Quanto mais multilíngue você for, melhor seu cérebro controlará a atenção e como e quando ela responde

A maioria das pessoas no mundo fala dois (ou mais) idiomas. E se você é <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/118604-o-latim-continua-vivo-e-pronto-para-ser-estudado.htm">um dos muitos multilíngues</a> que estudam um terceiro ou quarto idioma, provavelmente já experienciou em primeira mão que é diferente de aprender um segundo idioma, além da sua língua nativa, e há boas razões para isso. E como você analisa esse processo?Bom, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121446-ser-bilingue-muda-a-arquitetura-do-cerebro-diz-estudo.htm">existem muitos tipos de bilíngues</a> e multilíngues, e eles têm diferentes experiências, níveis de proficiência e formas de usar seus idiomas. O que todos têm em comum, porém, é que os cérebros deles têm mais com o que "trabalhar" quando se trata de aprendizagem de línguas – eles já têm pelo menos dois sistemas linguísticos prontos.Para deixar mais claro esse sistema, podemos dizer que, ao aprender um novo idioma, o seu cérebro já está craque em lidar com várias coisas ao mesmo tempo. Isso significa que você o treina para usar recursos neurais de maneiras específicas, para equilibrar e gerenciar vários idiomas juntos. Os bilíngues processam a linguagem com mais eficiência do que os monolíngues, e quanto mais multilíngue você for, melhor seu cérebro controlará a atenção e como e quando ela responde – que é justamente a habilidade necessária para lidar com os vários idiomas. E quanto mais experiência de aprendizagem de línguas você acumula, mais sintonizado você fica com as dicas ou padrões dos idiomas aos quais está exposto.Mas, é importante lembrar que esse processo, por mais trabalhoso que seja para alguns, traz muitos benefícios e é perceptível a longo prazo. É normal que os multilíngues tenham diferentes proficiências e capacidades nas suas línguas, e mesmo ter proficiência limitada numa segunda língua pode realmente impulsionar os seus esforços de aprendizagem. Na verdade, às vezes o seu idioma menos proficiente pode ter uma influência maior no terceiro idioma do que o mais proficiente, normalmente quando é semelhante ao terceiro idioma.Assim, seu cérebro pode adotar estratégias diferentes para aprender um terceiro idioma: poderíamos "copiar e colar" um de nossos idiomas existentes em sua totalidade, e aplicá-lo no início do aprendizado de um terceiro idioma, ou copiar e colar poderia acontecer aos poucos, ao longo do tempo.O que sabemos é que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/comportamento/51317-e-se-todo-mundo-falasse-o-mesmo-idioma.htm">semelhança linguística</a> é muito importante. É mais provável que você (e seu cérebro) extraiam informações e padrões de um idioma semelhante a um terceiro idioma. Por exemplo, um falante de italiano que aprendeu inglês e agora está aprendendo espanhol provavelmente dependerá muito do italiano, já que o italiano e o espanhol compartilham muitas semelhanças.Muitas das atualizações que você precisará fazer em seu novo sistema de terceiro idioma serão soluções rápidas, como aprender (ou corrigir) novas palavras. Mas aprender novos sons e regras gramaticais pode levar mais tempo – especialmente se o seu cérebro extrair um som ou estrutura de uma das suas línguas existentes que é incompatível com a nova. Porém, isso é apenas parte do processo: não conseguimos acertar na primeira tentativa e, se fosse esse o caso, seríamos todos hiperpoliglotas! O importante é se aventurar e estudar, não é?Essas alterações nos idiomas existentes podem ser frustrantes, mas serão reversíveis se você começar a usá-los mais. Com isso, a prática é fundamental, e usar um aplicativo como o Duolingo pode te ajudar muito no processo.Então saiba: três nunca é demais! Seu cérebro bilíngue está pronto para aprender um novo idioma, e sua experiência anterior com o idioma lhe dará um grande impulso. Que tal começar já esse processo?Com colaboração de Jennifer Cabrelli***Analigia Martins é colunista do Mega Curioso e diretora de Marketing no Brasil de Duolingo, a maior plataforma de aprendizado de idiomas do mundo e o aplicativo mais baixado na categoria de Educação no iTunes e na Google Play. Responsável por aumentar a notoriedade e o crescimento do Duolingo no Brasil, segundo maior mercado da empresa, a executiva tem 20 anos de experiência em marketing de serviços, especialmente na área de Educação no Brasil e nos Estados Unidos. Analigia é pós-graduada em Administração de Empresas pela Universidade Harvard e bacharel em Publicidade pela Fundação Cásper Líbero.

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Aprender um terceiro idioma é mais fácil ou mais difícil do que um segundo?

Imagem de Será que os sons dos animais são iguais em todos os idiomas? no megacurioso

A forma como as línguas representam em palavras os sons dos animais pode nos ensinar muito sobre a pronúncia em diferentes idiomas

Os sons dos animais s&atilde;o <a href="http://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122194-como-as-pessoas-riem-pela-internet-em-outros-paises.htm" target="_blank" title="Como as pessoas riem pela internet em outros pa&iacute;ses?">onomatopeias</a>, ou seja, palavras que representam sons e ru&iacute;dos que ouvimos. Todos os gatos fazem &ldquo;miau&rdquo; na vida real, certo? Na verdade, n&atilde;o &eacute; bem assim. Mas calma, vou explicar! A forma como as l&iacute;nguas representam em palavras os&nbsp;<a href="http://www.megacurioso.com.br/ciencia/123876-qual-era-o-som-que-os-dinossauros-emitiam.htm" target="_blank" title="Qual era o som que os dinossauros emitiam?">sons dos animais</a> pode nos ensinar muito sobre a pron&uacute;ncia em diferentes idiomas &ndash; e sobre se os animais t&ecirc;m o mesmo som em todo o mundo!
Quando criamos palavras que imitam sons naturais, como "buzz", "boom", "crash" e "miau", elas s&atilde;o chamadas de onomatopeias, pois tentam imitar um som real do mundo: o som de uma abelha, uma forte explos&atilde;o, o som de algo quebrando ou um gato pedindo por comida &agrave;s 5 da manh&atilde;. A palavra onomatopeia vem do grego ?&nu;&omicron;&mu;&alpha;&tau;&omicron;&pi;&omicron;&iota;?&alpha; - um composto de ?&nu;&omicron;&mu;&alpha; (&oacute;noma, "nome") e &pi;&omicron;&iota;?&omega; (poi&eacute;o, "eu fa&ccedil;o"). O termo foi cunhado pelo fil&oacute;sofo e cientista grego Arist&oacute;teles.
Colocando as defini&ccedil;&otilde;es em pr&aacute;tica, presumimos que o som de um gato na Gr&eacute;cia &eacute; basicamente o mesmo de um gato das ruas do Brasil, certo? Ent&atilde;o, por que nem todas as l&iacute;nguas representam esses miados da mesma maneira?
Cada l&iacute;ngua utiliza o seu pr&oacute;prio conjunto de sons (humanos) nas suas palavras, e cada idioma tamb&eacute;m tem regras espec&iacute;ficas sobre como combinar sons e onde eles podem ir nas palavras. Por exemplo, palavras em espanhol nunca come&ccedil;am com a combina&ccedil;&atilde;o "sp" (elas precisam ter um "e" antes do "s"), e mesmo que falantes de ingl&ecirc;s possam emitir um som "ng" no meio ou no final de uma palavra, nenhuma palavra em ingl&ecirc;s come&ccedil;a com este som.
E uma das coisas interessante sobre isso &eacute; que a l&iacute;ngua que voc&ecirc; fala tamb&eacute;m molda os sons que voc&ecirc; ouve e como imagina os animais soando quando fazem barulho. Portanto, a forma como uma l&iacute;ngua representa o barulho que um porco faz pode nos dizer quais sons existem nessa l&iacute;ngua e como eles formam palavras! Mas, isso n&atilde;o quer dizer que, de fato, os animais fazem barulhos diferentes ao redor do mundo, &eacute; apenas uma <a href="http://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/125104-inscricao-de-behistun-a-pedra-de-roseta-da-escrita-cuneiforme.htm" target="_blank" title="Inscri&ccedil;&atilde;o de Behistun: a 'pedra de Roseta' da escrita cuneiforme">representa&ccedil;&atilde;o escrita</a>.
Al&eacute;m do gato, podemos citar como outro exemplo em ingl&ecirc;s o barulho que um porco faz (oink!), que cont&eacute;m uma combina&ccedil;&atilde;o de sons que reflete que esta &eacute; uma combina&ccedil;&atilde;o "aceit&aacute;vel" de sons em ingl&ecirc;s, como na palavra &oacute;leo (que seria ''oil''). Mas nem todas as l&iacute;nguas t&ecirc;m essas duas vogais espec&iacute;ficas e, mesmo que tenham, talvez n&atilde;o seja "permitido" combin&aacute;-las dessa forma! Em polon&ecirc;s, o barulho que um porco faz &eacute; chrum, onde o primeiro som fica entre um &ldquo;k&rdquo; e um &ldquo;h&rdquo; &ndash; um som que n&atilde;o existe em ingl&ecirc;s!
Tudo isso pode at&eacute; parecer muito abstrato e talvez at&eacute; peculiar se pararmos para refletir, mas &eacute; apenas um dos "mist&eacute;rios" da ci&ecirc;ncia da origem dos idiomas. Assim, podemos usar os sons dos animais como uma janela divertida e uma forma nova de pensar e aprender sobre como as l&iacute;nguas combinam sons &ndash; e tamb&eacute;m como todos n&oacute;s pensamos em nossos amigos peludos!
Com colabora&ccedil;&atilde;o de&nbsp;Mykhaylo Zakryzhevskyy e Alexander Mendes
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Analigia Martins &eacute; colunista do Mega Curioso e diretora de Marketing no Brasil de Duolingo, a maior plataforma de aprendizado de idiomas do mundo e o aplicativo mais baixado na categoria de Educa&ccedil;&atilde;o no iTunes e na Google Play. Respons&aacute;vel por aumentar a notoriedade e o crescimento do Duolingo no Brasil, segundo maior mercado da empresa, a executiva tem 20 anos de experi&ecirc;ncia em marketing de servi&ccedil;os, especialmente na &aacute;rea de Educa&ccedil;&atilde;o no Brasil e nos Estados Unidos. Analigia &eacute; p&oacute;s-graduada em Administra&ccedil;&atilde;o de Empresas pela Universidade Harvard e bacharel em Publicidade pela Funda&ccedil;&atilde;o C&aacute;sper L&iacute;bero.

