Imagem de Voyager 2 volta a se conectar com a Terra após 8 meses de silêncio no megacurioso

A enorme antena de rádio localizada na Austrália utilizada para comunicação com espaçonaves distantes recebeu um upgrade da NASA

Após um silêncio de oito meses, a <a href="https://www.tecmundo.com.br/nasa" rel="noreferrer noopener" target="_blank">NASA</a> voltou a se comunicar com a sonda <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/205542-voyager-2-aponta-espaco-denso-que-o-esperado.htm" rel="noreferrer noopener" target="_blank">Voyager 2</a>, o artefato humano mais distante da Terra. A longa interrupção ocorreu devido ao trabalho de manutenção na única antena do planeta capaz de enviar sinais para a sonda.



Peça fundamental no painel de controle interplanetário Deep Space Network da NASA, a antena Deep Space Station 43 (DSS-43), localizada nos arredores de Canberra na Austrália, tem 70 metros de largura, 48 anos de existência e é atualmente a maior antena do hemisfério sul.



Em março passado, a NASA iniciou uma atualização do cabeamento elétrico, da fonte de alimentação e dos sistemas de resfriamento da instalação. Foi também instalado um novo cone de frequência de banda X, que é uma faixa privativa para comunicação por satélite.



<h2>O upgrade da antena</h2>



<blockquote class="twitter-tweet">BIG DAY for the BIG DISH <a href="https://twitter.com/hashtag/DSS43?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw">#DSS43</a> Installation of the new X-band cone in the centre of the antenna dish – Deep Space Station 43???? <a href="https://t.co/nFg8zf58tJ">pic.twitter.com/nFg8zf58tJ</a>— CanberraDSN (@CanberraDSN) <a href="https://twitter.com/CanberraDSN/status/1258216399534608384?ref_src=twsrc%5Etfw">May 7, 2020</a></blockquote> 



No cone recém-instalado, encontra-se um poderoso sistema de transmissão de última geração e receptores altamente sensíveis, que serão utilizados para enviar comandos para espaçonaves robóticas e receber dados de telemetria de missões de exploração do <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/158347-melhores-lugares-exploracao-espacial-sistema-solar.htm" rel="noreferrer noopener" target="_blank">sistema solar</a>.



Um guindaste gigante foi utilizado em maio para colocar o cone de três toneladas no centro do enorme prato, após erguê-lo a uma altura de 20 andares do solo. Na segunda-feira (2), a NASA revelou que, em 29 de outubro, o novo sistema já foi utilizado para enviar com sucesso um comando para a Voyager 2, que respondeu.



Lançada em 20 de agosto de 1977, a Voyager 2 está a mais de 18.750.000.000 km da Terra e se afastando a um velocidade de aproximadamente 60 mil km/h.



<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/206176-voyager-2-volta-conectar-terra-8-meses-silencio.htm" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/206176-voyager-2-volta-conectar-terra-8-meses-silencio.htm" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Voyager 2 volta a se conectar com a Terra após 8 meses de silêncio</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br/" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">TecMundo</a>

thumb-image-2024-02-29T14:05:06.726Z

Voyager 2 volta a se conectar com a Terra após 8 meses de silêncio

Imagem de Brasileiros descobrem fósseis de vermes em perna de dinossauro no megacurioso

A descoberta de vermes em ossos de dinossauro é a primeira tentativa em paleontologia de unir parasitologia, patologia e histologia

Num estudo publicado recentemente na revista Cretaceous Research, uma equipe de pesquisadores brasileiros divulgou uma descoberta inédita: fósseis de um grupo de parasitas sanguíneos preservados dentro dos ossos de um dinossauro.



Os pesquisadores, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e da Unicamp, detectaram a presença dos parasitas nos ossos de um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/103620-este-provavelmente-foi-o-maior-dinossauro-que-ja-caminhou-sobre-a-terra.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">titanossauro</a>, o dinossauro de pescoço comprido, que sofria de osteomielite aguda, uma infecção óssea que até hoje atinge animais e humanos.



