Imagem de Ao resgate: mamãe coelho dá surra em cobra para salvar filhotes [vídeo] no megacurioso

Depois de apanhar, cobra tenta fugir, mas a roedora ainda não havia acabado de dar uma lição nela

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Ao resgate: mamãe coelho dá surra em cobra para salvar filhotes [vídeo]

Imagem de Conheça Millie, a gata alpinista [galeria] no megacurioso

Tendo acompanhado seu dono a alguns dos pontos mais altos do estado de Utah, nos Estados Unidos, essa gata mostra uma confiança inabalável em suas habilidades de escalada

Galeria 1
Se algum dia voc&ecirc; resolver escalar as montanhas do estado americano do Utah, n&atilde;o se assuste caso veja algu&eacute;m escalando enquanto segue um felino preto por l&aacute;. Trata-se apenas do alpinista Craig Armstrong e sua gata, Millie. Ele a resgatou dois anos atr&aacute;s de um abrigo de animais em Park City, quando ela tinha apenas oito semanas de vida.
Craig contou ao site Mother Nature Network que no momento em que a gatinha subiu em seus ombros, ainda dentro do abrigo, ele sabia que havia encontrado uma parceira para suas aventuras no deserto montanhoso. &ldquo;Pessoas levam os seus c&atilde;es para os desfiladeiros o tempo todo. Eu sempre soube que quando tivesse condi&ccedil;&otilde;es de ter um pet, tamb&eacute;m o levaria, mas seria um gato&rdquo;.
Quando Millie cresceu o suficiente, o alpinista come&ccedil;ou a dar algumas voltas com ela em seu carro para que ela se acostumasse a andar no ve&iacute;culo. Depois, foi hora de solt&aacute;-la em uma das pequenas ilhas do Great Salt Lake de Utah, onde ela poderia se habituar a estar ao ar livre, mas em um ambiente controlado.
<h2>Primeiras aventuras</h2>
No ano passado chegou a hora da primeira excurs&atilde;o de Millie, que conheceu o Vale de Joe, uma grande concentra&ccedil;&atilde;o de pedregulhos no estado americano. Ela ent&atilde;o escalou rochas e saltou de uma pedra a outra, aproveitando a oportunidade de explorar aquele ambiente novo.
Desde ent&atilde;o, os dois j&aacute; exploraram juntos o Canyon Ferguson, o monte 1000' Feet of Fun &ndash; que possui mil p&eacute;s de altura, o equivalente a pouco mais de 300 metros - e tamb&eacute;m o Canyon Alcatraz, que at&eacute; hoje foi visitado por apenas um punhado de pessoas. E at&eacute; onde se sabe, apenas um felino.
Para garantir a seguran&ccedil;a de sua companheira, Craig a veste em um arn&ecirc;s com corda extra, que &eacute; fixado em seu pr&oacute;prio equipamento de seguran&ccedil;a, al&eacute;m de amarrar uma l&acirc;mpada de LED nela sempre que precisam passar por algum lugar escuro. Ele tamb&eacute;m carrega comida, &aacute;gua e utens&iacute;lios para aliment&aacute;-la.
<h2>"Gateando" por a&iacute;</h2>
Millie n&atilde;o demonstra o menor medo de altura e salta de um lado para o outro sem hesita&ccedil;&atilde;o. Mas ela tamb&eacute;m sempre sabe a hora certa de parar e descansar antes de continuar subindo, deitando no interior de alguma pequena caverna que encontre ou no galho de uma &aacute;rvore, por exemplo.
Como a escalada &eacute; algo que Craig gosta de fazer, ele sempre d&aacute; tempo e espa&ccedil;o para que a gata tamb&eacute;m fa&ccedil;a as coisas que lhe agradam. Ela gosta particularmente de explorar os arredores dos acampamentos quando eles param para comer ou descansar, o que evita que ela fique estressada.
Subir picos e andar por trilhas seguindo o ritmo de caminhada de Millie, o que o escalador chama de &ldquo;gatear&rdquo;, fez com que ele percebesse o ambiente em torno deles de uma perspectiva diferente. Isso se tornou uma parte importante das excurs&otilde;es da dupla, e para Craig a recompensa &eacute; poder experimentar a natureza em um ritmo mais lento, percebendo coisas que de outra forma simplesmente n&atilde;o seriam notadas.

