinar quais são os idiomas mais esquisitos que existem por aí. Em geral, linguistas tentar o mais objetivo possível no estudo da linguagem humana. Logo, qualquer análise feita sobre o tema precisa ser feita livre de julgamentos e preconceitos.Alguns linguistas computacionais usaram dados do Atlas Mundial de Estruturas Linguísticas (WALS) para explorar quais línguas podem ser consideradas as mais "estranhas". Para isso, eles compararam sistematicamente a informação do website do WALS para 239 línguas de diferentes partes do mudo. Estes foram os resultados!<h2>Idiomas estranhos</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/28/28024456316006.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)O objetivo do estudo era descobrir quais línguas tinham o maior número de características que mais diferiam de outros idiomas. Nesta pesquisa, a língua inglesa ficou na 33ª posição entre os 239 idiomas. Sendo assim, o estudo definiu que o <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/128185-nao-e-ingles-estudo-revela-o-idioma-mais-falado-no-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">inglês</a> tem mais características atípicas do que mais de 80% dos outros idiomas envolvidos no estudo.Os críticos, no entanto, alegaram que a pesquisa era muito tendenciosa, pois usava apenas alguns recursos dos muitos idiomas do mundo. De acordo com quem argumentou, existem aspectos do inglês que não são incomuns em comparação com muitas outras línguas, como a ordem dominante das palavras sujeito-verbo-objeto. Segundo o autor do estudo, contudo, dois aspectos específicos tornam o inglês uma língua incomum.&nbsp;<h2>Aspectos curiosos do idioma</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/28/28024522846008.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)De acordo com o WALS, o número médio de sons distintos de fala nas línguas do mundo é de cerca de 25 a 30 <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120821-como-o-cerebro-humano-identifica-uma-voz-em-meio-a-multidoes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fonemas</a>. A língua indígena Pirahã, falada na região amazônica do Brasil, por exemplo, possui um conjunto incomumente pequeno de fonemas. Em contraste, a língua da África Austral Taa possui mais de 100 fonemas, incluindo muitos tipos diferentes de sons.As línguas de sinais, como a Língua de Sinais Britânica ou a Língua de Sinais Americana, não usam nenhum tipo de som. Em vez disso, os sinais são compostos por combinações de formatos de mãos, movimentos e localizações no corpo do sinalizante ou próximo a ele.&nbsp;O inglês, por sua vez, tem mais fonemas do que muitas línguas, com cerca de 44, mas apresenta uma ortografia terrivelmente complicada por ter herdado cinco letras para vogais do alfabeto romano. Além disso, o inglês também tem alguns sons consonantais encontrados em menos de 10% das línguas pesquisadas no WALS.&nbsp;<h2>Dificuldades gramaticais</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/28/28024601927010.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Num inquérito WALS, menos de 2% das <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127963-quais-sao-as-10-linguas-mais-faladas-no-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">línguas</a> da amostra utilizaram diferenças semelhantes às do inglês na estrutura das frases para as perguntas. Esse é um dos motivos que tornaria o inglês um dos idiomas mais esquisitos do planeta.&nbsp;Porém, como milhares de idiomas ainda não foram incluídos no WALS, a pesquisa não possui dados suficientes para constatar quais são as línguas proporcionalmente mais "esquisitas" de todas. Em última análise, ainda será necessário mais documentações linguísticas para proporcionar uma melhor compreensão sobre o tema.&nbsp;</body>

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Quais seriam as 'línguas mais estranhas' do mundo?

Imagem de Museu dos EUA vai devolver artefatos antigos saqueados por traficante  no megacurioso

Obras expostas no museu oriundas do comércio ilegal de arte irão retornar para seus países de origem.