A importância da descoberta foi ter sido localizada, pela primeira vez, dentro de um hospedeiro. Anteriormente, a presença de parasitas pré-históricos somente havia sido detectada dentro de insetos preservados em âmbar ou em fezes fossilizadas.



<h2>Como ocorreu a descoberta?</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/02/02163825656004.jpg" alt="Fonte: Aureliano et al./Reprodução" /><figcaption>Fonte: Aureliano et al./Divulgação</figcaption></figure>



Segundo a autora sênior da pesquisa, a cientista Aline Ghilardi, da UFRN, enquanto ela fazia seu pós-doutorado, percebeu que, dentro de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115835-cientista-tropeca-em-osso-e-descobre-fossil-de-dinossauro.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">um dos ossos</a> da perna do dinossauro que estudava, havia uma certa quantidade de caroços esponjosos.



Com seus colegas, Ghilardi começou a examinar o osso para determinar a origem da enfermidade. Descartaram, a princípio, câncer e tuberculose, pois estas doenças reduzem o fluxo sanguíneo nos ossos. Mas a superfiície irregular do fóssil sugeria que ele já havia sido crivado de canais vasculares cheios de sangue e pus.



Outro autor, Tito Aureliano, mestrando na Unicamp, estudou os ossos com um microscópio e realizou uma tomografia, na USP. O resultado confirmou a existência de cavidades internas provavelmente associadas ao fluxo sanguíneo. Optaram por fazer um procedimento inédito até então: uma biópsia.



<h2>A infecção causava muita dor ao titanossauro</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/02/02164004751005.jpg" alt="Fonte: Tito Aureliano/Divulgação" /><figcaption>Fonte: Tito Aureliano/Divulgação</figcaption></figure>



O procedimento foi feito através de cortes finos do fóssil que, revestido com resina, foi examinado num poderoso microscópio. A doença diagnosticada, osteomielite aguda, pode ter sido a origem das deformações nos ossos, e provavelmente causava muita dor ao titanossauro.



Mas, a surpresa estava por vir: a paleontóloga Fresia Ricardi-Branco, da Unicamp, detectou a presença de um microfóssil nos canais vasculares do osso de titanossauro. Quando Aureliano fez um exame posterior, detectou mais de dez microrganismos fossilizados.



Coube então à paleoparasitóloga Carolina Nascimento, da UFSCar, analisar detalhadamente a amostra, e achar mais de 70 microrganismos similares, preservados dentro do osso, que seriam de um tipo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/virus-bacterias-e-protozoarios/75835-relato-o-que-acontece-quando-se-contrai-uma-infeccao-por-parasita.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">parasita sanguíneo</a>.

thumb-image-2024-02-29T14:05:06.704Z

Brasileiros descobrem fósseis de vermes em perna de dinossauro

Imagem de Maior tiranossauro do mundo teve infecção dentária quando morreu no megacurioso

Exame de imagens digitais em 3D revelaram o primeiro caso registrado de uma infecção causando deformação dentária em um T. rex

Uma pesquisa ainda não revisada por pares, apresentada durante a conferência anual da Society of Vertebrate Paleontology, revelou que o poderoso <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116502-fossil-raro-de-tiranossauro-bebe-e-identificado-por-cientistas.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Tiranossaurus rex</a> batizado de Sue, do Museu Field de Chicago, morreu com uma terrível dor causada por três dentes minúsculos de aparência esquisita.



Segundo a autora do estudo, professora Kirstin Brink, da Universidade de Manitoba no Canadá, “dois desses dentes são realmente fundidos”, além de um deles apresentar serrilhas extras na sua parte lateral, e não na parte frontal ou posterior, que seriam os locais normais de localização.



Sue, que recebeu esse nome em homenagem à sua descobridora, Sue Hendrickson, é considerado o maior, mais completo e mais bem conservado esqueleto de T. rex em exposição. Como os demais tiranossauros, Sue possuía dentes serrilhados em forma de faca e do tamanho de bananas. Eles trocavam constantemente os dentes, com novas dentições anuais ou bienais.