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Será que os sons dos animais são iguais em todos os idiomas?

Imagem de Qual a relação da música com os idiomas? no megacurioso

Será que existe algum benefício em se aprofundar em músicas para aprender outras línguas?

Existem poucas coisas &ldquo;universais&rdquo; entre culturas, mas onde quer que as pessoas estejam &ndash; n&atilde;o importa em que tipo de clima vivam, em qual habita&ccedil;&atilde;o ou modo de vida &ndash; sempre haver&aacute; linguagem e sempre haver&aacute; m&uacute;sica. Como as culturas do mundo inteiro t&ecirc;m ambas as coisas, pode ser que esses sistemas estejam integrados no nosso DNA - e que tenhamos sido concebidos para sermos musicais, tal como fomos concebidos para sermos lingu&iacute;sticos! Mas, ser&aacute; que existe algum benef&iacute;cio nisso para o aprendizado de idiomas?
Antes de entrarmos, de fato, neste tema, &eacute; bom ressaltar que existem alguns fatores surpreendentes sobre a m&uacute;sica que sugerem que nossos c&eacute;rebros est&atilde;o realmente programados para entender (e curtir) m&uacute;sica. N&atilde;o me refiro em ser bom em um instrumento espec&iacute;fico ou gostar de um g&ecirc;nero determinado &ndash; e sim, que temos intui&ccedil;&otilde;es naturais sobre a m&uacute;sica e como ela funciona, assim como temos instintos sobre a linguagem.
Por exemplo, os beb&ecirc;s simplesmente descobrem as coisas: eles brincam, interagem, ouvem e repetem sons at&eacute; crescerem um pouco e se tornarem falantes e com opini&otilde;es pr&oacute;prias. Mas ningu&eacute;m os ensina &ndash; os adultos n&atilde;o precisam movimentar manualmente as bocas dos beb&ecirc;s no formato certo, ou praticar movimentos complexos em suas cordas vocais.
Acontece que a musicalidade funciona da mesma forma. Voc&ecirc; pode entrar em uma sala cheia de pessoas, tocar uma m&uacute;sica que elas nunca ouviram antes, e a plateia poder&aacute; bater palmas junto ao ritmo, sem ser ensinada diretamente. Isso n&atilde;o significa que nascemos sabendo tocar piano, assim como n&atilde;o nascemos falando ingl&ecirc;s.
Por&eacute;m, trago boas not&iacute;cias para os estudantes de idiomas. O nosso c&eacute;rebro est&aacute; preparado para aprender e interagir com a m&uacute;sica de uma forma semelhante &agrave; maneira como aprendemos l&iacute;nguas, implicitamente. O fato de termos essa musicalidade enraizada em n&oacute;s sugere que ela deve ter nos dado uma vantagem evolutiva em algum momento. Mas qual seria o benef&iacute;cio em ser musical?
A m&uacute;sica poderia ter sido uma vantagem evolutiva para os humanos, o que poderia explicar, por exemplo, por que podemos controlar nossas vozes de maneiras diferenciadas, mas nossos parentes primatas mais pr&oacute;ximos n&atilde;o conseguem produzir esse tipo de som. Existem outras esp&eacute;cies que possuem um controle vocal complexo, semelhante ao nosso, como p&aacute;ssaros, golfinhos e baleias, ent&atilde;o a comunica&ccedil;&atilde;o semelhante a um canto poderia ter sido uma vantagem em qualquer esp&eacute;cie.
Mas a m&uacute;sica tamb&eacute;m poderia ter servido a outro prop&oacute;sito: ter sido a antecessora da linguagem. Voc&ecirc; provavelmente j&aacute; aprendeu ou est&aacute; aprendendo sobre as teorias evolutivas de Darwin, e &eacute; exatamente sobre esse assunto que ele levantou esta hip&oacute;tese, e a chamou de "hip&oacute;tese da protolinguagem musical".
Basicamente, a nossa capacidade de controlar as nossas vozes de formas complexas permitiu-nos n&atilde;o apenas criar m&uacute;sica com elas, mas tamb&eacute;m enviar mensagens. Embora ainda n&atilde;o tenhamos certeza, parece que, uma vez que n&oacute;s &ndash; e nossos c&eacute;rebros &ndash; vinculamos os padr&otilde;es vocais aos significados, tivemos a estrutura sobre a qual constru&iacute;mos linguagens completas. Ou seja: os idiomas!
A m&uacute;sica e a linguagem s&atilde;o ferramentas poderosas que nos permitem conectar-nos uns com os outros e partilhar os nossos pensamentos e emo&ccedil;&otilde;es sobre o mundo que nos rodeia. Sabendo disso, o que voc&ecirc; est&aacute; esperando para colocar tudo em pr&aacute;tica? Seja aprendendo ou relembrando um idioma, ou conhecendo uma m&uacute;sica diferente, o importante &eacute; usufruirmos dessas ferramentas!
Com colabora&ccedil;&atilde;o de&nbsp;Cindy Blanco
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Analigia Martins &eacute; colunista do Mega Curioso e diretora de Marketing no Brasil de Duolingo, a maior plataforma de aprendizado de idiomas do mundo e o aplicativo mais baixado na categoria de Educa&ccedil;&atilde;o no iTunes e na Google Play. Respons&aacute;vel por aumentar a notoriedade e o crescimento do Duolingo no Brasil, segundo maior mercado da empresa, a executiva tem 20 anos de experi&ecirc;ncia em marketing de servi&ccedil;os, especialmente na &aacute;rea de Educa&ccedil;&atilde;o no Brasil e nos Estados Unidos. Analigia &eacute; p&oacute;s-graduada em Administra&ccedil;&atilde;o de Empresas pela Universidade Harvard e bacharel em Publicidade pela Funda&ccedil;&atilde;o C&aacute;sper L&iacute;bero.

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Qual a relação da música com os idiomas?

Imagem de É possível aprender mais de um idioma ao mesmo tempo? no megacurioso

Em algumas partes do mundo, aprender várias línguas desde o nascimento é normal. Mas será que é uma boa ideia estudar várias línguas de uma vez só?