<head></head><body>O Metropolitan Museum of Art (conhecido como Met) revelou recentemente uma decisão histórica que marcará um novo capítulo em sua relação com o Camboja e a Tailândia. O famoso museu se comprometeu a repatriar 16 artefatos vinculados ao controverso Douglas Latchford, um negociante de arte indiciado em 2019 por revender de forma ilegal diversas antiguidades. &nbsp;Essas esculturas, originárias do período <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123508-ta-prohm-6-fatos-sobre-o-magnifico-templo-cambojano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">angkoriano</a> (séculos IX a XIV), incluem peças hindus e budistas. A devolução inclui 14 artefatos para o Camboja e dois para a Tailândia.&nbsp;<h2 style="text-align: justify;">Justiça histórica</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/25/25205655296032.jpg" alt="Cabeça de Buda está entre uma das obras que serão devolvidas. (Fonte: Met Museum / Divulgação)">Cabeça de Buda está entre uma das obras que serão devolvidas. (Fonte: Met Museum / Divulgação)O Met, em cooperação com a Procuradoria dos EUA no Distrito Sul de Nova York, está dando um passo significativo para corrigir um capítulo obscuro em sua história, marcado pelo envolvimento com o tráfico de antiguidades saqueadas, em especial os artefatos contrabandeados pelo conhecido colecionador e revendedor de arte Douglas AJ Latchford, que foi acusado de ser traficante de obras oriundas de países asiáticos como o Camboja e a Tailândia.&nbsp;O diretor do museu, Max Hollein, declarou que a entidade tem trabalhado diligentemente com as autoridades cambojanas e americanas para resolver questões relacionadas a essas obras.&nbsp;Após a morte de Latchford em 2020, o Met continuou a investigar sua coleção Khmer (relativa ao <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/112597-pesquisadores-encontram-capital-perdida-do-imperio-khmer-no-camboja.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Império Khmer</a>), resultando no anúncio da repatriação na semana passada. Hollein ressaltou o compromisso do museu em promover parcerias e colaborações para a compreensão e apreciação global da arte Quemer.Apesar de ficarem felizes pela decisão, críticos argumentam que o Met deveria ter tomado essa atitude mais cedo. Bradley Gordon, advogado do governo do Camboja, observou que as investigações do governo dos EUA, juntamente com as negociações feitas pelo governo do país asiático e a pressão da mídia, foram cruciais para esse desfecho. No entanto, o museu manterá em exibição dez dessas esculturas, acompanhadas de explicações sobre os planos de repatriamento.<h2 style="text-align: justify;">Devolvendo obras roubadas</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/25/25210146298033.jpg" alt="A estátua em metal de Avalokiteshvara, a personificação budista da compaixão infinita, também será devolvida. (Fonte: Met Museum/ Divulgação)">A estátua em metal de Avalokiteshvara, a personificação budista da compaixão infinita, também será devolvida. (Fonte: Met Museum/ Divulgação)A história por trás desses artefatos remonta aos anos 1970, quando o Camboja enfrentava conflitos e saques arqueológicos devido ao regime do Khmer Vermelho. Douglas Latchford desempenhou um papel fundamental na aquisição dessas peças pelo Met. Essa não é a primeira vez que o museu repatria obras relacionadas a Latchford.O anúncio atual de devolução não é isolado, já que outras instituições também estão tomando medidas semelhantes em relação a artefatos ligados ao traficante. No entanto, para o Camboja, este é apenas o primeiro passo, e eles esperam que mais <a href="https://www.megacurioso.com.br/arqueologia/36927-arqueologos-encontram-cidade-perdida-de-1-200-anos-no-camboja.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tesouros nacionais</a> voltem ao lugar a qual pertencem.O Ministério da Cultura e Belas Artes do Camboja expressou gratidão pelo movimento positivo feito pelo Met. Phoeurng Sackona, ministro da Cultura e Belas Artes do país, destaca que o retorno dessas obras é um ato de cura para a nação, mas lembrou que há ainda mais tesouros no Met que aguardam repatriação.&nbsp;</body>

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Museu dos EUA vai devolver artefatos antigos saqueados por traficante 

Imagem de Censo 2022: quais são as cidades brasileiras de maioria negra? no megacurioso

Segundo estudo, nove municípios tiveram os autodeclarados pretos como a maioria do gráfico populacional