<h2>Tiranossauros com problemas dentários</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/30/30192310205461.jpg" alt="Fonte: Christopher McGarrity/Reprodução" /><figcaption>Fonte: Christopher McGarrity/Reprodução</figcaption></figure>



Embora problemas dentários fossem frequentes em terópodes, esse grupo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/dinossauros-e-fosseis/98956-13-curiosidades-incriveis-sobre-dinossauros.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">dinossauros</a> carnívoros, a maioria deles era de causa genética. Em Sue, no entanto, os dentes são estranhamente deformados, com uma textura esquisita, “como se fossem um glacê sendo espremido por um saco de confeitar”, disse Brink.



Num estudo anterior, publicado em 2009 na revista PLOS One, pesquisadores já haviam diagnosticado estranhos orifícios na mandíbula de Sue como tricomonose, uma infecção oral causada por um parasita. Na nova pesquisa, Brink sugere que essa condição pode ter causado a deformidade nos dentes do T. rex.



<h2>A infecção de Sue</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/30/30192625953462.jpg" alt="Fonte: Kirstin Brink/Reprodução" /><figcaption>Fonte: Kirstin Brink/Reprodução</figcaption></figure>



Após examinar imagens digitais em 3D obtidas através de tomografia computadorizada, Brink concluiu que esse seria o primeiro caso registrado de uma infecção causar deformação dentária em um terópode. Como os outros dentes de Sue são todos normais, a pesquisadora concluiu que a deformidade não tem causa genética.



Ela observou que nos descendentes modernos dos terópodes, os pássaros, a tricomonose é recorrente, crescendo em forma de grandes tumores cerosos que obstruem suas gargantas. A infecção também pode se espalhar pelo crânio e  pela pele.



Como os pássaros não têm dentes, como seus ancestrais, é difícil concluir de que forma a infecção afetaria a estrutura dentária. Porém, Brink propõe que “os crescimentos ceroso ficaram tão grandes ou a infecção ficou tão grave, que os desenvolvimento normal do dente foi interrompido em um ponto da mandíbula”.

thumb-image-2024-02-29T14:05:06.674Z

Maior tiranossauro do mundo teve infecção dentária quando morreu

Imagem de Meteorito que caiu no Michigan tem compostos orgânicos extraterrestres no megacurioso

A análise do material orgânico encontrado no meteorito encontrado no lago do Michigan pode dar pistas sobre o início da vida na Terra

Um estudo publicado recentemente na revista Meteoritics & Planetary Science traz importantes informações sobre um <a href="https://www.megacurioso.com.br/astronomia/35626-qual-e-a-diferenca-entre-asteroide-meteoro-meteorito-e-meteoroide-.htm" rel="noreferrer noopener" target="_blank">meteorito</a> que caiu em um lago congelado em 2018, na cidade norte-americana de Hamburg, no Michigan. Segundo os pesquisadores, a rocha contém milhares de compostos orgânicos que se formaram há bilhões de anos, podendo conter pistas sobre a <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/150041-teoria-defende-vida-capturada-terra-espalhou-cosmos.htm" rel="noreferrer noopener" target="_blank">origem da vida na Terra</a>.



Na noite de 16 de janeiro de 2018, vários fragmentos caíram em superfícies congeladas de lagos, e, graças ao radar meteorológico, que rastreou a descida e o rompimento da rocha espacial em chamas, os meteoritos foram recuperados alguns dias após a queda.



Coletados por caçadores de meteoritos no lago Strawberry, em Hamburg, os fragmentos de rocha analisados não revelaram praticamente nenhum sinal de intemperismo terrestre (decomposição). Segundo uma das coautoras do estudo, Jennika Greer, da Universidade de Chicago, o fragmento trazido ao Field Museum parecia ter sido coletado diretamente no espaço.



<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/02/02234942822015.jpg" alt="Caçador de meteorito (Fonte: Robert Ward/Reprodução)">Caçador de meteorito (Fonte: Robert Ward/Reprodução)



<h2>Resultados do estudo</h2>



Uma equipe internacional de pesquisadores apressou-se a examinar o meteorito do tamanho de uma noz “enquanto estava fresco”. Esta análise revelou mais de 2 mil moléculas orgânicas datadas do tempo em que nosso sistema solar era jovem, parecidas, segundo os cientistas, com aquelas que podem ter semeado o surgimento da vida microbiana na Terra.