Como voc&ecirc; deve imaginar, o c&eacute;rebro humano &eacute; programado para aprender diversas coisas ao longo da nossa vida, e isso tamb&eacute;m inclui idiomas &mdash; assim mesmo, no plural. Em algumas partes do mundo, aprender v&aacute;rias l&iacute;nguas desde o nascimento &eacute; normal, ou o idioma usado na escola &eacute; diferente do que a comunidade realmente usa. Mas ser&aacute; que &eacute; uma boa ideia estudar v&aacute;rias l&iacute;nguas de uma vez s&oacute;? Ou ser&aacute; que &eacute; confuso?
Te trago uma &oacute;tima not&iacute;cia de que sim, o c&eacute;rebro pode lidar com o aprendizado de dois (ou mais) idiomas ao mesmo tempo. Mas saiba que existem algumas maneiras de facilitar essa tarefa!
&Eacute; muito prov&aacute;vel que, ao pensar em palavras no seu novo idioma, voc&ecirc; passe primeiro pela tradu&ccedil;&atilde;o delas na sua primeira l&iacute;ngua. As conex&otilde;es entre as ideias, o que voc&ecirc; quer dizer, e as palavras que s&atilde;o usadas de fato para express&aacute;-las s&atilde;o muito fortes, porque voc&ecirc; conhece a sua l&iacute;ngua materna muito bem, e muitas vezes nem percebe todo esse processo racionalmente. Conforme voc&ecirc; pratica mais e recebe cada vez mais exemplos, s&atilde;o formadas conex&otilde;es mais fortes diretamente no idioma que voc&ecirc; est&aacute; aprendendo.
O c&eacute;rebro geralmente armazena todos os idiomas que voc&ecirc; conhece nas mesmas regi&otilde;es, ent&atilde;o sempre v&atilde;o haver conex&otilde;es que se sobrep&otilde;em umas &agrave;s outras. Elas surgem entre tradu&ccedil;&otilde;es e palavras com som parecido e mesmo significado ou outros significados. &Eacute; inevit&aacute;vel que o c&eacute;rebro ative essas palavras relacionadas, ou seja, que ele se lembre delas e as traga &agrave; tona. Isso tamb&eacute;m acontece com quem &eacute; bil&iacute;ngue desde muito cedo.
Ent&atilde;o como os poliglotas fazem para usar apenas um idioma por vez? N&atilde;o tem m&aacute;gica, e isso acontece com muita pr&aacute;tica! Aprender a suprimir uma l&iacute;ngua e todas as suas conex&otilde;es &eacute; uma habilidade cognitiva, ou seja, com um processo de constru&ccedil;&atilde;o do conhecimento. Para isso acontecer, &eacute; necess&aacute;rio um conjunto de capacidades mentais desenvolvidas ao longo do tempo, como mem&oacute;ria, aten&ccedil;&atilde;o, linguagem, criatividade e planejamento. E as pessoas que s&atilde;o bil&iacute;ngues s&atilde;o especialistas nisso. Os est&aacute;gios iniciais do aprendizado de m&uacute;ltiplos idiomas podem ser os mais dif&iacute;ceis, mas existem muitas coisas que voc&ecirc; pode fazer para se acostumar com esse tipo de pr&aacute;tica. E, claro, vou te trazer alguns exemplos!
N&atilde;o tenha pressa. Considere aprender apenas uma l&iacute;ngua no in&iacute;cio, at&eacute; ter uma base s&oacute;lida. Assim que tiver um bom dom&iacute;nio do vocabul&aacute;rio b&aacute;sico, da gram&aacute;tica e da constru&ccedil;&atilde;o das frases, tente adicionar outro idioma. No come&ccedil;o, tente estudar por per&iacute;odos mais longos (como 30 minutos seguidos de ingl&ecirc;s) em vez de dividi-los (por exemplo, 15 minutos de manh&atilde; e 15 minutos &agrave; noite). Isso d&aacute; mais tempo de entrar no &ldquo;modo ingl&ecirc;s&rdquo; ou &ldquo;modo espanhol&rdquo; e realmente mergulhar no idioma. Conforme ficar mais confort&aacute;vel e proficiente, &eacute; poss&iacute;vel que voc&ecirc; n&atilde;o precise de tanto tempo para se ajustar a cada l&iacute;ngua.
Voc&ecirc; pode tamb&eacute;m, por exemplo, dobrar o tempo de estudo. Por&eacute;m, sabemos que para a maioria dos adultos, o verdadeiro desafio em estudar v&aacute;rios idiomas de uma vez &eacute; justamente o tempo. Se voc&ecirc; estuda ingl&ecirc;s 30 minutos por dia e quer come&ccedil;ar a aprender espanhol tamb&eacute;m, dividir 30 minutos pela metade normalmente significa dedicar menos tempo para cada idioma. Pode ser que precise dobrar o tempo total de estudo para obter os mesmos resultados nas duas l&iacute;nguas, se for poss&iacute;vel.
Al&eacute;m disso, tenha expectativas realistas. Existem pr&oacute;s e contras em estudar dois idiomas ao mesmo tempo, sejam eles quais forem. Se o novo for parecido com o que voc&ecirc; j&aacute; sabe ou est&aacute; estudando h&aacute; algum tempo, talvez pegue o b&aacute;sico bem r&aacute;pido &mdash; mas pode ser dif&iacute;cil conseguir separar duas l&iacute;nguas pr&oacute;ximas. J&aacute; no caso de dois idiomas distantes, como espanhol e alem&atilde;o, &eacute; poss&iacute;vel que aconte&ccedil;a menos confus&atilde;o entre palavras e regras, mas tamb&eacute;m pode haver menos aspectos e conceitos de um que possam ser &ldquo;aproveitados&rdquo; no outro. Sendo assim, pense nisso quando for escolher os idiomas.
Quando j&aacute; estiver familiarizado em uma das suas novas l&iacute;nguas, voc&ecirc; pode tentar estudar as duas juntas. Uma sugest&atilde;o: fa&ccedil;a post-its com palavras nos dois idiomas (um lado em ingl&ecirc;s e o outro em espanhol) e n&atilde;o use a sua primeira l&iacute;ngua! Outra ideia &eacute; usar cores diferentes para escrever as palavras e ajudar a separ&aacute;-las (por exemplo, sempre usando azul para o ingl&ecirc;s).
Com essas dicas e conforme for pegando o jeito dos estudos e entender como tudo funciona para voc&ecirc;, te adianto que n&atilde;o vai conseguir segurar a vontade de aprender mais! Mas tenha em mente que, quando estiver estudando dois idiomas de uma vez s&oacute;, &eacute; necess&aacute;rio dedicar bastante tempo a cada um para receber toda bagagem lingu&iacute;stica &mdash; que &eacute; muito importante.
Com colabora&ccedil;&atilde;o de&nbsp;Cindy Blanco
***
Analigia Martins &eacute; colunista do Mega Curioso e diretora de Marketing no Brasil de Duolingo, a maior plataforma de aprendizado de idiomas do mundo e o aplicativo mais baixado na categoria de Educa&ccedil;&atilde;o no iTunes e na Google Play. Respons&aacute;vel por aumentar a notoriedade e o crescimento do Duolingo no Brasil, segundo maior mercado da empresa, a executiva tem 20 anos de experi&ecirc;ncia em marketing de servi&ccedil;os, especialmente na &aacute;rea de Educa&ccedil;&atilde;o no Brasil e nos Estados Unidos. Analigia &eacute; p&oacute;s-graduada em Administra&ccedil;&atilde;o de Empresas pela Universidade Harvard e bacharel em Publicidade pela Funda&ccedil;&atilde;o C&aacute;sper L&iacute;bero.

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É possível aprender mais de um idioma ao mesmo tempo?

Imagem de Como podemos fazer os nossos cérebros prestarem atenção? no megacurioso

A atenção tem um impacto físico real no cérebro, que pode ser visto em exames cerebrais