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Conheça Millie, a gata alpinista [galeria]

Imagem de Australiana lesiona pernas após agachar por longo tempo com calças skinny no megacurioso

Mulher australiana passou um longo período agachada enquanto vestia uma dessas causas extremamente coladas ao corpo e lesionou os músculos e nervos da parte inferior das pernas

Na &uacute;ltima segunda-feira (22), o Jornal de Neurologia, Neurocirurgia e Psiquiatria da Austr&aacute;lia publicou um artigo curioso. Escrito pelo Dr. Thomas Kimber do Royal Adelaide Hospital e outros colegas, o texto relata a hist&oacute;ria de uma mulher de 35 anos que chegou ao hospital sem conseguir mover as pernas.
Isso aconteceu porque ela tinha passado v&aacute;rias horas daquele dia agachada, enquanto ajudava uma amiga que havia acabado de se mudar a esvaziar diversas caixas. Um detalhe importante &eacute; que, durante todo o tempo em que ficou na posi&ccedil;&atilde;o inc&ocirc;moda, ela usava um par de cal&ccedil;as jeans do tipo skinny, bastante apertado.
Quando voltava para casa, a mulher sentiu que suas pernas estavam inchando dentro das cal&ccedil;as e seus p&eacute;s ficaram dormentes, o que fez com que trope&ccedil;asse e n&atilde;o conseguisse mais levantar. Ela ent&atilde;o relatou que passou v&aacute;rias horas ca&iacute;da antes que algu&eacute;m a encontrasse e a levasse a um hospital.
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<h2>Caso de interna&ccedil;&atilde;o</h2>
Quando o m&eacute;dico analisou o problema nas pernas da mulher, que n&atilde;o quis ser identificada, percebeu que o longo per&iacute;odo em que ela permaneceu agachada comprimiu os nervos das panturrilhas, o que prejudicou a irriga&ccedil;&atilde;o sangu&iacute;nea na &aacute;rea. O jeans extremamente apertado s&oacute; piorou o quadro, lesionando tamb&eacute;m os m&uacute;sculos.
O incha&ccedil;o em seus membros inferiores era t&atilde;o severo que o par de cal&ccedil;as precisou ser cortado e a paciente ficou um tempo internada para reverter o quadro de s&iacute;ndrome compartimental que se formou. Ao receber alta, quatro dias depois, ela ainda apresentava alguma fraqueza nas pernas, mas saiu andando do hospital e se recuperou completamente, segundo o artigo apresentado pelo Dr. Kimber.
Fica ent&atilde;o a dica para quem gosta desse e de outros modelos de roupas mais apertados: N&atilde;o use vestimentas assim para fazer qualquer tipo de atividade que v&aacute; exigir grande esfor&ccedil;o f&iacute;sico. Isso pode acabar prejudicando sua sa&uacute;de de uma forma muito mais s&eacute;ria do que voc&ecirc; possa imaginar.

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Australiana lesiona pernas após agachar por longo tempo com calças skinny

Imagem de Nos Estados Unidos, existe um resort voltado para apreciadores de maconha no megacurioso

O CannaCamp, no estado do Colorado, possui diversas atividades voltadas para quem gosta de aproveitar todas as propriedades relaxantes da marijuana