Segundo o autor sênior do estudo, Philipp Heck, da Universidade de Chicago, o meteorito continha 2,6 mil compostos orgânicos ou contendo carbono. 



Como a rocha se manteve praticamente inalteradas desde 4,5 bilhões de anos, esses compostos podem ser semelhantes aos que outros <a rel="noreferrer noopener" href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116054-se-um-meteoro-dizimou-os-dinossauros-outro-trouxe-vida-a-terra.htm" target="_blank">meteoritos trouxeram</a> para uma Terra ainda jovem, e que “podem ter sido incorporados à vida”, concluiu Heck.



<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/206148-meteorito-caiu-michigan-tem-compostos-organicos-extraterrestres.htm" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/206148-meteorito-caiu-michigan-tem-compostos-organicos-extraterrestres.htm" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Meteorito que caiu no Michigan tem compostos orgânicos extraterrestres</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br/" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">TecMundo</a>

thumb-image-2024-02-29T14:05:06.622Z

Meteorito que caiu no Michigan tem compostos orgânicos extraterrestres

Imagem de Estudo revela primeiro caso de câncer em mamífero extinto no Brasil no megacurioso

Embora casos de câncer sejam comuns em quase todos os animais, esse é o primeiro caso detectado numa espécie já extinta

Um estudo feito por pesquisadores brasileiros, publicado recentemente (26) na revista científica Historical Biology, relatou o primeiro caso de câncer em um mamífero extinto não-humano do Quaternário e pode ser o primeiro caso dessa forma de câncer ósseo no registro fóssil.



O animal estudado, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/109374-6-coisas-legais-que-voce-talvez-nao-saiba-sobre-bichos-preguica.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">uma preguiça</a> da espécie Nothrotherium maquinense, que viveu durante o período geológico conhecido como <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112763-queda-de-asteroide-pode-ter-causado-era-do-gelo-e-extincoes-na-terra.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Era do Gelo</a>, tinha um porte de pequeno a médio e tinha, no máximo, 1,5 metro de comprimento. 



Coletado numa caverna localizada no planalto da Serra do Ramalho na Bahia, chamada Lapa dos Peixes I, o espécime era um animal que caminhava no chão e não subia em árvores.



<h2>O tumor </h2>



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="http://www.cprm.gov.br/publique/media/Asscom/mamifero_3.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/30/30212712966486.jpg" alt="Fonte: Fernando H. de S. Barbosa/Divulgação" /></a><figcaption>Câncer ósseo em fêmur de preguiça (Fonte: Fernando H. de S. Barbosa/Reprodução)</figcaption></figure>



O tumor foi diagnosticado com base na aparência macroscópica, radiológica e histológica da lesão. Era um osteossarcoma parosteal, um tipo de câncer ósseo. Num comunicado à imprensa, os autores explicam que a presença da patologia “teria sido extremamente prejudicial para sua vida”.



Embora não seja possível afirmar, com certeza, se o bicho morreu por causa do câncer ou por uma queda acidental na caverna, é bastante provável que ele sofresse de dores locais, inchaço e limitação dos movimentos articulares. 



Embora esse tipo de neoplasia seja comum em <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115464-estudo-identifica-primeiro-caso-de-cancer-maligno-em-dinossauro.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">quase todos os animais</a>, é o primeiro caso verificado em uma espécie já extinta. O fóssil estudado encontra-se atualmente no Museu de Ciências da Terra (MCTer), do Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM), no Rio de Janeiro.

thumb-image-2024-02-29T14:05:06.515Z

Estudo revela primeiro caso de câncer em mamífero extinto no Brasil

Imagem de Asteroide metálico de US$ 10 quintilhões está enferrujando no espaço no megacurioso

Ao estudar a composição química do gigantesco asteroide 16 Psyche, cientistas descobriram que o corpo rochoso está enferrujando no espaço 

Um estudo publicado nesta semana (26) na revista The Planetary Science Journal, revela um tesouro: uma montanha de ferro, níquel, platina e ouro com um diâmetro de 226 quilômetros e valor estimado em US$ 10 quintilhões. Porém, há dois problemas na exploração: o primeiro é que se trata de um asteroide, entre as órbitas de Marte e Júpiter. O segundo é que ele está enferrujando.