Nossos c&eacute;rebros est&atilde;o programados para fazer todos os tipos de coisas &ndash; incluindo armazenar mem&oacute;rias e prestar aten&ccedil;&atilde;o. Pense em uma situa&ccedil;&atilde;o cotidiana que requer mais aten&ccedil;&atilde;o do que se imagina: pedir um caf&eacute; na cafeteria. Voc&ecirc; v&ecirc; as pessoas, o card&aacute;pio, sente os cheiros, v&ecirc; as imagens na parede&hellip; Mas, conforme se prepara para pedir, o card&aacute;pio ganha destaque e todo o resto fica em segundo plano. Talvez, enquanto se prepara para pagar, um amigo chame seu nome, distraindo voc&ecirc;.
Para receber a sua bebida com sucesso, voc&ecirc; deve concentrar sua aten&ccedil;&atilde;o em uma coisa, excluindo outras: primeiro no menu e depois no barista e, enquanto isso, voc&ecirc; deve ignorar o que est&aacute; ao seu redor no caf&eacute;. Voc&ecirc; inconscientemente direcionou sua aten&ccedil;&atilde;o para certas partes do ambiente, mas tamb&eacute;m teve sua aten&ccedil;&atilde;o desviada quando seu amigo o chamou. E como isso &eacute; poss&iacute;vel?
Bom, a aten&ccedil;&atilde;o &eacute; o processo de focar profundamente em uma coisa, excluindo outras. Quando chegou a sua vez de pedir, seu c&eacute;rebro aumentou o foco no barista e suprimiu outras partes do ambiente. Seu c&eacute;rebro percebe e armazena o que &eacute; de interesse, e essa informa&ccedil;&atilde;o &eacute; processada em mais &aacute;reas do c&eacute;rebro. A aten&ccedil;&atilde;o tem um impacto f&iacute;sico real no c&eacute;rebro, que pode ser visto em exames cerebrais.
Passamos a vida inteira treinando nossos c&eacute;rebros sobre o que atender e o que ignorar, dependendo da situa&ccedil;&atilde;o. Prestamos aten&ccedil;&atilde;o em algumas coisas porque podem nos ajudar a sobreviver e aprendemos a prestar aten&ccedil;&atilde;o em outras coisas porque nos ajudam a atingir uma meta de curto prazo. E temos algumas caracter&iacute;sticas &agrave;s quais nosso c&eacute;rebro n&atilde;o pode deixar de prestar aten&ccedil;&atilde;o, como rotina e familiaridade, coisas que nos recompensam e nos trazem refor&ccedil;o positivo, padr&otilde;es, coisas diferentes e que se destacam &agrave;s demais, e muito mais.
Usamos esse mecanismo do c&eacute;rebro tamb&eacute;m para o aprendizado de idiomas, facilitando todo o processo! A aten&ccedil;&atilde;o ajuda voc&ecirc; e seu aprendizado, evitando a sobrecarga de informa&ccedil;&otilde;es e priorizando informa&ccedil;&otilde;es novas, interessantes ou &uacute;teis. Como prestar aten&ccedil;&atilde;o a algo aumenta o sinal no c&eacute;rebro, as chances s&atilde;o maiores de que algo seja lembrado no futuro.
Na hora de estudar, perceba quando rende mais e se sai melhor. Voc&ecirc; &eacute; uma pessoa matinal? Mais focado com algum ru&iacute;do ambiente? Descubra quando s&atilde;o seus bons momentos e aproveite-os! D&ecirc; a si mesmo todas as chances de controlar a sua aten&ccedil;&atilde;o no hor&aacute;rio de estudo. Para ajud&aacute;-lo a se concentrar no que &eacute; importante, reduza as distra&ccedil;&otilde;es e torne o ambiente de aprendizagem previs&iacute;vel para o seu c&eacute;rebro. Experimente estudar em locais semelhantes e no mesmo hor&aacute;rio do dia e aprenda como limitar as distra&ccedil;&otilde;es mais tentadoras, desenvolvendo h&aacute;bitos de estudo mais consistentes.
Repare tamb&eacute;m no que faz sua aten&ccedil;&atilde;o vagar e te distrai. Use o telefone ao seu favor, n&atilde;o como uma distra&ccedil;&atilde;o! Por exemplo, no menu de configura&ccedil;&otilde;es, altere seus lembretes de notifica&ccedil;&otilde;es para o hor&aacute;rio que achar melhor. E, claro, desative as de aplicativos espec&iacute;ficos quando precisar de tempo de concentra&ccedil;&atilde;o. Nossos h&aacute;bitos e ambiente podem ser dif&iacute;ceis de mudar, ent&atilde;o aprenda o que pode controlar!
Seja intencional em rela&ccedil;&atilde;o ao seu tempo de estudo. Antes de come&ccedil;ar uma tarefa de aprendizado, identifique qual &eacute; seu objetivo final do dia e o que precisa fazer para chegar l&aacute;. Isso funciona da mesma maneira que as perguntas do guia de estudo antes de um teste ou o que vemos &agrave;s vezes no in&iacute;cio do cap&iacute;tulo de um livro did&aacute;tico. Isto &eacute; chamado de metacogni&ccedil;&atilde;o &ndash; pensar sobre como voc&ecirc; pensa &ndash; e essa intencionalidade ajuda a esclarecer no que deseja prestar aten&ccedil;&atilde;o.
Gamifique seu aprendizado! Afinal, &eacute; poss&iacute;vel estudar e se divertir ao mesmo tempo. No Duolingo, por exemplo, isso &eacute; poss&iacute;vel durante as li&ccedil;&otilde;es e nas ligas, que estimulam os alunos. Nos outros estudos, &eacute; interessante gamificar sua aten&ccedil;&atilde;o encontrando uma maneira de torn&aacute;-la interessante para voc&ecirc;, especialmente quando &eacute; dif&iacute;cil prestar aten&ccedil;&atilde;o. Outro exemplo j&aacute; conhecido &eacute; o m&eacute;todo pomodoro, que consiste em focar a aten&ccedil;&atilde;o durante 25 minutos e fazer uma pausa de 5 &ndash; o que lhe d&aacute; uma meta de curto prazo e pode evitar que se sinta sobrecarregado.
E n&atilde;o menos importante, concentre-se no que importa! A aten&ccedil;&atilde;o nos ajuda a captar as partes mais importantes da nova informa&ccedil;&atilde;o&hellip; desde que consigamos evitar distra&ccedil;&otilde;es! Compreender o que o afasta de seus objetivos pode realmente ajud&aacute;-lo a gerenciar seu ambiente de aprendizagem e a se preparar para o sucesso.
Que tal come&ccedil;ar a usar essas dicas na pr&oacute;xima vez que for estudar?
Com colabora&ccedil;&atilde;o de&nbsp;Ryan Peters
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Analigia Martins &eacute; colunista do Mega Curioso e diretora de Marketing no Brasil de Duolingo, a maior plataforma de aprendizado de idiomas do mundo e o aplicativo mais baixado na categoria de Educa&ccedil;&atilde;o no iTunes e na Google Play. Respons&aacute;vel por aumentar a notoriedade e o crescimento do Duolingo no Brasil, segundo maior mercado da empresa, a executiva tem 20 anos de experi&ecirc;ncia em marketing de servi&ccedil;os, especialmente na &aacute;rea de Educa&ccedil;&atilde;o no Brasil e nos Estados Unidos. Analigia &eacute; p&oacute;s-graduada em Administra&ccedil;&atilde;o de Empresas pela Universidade Harvard e bacharel em Publicidade pela Funda&ccedil;&atilde;o C&aacute;sper L&iacute;bero.

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Como podemos fazer os nossos cérebros prestarem atenção?

Imagem de Como o cérebro aprende com os padrões de linguagem? no megacurioso

Nossos cérebros vêm equipados com várias ferramentas de descoberta de padrões para nos ajudar a começar a aprender