F&eacute;rias normalmente servem para que as pessoas tenham uma folga de suas rotinas e possam relaxar por um tempo. Pensando exatamente nisso, o MaryJane Group inaugurou no ano passado dois &ldquo;Bud+Breakfast&rdquo;, chal&eacute;s para onde as pessoas podem ir relaxar e aproveitar fartos caf&eacute;s da manh&atilde;. A diferen&ccedil;a &eacute; que nesses locais, o consumo de maconha &eacute; liberado, desde que os pr&oacute;prios h&oacute;spedes a tragam.
Agora, o grupo &ndash; que se diz criador e l&iacute;der de mercado no setor de hospitalidade baseada no consumo de cannabis &ndash; resolveu expandir os neg&oacute;cios e abrir nas montanhas do estado americano do Colorado o CannaCamp, primeiro resort voltado para f&eacute;rias coletivas de apreciadores de cannabis.
A propriedade de 170 acres fica na cidade de Durango e possui diversas cabanas com um dois ou tr&ecirc;s quartos, podendo comportar at&eacute; 40 pessoas de uma vez. Fumar maconha &eacute; permitido em qualquer &aacute;rea do resort, com exce&ccedil;&atilde;o do interior das cabanas, por quest&atilde;o de seguran&ccedil;a.
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<h2>Atividades relaxantes</h2>
O acampamento possui diversas atividades em grupo para estimular a socializa&ccedil;&atilde;o entre seus h&oacute;spedes, al&eacute;m de oferecer um card&aacute;pio com pratos pensados especialmente para combinar com diversas variedades de cannabis. Entre as op&ccedil;&otilde;es de lazer do local est&atilde;o:
<ul>
<li>Cozinhando com Cannabis &ndash; Aulas de culin&aacute;ria que ensinam de que forma &eacute; poss&iacute;vel misturar maconha &agrave; comida de maneira apropriada. No entanto, o site do resort especifica que nenhum prato contendo cannabis ser&aacute; servido aos participantes, em cumprimento &agrave;s leis americanas;</li>
<li>Li&ccedil;&otilde;es sobre Cannabis &ndash; Os participantes aprendem sobre as leis que legislam o consumo de maconha no Colorado, o impacto da erva na economia local, os diferentes tipos de cannabis e as subst&acirc;ncias presentes em cada um;</li>
<li>Cannabis Yoga &ndash; Os entusiastas de exerc&iacute;cios f&iacute;sicos relaxantes s&atilde;o encorajados a consumir um pouco da droga antes de participar de uma das aulas de yoga ministradas no CannaCamp, para que percam a inibi&ccedil;&atilde;o e o nervosismo;</li>
<li>Telas e Cannabis &ndash; Atividade em grupo, em que os participantes s&atilde;o estimulados a se expressarem artisticamente pintando telas enquanto est&atilde;o sob os efeitos da marijuana;</li>
<li>Massoterapia com Cannabis &ndash; Profissionais treinados aplicam massagens usando uma linha exclusiva de &oacute;leos e lo&ccedil;&otilde;es que possuem canabidiol em sua composi&ccedil;&atilde;o;</li>
<li>Refei&ccedil;&otilde;es combinadas com Cannabis &ndash; Seguindo uma nova tend&ecirc;ncia, diversos pratos s&atilde;o combinados com variedades espec&iacute;ficas da erva, de forma que tanto a maconha quanto a comida tenham seus sabores acentuados;</li>
<li>Moldagem de vidro &ndash; Desde a legaliza&ccedil;&atilde;o da maconha em algumas regi&otilde;es americanas, a aprecia&ccedil;&atilde;o por bongs de vidro personalizados tem crescido. Por isso, no CannaCamp os visitantes podem assistir a artistas locais moldarem vidro nas mais diferentes formas;</li>
<li>&nbsp;Fogueiras de acampamento &ndash; Os h&oacute;spedes podem se reunir em volta de fogueiras para se conhecerem e confraternizarem enquanto consomem a erva favorita de todos os que v&atilde;o para o resort;</li>
<li>Hora da comunidade 4:20 &ndash; Vers&atilde;o pr&oacute;pria do local para o tradicional Happy Hour, em que os presentes s&atilde;o convidados a degustar comidas, bebidas e marijuana igualmente.</li>
</ul>