Na verdade, o asteroide já está catalogado no Sistema Solar desde 1852, quando foi descoberto e batizado de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113649-asteroide-feito-de-ouro-e-cobicado-por-nasa-e-spacex-em-missao.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">16 Psyche</a>. Porém, foi somente em 2017 que o telescópio Hubble, da NASA, descobriu que o gigantesco objeto, cuja massa corresponde a 1% de todo o cinturão de asteroides, é feito de vários metais preciosos.



Os astrônomos acreditam que o 16 Psyche, classificado a princípio como um planeta menor, é o núcleo de um protoplaneta, que não chegou a se formar completamente. Acredita-se que os planetas se formam quando suas estrelas são muito jovens. No caso do 16 Psyche, a NASA irá enviar uma sonda para investigá-lo nos próximos anos.



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/30/30165923684418.jpg" alt="Fonte: P. Rubin/NASA/Reprodução" /><figcaption>Concepção artística de uma espaçonave explorando o 16 Psyche (Fonte: P. Rubin/NASA/Reprodução)</figcaption></figure>



<h2>A pesquisa sobre o 16 Psyche</h2>



Esta é a primeira vez que o 16 Psyche foi estudado. Cientistas da Southwest Research Institute (SwRI) utilizaram comprimentos de onda ultravioleta, a partir do Telescópio Espacial Hubble, para revelar o que já se imaginava: o asteroide é um pedaço denso de rocha espacial <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116333-alquimia-sideral-quantia-de-ouro-no-universo-ainda-nao-tem-explicacao.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">notavelmente metálico</a>.



A expectativa em torno de uma futura análise direta no 16 Psyche é que tal pesquisa possa fornecer maiores informações sobre o núcleo da nossa Terra e de outros planetas, uma vez que é mais fácil enviar uma sonda até os confins do <a href="https://www.megacurioso.com.br/astronomia/98690-5-fatos-surpreendentes-sobre-o-sistema-solar-que-voce-talvez-desconheca.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Sistema Solar</a> do que encarar os 6 mil graus Celsius do centro do nosso planeta.



Uma das autoras do estudo, Tracy Becker, afirma que o que torna o 16 Psyche e os outros <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/107458-15-curiosidades-sobre-asteroides-que-voce-talvez-desconheca.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">asteroides</a> tão especiais é que eles podem ser considerados os tijolos do Sistema Solar.



A observação desses corpos rochosos permite entender o que realmente constitui um planeta. Para ela, ver o interior de um planeta é uma experiência fascinante. “Assim que chegarmos ao Psyche, vamos realmente entender se esse é o caso, ainda que não seja como esperamos”, conclui a pesquisadora.

thumb-image-2024-02-29T14:05:06.477Z

Asteroide metálico de US$ 10 quintilhões está enferrujando no espaço

Imagem de A guerra contra o plástico está encobrindo outros crimes ambientais no megacurioso

Cientistas advertem que a campanha contra o lixo plástico mal gerenciado, embora lícita, pode estar encobrindo comportamentos irresponsáveis

Um artigo publicado recentemente (22) na revista científica WIREs Water denunciou que a “guerra” mundial <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/107314-confira-15-dados-assustadores-sobre-a-poluicao-causada-pelo-plastico.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">contra o plástico</a> pode estar encobrindo ameaças maiores ao meio ambiente e à sociedade em escala global. Segundo os autores, sentimentos antiplástico têm sido explorados por políticos e outras indústrias interessadas em disfarçar a gravidade de um consumismo ambiental.



É lógico que a poluição causada por plástico é prejudicial: pode causar danos à mobilidade das espécies nos mares, pode ser digerida e destruir o aparelho digestivo de muitos animais, além de liberar produtos químicos prejudiciais na natureza.