Aprender &eacute; algo que os humanos fazem naturalmente, muitas vezes sem perceber, e nossos c&eacute;rebros v&ecirc;m equipados com v&aacute;rias ferramentas de descoberta de padr&otilde;es para nos ajudar a come&ccedil;ar a aprender <a href="http://www.megacurioso.com.br/ciencia/120106-como-os-bebes-entendem-o-perigo.htm" target="_blank" title="Como os beb&ecirc;s entendem o perigo?">desde o momento em que nascemos</a>. Como, por exemplo, quando os pais ensinam as palavras para os beb&ecirc;s. Eles v&atilde;o aprendendo pela repeti&ccedil;&atilde;o e relacionando tudo com as "coisas" novas, para ent&atilde;o come&ccedil;ar a falar. E o aprendizado de idiomas n&atilde;o &eacute; diferente. Mas, voc&ecirc; sabe como tudo isso realmente acontece no nosso c&eacute;rebro?
Uma das mais poderosas ferramentas de aprendizado &eacute; chamada de aprendizado estat&iacute;stico, e funciona nos bastidores para transformar nossos c&eacute;rebros em um dos melhores computadores existentes. No aprendizado estat&iacute;stico, seu c&eacute;rebro&nbsp;<a href="http://www.megacurioso.com.br/papo-de-bar/63181-entenda-como-lars-andersen-enganou-todo-mundo-em-seu-video-de-arquearia.htm" target="_blank" title="Entenda como Lars Andersen enganou todo mundo em seu v&iacute;deo de arquearia ">observa e conta o que est&aacute; acontecendo</a> ao seu redor, seja ouvindo um idioma, ouvindo m&uacute;sica ou observando o ambiente. Ao calcular com que periodicidade uma coisa acontece antes ou depois de outra, seu c&eacute;rebro aprende com que frequ&ecirc;ncia diferentes combina&ccedil;&otilde;es acontecem juntas &ndash; e se algumas coisas sempre ocorrem juntas, elas podem formar uma unidade que ser&aacute; importante voc&ecirc; se lembrar.
O rastreamento de padr&otilde;es, como o aprendizado estat&iacute;stico, est&aacute; t&atilde;o integrado ao funcionamento do nosso c&eacute;rebro que nem percebemos que estamos fazendo isso. Como nosso c&eacute;rebro n&atilde;o avisa o que aprendeu ou em quais hip&oacute;teses est&aacute; trabalhando a partir de todas essas estat&iacute;sticas, muitas vezes nos parece um&nbsp;<a href="http://www.megacurioso.com.br/comportamento/74218-intuicao-voce-vai-se-espantar-com-o-que-a-ciencia-tem-a-dizer-sobre-o-tema.htm" target="_blank" title="Intui&ccedil;&atilde;o: Voc&ecirc; vai se espantar com o que a ci&ecirc;ncia tem a dizer sobre o tema">palpite ou instinto</a> de que algo se encaixa ou parece ser o padr&atilde;o certo. Afinal, nossos pensamentos e a&ccedil;&otilde;es s&atilde;o espont&acirc;neos e nem sempre paramos para pensar como fazemos ou sabemos das coisas, certo? &Eacute; uma sensa&ccedil;&atilde;o!
Sempre que seu c&eacute;rebro pensa que pode haver um padr&atilde;o nos dados, ele come&ccedil;a a trabalhar analisando-o... e seu c&eacute;rebro est&aacute; sempre observando! A m&uacute;sica, por exemplo, tem seu pr&oacute;prio tipo de "gram&aacute;tica" musical, e nossos c&eacute;rebros s&atilde;o constru&iacute;dos para essa an&aacute;lise estat&iacute;stica de padr&atilde;o. Ent&atilde;o voc&ecirc; n&atilde;o ficar&aacute; surpreso se seu c&eacute;rebro tamb&eacute;m analisar padr&otilde;es de linguagem! A linguagem &eacute; s&oacute; mais um tipo de dado ao qual seu c&eacute;rebro presta muita aten&ccedil;&atilde;o, e h&aacute; muitos tipos de subpartes da linguagem para rastrear e analisar.
No seu pr&oacute;prio idioma o c&eacute;rebro rastreia ocorr&ecirc;ncias frequentes - ou que ocorrem juntas. Ele ent&atilde;o conta com que frequ&ecirc;ncia uma coisa segue a outra e calcula as probabilidades de transi&ccedil;&atilde;o para entender o que &eacute; prov&aacute;vel que componha palavras e frases. E uma curiosidade: os modelos de IA tamb&eacute;m fazem isso!
Mesmo que voc&ecirc; n&atilde;o esteja ciente dessas regras, elas s&atilde;o padr&otilde;es que seu c&eacute;rebro acompanha desde a inf&acirc;ncia e voc&ecirc; os usa todos os dias. Seu c&eacute;rebro tamb&eacute;m faz o mesmo tipo de rastreamento e an&aacute;lise no idioma que voc&ecirc; est&aacute; aprendendo.
Para os alunos adultos, o desafio da aprendizagem &eacute; muito mais dif&iacute;cil para o seu c&eacute;rebro obter dados suficientes, e o tipo certo de dados, para aprender os padr&otilde;es. Na sua pr&oacute;pria l&iacute;ngua, voc&ecirc; teve anos para acumular uma enorme "biblioteca mental" de todas as formas como as palavras s&atilde;o usadas. Mas, para uma nova l&iacute;ngua, a maioria dos adultos obt&eacute;m apenas alguns dados de cada vez. Isso torna dif&iacute;cil para o seu c&eacute;rebro rastrear todos os padr&otilde;es que voc&ecirc; precisa saber em seu novo idioma! Mas, calma que n&atilde;o &eacute; imposs&iacute;vel e existem dicas para facilitar a jornada de aprendizado.
&Eacute; por isso que &eacute; t&atilde;o importante desenvolver fortes h&aacute;bitos de estudo e encontrar maneiras de praticar o novo idioma todos os dias. Voc&ecirc; pode fazer aulas no Duolingo e obter esses valiosos dados lingu&iacute;sticos da maneira que mais gosta, como tamb&eacute;m atrav&eacute;s de m&uacute;sica, TV e filmes, e at&eacute; mesmo videogames.
Voc&ecirc; pode at&eacute; se surpreender com o poder das m&aacute;quinas atuais, mas seu c&eacute;rebro &eacute; a mais avan&ccedil;ada IA! Nos bastidores, seu c&eacute;rebro conta, rastreia e analisa tudo ao seu redor &ndash; incluindo a linguagem. Ele aprendeu os padr&otilde;es complicados que voc&ecirc; usa em seu pr&oacute;prio idioma todos os dias e tamb&eacute;m est&aacute; trabalhando duro para descobrir esses padr&otilde;es no novo idioma que est&aacute; aprendendo. Ent&atilde;o n&atilde;o tenha medo de dar o que ele quer: mais dados!
Com colabora&ccedil;&atilde;o de Cindy Blanco
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Analigia Martins &eacute; colunista do Mega Curioso e diretora de Marketing no Brasil de Duolingo, a maior plataforma de aprendizado de idiomas do mundo e o aplicativo mais baixado na categoria de Educa&ccedil;&atilde;o no iTunes e na Google Play. Respons&aacute;vel por aumentar a notoriedade e o crescimento do Duolingo no Brasil, segundo maior mercado da empresa, a executiva tem 20 anos de experi&ecirc;ncia em marketing de servi&ccedil;os, especialmente na &aacute;rea de Educa&ccedil;&atilde;o no Brasil e nos Estados Unidos. Analigia &eacute; p&oacute;s-graduada em Administra&ccedil;&atilde;o de Empresas pela Universidade Harvard e bacharel em Publicidade pela Funda&ccedil;&atilde;o C&aacute;sper L&iacute;bero.

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Como o cérebro aprende com os padrões de linguagem?

Imagem de É possível aprender um idioma enquanto dormimos? no megacurioso

O aprendizado de idiomas tem tudo a ver com construir e fortalecer conexões em seu cérebro. E enquanto você dorme, essas conexões se fortalecem ainda mais