<head></head><body>O Censo 2022, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), trouxe alguns dados interessantes sobre o povo brasileiro. Entre eles, a pesquisa revelou quais são os municípios "mais pretos" do Brasil. De acordo com as informações, agora existem nove cidades no país com predominância negra entre sua população — sendo que eram apenas dois municípios nessa categoria no Censo 2010.Dentro dessa lista, oito desses municípios estão localizados na <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118083-bahia-5-curiosidades-de-um-dos-estados-mais-historicos-do-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Bahia</a> e o último está localizado no Maranhão. Vale também lembrar que a Bahia é o Estado brasileiro com a maior concentração de quilombolas do país (29,9% do total), nome dado para os descendentes dos moradores dos quilombos, comunidades formadas por escravos fugitivos na época da escravidão no Brasil. Veja só quais cidades estão contempladas nesse seleto grupo!<h2>9. Antônio Cardoso, Bahia</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/24/24171926455000.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Segundo o IBGE, dos pouco mais de 11 mil habitantes de Antônio Cardoso, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124456-6-inventores-negros-negligenciados-pela-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">população preta</a> representa 55% do total, enquanto pardos são 40%, brancos 4,9%, e indígenas e amarelos representam 0,01% cada grupo. Ao todo, 33,7% do total dos entrevistados eram autodeclarados quilombolas.O nome da cidade é uma homenagem ao coronel Antônio Cardoso de Sousa, que tinha extensas propriedades e grande poder político e econômico na região, sendo o primeiro prefeito do município criado em 1962.<h2>8. Cachoeira, Bahia</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/24/24172007193002.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Com 29,3 mil habitantes, o município de Cachoeira aparece no Censo 2022 com 51,8% de população preta, 41,7% de pardos, 6,2% de brancos e menos de 1% de amarelos e indígenas. Dessa população, 24% dos moradores são autodeclarados quilombolas. Cachoeira só foi ser elevada de vila à categoria de cidade em 1837, cinco anos após seu surgimento.Nos séculos XVIII e XIX, seu porto era utilizado para escoamento da produção agrícola do Recôncavo Baiano, principalmente açúcar e fumo. A cidade também foi palco do primeiro confronto entre brasileiros e portugueses na busca pela Independência do Brasil.<h2>7. Conceição da Feira, Bahia</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/24/24172148445004.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)A cidade baiana de Conceição da Feira apresenta uma população de 21 mil habitantes, dos quais 50,3% são autodeclarados pretos, 41,6% pardos, 7,9% brancos e menos de 1% amarelos e indígenas. Outro fato interessante é que o município possui ao menos duas comunidades certificadas como remanescentes de quilombo pela Fundação Cultural Palmares.Conceição da Feira foi criada como um desmembramento de Cachoeira em 1926, e é atualmente o mais importante polo avícola da Bahia.&nbsp;<h2>6. Ouriçangas, Bahia</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/24/24172257915005.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Com 7,7 mil habitantes, a pequena cidade de Ouriçangas tem uma população 52,8% de pretos, 42,1% de pardos, 4,9% de brancos e menos de 1% de amarelos e indígenas. Segundo o Censo 2022, 805 habitantes são autodeclarados quilombolas, o que representa 10,4% do total. O nome do município significa "fonte de água fresca" em tupi-guarani.No passado, a região era ocupada pelos indígenas Paiaiás, mas foi tomada por colonizadores portugueses e negros escravizados, que trabalhavam nas lavouras e criação de gado, tempos depois.<h2>5. Pedrão, Bahia</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/24/24172427473006.png" alt="(Fonte: Prefeitura de Pedrão/Divulgação)">(Fonte: Prefeitura de Pedrão/Divulgação)Com apenas 6,2 mil habitantes, o município baiano de Pedrão apresenta 49,7% da sua população declarada preta, 45,3% pardos, 5% brancos e menos de 1% de amarelos e indígenas. Dessas pessoas, 8,7% são autodeclarados <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121321-zumbi-dos-palmares-a-fascinante-vida-do-lider-quilombola.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">quilombolas</a>, segundo o IBGE. Uma curiosidade sobre Pedrão, sobretudo sobre seu pequeno tamanho, é que a cidade foi desmembrada do município de Irará em 1962.<h2>4. Santo Amaro, Bahia</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/24/24172522374008.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Dos 56 mil habitantes que residem em Santo Amaro, 50,9% deles são autodeclarados pretos, 43,1% pardos, 5,8% brancos e menos de 1% de amarelos e indígenas. Segundo o IBGE, 12,4% da população total também se declara quilombola. Um fato curioso sobre esse município é porque ele também é terra natal dos cantores Caetano Veloso e Maria Bethânia.&nbsp;Inclusive, Caetano fala sobre a resistência negra de Santo Amaro em na sua música 13 de Maio, a qual possui o trecho: "Dia 13 de maio, em Santo Amaro, na Praça do Mercado, os pretos celebravam (talvez hoje inda o façam) o fim da escravidão".&nbsp;<h2>3. São Francisco do Conde, Bahia</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://commons.wikimedia.org/wiki/Category:S%C3%A3o_Francisco_do_Conde#/media/File:S%C3%A3o_Francisco_do_Conde_Bahia_2018-0574.jpg"><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/24/24172619498009.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)São Francisco do Conde, na Bahia, possui seu nome em homenagem ao padroeiro da cidade e um conde de nome Fernão Rodrigues, que herdou o terreno do terceiro governador-geral do Brasil, Mem de Sá. Ao todo, são 38,7 mil habitantes, dos quais 49,9% são autodeclarados pretos, 44,1% pardos, 5,7% brancos e menos de 1% de amarelos e indígenas, segundo o Censo 2022.&nbsp;A cidade também é lar para comunidades quilombolas muito relevantes, como Ilha do Paty, Monte Recôncavo e Porto de Dom João. Além disso, 5,8% da população total é autodecladada quilombola.&nbsp;<h2>2. São Gonçalo dos Campos, Bahia</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://commons.wikimedia.org/wiki/Category:S%C3%A3o_Gon%C3%A7alo_dos_Campos#/media/File:Igreja_Matriz_de_S%C3%A3o_Gon%C3%A7alo.jpg"><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/24/24172731716010.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Ao contrário dos outros municípios na lista, São Gonçalo dos Campos possui apenas 0,2% da sua população total autodeclarada quilombola, embora existam 47% de pretos e 45,5% de pardos na sua população de 39,5 mil habitantes.&nbsp;Os 69 quilombolas que vivem na região estão abrigados na comunidade de nome Bete II.&nbsp;<h2>1. Serrano do Maranhão, Maranhão</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/24/24172915477011.jpg" alt="(Fonte: Ministério do Meio Ambiente/Divulgação)">(Fonte: Ministério do Meio Ambiente/Divulgação)Chamada de cidade "mais preta" do Brasil pelo Censo 2022 do IBGE, Serrano do Maranhão foi a única cidade fora da Bahia a ter predominância de autodeclarados pretos. Entre seus 10,2 mil habitantes, impressionantes 58% disseram ser pretos, 39% pardos, 2,7% brancos e menos de 0,1% de indígenas e amarelos.Até 1994, a região fazia parte do município de Cururupu e era formada por lavradores, pescadores e quilombolas. Inclusive, 55,7% da população total da cidade é considerada quilombola — a quarta maior população do tipo no Brasil. Estima-se que existem quase 30 comunidades remanescentes de quilombo em Serrano do Maranhão.</body>