Além disso, o material pode se fracionar em pequenos pedaços, eventualmente em microplásticos, menores que 5 mm, que podem se acumular na cadeia alimentar, e atingir lugares inesperados, desde <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116557-bebes-estao-ingerindo-milhoes-de-microplasticos-em-suas-mamadeiras.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">mamadeiras de bebês</a> até as <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/111674-esta-chovendo-plastico-fibras-do-material-aparecem-em-amostras-de-chuva.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">partes mais remotas do planeta</a>.



<h2>Há poluições com menos visibilidade</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/29/29145045026336.jpg" alt="Fonte: Xapuri.info/Pinterest/Reprodução" /><figcaption>(Fonte: Xapuri.info/Pinterest/Reprodução)</figcaption></figure>



Portanto, embora exista uma hostilidade forte e justa em relação aos plásticos, os pesquisadores concluem que é o produto, e não o polímero que gera a questão dos resíduos plásticos.



Na verdade, alertam os autores do estudo, são as práticas contemporâneas de consumo e descarte, as grandes responsáveis pela proliferação de resíduos antropogênicos no ambiente, sejam eles plásticos ou não.



Dessa forma, uma ação ambiental eficaz destinada a minimizar o impacto de resíduos plásticos no meio ambiente deveria visar, primeiramente, mudanças nas práticas de consumo, políticas e design de produtos, além de ser orientada por princípios científicos e uma legislação objetiva.



<h2>Muitas ameaças</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/29/29144722523335.jpg" alt="Fonte: Pedarilhos/Shutterstock/Reproução" /><figcaption>(Fonte: Pedarilhos/Shutterstock/Reprodução)</figcaption></figure>



“Plástico” e “poluição por plástico” são coisas diferentes. Poluição por plástico é um sintoma visível, grave e facilmente identificável de níveis insustentáveis de consumo exacerbado, design de produtos inadequado, gerenciamento de resíduos ineficaz e políticas hipócritas.  



A denúncia, a pesquisa e o combate à poluição por plástico não deve ficar como a única ameaça ao meio ambiente. Há outras, gravíssimas: emissões de gases de efeito estufa, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/110963-1700-especies-podem-ser-ameacadas-de-extincao-ate-2070.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">destruição da biodiversidade</a>, exploração do trabalho, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116337-desmatamento-na-amazonia-mundo-corre-risco-de-novas-pandemias.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">desmatamentos</a>, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/111789-afinal-como-fica-a-amazonia-pos-queimadas.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">queimadas</a>, poluição química, entre outras.



O grande problema é que a visibilidade desses impactos só ocorre depois que o meio ambiente já está comprometido ou destruído.

thumb-image-2024-02-29T14:05:06.491Z

A guerra contra o plástico está encobrindo outros crimes ambientais

Imagem de O filme mais longo do mundo leva 35 dias para ser assistido inteiro no megacurioso

Quando idealizaram o filme, Magnusson e Andersson buscaram mostrar toda a logística envolvida em trazer um gadget da China até os consumidores ociden

Ir ao cinema, uma das atividades que foram interrompidas <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/115656-host-filme-de-terror-gravado-no-zoom-vira-febre-na-internet.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">durante a pandemia</a>, é uma forma de arte. Acostumados com produções que assistimos por entretenimento, ou puro consumo, muitas vezes nos esquecemos que essa representação artística não é fast food (o que até pode ser, se quiser), mas é alguma coisa mais.



Por isso, quando nos deparamos com Logística, percebemos que estamos diante de alguma coisa a mais. Não é só um longa metragem, mas um <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/115431-ambiance-conheca-o-filme-mais-longo-do-mundo-com-30-dias-de-duracao.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">longuíssima metragem</a>: trata-se de um filme-instalação idealizado pelos seus criadores “para rastrear o fluxo global de produtos”.



Para cumprir seu objetivo, a obra dos suecos Erika Magnusson e Daniel Andersson, realizada em 2012, assumiu a forma de um grande projeto com um tempo total de exibição de 35 dias e 17 horas. Haja pipoca!