Parece m&aacute;gica, mas j&aacute; te adianto que a resposta &eacute;: sim! Tudo come&ccedil;a enquanto estamos acordados e aprendendo alguma coisa. Seu c&eacute;rebro cria um &ldquo;tra&ccedil;o&rdquo;: uma conex&atilde;o entre o que aprendeu e outras experi&ecirc;ncias e conhecimentos que possui. Depois, quando dormimos, nossos c&eacute;rebros consolidam mem&oacute;rias, o que nada mais &eacute; do que o processo de mover as lembran&ccedil;as da&nbsp;<a href="http://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/126700-4-habitos-que-podem-causar-perda-da-memoria.htm" target="_blank" title="4 h&aacute;bitos que podem causar perda da mem&oacute;ria">mem&oacute;ria de curto prazo</a> (onde as manteve durante sua experi&ecirc;ncia de aprendizado), para a mem&oacute;ria de longo prazo, para que possa usar essas informa&ccedil;&otilde;es mais tarde. E &eacute; a&iacute; que&nbsp;<a href="http://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122933-7-tipos-de-descanso-que-evitam-o-burnout.htm" target="_blank" title="7 tipos de descanso que evitam o burnout">o sono &eacute; muito importante</a> para permitir que isso aconte&ccedil;a.
O aprendizado de idiomas tem tudo a ver com construir e fortalecer conex&otilde;es em seu c&eacute;rebro. E enquanto voc&ecirc; dorme, essas conex&otilde;es se fortalecem ainda mais, o que &eacute; especialmente &uacute;til para coisas novas que voc&ecirc; aprendeu naquele dia, como novas palavras em um segundo idioma. Portanto, mesmo que n&atilde;o esteja aprendendo essas novas palavras durante o sono em si, ele &eacute; essencial para lembrar delas a longo prazo.
Os pesquisadores puderam estudar como e o que aprendemos enquanto dormimos fazendo experimentos de sono. E as pesquisas realmente mostram que nosso c&eacute;rebro processa&nbsp;<a href="http://www.megacurioso.com.br/ciencia/116493-grilo-faz-o-mesmo-barulho-ha-mais-de-300-milhoes-de-anos.htm" target="_blank" title="Grilo faz o mesmo barulho h&aacute; mais de 300 milh&otilde;es de anos">padr&otilde;es sonoros</a> enquanto dormimos. Frequentemente, os alunos precisam praticar novos sons em um novo idioma, e pode ser realmente desafiador ouvir as diferen&ccedil;as, e ainda mais pronunci&aacute;-las! Mas calma que &eacute; aqui que essa "m&aacute;gica" tamb&eacute;m entra em a&ccedil;&atilde;o!
A boa not&iacute;cia &eacute; que a consolida&ccedil;&atilde;o enquanto dorme pode ajudar seu c&eacute;rebro a captar padr&otilde;es nesses novos sons, e isso &eacute; importante para aprender as novas palavras. Ou seja, se quiser realmente aprender bem uma palavra, &eacute; muito mais &uacute;til pratic&aacute;-la algumas vezes ao dia, ao longo de v&aacute;rios dias, do que repeti-la 20 vezes seguidas em uma sess&atilde;o de estudo. E os cursos do Duolingo s&atilde;o projetados com isso em mente: ao seguir o caminho no app, as palavras rec&eacute;m-aprendidas voltam espa&ccedil;adas ao longo do tempo.
Provavelmente voc&ecirc; j&aacute; ouviu ou ainda ouve professores e at&eacute; mesmo os pais dizendo: "N&atilde;o adianta ficar estudando a madrugada inteira, a prova j&aacute; &eacute; amanh&atilde;, vai descansar a cabe&ccedil;a!". Agora voc&ecirc; entende bem o motivo, certo? Por&eacute;m, muitas pessoas n&atilde;o dormem o suficiente e acho importante refor&ccedil;ar um pouco mais sobre como o sono &eacute; importante para o aprendizado - mesmo al&eacute;m da consolida&ccedil;&atilde;o da mem&oacute;ria sobre a qual falamos anteriormente!
Antes que seu c&eacute;rebro possa consolidar qualquer mem&oacute;ria, voc&ecirc; precisa aprender a "coisa" nova em primeiro lugar. E seu c&eacute;rebro tem mais dificuldade para fazer isso se n&atilde;o dormiu o suficiente: a falta de sono dificulta a concentra&ccedil;&atilde;o, o que torna mais dif&iacute;cil prestar aten&ccedil;&atilde;o e obter essas informa&ccedil;&otilde;es na mem&oacute;ria de curto prazo, e tamb&eacute;m tem efeitos negativos no seu humor e na sua capacidade de tomar decis&otilde;es e manter h&aacute;bitos, que s&atilde;o fundamentais quando se quer aprender um idioma.
Como ainda n&atilde;o &eacute; poss&iacute;vel construir uma m&aacute;quina para ajudar no aprendizado de qualquer l&iacute;ngua enquanto dormimos, nascemos com um c&eacute;rebro que usa o sono para consolidar tudo o que aprendemos no dia. E embora possa ser tentador ficar acordado at&eacute; tarde estudando, o c&eacute;rebro funciona muito melhor se dermos o descanso de que ele precisa, pois o sono &eacute; o melhor aliado do aprendizado.
Com colabora&ccedil;&atilde;o de&nbsp;Elise Hopman
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Analigia Martins &eacute; colunista do Mega Curioso e diretora de Marketing no Brasil de Duolingo, a maior plataforma de aprendizado de idiomas do mundo e o aplicativo mais baixado na categoria de Educa&ccedil;&atilde;o no iTunes e na Google Play. Respons&aacute;vel por aumentar a notoriedade e o crescimento do Duolingo no Brasil, segundo maior mercado da empresa, a executiva tem 20 anos de experi&ecirc;ncia em marketing de servi&ccedil;os, especialmente na &aacute;rea de Educa&ccedil;&atilde;o no Brasil e nos Estados Unidos. Analigia &eacute; p&oacute;s-graduada em Administra&ccedil;&atilde;o de Empresas pela Universidade Harvard e bacharel em Publicidade pela Funda&ccedil;&atilde;o C&aacute;sper L&iacute;bero.

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É possível aprender um idioma enquanto dormimos?

Imagem de Entenda as relações dos jargões no ambiente de trabalho com o aprendizado de idiomas no megacurioso

Muitas das palavras que usamos no ambiente de trabalho são em inglês porque a globalização fez com que algumas palavras em inglês sejam comuns em mercados em que o idioma não é a língua oficial

Feedback, call, job ou at&eacute; mesmo insight. Essas palavras te parecem familiares? Bom, n&atilde;o preciso ser alguma vidente para supor &mdash; e, talvez at&eacute; confirmar &mdash;, que voc&ecirc; muito provavelmente j&aacute; ouviu essas express&otilde;es no ambiente de trabalho ou at&eacute; mesmo em seu dia a dia. Elas s&atilde;o, nada mais, do que alguns jarg&otilde;es em ingl&ecirc;s. Mas, o que isso significa quando relacionamos os jarg&otilde;es em diferentes idiomas com a globaliza&ccedil;&atilde;o?
Seja em qualquer l&iacute;ngua do mundo, existem diversas palavras e express&otilde;es pr&oacute;prias do ambiente de trabalho que podem significar algo ou algum comando. E em cada &aacute;rea de atua&ccedil;&atilde;o, por exemplo, tamb&eacute;m existir&atilde;o siglas que, se voc&ecirc; for de outro departamento, n&atilde;o vai ter ideia do que significam. Imagine s&oacute; n&atilde;o ter nenhum conhecimento sobre computa&ccedil;&atilde;o e passar o dia com o time do TI da empresa que vive usando e conversando por c&oacute;digos e palavras em ingl&ecirc;s! Mesmo com todo contexto, a comunica&ccedil;&atilde;o parecer&aacute; provavelmente confusa, n&atilde;o &eacute; mesmo?
Muitas das palavras que usamos no ambiente de trabalho s&atilde;o em ingl&ecirc;s. Isso porque a globaliza&ccedil;&atilde;o dos neg&oacute;cios fez com que algumas palavras t&eacute;cnicas em ingl&ecirc;s sejam comuns em mercados em que o idioma n&atilde;o &eacute; a l&iacute;ngua oficial. Mas, quando o assunto &eacute; aprendizado de idioma e suas tradu&ccedil;&otilde;es, nem todas as pessoas &mdash; independente da &aacute;rea de atua&ccedil;&atilde;o &mdash; as entendem e podem ficar confusas e n&atilde;o compreender. Inclusive, foi exatamente isso que uma recente pesquisa do Duolingo em parceria com o LinkedIn nos mostrou.
O estudo que realizamos visou entender e examinar melhor como esses jarg&otilde;es podem impactar os profissionais mundialmente e como os idiomas influenciam a sua vida di&aacute;ria no trabalho. E os resultados confirmaram que os jarg&otilde;es podem realmente tornar a comunica&ccedil;&atilde;o mais complicada, com 66% dos profissionais brasileiros afirmando que as pessoas com que trabalham usam muitos jarg&otilde;es no ambiente de trabalho. Al&eacute;m disso, 28% deles dizem que tiveram um mal-entendido ou cometeram um erro no trabalho porque n&atilde;o sabiam o significado de algum jarg&atilde;o do ambiente de trabalho ou n&atilde;o o usaram corretamente, com as gera&ccedil;&otilde;es mais jovens sentindo mais. Isso acontece pelo fato de que, alguns jarg&otilde;es sequer possuem significados literais das palavras e express&otilde;es nas tradu&ccedil;&otilde;es.
Sabemos que o ingl&ecirc;s &eacute; a l&iacute;ngua mais falada no mundo e tamb&eacute;m &eacute; a mais estudada no Duolingo, com mais de 50% dos nossos alunos globalmente optando pelo curso do idioma. Por isso, &eacute; natural que existam muitas delas no nosso dia a dia. A pesquisa nos mostrou tamb&eacute;m que as frases mais confusas para pa&iacute;ses n&atilde;o falantes de ingl&ecirc;s s&atilde;o acr&ocirc;nimos em ingl&ecirc;s e palavras que n&atilde;o existem em seus idiomas nativos, como por exemplo, "brainstorm" no Brasil. Por&eacute;m, al&eacute;m da import&acirc;ncia de estar antenado no que falam ao seu redor, com os resultados, conclu&iacute;mos que as pessoas sentem que conhecer os jarg&otilde;es do ambiente de trabalho tamb&eacute;m pode resultar em promo&ccedil;&otilde;es e aumento de sal&aacute;rio.
Ent&atilde;o, para n&atilde;o se sentir exclu&iacute;do das conversas e ter sucesso nessa jornada profissional e pessoal, posso te dar alguns conselhos! Primeiro de tudo: n&atilde;o se cobre e nem se culpe quando n&atilde;o souber, perguntar &eacute; sempre a melhor solu&ccedil;&atilde;o. Afinal, ningu&eacute;m nasce sabendo, certo? &Eacute; fato que falar ingl&ecirc;s &eacute; mais importante do que nunca, tanto para a carreira como para a vida (viajar, amizades, etc.), fazendo com que se tenha um destaque maior e se posicione melhor em entrevistas de emprego e no seu cargo atual e at&eacute; mesmo criando rela&ccedil;&otilde;es interpessoais mais s&oacute;lidas.
Se dedique a aprender ou aprimorar ainda mais essa l&iacute;ngua, tenho certeza que n&atilde;o ir&aacute; se arrepender! Que tal come&ccedil;ar ASAP (As Soon As Possible), &mdash; ou melhor, o mais cedo poss&iacute;vel &mdash; e colocar em pr&aacute;tica?
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Analigia Martins &eacute; colunista do Mega Curioso e diretora de Marketing no Brasil de Duolingo, a maior plataforma de aprendizado de idiomas do mundo e o aplicativo mais baixado na categoria de Educa&ccedil;&atilde;o no iTunes e na Google Play. Respons&aacute;vel por aumentar a notoriedade e o crescimento do Duolingo no Brasil, segundo maior mercado da empresa, a executiva tem 20 anos de experi&ecirc;ncia em marketing de servi&ccedil;os, especialmente na &aacute;rea de Educa&ccedil;&atilde;o no Brasil e nos Estados Unidos. Analigia &eacute; p&oacute;s-graduada em Administra&ccedil;&atilde;o de Empresas pela Universidade Harvard e bacharel em Publicidade pela Funda&ccedil;&atilde;o C&aacute;sper L&iacute;bero.