Al&eacute;m de tudo isso, o lugar ainda oferece diversas atividades ao ar livre, como caminhadas, mountain biking, escalada e descidas de tirolesa. Outras programa&ccedil;&otilde;es incluem aulas de tingimento de tecidos e degusta&ccedil;&atilde;o de ch&aacute;s.
As di&aacute;rias do acampamento come&ccedil;am em US$ 395 por pessoa. Da mesma forma que ocorre nos chal&eacute;s Bud+Breakfast, o estabelecimento n&atilde;o fornece a droga diretamente, permitindo apenas o seu consumo. Mas para aqueles preocupados, a equipe do CannaCamp oferece informa&ccedil;&otilde;es sobre dispens&aacute;rios pr&oacute;ximos onde os usu&aacute;rios podem adquirir a erva.

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Nos Estados Unidos, existe um resort voltado para apreciadores de maconha

Imagem de Amante de cerveja, cuidado: sua adorada IPA pode causar “seios masculinos” no megacurioso

O lúpulo, presente em maior quantidade nas IPA em relação a outras cervejas, pode causar o aumento das mamas nos homens se consumido em excesso

As cervejas do tipo IPA &ndash; India Pale Ale, ou Cerveja Clara da &Iacute;ndia &ndash; foram inventadas no s&eacute;culo XVIII para serem servidas especialmente aos oficiais do ex&eacute;rcito brit&acirc;nico que serviam na &Iacute;ndia durante o per&iacute;odo em que esse pa&iacute;s foi col&ocirc;nia da Coroa brit&acirc;nica.
Como l&aacute; o calor era insuport&aacute;vel e havia escassez de &aacute;gua pot&aacute;vel, a cerveja precisava vir da Inglaterra, e para que n&atilde;o estragasse durante a longa viagem, um cervejeiro chamado George Hodgson resolveu aumentar a quantidade de l&uacute;pulo da bebida. A erva, que possui atividade antibi&oacute;tica, preservava mais a cerveja, mas isso tamb&eacute;m fez com que ela obtivesse um sabor mais frutado, al&eacute;m de elevar seu teor alco&oacute;lico.
Assim surgiu um dos estilos mais populares de cerveja, que perdura at&eacute; hoje. Mas voc&ecirc; sabia que o l&uacute;pulo era usado para diversas finalidades medicinais muito antes de servir como ingrediente de cervejas? E que ele pode causar nos homens que o consomem em excesso os pavorosos &ldquo;seios masculinos&rdquo;?
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<h2>L&uacute;pulo! &Eacute; muito pol&ecirc;mico!</h2>
Pouca gente sabe, mas antigamente, entre diversos outros usos, o l&uacute;pulo tamb&eacute;m costumava ser usado como rem&eacute;dio para ins&ocirc;nia e menopausa. Isso acontecia devido aos seus altos n&iacute;veis de fitoestr&oacute;geno, subst&acirc;ncia de origem vegetal semelhante ao estrog&ecirc;nio &ndash; horm&ocirc;nio respons&aacute;vel pelo desenvolvimento das caracter&iacute;sticas femininas, como aumento dos quadris e das mamas, por exemplo.
Infelizmente, o ac&uacute;mulo desse fitoestr&oacute;geno no organismo de um homem tamb&eacute;m pode fazer com que as gl&acirc;ndulas mam&aacute;rias se desenvolvam mais do que o normal, causando os tais &ldquo;seios masculinos&rdquo;. E o pior &eacute; que n&atilde;o &eacute; s&oacute; nisso que o l&uacute;pulo pode prejudicar os homens, uma vez que ele tamb&eacute;m era usado por monges europeus na Idade M&eacute;dia para suprimir o desejo sexual.
A longa exposi&ccedil;&atilde;o ao fitoestr&oacute;geno &eacute; comprovadamente uma das causas da dificuldade de se manter uma ere&ccedil;&atilde;o e da perda da libido entre consumidores frequentes de cerveja. Essa &eacute; uma das raz&otilde;es para o consumo liberado da bebida por quem abra&ccedil;ava o sacerd&oacute;cio na Europa medieval. Isso fez com que in&uacute;meros tipos de cervejas surgissem em mosteiros na &eacute;poca, e muitas dessas variedades sobrevivem at&eacute; hoje, ent&atilde;o &eacute; bom ter cuidado com a quantidade de l&uacute;pulo que voc&ecirc; costuma ingerir.