<h2>O que é Logística?</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/27/27090429461409.jpg" alt="Fonte: Logistics Art Projetc/Divulgação" /><figcaption>Fonte: Logistics Art Projetc/Divulgação</figcaption></figure>



Logística&nbsp;é um filme experimental que rompeu com todas as estruturas cinematográficas estabelecidas, principalmente o tempo. A ideia inicial é simplória, quase infantil: “De onde vêm todos os gadgets?”. Para respondê-la, os dois cineastas resolveram seguir o ciclo de vida de um desses objetos: um pedômetro. &nbsp;



Dessa forma, a história começa em uma loja de Estocolmo, onde o item é vendido, e segue em direção ao passado, para conseguir mostrar aos consumidores a jornada inteira, ou seja, a logística envolvida no consumo daquela coisa.



Os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/106248-espectadores-piscam-sincronizadas-quando-estao-vendo-um-filme.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">espectadores viajam</a> na Logística, a princípio em um caminhão, e depois, sucessivamente, num trem de carga, num enorme navio cheio de contêineres, até chegar na fábrica original, no distrito de Bao’an na China. A viagem ocorre em tempo real, para que o público tenha uma noção exata do tempo e da distância necessários para que um gadget, às vezes descartável, chegue às nossas mãos do lado de cá do planeta.



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/27/27090552962410.jpg" alt="Fonte: Logistics Art Project/Divulgação" /><figcaption>Fonte: Logistics Art Project/Divulgação</figcaption></figure>



<h2>Como assistir à Logística?</h2>



Quem se interessar pelo conceito dessa grande obra de arte (literalmente), pode entrar no site do projeto divulgado acima, onde cada um dos dias é separado em vídeos individuais. Mas, se quiser assistir apenas ao trailer, que tem 7 horas, ele teve uma versão reduzida, disponível no YouTube, de somente 1 hora e 12 minutos.

thumb-image-2024-02-29T14:05:06.045Z

O filme mais longo do mundo leva 35 dias para ser assistido inteiro

Imagem de Tom e Jerry da vida real: rato faz carinho na barriga do gato [vídeo] no megacurioso

Depois de ser perseguido por um gato preto e branco, ratinho volta rapidamente e resolve brincar de Tom e Jerry

Um vídeo impressionante, e de certa forma “engraçadinho” viralizou nas mídias sociais: chamada de “Tom e Jerry da vida real”, a filmagem mostra um pequeno camundongo correndo e se escondendo debaixo da barriga de <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/69909-por-que-os-gatos-trazem-animais-mortos-para-casa.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">um gato</a> como se querendo fazer um tipo de carinho no bichano.



Como tudo que rola na rede, logo se formaram <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116429-voce-e-uma-pessoa-gato-ou-uma-pessoa-cachorro.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">dois “times” rivais</a>, uns defendendo que os <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/116612-os-nossos-animais-de-estimacao-vao-para-o-ceu.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">animais se tornaram amigos</a>, a vida é bela e memes de paz e amor. No outro grupo, pessoas afirmam que o rato foi proativo e atingiu o gato primeiro, embora com um golpe não muito inteligente.



No começo do vídeo, um gato preto e branco é visto perseguindo um pequeno camundongo. A impressão é que nosso “Tom” não queria machucar nem devorar o roedor, e logo se cansou da atividade, indo descansar tranquilamente, como é comum alguns gatos fazerem.



<h2>Inimigo do peito</h2>



<figure class="wp-block-embed-youtube wp-block-embed is-type-video is-provider-youtube wp-embed-aspect-16-9 wp-has-aspect-ratio"><div class="wp-block-embed__wrapper">
<iframe title="The real-life Tom and Jerry: Mouse runs up to a cat &#039;for cuddles&#039; after being chased around" width="1366" height="768" src="https://www.youtube.com/embed/bSx-tvZIvEY?feature=oembed" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen></iframe>
</div></figure>



Foi quando, do nada, surgiu o “Jerry” que, em alta velocidade, correu em direção ao gato e se enfiou debaixo de sua barriga para, segundo a turma do “paz e amor” ser acariciado pelo lindo gatinho. Lógico que ainda rolaram alguns comentários alertando para o perigo da toxoplasmose, que necessitaria de um <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/39210-parasita-e-capaz-de-fazer-com-que-ratos-nao-sintam-mais-medo-de-gatos.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">hospedeiro felino</a> para se manifestar.