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Censo 2022: quais são as cidades brasileiras de maioria negra?

Imagem de Pela primeira vez, cristãos são menos da metade na Inglaterra no megacurioso

Censo mais recente mostra que Inglaterra e País de Gales tiveram queda expressiva no número de cristãos

<head></head><body>O censo mais recente da Inglaterra e do País de Gales revelou que o <a href="https://www.google.com/url?client=internal-element-cse&amp;cx=004238318321071068280:rcwgwv4dsro&amp;q=https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/128349-vaticano-aprova-a-bencao-de-casais-homoafetivos-por-que-isso-importa.htm&amp;sa=U&amp;ved=2ahUKEwjmg-u3oaGDAxVcppUCHbPpAbwQFnoECAkQAg&amp;usg=AOvVaw3nuDkpMZ_y7UukpFkQbiWI" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cristianismo</a> sofreu uma queda considerável. Pela primeira vez, menos da metade da população&nbsp;se declarou como "cristã": foram 46,2%. A pesquisa foi feita pelo governo do Reino Unido com 56 milhões&nbsp;de pessoas, o que corresponde a 94% dos residentes totais dos territórios.&nbsp;Embora os <a href="https://www.google.com/url?client=internal-element-cse&amp;cx=004238318321071068280:rcwgwv4dsro&amp;q=https://www.megacurioso.com.br/educacao/128288-por-que-alguns-livros-sagrados-foram-deixados-de-fora-da-biblia.htm&amp;sa=U&amp;ved=2ahUKEwjmg-u3oaGDAxVcppUCHbPpAbwQFnoECAQQAg&amp;usg=AOvVaw2F7zgZC8zBSBmMG0xphMGD" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cristãos</a> ainda sejam maioria e equivalentes a&nbsp;27,5 milhões de pessoas, houve uma diminuição de 13,1 pontos percentuais em relação ao último censo, em 2011. Naquela época, os dois países abrigavam 33,3 milhões de adeptos da doutrina. Na pesquisa mais recente, os seguidores correspondem a&nbsp;46,3% da população da Inglaterra e a 43,6% no País de Gales.Aliás, Gales foi onde houve a maior queda no número de cristãos&nbsp;e maior aumento de "sem religião". Foram respectivamente 14 pontos percentuais a menos e 14,5 pontos a mais do que o censo anterior.&nbsp;<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Office for National Statistics&nbsp;" data-fonte-url="https://www.ons.gov.uk/peoplepopulationandcommunity/culturalidentity/religion/bulletins/religionenglandandwales/census2021#religion-england-and-wales-data"><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/21/21172651425292.jpg" alt="Gráfico comparando respostas sobre religião em 2021 e 2011">Gráfico comparando respostas sobre religião em 2021 e 2011<h2>Número de pessoas sem religião aumentou desde 2011</h2>A resposta "sem religião" foi a segunda mais frequente. No total das duas nações, há 22,2 milhões de habitantes que se declararam dessa forma, o equivalente a 37,2% dos participantes. Houve um aumento de 12 pontos percentuais desde 2011, quando havia 14,1 milhões&nbsp;de pessoas sem religião (25,2% da população).A quantidade de muçulmanos e hindus também subiu na última década. Em 2011, 2,7 milhões de habitantes se declaravam praticantes do Islã (equivalente a 4,9% dos dois países). Já em 2021, os resultados demonstraram que 3,9 milhões de pessoas (ou 6,5% se enquadravam nessa categoria).&nbsp;A respeito dos <a href="https://www.google.com/url?client=internal-element-cse&amp;cx=004238318321071068280:rcwgwv4dsro&amp;q=https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/128158-6-edificios-religiosos-famosos-no-mundo-todo.htm&amp;sa=U&amp;ved=2ahUKEwjh0oj4rqGDAxV0qJUCHchXDJUQFnoECAMQAg&amp;usg=AOvVaw158qkHafdqgzmd8b7n4Db7" rel="noopener noreferrer" target="_blank">hindus</a>, a quantidade atual é de 1 milhão (ou 1,7% dos ingleses e galeses). Já no último censo, essa parcela representava&nbsp;1,5%&nbsp;com 818 mil pessoas. A cidade inglesa de Harrow se manteve com a maior porcentagem de população hindu: 25.8% em 2021 e 0,5 ponto percentual a menos em 2011.Além disso, em ambas as pesquisas, a cidade de Londres&nbsp;se manteve como a mais diversa. Mais de um quarto dos londrinos (25,3% ou 2,2 milhões em 2021) declarou uma religião diferente da cristã — correspondente a 40,7% do total. A segunda crença mais frequente na capital foi o islamismo, com 15% da população.</body>