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Amante de cerveja, cuidado: sua adorada IPA pode causar “seios masculinos”

Imagem de Veja dupla de aviões voando em formação por dentro de um galpão [vídeo] no megacurioso

Pilotos britânicos, que voam juntos há 17 anos, foram os primeiros no mundo a voar em formação por dentro de uma construção

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Veja dupla de aviões voando em formação por dentro de um galpão [vídeo]

Imagem de Descubra porque a salva de balas normalmente possui 21 disparos no megacurioso

Prática comum dentro das instituições militares, a salva de tiros é disparada sempre em honra de uma pessoa ou ocasião importante. Entenda a origem desse ritual

Apesar de hoje se tratar de uma tradi&ccedil;&atilde;o que usa unicamente armas de fogo, a origem do gesto &eacute; anterior a elas. Ela vem da &eacute;poca em que guerreiros andavam por todos os lugares, e colocavam as pontas de suas armas no ch&atilde;o para indicar que vinham pacificamente.
Mesmo com o advento e populariza&ccedil;&atilde;o da p&oacute;lvora, a tradi&ccedil;&atilde;o continuou, ainda que tenha mudado bastante. Quando canh&otilde;es se tornaram algo comum tanto em terra quanto em navios, por volta do s&eacute;culo 14, virou costume que as embarca&ccedil;&otilde;es que se aproximavam de um porto estrangeiro disparassem todas as suas armas. Como a recarga era relativamente demorada, isso servia de garantia para indicar que o barco estava &ldquo;indefeso&rdquo; e que n&atilde;o tinha inten&ccedil;&otilde;es hostis no local.
Com o tempo, o costume mudou novamente. Quando um navio ingl&ecirc;s chegava a uma nova cidade portu&aacute;ria, disparava apenas sete vezes. Isso se dava provavelmente por motivos religiosos &ndash; o sete &eacute; um n&uacute;mero recorrente na B&iacute;blia &ndash;, mas n&atilde;o h&aacute; uma fonte que comprove essa teoria. Outra ideia era de que a maior parte dos navios ingleses portavam apenas sete armas, e por isso os sete disparos. Adotou-se ent&atilde;o o padr&atilde;o de sempre se saudar um porto com esse n&uacute;mero de tiros para indicar inten&ccedil;&otilde;es pac&iacute;ficas.
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<h2>Tr&ecirc;s para um</h2>
Obviamente, a maioria dos navios da &eacute;poca carregava muni&ccedil;&atilde;o suficiente para disparar cont&iacute;nuas vezes, mas o ato era meramente simb&oacute;lico. Outra teoria diz que o sete foi escolhido por ser um &ldquo;n&uacute;mero da sorte&rdquo; entre os marinheiros da &eacute;poca, que eram muito supersticiosos. Durante um tempo foi comum disparar uma salva de balas com um n&uacute;mero par para indicar que o capit&atilde;o de um navio havia morrido durante a viagem.
Para indicar que o gesto tinha sido recebido e aceito, os respons&aacute;veis pela defesa da cidade atiravam em resposta. No entanto, tr&ecirc;s tiros eram dados para cada um dos sete vindos da embarca&ccedil;&atilde;o, totalizando 21 disparos. A prov&aacute;vel raz&atilde;o disso era mostrar que o lugar, embora estivesse recebendo aqueles marinheiros, estava bem preparada para se defender. Novamente, isso &eacute; mera especula&ccedil;&atilde;o, j&aacute; que n&atilde;o relatos formais para essa teoria.
O que se tem registrado &eacute; que, depois de um tempo, os pr&oacute;prios navios passaram a disparar tamb&eacute;m 21 tiros. J&aacute; que as embarca&ccedil;&otilde;es foram se tornando cada vez maiores e necessitavam estar mais bem equipadas, &eacute; prov&aacute;vel que os capit&atilde;es quisessem mostrar que seriam um desafio &agrave; altura. Logo, a salva deixou de ser uma &ldquo;declara&ccedil;&atilde;o de boas inten&ccedil;&otilde;es&rdquo; e passou a ser uma sauda&ccedil;&atilde;o formal.
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<h2>Complica&ccedil;&otilde;es americanas</h2>
No come&ccedil;o do s&eacute;culo 18, por volta de 1730, o governo brit&acirc;nico passou a reconhecer oficialmente o gesto, inclusive autorizando que a Marinha Real usasse os 21 tiros como forma de honrar membros da fam&iacute;lia real em anivers&aacute;rios. Em 1808, essa passou a ser a maneira oficial de se honrar a realeza brit&acirc;nica.
Com o tempo, outras na&ccedil;&otilde;es tamb&eacute;m adotaram a sauda&ccedil;&atilde;o em seus ritos oficiais. Os Estados Unidos, no entanto, demoraram muito mais para &ldquo;aderir&rdquo; &agrave; ideia. Isso porque em 1810 o pa&iacute;s estabeleceu que o gesto adequado para reverenciar seus dignit&aacute;rios era um tiro para cada estado da Uni&atilde;o. Como esse n&uacute;mero s&oacute; crescia a cada ano, logo o gesto ficou extremamente longo e inadequado.
Em 1842, os EUA adotaram os 21 tiros apenas como a sauda&ccedil;&atilde;o presidencial. Em 1875, a Inglaterra prop&ocirc;s que a na&ccedil;&atilde;o americana adotasse a salva de 21 disparos para seus representantes, da mesma forma que a maioria dos pa&iacute;ses europeus j&aacute; fazia, o que foi aceito. Apenas em 1890 que o gesto foi aceito como sauda&ccedil;&atilde;o nacional pelo congresso americano.
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<h2>A sauda&ccedil;&atilde;o nos dias atuais</h2>
Ainda hoje, a salva de 21 tiros significa uma grande demonstra&ccedil;&atilde;o de respeito a alguma autoridade. Nos Estados Unidos, ela &eacute; reservada para honrar o presidente, vice-presidente e chefes de Estado estrangeiros, podendo ser disparada tamb&eacute;m em homenagem &agrave; bandeira americana. Tamb&eacute;m se realiza os tiros ao meio-dia da data em que &eacute; realizado o funeral de um presidente, ex-presidente ou presidente eleito, assim como no Memorial Day, feriado nacional daquele pa&iacute;s.
No Brasil, ela acontece para saudar o presidente da Rep&uacute;blica, um chefe de Estado estrangeiro no momento de sua chegada &agrave; capital federal, e os presidentes do Congresso e do Supremo Tribunal Federal, por ocasi&atilde;o das sess&otilde;es de abertura e de encerramento de seus trabalhos.
Curiosamente, a salva de balas que acontece em enterros militares, que geralmente vemos em filmes, n&atilde;o possui necessariamente 21 tiros. Ela deve ter tr&ecirc;s sequ&ecirc;ncias de disparos seguidas, mas o n&uacute;mero de atiradores pode variar entre cinco e oito, segundo o regimento militar dos EUA. Ela surgiu de uma tradi&ccedil;&atilde;o dos campos de batalha, onde os dois lados cessavam fogo temporariamente para recolher seus mortos. As tr&ecirc;s salvas ent&atilde;o serviam para indicar que o confronto podia continuar.

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Descubra por que a salva de tiros normalmente possui 21 disparos

Imagem de É verdade que o T-Rex não conseguiria enxergar alguém que ficasse imóvel? no megacurioso

Aproveitando o hype do novo filme que está nos cinemas, resolvemos pesquisar a resposta a uma pergunta que existe desde que o primeiro Jurassic Park estreou, em 1993