thumb-image-2024-02-29T14:06:59.341Z

Entenda as relações dos jargões no ambiente de trabalho com o aprendizado de idiomas

Imagem de A verdade sobre mitos comuns ao aprender uma nova língua no megacurioso

Vamos compartilhar a verdade por trás de alguns dos mitos mais comuns sobre o aprendizado de idiomas

&Eacute; fato que h&aacute; muita desinforma&ccedil;&atilde;o sobre o&nbsp;<a href="http://www.megacurioso.com.br/ciencia/124487-como-o-nosso-cerebro-lembra-do-idioma-que-estamos-aprendendo.htm" target="_blank" title="Como o nosso c&eacute;rebro lembra do idioma que estamos aprendendo?">aprendizado de idiomas</a> por a&iacute;: quanto tempo leva, qu&atilde;o dif&iacute;cil &eacute;, o que voc&ecirc; precisa fazer para se sentir confort&aacute;vel usando um novo idioma&hellip; Mas aqui vou compartilhar a verdade por tr&aacute;s de alguns dos mitos mais comuns sobre o aprendizado de idiomas, que muitas vezes at&eacute; impedem alguns alunos de se dedicarem ao estudo.
Um dos mais comuns, e que voc&ecirc; j&aacute; deve ter ouvido muito, &eacute; que &eacute; preciso&nbsp;<a href="http://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/70117-turbine-sua-cachola-com-metodos-eficientes.htm" target="_blank" title="Turbine sua &ldquo;cachola&rdquo; com m&eacute;todos eficientes">memorizar todas as palavras</a> do idioma. A verdade: ningu&eacute;m conhece todas as palavras em sua pr&oacute;pria l&iacute;ngua, muito menos na l&iacute;ngua que est&aacute; aprendendo. E uma comunica&ccedil;&atilde;o bem-sucedida tamb&eacute;m n&atilde;o depende disso. O mais importante &eacute; ser capaz de explicar o que voc&ecirc; quer dizer e entender as explica&ccedil;&otilde;es dos outros. Voc&ecirc; encontra&nbsp;<a href="http://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/125182-hebreu-como-a-antiga-lingua-judaica-renasceu-2-mil-anos-depois.htm" target="_blank" title="Hebreu: como a antiga l&iacute;ngua judaica renasceu 2 mil anos depois">novas palavras</a> em seu pr&oacute;prio idioma o tempo todo e, mesmo que uma palavra seja totalmente nova para voc&ecirc;, muitas vezes &eacute; poss&iacute;vel obter seu significado a partir de pistas de contexto ou de um palpite.
Outro mito comum &eacute; que voc&ecirc; pode se tornar fluente rapidamente. A verdade: n&atilde;o h&aacute; solu&ccedil;&otilde;es r&aacute;pidas, truques f&aacute;ceis ou maneiras de aprender um idioma inteiro em seis semanas, por exemplo. O aprendizado de idiomas leva mais tempo e sempre envolve treinar seu c&eacute;rebro para fazer novas conex&otilde;es entre palavras, gram&aacute;tica e como elas s&atilde;o pronunciadas. Mas fique tranquilo, isso faz parte do processo.
Mais um mito: pessoas mais velhas n&atilde;o podem aprender novos idiomas. Mentira! Com os recursos certos, motiva&ccedil;&atilde;o e chances de interagir e usar o idioma, os adultos tamb&eacute;m podem aprender. Sabemos que as crian&ccedil;as s&atilde;o &oacute;timas aprendizes de idiomas, mas existem diferen&ccedil;as entre os c&eacute;rebros de crian&ccedil;as e adultos. Os adultos tamb&eacute;m precisam de mais tempo, levando em considera&ccedil;&atilde;o as obriga&ccedil;&otilde;es familiares e de trabalho. &Eacute; por isso que &eacute; ainda mais importante desenvolver bons h&aacute;bitos de estudo que possam sobreviver &agrave;s agendas agitadas e mant&ecirc;-lo no caminho em sua jornada de aprendizado. No Duolingo, por exemplo, com alguns minutinhos por dia voc&ecirc; j&aacute; consegue completar li&ccedil;&otilde;es e criar uma rotina.
Um mito que j&aacute; foi desmentido, mas precisa ser citado, &eacute; que a pron&uacute;ncia tem que ser perfeita para ser compreendida. A verdade &eacute; que todo mundo tem sotaque em seu pr&oacute;prio idioma (e como no Brasil, at&eacute; mesmo em cada regi&atilde;o do pa&iacute;s), e em outras l&iacute;nguas n&atilde;o &eacute; diferente. Os alunos &agrave;s vezes pensam que precisam "soar como nativos" para se comunicar com sucesso, mas essa "meta" &eacute; irrealista e (felizmente) desnecess&aacute;ria. Ent&atilde;o, foque em aprender as palavras e com o tempo voc&ecirc; vai aperfei&ccedil;oando os fonemas. No app e na nossa playlist do Spotify, os personagens podem te ajudar nisso.
Para muitos alunos, falar &eacute; mais intimidador do que ler ou escutar. Por&eacute;m, n&atilde;o fique com medo e comece a falar o novo idioma j&aacute; no primeiro dia, pois isso poder&aacute; te beneficiar (e muito!). Outro mito sobre o aprendizado &eacute; que &eacute; melhor esperar at&eacute; que voc&ecirc; tenha feito algo antes de come&ccedil;ar a praticar a fala. Esse "algo" pode ser desde terminar uma unidade espec&iacute;fica no Duolingo, ou sentir-se &agrave; vontade para escutar, ou saber mais vocabul&aacute;rio ou gram&aacute;tica, mas quanto mais voc&ecirc; adiar a pr&aacute;tica dessa importante habilidade, mais dif&iacute;cil ser&aacute; come&ccedil;ar. Pense em praticar o que voc&ecirc; sabe.
O &uacute;ltimo mito &mdash; e n&atilde;o menos importante &mdash; &eacute; que precisamos logo de primeira aprender toda a gram&aacute;tica correta. A verdade &eacute; que voc&ecirc; pode sim transmitir seu ponto de vista muito antes de aprend&ecirc;-la. O que &eacute; registrado em livros como gram&aacute;tica "adequada" geralmente &eacute; muito diferente de como as pessoas realmente falam. Especialmente no come&ccedil;o, &eacute; mais importante focar em ser compreendido do que ter tudo exatamente certo. Isso vir&aacute; com o tempo e muita pr&aacute;tica.
Quando se trata de aprender um novo idioma, &agrave;s vezes a verdade sobre como aprendemos a nos comunicar &eacute; mais surpreendente do que os mitos. Por isso, n&atilde;o caia neles e nem se sabote! Agora que voc&ecirc; j&aacute; sabe a realidade, comece j&aacute; ou at&eacute; mesmo retome de onde parou. Prometo que n&atilde;o vai se arrepender.
<ul>
<li>Com colabora&ccedil;&atilde;o de Cindy Blanco</li>
</ul>
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Analigia Martins &eacute; colunista do Mega Curioso e diretora de Marketing no Brasil de Duolingo, a maior plataforma de aprendizado de idiomas do mundo e o aplicativo mais baixado na categoria de Educa&ccedil;&atilde;o no iTunes e na Google Play. Respons&aacute;vel por aumentar a notoriedade e o crescimento do Duolingo no Brasil, segundo maior mercado da empresa, a executiva tem 20 anos de experi&ecirc;ncia em marketing de servi&ccedil;os, especialmente na &aacute;rea de Educa&ccedil;&atilde;o no Brasil e nos Estados Unidos. Analigia &eacute; p&oacute;s-graduada em Administra&ccedil;&atilde;o de Empresas pela Universidade Harvard e bacharel em Publicidade pela Funda&ccedil;&atilde;o C&aacute;sper L&iacute;bero.