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Pela primeira vez, cristãos são menos da metade na Inglaterra

Imagem de Leatrice Eiseman: a mulher por trás das escolhas de cores da Pantone no megacurioso

Descubra o universo das cores sob a orientação de Leatrice Eiseman, a mente brilhante por trás da escolha anual da Cor do Ano da Pantone

<head></head><body>Leatrice "Lee" Eiseman, a mulher muitas vezes chamada de "o guru internacional das cores", desempenha um papel crucial na tradição anual da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/128275-pantone-ja-divulgou-a-cor-de-2024-entenda-como-essa-escolha-e-feita.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Pantone</a> de prever e eleger a Cor do Ano. Com uma carreira impressionante dedicada ao estudo e aplicação das cores, Eiseman é responsável por selecionar tons que não apenas refletem as tendências, mas também capturam o espírito do momento.<h2>A maestria de Leatrice Eiseman no mundo das cores</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/21/21234352927009.jpg" alt="(Fonte: Getty Images / Reprodução)">(Fonte: Getty Images / Reprodução)Leatrice Eiseman consolidou-se como uma figura central no <a href="https://www.megacurioso.com.br/cinema/98967-30-paletas-de-cores-de-cenas-maravilhosas-de-grandes-sucessos-do-cinema.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mundo das cores</a>. Sua paixão pela cor remonta à infância, influenciada pela mãe, uma artista que pintava sua casa anualmente com cores vibrantes.O ano de 1999 marcou um momento crucial quando Eiseman foi encarregada de escolher a primeira Cor do Ano para a Pantone. A decisão não foi apenas sobre representar o novo milênio, mas também sobre capturar um sentimento de esperança.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/21/21233653264005.jpg" alt="Cerulean Blue, a cor do ano de 1999. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)">Cerulean Blue, a cor do ano de 1999. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)Eiseman escolheu a Cerulean Blue, uma tonalidade que simbolizava a universalidade da beleza de um céu azul. Essa escolha não apenas definiu a Pantone como uma autoridade em cores, mas também estabeleceu uma tradição que continua a impactar as <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/126997-as-4-tendencias-da-moda-mais-prejudiciais-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tendências de moda</a> e design.Atualmente é ela diretora-executiva do Pantone Color Institute, além de fundadora e diretora do Eiseman Center for Color Information and Training, onde oferece sua expertise única no universo das cores. Com um histórico de colaborações icônicas e contribuições significativas para o Pantone Matching System (PMS), Eiseman é, sem dúvida, uma autoridade respeitada e reconhecida globalmente.<h2>A evolução contínua: processo de seleção e reflexo global</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/21/21233426330000.jpg" alt="(Fonte: Getty Images / Reprodução)">(Fonte: Getty Images / Reprodução)Atualmente, Leatrice Eiseman lidera a escolha da Cor do Ano da Pantone em um processo colaborativo e fundamentado em pesquisa. Sua equipe global de especialistas, apelidada de "antropólogos das cores", explora a psicologia das cores e conecta as tendências globais a uma linguagem de cor significativa.A ênfase está em escolher uma cor que não apenas siga tendências, mas que também capture o espírito coletivo do momento, refletindo a conexão humana e as mudanças sociais. O processo de seleção culmina na revelação anual, moldando as paletas de designers, influenciando marcas e permeando a cultura visual global.A jornada de Leatrice Eiseman, desde a escolha da Cerulean Blue, em 1999, até as decisões atuais, como o Peach Fuzz, Cor do Ano de 2024, destaca não apenas uma evolução nas tendências de cores, mas também um profundo entendimento de como elas podem influenciar e refletir os sentimentos coletivos. Eiseman não apenas escolhe cores; ela cria narrativas visuais que capturam o espírito de cada ano, refletindo a interconexão humana e a constante evolução da estética visual global.</body>