Como a Hist&oacute;ria j&aacute; nos provou repetidas vezes ao longo das eras, nosso conhecimento sobre um assunto que n&atilde;o foi devidamente estudado de forma cient&iacute;fica normalmente &eacute; bem diferente da realidade. Assim foi com a ideia de que o Universo girava em torno da Terra ou de que o oceano acabava em um abismo infinito, por exemplo.
As obras do cinema, mesmo que sejam voltadas majoritariamente para o entretenimento, n&atilde;o escapam desse tipo de engano. Uma das cenas mais lembradas do cl&aacute;ssico &ldquo;Jurassic Park &ndash; O Parque dos Dinossauros&rdquo; &eacute; um belo exemplo. Nela, o Dr. Alan Grant, interpretado por Sam Neil, grita para as duas crian&ccedil;as que est&atilde;o sendo ca&ccedil;adas por um Tiranossauro Rex em meio a uma tempestade: &ldquo;N&atilde;o se movam! Ele n&atilde;o pode v&ecirc;-los se voc&ecirc;s n&atilde;o se moverem&rdquo;.
Bem, se voc&ecirc; considerar o tamanho dos olhos do T-Rex em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; sua cabe&ccedil;a, e lembrando o fato de que isso foi escrito por um roteirista de filmes e n&atilde;o por um cientista, essa poderia ser uma teoria perfeitamente aceit&aacute;vel. Mas, infelizmente, est&aacute; completamente errada. Estudos acad&ecirc;micos nos fazem crer que o lagart&atilde;o de bracinhos curtos enxergava muito melhor do que as &aacute;guias e gavi&otilde;es modernos.
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<h2>Entrando de cabe&ccedil;a no assunto</h2>
Para ser completamente justo, n&atilde;o havia nenhum estudo que tivesse analisado a acuidade visual (n&iacute;vel de clareza e nitidez com que animais e humanos enxergam) do tiranossauro antes do filme, ent&atilde;o n&atilde;o havia como se verificar isso antes. Na verdade, foi justamente a cena do longa que inspirou diversas pesquisas sobre o assunto.
Uma delas foi liderada pelo professor Kent Stevens, da Universidade do Oregon. Ele iniciou o projeto DinoMorph em 1993, mesmo ano da estreia do filme dirigido por Steven Spielberg. Seu objetivo era desenvolver modelos digitais de esqueletos de dinossauros de uma forma descomplicada, mas ao mesmo tempo cientificamente acurada.
Ele queria criar visualiza&ccedil;&otilde;es precisas de diversos animais extintos incluindo a&iacute; o Tiranossauro Rex &ndash; usando tecnologia digital. Naquele ano, ele se encontrou com Garfield Minott, paleont&oacute;logo mais renomado da Am&eacute;rica do Norte, no Museu Real de Ontario, no Canad&aacute;. Minott vinha trabalhando em uma reconstru&ccedil;&atilde;o em escala real de um T-Rex e forneceu a Stevens esculturas das cabe&ccedil;as de sete diferentes esp&eacute;cies de ter&oacute;podes (dinossauros primariamente carn&iacute;voros e que andavam sobre duas patas).
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<h2>Vis&atilde;o al&eacute;m do alcance</h2>
Entre as esculturas que o professor recebeu, estavam a da cabe&ccedil;a de um T-Rex e outra de um Velociraptor. Ele ent&atilde;o as usou junto com um ponteiro laser, uma placa de vidro e olhos de vidro usados em taxidermia (empalhamento de animais mortos) para realizar uma s&eacute;rie de experimentos. O objetivo era determinar o campo de vis&atilde;o, no&ccedil;&atilde;o de profundidade e intervalo binocular &ndash; a &aacute;rea angular do campo de vis&atilde;o que &eacute; vista ao mesmo tempo por ambos os olhos &ndash; que o rei dos lagartos possu&iacute;a.
A pesquisa durou 13 anos e s&oacute; foi publicada em 2006. Utilizando um teste chamado &ldquo;perimetria inversa&rdquo;, o cientista foi capaz de determinar que o T-Rex era capaz de identificar objetos em v&aacute;rias alturas e de diversos formatos, gra&ccedil;as ao seu intervalo binocular, que era de 55 graus. Quanto maior o &acirc;ngulo, melhor a vis&atilde;o de uma criatura, e esses n&uacute;meros s&atilde;o melhores do que os de um gavi&atilde;o, por exemplo.
Gra&ccedil;as a isso, o Tiranossauro possu&iacute;a uma capacidade extremamente alta de distinguir objetos e criaturas, mesmo as que estivessem im&oacute;veis ou mesmo camufladas. Os estudos de Stevens com as demais esculturas provou que a maioria dos ter&oacute;podes tinha uma vis&atilde;o quase t&atilde;o apurada quanto &agrave;s das aves de rapina que existem hoje.
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<h2>Olhos de &aacute;guia</h2>
Para determinar o qu&atilde;o eficientes eram realmente os olhos do lagart&atilde;o, o pesquisador usou os par&acirc;metros de vis&atilde;o conhecidos de seus &ldquo;descendentes evolucion&aacute;rios&rdquo;, como a &aacute;guia, a galinha e o crocodilo, e recalculou esses valores proporcionalmente ao tamanho e altura do dinossauro. Em seguida, estudou os resultados os analisando a partir da coloca&ccedil;&atilde;o da cabe&ccedil;a esculpida em diversas posi&ccedil;&otilde;es que deveriam representar a movimenta&ccedil;&atilde;o do animal.
Como resultado, ele afirmou que o grandalh&atilde;o possu&iacute;a acuidade visual 13 vezes melhor que a de um ser humano. Em termos de compara&ccedil;&atilde;o, a vis&atilde;o de uma &aacute;guia &eacute; "apenas" 3,6 vezes superior a de uma pessoa. O dinossauro era capaz de ver com relativa clareza um objeto a at&eacute; seis quil&ocirc;metros de dist&acirc;ncia, enquanto n&oacute;s podemos fazer o mesmo a uma dist&acirc;ncia m&aacute;xima de 1,6 quil&ocirc;metros.
Nesse ponto, Stevens admite que seus dados s&atilde;o os melhores resultados poss&iacute;veis baseados em seus experimentos, e que diversos fatores provavelmente afetavam os valores reais. Ainda assim, s&atilde;o n&uacute;meros impressionantes. As crian&ccedil;as do filme, a metros de dist&acirc;ncia do rei tirano dos sauros, n&atilde;o teriam a menor chance de engan&aacute;-lo. Como nos movemos involuntariamente o tempo todo, mesmo que sejam poucos mil&iacute;metros, para o Tiranossauro seria como se estivessem dan&ccedil;ando frevo na sua frente.
E mesmo que o filme estivesse certo, o olfato do bicho era t&atilde;o desenvolvido quanto o de abutres, que sentem o cheiro de carni&ccedil;a a alguns quil&ocirc;metros de dist&acirc;ncia.