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A verdade sobre mitos comuns ao aprender uma nova língua

Imagem de Quem tem ansiedade matemática e por quê? no megacurioso

Quando alguém tem alta ansiedade matemática, o cérebro precisa trabalhar mais e usar mais recursos. Isso porque os cálculos envolvem a memória de trabalho

Desde calcular o troco ou at&eacute; mesmo quanto ser&aacute; a compra do supermercado, os n&uacute;meros podem ser intimidantes para algumas pessoas. A ansiedade <a href="http://www.megacurioso.com.br/ciencia/121590-emmy-noether-a-matematica-esquecida-pela-historia.htm" target="_blank" title="Emmy Noether: a matem&aacute;tica esquecida pela Hist&oacute;ria">matem&aacute;tica</a>&nbsp;pode ocorrer em crian&ccedil;as a partir dos 6 anos e tamb&eacute;m pode aparecer ao longo da vida. De fato, em uma pesquisa recente feita pelo Duolingo, 93% dos adultos nos Estados Unidos relataram ter pelo menos alguma ansiedade em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; matem&aacute;tica. Essa ansiedade &eacute; mais do que apenas uma sensa&ccedil;&atilde;o &mdash; a pesquisa mostra que isso pode tornar mais dif&iacute;cil at&eacute; fazer contas de cabe&ccedil;a!
Quando algu&eacute;m tem alta ansiedade matem&aacute;tica, o c&eacute;rebro precisa trabalhar mais e usar mais recursos. Isso porque os c&aacute;lculos envolvem a mem&oacute;ria de trabalho &mdash; o sistema que permite que nosso c&eacute;rebro pense em v&aacute;rias coisas ao mesmo tempo. Quando estamos ansiosos, nossos recursos de mem&oacute;ria est&atilde;o sendo usados pelas emo&ccedil;&otilde;es negativas, deixando menos mem&oacute;ria de trabalho para realmente resolver o problema e utilizar os n&uacute;meros!
<a href="http://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/111557-cerebros-de-homens-e-mulheres-reagem-igualmente-a-imagens-sexuais.htm" target="_blank" title="C&eacute;rebros de homens e mulheres reagem igualmente a imagens sexuais">Nem todos os c&eacute;rebros s&atilde;o iguais</a>. Os recursos da mem&oacute;ria de trabalho variam de pessoa para pessoa, ent&atilde;o algumas t&ecirc;m mais e outras menos. Alguns c&eacute;rebros reagem mais a amea&ccedil;as percebidas do que outros tamb&eacute;m. Portanto, pode ter grandes diferen&ccedil;as entre as pessoas quando elas veem n&uacute;meros e sentem estresse.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/30/s-30203656152440.jpg" alt="s" />(Fonte: Getty Images)
Al&eacute;m do c&eacute;rebro, nossa identidade tamb&eacute;m &eacute; importante. Os estere&oacute;tipos sobre o qu&atilde;o bem as pessoas com diferentes identidades conseguem entender matem&aacute;tica podem ter impactos reais nos n&iacute;veis de ansiedade. Por exemplo, se pessoas de diferentes nacionalidades e&nbsp;<a href="http://www.megacurioso.com.brstories/por-que-tantos-brasileiros-tem-o-mesmo-sobrenome/" target="_blank" title="Por que tantos brasileiros t&ecirc;m o mesmo sobrenome?">origens &eacute;tnicas</a> precisam resolver problemas matem&aacute;ticos sob press&atilde;o, se sentem mais ansiosas, pois h&aacute; um estere&oacute;tipo de que deveriam resolv&ecirc;-lo com mais facilidade do que as outras pessoas. Isso tudo contribui para uma piora.
A ansiedade matem&aacute;tica tamb&eacute;m pode estar enraizada em ideias sobre esfor&ccedil;o &ndash; o que o faz pensar que h&aacute; pouco que voc&ecirc; pode fazer para ir al&eacute;m de suas habilidades naturais. Por exemplo, voc&ecirc; pode ter ouvido algu&eacute;m dizer que n&atilde;o &eacute; uma "pessoa matem&aacute;tica". Essa mentalidade fixa (de que as pessoas nascem com habilidades que n&atilde;o podem ser alteradas) est&aacute; associada a&nbsp;<a href="http://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124671-nomofobia-entenda-o-medo-de-ficar-sem-celular.htm" target="_blank" title="Nomofobia: entenda o medo de ficar sem celular">n&iacute;veis mais altos de ansiedade</a> que o fazem evitar a matem&aacute;tica.
Mas as pessoas realmente t&ecirc;m muita flexibilidade, mesmo quando se trata de suas habilidades naturais. Por exemplo, a forma como falamos sobre matem&aacute;tica pode mudar a forma que pensamos sobre ela, principalmente quando se trata de professores e pais. &Eacute; mais prov&aacute;vel que os alunos tenham menor ansiedade matem&aacute;tica e se esforcem mais quando os professores elogiam como eles se sa&iacute;ram e como podem melhorar, em vez de elogios pessoais sobre habilidades espec&iacute;ficas (como "voc&ecirc; &eacute; muito inteligente!"). Na verdade, essa mentalidade de crescimento &mdash; ter a atitude de que voc&ecirc; pode melhorar concentrando seus esfor&ccedil;os &ndash; est&aacute; associada a mais sucesso em matem&aacute;tica!
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/30/aqsd-30203715217441.jpg" alt="aqsd" />(Fonte: Getty Images)
Aqui est&atilde;o algumas estrat&eacute;gias comprovadas por pesquisas que podem diminuir sua ansiedade:
&bull; Quanto mais voc&ecirc; se estressa, menos respira, e quanto menos respira, mais entra em uma espiral de estresse. Os pesquisadores descobriram que as t&eacute;cnicas de respira&ccedil;&atilde;o profunda, juntamente com a medita&ccedil;&atilde;o, podem ajudar os alunos ansiosos a permanecerem calmos o suficiente para serem bem-sucedidos nos exames de matem&aacute;tica.
&bull; Pratique sempre! Grande parte dos picos emocionais que as pessoas sentem ao pensar em matem&aacute;tica &eacute; porque elas n&atilde;o t&ecirc;m experi&ecirc;ncias boas o suficiente, ent&atilde;o se concentram nas ruins e acabam n&atilde;o praticando com frequ&ecirc;ncia. A pesquisa mostra que voc&ecirc; pode reduzir a ansiedade praticando. Usar o Duolingo Math, o novo app do Duolingo focado em matem&aacute;tica e j&aacute; dispon&iacute;vel no Brasil, por exemplo, &eacute; uma &oacute;tima maneira de praticar de forma divertida todos os dias!
A ansiedade matem&aacute;tica &eacute; muito comum na nossa sociedade, mas n&atilde;o precisa ser assim. Ao compreender as ra&iacute;zes da ansiedade e as solu&ccedil;&otilde;es comprovadas para diminu&iacute;-la, voc&ecirc; pode aprender a enfrentar os n&uacute;meros. Boa sorte nessa jornada!
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<li>Com colabora&ccedil;&atilde;o de&nbsp;Cassie Freeman, Sammi Siegel e Tyler Murphy</li>
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Analigia Martins &eacute; colunista do Mega Curioso e diretora de Marketing no Brasil de Duolingo, a maior plataforma de aprendizado de idiomas do mundo e o aplicativo mais baixado na categoria de Educa&ccedil;&atilde;o no iTunes e na Google Play. Respons&aacute;vel por aumentar a notoriedade e o crescimento do Duolingo no Brasil, segundo maior mercado da empresa, a executiva tem 20 anos de experi&ecirc;ncia em marketing de servi&ccedil;os, especialmente na &aacute;rea de Educa&ccedil;&atilde;o no Brasil e nos Estados Unidos. Analigia &eacute; p&oacute;s-graduada em Administra&ccedil;&atilde;o de Empresas pela Universidade Harvard e bacharel em Publicidade pela Funda&ccedil;&atilde;o C&aacute;sper L&iacute;bero.

Analigia Martins