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Leatrice Eiseman: a mulher por trás das escolhas de cores da Pantone

Imagem de "A tortura do medo": o filme que inventou o gênero slasher no megacurioso

Filme causou polêmica e foi retirado de circulação algumas semanas após seu lançamento, só sendo recuperado uma década mais tarde por Martin Scorsese

<head></head><body>Em um tranquilo bairro do subúrbio, em alguma cidade dos Estados Unidos, caminha uma pessoa diferente de todas as outras. Com uma lâmina na mão e distorcido por traumas passados, esse misterioso vilão procura por jovens libidinosos que se tornarão suas vítimas. Esta é a trama geral dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120314-como-hollywood-faz-filmes-slasher-parecerem-tao-reais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">filmes slasher</a>, um subgênero do terror sobre serial killers que se consolidou com clássicos como Halloween, Sexta-feira 13 e <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/118184-a-hora-do-pesadelo-foi-baseado-em-uma-misteriosa-doenca-fatal.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">A hora do pesadelo</a>.&nbsp;De maneira geral, Psicose, o clássico de Alfred Hitchcock, costuma ser lembrado como o precursor de todos esses filmes. Porém, outro filme lançado alguns meses antes, e que ficou esquecido por décadas, também teve um papel fundamental ao desafiar convenções e causar controvérsias.<h2>A antecipação do slasher</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/19/19164319209270.png" alt="Cartaz de A Tortura do Medo. (Fonte: IMDb)">Cartaz de A Tortura do Medo. (Fonte: IMDb)O nascimento do slasher no cinema aconteceu entre 1974 e 1978 com os lançamentos de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122775-6-classicos-filmes-de-terror-produzidos-com-baixo-orcamento.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O Massacre da serra elétrica</a> e Halloween, respectivamente. Ambos foram considerados filmes bastante violentos para a sua época e tinham uma série de elementos em comum, que passaram a ser reproduzidos pelos filmes de terror nas décadas seguintes.Mas alguns anos antes, em 1960, Michael Powell dirigiu um longa que marcou definitivamente a sua carreira — para o bem e para o mal. A Tortura do medo se passa em um contexto pós-guerra em Londres. O filme acompanha Mark Lewis, um cineasta com um fetiche sádico: filmar mulheres em seus momentos finais usando uma câmera equipada com uma baioneta. A recepção inicial foi avassaladora, com críticos enojados e distribuidores cancelando a distribuição britânica, relegando o filme ao esquecimento por duas décadas.Em uma época de mudanças sociais e relaxamento da censura cinematográfica, A tortura do medo desafiou as normas morais da representação do crime no cinema. O filme mergulhou nas sombras, explorando temas como voyeurismo e obsessões patriarcais. E diferente de Psicose que deixava dúvidas sobre a identidade do assassino, A tortura do medo identificava Mark desde a primeira cena, convidando os espectadores a ver tudo através dos olhos do assassino — uma técnica cinematográfica conhecida como ponto de vista.<h2>A complexidade psicológica e o legado tardio</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/19/19170715589286.png" alt="Michael Powell com seu filho, Columba Powell, nos bastidores de A Tortura do Medo. (Fonte: IMDb)">Michael Powell com seu filho, Columba Powell, nos bastidores de A Tortura do Medo. (Fonte: IMDb)Até 1960, Powell era conhecido por seus filmes de romance e alguns de aventura. Ele mesmo não considerava A tortura do medo um filme de terror, mas uma exploração freudiana de um criminoso. Contudo, poucas semanas após a estreia do longa, a carreira de Powell estava praticamente destruída e ele trabalhou em poucos filmes nos anos seguintes.Foi apenas na década de 1970 que Martin Scorsese descobriu o longa e fez com que ele se tornasse famoso. O então jovem cineasta — que já era fã de Powell pelo seu trabalho com Os sapatinhos vermelhos — afirmou que A tortura do medo, junto com 8½, de Federico Fellini, possuía tudo o que era preciso saber sobre direção, ao explorar a objetividade e a subjetividade do processo cinematográfico.O filme aborda ansiedades da cultura britânica, repressão sexual, voyeurismo ritualizado e violência perversa. Cenas memoráveis, como a primeira nudez frontal no cinema britânico, desafiaram as normas estabelecidas na época e mesmo após décadas, críticos e cineastas destacam a influência duradoura de A tortura do medo, não apenas como precursor do slasher, mas também como o pioneiro na autorreflexão do gênero.</body>

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'A tortura do medo': o filme que inventou o gênero slasher

Imagem de 4 contos de fadas de arrepiar os cabelos no megacurioso

Nem todos os contos de fadas foram escritos para acalentar as crianças.