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É verdade que o T-Rex não conseguia enxergar alguém que ficasse imóvel?

Imagem de Qual fila anda mais rapidamente, a da esquerda ou a da direita? no megacurioso

Essa é uma pergunta tão recorrente que existe até mesmo um ramo da matemática só para analisar esse tipo de situação

A situa&ccedil;&atilde;o &eacute; extremamente comum: voc&ecirc; vai ao mercado, pega todos os itens que est&atilde;o anotados em sua lista, pega mais alguns que n&atilde;o estavam (tamb&eacute;m conhecidos por guloseimas) e ent&atilde;o se dirige &agrave; &aacute;rea dos caixas para pagar suas compras e voltar para casa.
Voc&ecirc; circula um pouco para ver onde as filas est&atilde;o menores e invariavelmente vai se deparar com duas, uma ao lado da outra, que parecem igualmente boas. Nesse momento, &eacute; hora de testar sua sorte contra a lei de Murphy &ndash; que diz que se uma situa&ccedil;&atilde;o tem chance de dar errado, ela vai dar errado da pior forma poss&iacute;vel &ndash; e escolher uma delas. E em praticamente todas as vezes, voc&ecirc; decide pela mais lenta. Droga!
Essa quest&atilde;o atormenta tanto a humanidade que um ramo da matem&aacute;tica foi criado apenas para desvendar a resposta a essas situa&ccedil;&otilde;es, chamada de teoria das filas. Quer dizer, n&atilde;o foi criado especificamente para isso, mas tamb&eacute;m serve. Calma que j&aacute; vamos explicar melhor essa hist&oacute;ria toda.
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<h2>Onde a fila come&ccedil;ou</h2>
Durante a d&eacute;cada de 1910, o engenheiro e matem&aacute;tico dinamarqu&ecirc;s Agner Krarup Erlang estava tentando determinar quantas linhas telef&ocirc;nicas seriam necess&aacute;rias para que a cidade de Copenhagen n&atilde;o sofresse de congestionamento de liga&ccedil;&otilde;es. Ao mesmo tempo, n&atilde;o adiantaria colocar um n&uacute;mero exagerado de linhas, uma vez que a companhia telef&ocirc;nica local n&atilde;o queria pagar por equipamentos que n&atilde;o fossem usar.
Como na &eacute;poca as liga&ccedil;&otilde;es eram completadas por telefonistas que tinham que plugar e desplugar cabos em um painel, a quantidade de linhas realmente era um assunto importante. Afinal, al&eacute;m do equipamento, seria necess&aacute;rio contratar e treinar quantas mo&ccedil;as para realizar o servi&ccedil;o a contento?
Isso colocou o nome do dinamarqu&ecirc;s na hist&oacute;ria da telefonia. Erlang virou uma unidade de medi&ccedil;&atilde;o telef&ocirc;nica, usada para medir o volume de tr&aacute;fego de liga&ccedil;&otilde;es. Seus c&aacute;lculos serviram de base n&atilde;o apenas para isso, como tamb&eacute;m para a engenharia de tr&aacute;fego, para a pr&oacute;pria internet e suas transmiss&otilde;es de dados, e at&eacute; mesmo na disposi&ccedil;&atilde;o das estruturas que fazem parte de uma f&aacute;brica.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2015/06/10/10133618127599.jpg" />Agner Krarup Erlang, engenheiro e matem&aacute;tico dinamarqu&ecirc;s 
<h2>A teoria das filas</h2>
A espera telef&ocirc;nica n&atilde;o &eacute; assim t&atilde;o diferente das intermin&aacute;veis filas que precisamos enfrentar com frequ&ecirc;ncia nos supermercados, se voc&ecirc; parar para pensar nisso por um instante. Basicamente, precisamos aguardar que algu&eacute;m termine o que est&aacute; fazendo para que ent&atilde;o seja a nossa vez de fazer o mesmo.
Os te&oacute;ricos das filas descobriram que se as pessoas formassem filas serpentinas &ndash; comuns em bancos, em que as pessoas se dirigem ao pr&oacute;ximo atendente livre &ndash;, as filas nos supermercados andariam muito mais depressa. Alguns locais j&aacute; at&eacute; adotam esse modelo, mas isso ainda se restringe na maior parte das vezes a clientes que pretendem comprar uma quantidade pequena de itens.
Mas ainda n&atilde;o respondemos a pergunta que fizemos l&aacute; em cima, no t&iacute;tulo desta mat&eacute;ria, certo? Pois segundo os estudiosos desse curioso ramo matem&aacute;tico, como a maioria das pessoas s&atilde;o destras, elas quase sempre tendem a se dirigir involuntariamente para o que est&aacute; &agrave; direita delas. Logo, a fila da esquerda tem uma maior probabilidade matem&aacute;tica de andar mais r&aacute;pido.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2015/06/10/10133718812600.jpg" width="575" height="296" />
S&oacute; tor&ccedil;a para que as outras pessoas que estiverem no supermercado ao mesmo tempo em que voc&ecirc; tamb&eacute;m n&atilde;o tenham lido essa mat&eacute;ria antes de sair de casa e boas compras.