Para colocar ordem na casa, uma conselheira clínica de comportamento animal chamada Caroline Clark esclareceu a situação  de “Tom e Jerry” observada ao tabloide Daily Mail. Ela explicou que, desde o início, o que se vê no vídeo é um rato congelado (parado), típica reação de medo e também uma estratégia usado por muitos animais para tentar parar a perseguição. 



Sobre o fato de o ratinho se enfiar deliberadamente sob a barriga do gato, ela afirma que, na verdade, ele o fez inadvertidamente, e pelo fato de “estar chocado, desorientado e, portanto, não pensando racionalmente”. Só isso.

thumb-image-2024-02-29T14:05:06.445Z

Tom e Jerry da vida real: rato faz carinho na barriga do gato [vídeo]

Imagem de Cachorro esquecido caminha 60 km em 26 dias para voltar para casa no megacurioso

A história da volta do cachorro Dou Dou para casa viralizou nas mídias mundiais e intrigou especialistas de comportamento animal

Um <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/75403-entenda-por-que-no-mundo-seu-cao-e-sempre-o-ser-mais-feliz-em-te-ver.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">cãozinho leal</a> chamado Dou Dou, pertencente a uma família da cidade chinesa de Hangzhou, ganhou destaque nas mídias após ter conseguido caminhar 60 quilômetros de volta para sua casa, após ser esquecido pelos seus donos em uma parada de beira de estrada 26 dias antes.  



Em entrevista ao jornal Qianjiang Evening News, o proprietário do cachorro, sr. Qiu,  contou que a família havia levado Dou Dou junto com eles numa viagem ao campo para visitar uns parentes. Durante uma parada no caminho, eles embarcaram sem levar junto o cachorrinho. 



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/27/27190704256217.jpg" alt="Fonte: Qianjiang Evening News/Reprodução" /><figcaption>(Fonte: Qianjiang Evening News/Reprodução)</figcaption></figure>



O mais curioso é que, preocupados com seu filho pequeno, o casal não sentiu a falta de Dou Dou até chegarem no destino, várias horas depois. No dia seguinte, eles voltaram ao local onde haviam parado, mas não acharam nenhum vestígio do animal. 



<h2>A volta de Dou Dou</h2>



Sem que soubessem, Dou Dou  já havia iniciado sua viagem de volta, caminhando 60 quilômetros. O sr. Qiu voltou várias vezes àquela parada, mas nunca viu ou soube nada a respeito de Dou Dou. Sem esperanças de rever o seu querido animalzinho de estimação, o casal só torceu para que ele tivesse encontrado um família bondosa para cuidar dele. 



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/27/27191150353220.jpg" alt="x" /><figcaption>(Fonte: Qianjiang Evening News/Reprodução)</figcaption></figure>



No entanto, na última quinta-feira (22), quase um mês após o desaparecimento de Dou Dou, o sr. Qiu notou a chegada de um “um <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/115630-vira-lata-gravida-e-desnutrida-e-resgatada-e-da-a-luz-15-filhotinhos.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">vira-lata sujo</a> e esquelético” na soleira da porta. Preparando-se para expulsar aquela criaturinha suja, ele notou, surpreso, de que aquele era o seu amado Dou Dou, praticamente irreconhecível de tão magro.



Para o emocionado dono, o que fez com que ele reconhecesse o seu bichinho foram <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/69939-ciencia-comprova-que-olhar-para-seu-caozinho-faz-voce-sentir-amor.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">os olhos</a>. “Eles irradiam luzes”, disse. Felizmente, Dou Dou não sofreu nenhum ferimento. Embora cansado e caminhando com dificuldade, ele foi aos poucos recuperando a sua antiga energia.

Jorge Marin