<head></head><body>Contos de fadas são histórias fofinhas que foram escritas um dia para encantar as crianças, correto? Se você respondeu que sim, pense novamente. O fato é que, ao longo da história, as diferentes culturas foram capazes de criar histórias bastante horripilantes para passar algumas lições aos pequenos de um modo meio... apavorante. Neste texto, compartilhamos 4 delas.<h2>1. Kukilingiattiaq</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;History Collection&nbsp;" data-fonte-url="https://cdn.historycollection.com/wp-content/uploads/2023/12/inuit-children-inuit-children-in-1924.-canadian-museum-of-history-cc-4.0.jpg"><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/12/12202141055012.jpg" alt="(Fonte: History Collection)">(Fonte: History Collection)Entre as crianças <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/126735-qual-a-relacao-entre-a-longa-vida-dos-esquimos-e-o-omega-3.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">inuit</a>, há uma história que mais parece um pesadelo, e que serve justamente para assustá-las. Ela fala sobre o Kukilingiattiaq, uma criatura escondida que fica nas sombras, esperando até avistar um ladrão Quando isso acontece, o Kukilingiattiaq estende a sua mão com três garras e agarra do nada o incauto ladrão.&nbsp;Ele então permanece o segurando até que alguém apareça para ver o que aconteceu. A ideia é justamente gerar bastante medo nos pequenos, para que eles pensem duas vezes antes de pegar algo que não lhes pertence.<h2>2. Mulan</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/12/12202438301015.jpeg" alt="(Fonte: Wikipedia)">(Fonte: Wikipedia)É provável que você conheça <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/112421-conheca-a-real-historia-de-mulan-uma-das-maiores-lendas-da-china.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Mulan</a> por conta do filme da Disney. Mas, na verdade, a história original, surgida no norte da China, é um pouco mais trágica. Ela fala de uma moça que treina luta em casa e acaba substituindo o seu pai no serviço militar, disfarçada de homem. Na real, a Mulan real teria realmente existido e vivido na China, entre 420 e 589 depois de Cristo.Hua Mulan consegue se dar bem e luta lado a lado com os soldados por dez anos. O final da história foi mudando ao longo do tempo. Em uma das versões, ela aparece casada e com filhos. Mas, em outras, seu pai morre e sua mãe se casa novamente enquanto Mulan está fora.Ela então é convocada para se tornar concubina do Imperador. Só que ela prefere morrer a isso, e acaba se matando na frente do mensageiro que trouxe a ordem.<h2>3. A Margarida</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Domínio público&nbsp;" data-fonte-url="https://cdn.historycollection.com/wp-content/uploads/2023/12/eliz-turners-the-daisy-illustration-of-poisonous-fruit-from-the-1807-version-of-the-daisy.-project-gutenberg-public-domain.jpg"><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/12/12203019877018.jpg" alt="(Fonte: Domínio público)">(Fonte: Domínio público)No livro A Margarida, apresentam-se vários versos de cunho moral para orientar crianças de quatro a oito anos. Nela, Tommy e sua irmã Jane encontram frutas silvestres enquanto vagam por uma rua. Eles comem algumas, mas outras eles jogam fora.Quando chegam em casa, elas se sentem mal e vão dormir, e acabam morrendo por envenenamento causado pelas frutas. É, no mínimo, bem sinistro.<h2>4. Cinderela</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Domínio público&nbsp;" data-fonte-url="https://cdn.historycollection.com/wp-content/uploads/2023/12/cinderella-bloody-feet-postcard-featuring-the-climactic-scene-from-the-original-cinderella.-mcad-zipes-collection-cc-2.0-1.jpg"><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/12/12203805999020.jpg" alt="(Fonte: Domínio público)">(Fonte: Domínio público)Os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ilustracao-e-pintura/74086-algumas-das-melhores-ilustracoes-ja-feitas-para-os-contos-dos-irmaos-grimm.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">irmãos Grimm</a> são considerados os dois nomes mais importantes a condensar alguns dos mais conhecidos contos de fadas. Contudo, nem sempre a versão que chegou até nós é a que foi registrada originalmente por eles.Um caso é a da clássica história da Cinderela, que fala de uma moça que foi forçada a servir sua madrasta e suas duas irmãs adotivas. Ela então fica sabendo da ocorrência de um festival que será oferecido ao Príncipe, e pede para que seus amigos pássaros tragam a ela vestidos e sapatos que ela possa usar no evento. &nbsp;Os pássaros fornecem tudo a ela, e <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123742-6-mulheres-reais-por-tras-das-princesas-da-disney.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Cinderela</a> vai até o festival, onde conhece o Príncipe. Só que, antes que ele possa acompanhá-la até em casa, ela desaparece.&nbsp;A partir daqui, a história original é um pouco diferente do jeito pelo qual lembramos dela. O Príncipe joga piche na escada na esperança de prender a garota dos seus sonhos. Seu sapato dourado (que não é de vidro!) acaba ficando preso, mas Cinderela o deixa para trás e vai embora.O Príncipe então parte para uma busca para encontrar a sua amada. Só que as meias-irmãs de Cinderela descobrem que seus pés são grandes demais para o sapato da moça. Uma delas então corta os próprios dedos e outra corta o calcanhar, no intuito de fazer o sapato caber em seus pés.Não dá certo, e o Príncipe acaba encontrando Cinderela. Por fim, os pássaros bicam os olhos das irmãs más.</body>