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Qual fila anda mais rapidamente, a da esquerda ou a da direita?

Imagem de Você sabe realmente o quão grande é o continente africano? no megacurioso

Designer resolveu pôr em uma escala real a dimensão territorial da África. O resultado é bem diferente daquele mapa que você viu durante sua vida inteira

Todo mapa, por mais que tenha sido projetado para ser uma ferramenta educacional, &eacute; tamb&eacute;m uma ferramenta pol&iacute;tica. Ele &eacute; um documento como qualquer outro, composto das coisas que seu autor preferiu mostrar em detrimento de outras, de maior ou menor import&acirc;ncia dependendo de quem se pergunta.
A forma como o continente africano tem sido retratado em grande parte dos mapas j&aacute; produzidos &eacute; uma prova concreta disso. A dimens&atilde;o territorial de suas na&ccedil;&otilde;es &eacute; gigantesca. Ainda assim, a vis&atilde;o que temos da &Aacute;frica geralmente &eacute; de apenas um monte de pequenas na&ccedil;&otilde;es com nomes esquec&iacute;veis e que vivem em permanente estado de guerrilha.
O designer alem&atilde;o Kai Krause criou h&aacute; alguns anos um mapa diferente, ressaltando de forma bastante clara a grandiosidade do continente africano. Dentro de seus limites &eacute; poss&iacute;vel combinar as &aacute;reas f&iacute;sicas ocupadas por Estados Unidos, China, &Iacute;ndia, Jap&atilde;o e praticamente toda a Europa.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2015/06/10/10105317341292.jpg" />O mapa elaborado pelo designer Kai Krause
Uma prov&aacute;vel raz&atilde;o disso &eacute; o fato de que, desde o florescer da civiliza&ccedil;&atilde;o ocidental, a &Aacute;frica tem sido explorada por seus recursos. At&eacute; pouco mais de uma centena de anos atr&aacute;s, sua popula&ccedil;&atilde;o ainda era tratada como mercadoria. Ainda hoje a escravid&atilde;o &eacute; legal no Sud&atilde;o, e a Maurit&acirc;nia &ndash; &uacute;ltimo pa&iacute;s a abolir legalmente a escravid&atilde;o, em 1981 &ndash; ainda possui o maior n&uacute;mero percentual de escravos em sua popula&ccedil;&atilde;o.
"O que isso tudo tem a ver com os mapas que usamos?", voc&ecirc; deve estar se perguntando. Segundo Krause, toda representa&ccedil;&atilde;o bidimensional de um objeto tridimensional sofre distor&ccedil;&otilde;es, que s&atilde;o inevit&aacute;veis, mas que ao mesmo tempo revelam um pouco de quem as produz. Quando temos uma vis&atilde;o distorcida do mundo, somos menos capazes de identificar corretamente de que forma devemos empregar os recursos que temos dispon&iacute;veis e a quem devemos dar voz.
Para o designer, o interessante aqui &eacute; percebermos que a forma como representamos a geografia nos mapas &eacute; um reflexo da forma como ainda enxergamos a nossa sociedade em um contexto mundial. Ou seja, de modo geral ainda estamos muito longe de perceber a &Aacute;frica com a grandeza que ela realmente possui.

Elias Nascimento