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4 contos de fadas de arrepiar os cabelos

Imagem de A incrível história de Jean Libbera, o italiano que tinha um gêmeo parasita em seu peito no megacurioso

O italiano Jean Libbera fez carreira no circo pela alcunha 'Homem de Dois Corpos'

<head></head><body>Os circos foram uma grande atração durante o século XX. E boa parte deles investia nos chamados&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/109761-5-reality-shows-que-falharam-justamente-em-mostrar-a-realidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">freak shows</a>, ou seja, na exibição de pessoas ou animais que portavam algum tipo de anomalia no corpo.Dentre esses personagens, estava o italiano Jean Libbera, também conhecido como o “Homem de Dois Corpos". Isto porque ele tinha em seu torso um gêmeo parasita, o qual chamava de Jacques.O gêmeo tinha dois braços, duas pernas e uma cabeça que ficava embutida no <a href="https://www.megacurioso.com.br/corpo-humano/85287-so-para-quem-tem-estomago-veja-como-e-o-processo-de-digestao-video.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estômago</a> de Jean, e que supostamente dependia do corpo de seu irmão para poder sobreviver. Mesmo com essa anomalia, Jean Libbera viveu até os 50 anos, casou-se e teve quatro filhos saudáveis. Conheça agora a sua impressionante história.<h2>A condição dos gêmeos parasitas</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/17/17210207385007.jpg" alt="(Fonte: Reprodução)">(Fonte: Reprodução)Jean Libbera nasceu em Roma em 1884, e tinha outros doze irmãos na família. Um deles, aliás, nasceu também com um gêmeo parasita, mas não viveu além da infância.Jacques, o seu gêmeo, era aquilo que a ciência considera como um "parasita vestigial", que ocorre quando um embrião apenas se separa parcialmente em dois, se desenvolvendo de forma assimétrica no útero. Assim, acaba gerando um gêmeo maior, mais maduro, e outro menor.Esta condição é um tipo específico daquilo que se chama popularmente de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/106641-4-historias-tragicas-envolvendo-a-morte-de-gemeos-siameses.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">gêmeos siameses</a>, também chamado de xifópagos, que ocorre quando dois irmãos que compartilham uma parte do corpo nascem, crescem e vivem ligados um ao outro.O nascimento de gêmeos siameses configura um fenômeno muito raro, que afeta uma em cada 50 mil gestações no mundo todo. Por outro lado, os gêmeos parasitas são 10% dos gêmeos siameses, ou seja, raríssimos. É bem difícil que um gêmeo parasita sobreviva após o nascimento.<h2>A história do "Homem de Dois Corpos"</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/17/17205728740000.jpg" alt="(Fonte: Reprodução)">(Fonte: Reprodução)Em razão de seu gêmeo ter sobrevivido, Jean Libbera acabou seguindo carreira em um "show de horrores", onde exibia seu irmão para os olhares dos curiosos. Frequentemente, os dois usavam ternos combinando durante as apresentações.A fotógrafa Diane Arbus uma vez relatou: “não sei se as pessoas realmente desmaiaram quando viram Jean Libbera. Ele parecia um pouco triste em um pôster na parede oposta, de smoking, segurando docemente as mãos de seu gêmeo vestigial que cresceu, a cabeça para dentro, saindo de seu abdômen e usava, o gêmeo usava, sapatinhos de couro envernizado e uma fralda para evitar que ele molhe as calças.”Há algumas dúvidas sobre se Jacques realmente estava vivo. Mas, de acordo com alguns relatos, o gêmeo conseguia se mover, embora dependesse de Jean para sobreviver. Os dois irmãos compartilhavam tudo, incluindo os sistemas circulatório e nervoso.Embora seja difícil saber o que realmente verdade e o que era imaginação em sua história, consta que Jean levou uma vida relativamente normal, e que cobria Jacques com uma capa quando saía de casa. Ele teve quatro filhos saudáveis e voltou para a Itália em algum momento da vida, onde morreu entre 1934 e 1936.</body>

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