Imagem de 3 murais: homenagem aos profissionais da saúde durante a pandemia no megacurioso

O artista espanhol Pejac pintou três murais em hospital que, sob o nome "Força", apresenta três aspectos/soluções para a pandemia


<p>Um <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/115844-artista-cria-incriveis-ilusoes-usando-arte-corporal.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">artista plástico</a> espanhol chamado Pejac resolveu homenagear os profissionais de saúde do Marqués de Valdecilla University Hospital, em Santander na Espanha, como um gesto de agradecimento pelo seu trabalho em geral e durante a pandemia da covid-19. No projeto &#8220;Força&#8221;, o artista oferece o que faz melhor, a pintura.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/23/intel-23134349893346.jpg" alt="Fonte: Pejac/Facebook/Divulgação" /><figcaption>Fonte: Pejac/Facebook/Divulgação</figcaption></figure>



<p>Feito para marcar o momento histórico na história global, o artista fez três intervenções no Valdecilla, como o hospital é carinhosamente chamado em sua cidade natal. O nome &#8220;Força&#8221; foi propositalmente escolhido por ser esta qualidade um dos requisitos necessários dentro de um hospital, segundo Pejac. O trabalho aborda três aspectos da crise atual e propõe soluções.</p>



<h2>Distanciamento social</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/23/23134555082349.jpg" alt="Fonte: Pejac/Facebook/Divulgação" /><figcaption>Fonte: Pejac/Facebook/Divulgação</figcaption></figure>



<p>O primeiro trabalho é uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ilusao-de-optica/44413-10-ilusoes-de-otica-fritar-cerebro.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">ilusão de ótica</a> e mostra uma aparente fenda profunda e aberta na parede do hospital. Quem se aproxima, nota inúmeras pequenas silhuetas humanas que tentam escapar da fenda que, segundo o artista afirma ao site <em>Bored Panda</em>, representa &#8220;a ferida que esta pandemia deixou&#8221;.&nbsp;</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/23/23134749459351.jpg" alt="Fonte: Pejac/Facebook/Divulgação" /><figcaption>Fonte: Pejac/Facebook/Divulgação</figcaption></figure>



<p>Apesar de a imagem funcionar como uma metáfora para os danos da pandemia, propõe o distanciamento social como única forma de corrigi-la. Diz Pejac: &#8220;Entre a grande multidão, incluí cenas de reencontro, empatia, cuidado e amor, sugerindo uma porta para um futuro melhor e cheio de esperança&#8221;.</p>



<h2>Superando</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/23/23134944054352.jpg" alt="Fonte: Pejac/Facebook/Divulgação" /><figcaption>Fonte: Pejac/Facebook/Divulgação</figcaption></figure>



<p>A segunda peça da série, &#8220;Superando&#8221;, foi realizada com a ajuda de jovens pacientes oncológicos da ala pediátrica do Valdecilla, que buscaram recriar o campo de trigo de Van Gogh com ciprestes com as mãos.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/23/23135103399353.jpg" alt="Fonte: Pejac/Facebook/Divulgação" /><figcaption>Fonte: Pejac/Facebook/Divulgação</figcaption></figure>



<p>&#8220;Na peça, uma criança está apoiada em uma cadeira de rodas, podendo pintar mais alto que as demais. Isso é algo que nós, como sociedade, podemos fazer: pegar esta crise e usá-la para nos impulsionar para frente&#8221;, explica Pejac.</p>



<h2>Carícia</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/23/23135210415355.jpg" alt="Fonte: Pejac/Facebook/Divulgação" /><figcaption>Fonte: Pejac/Facebook/Divulgação</figcaption></figure>



<p>Na última peça do trabalho, o autor afirma que &#8220;Carícia&#8221; é a solução poética da nova dinâmica da relação entre os pacientes e os trabalhadores de saúde imposta pelo vírus da covid. Apesar de fisicamente distantes, as suas sombras denunciam o desejo de retornar ao contato físico.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/23/23135324385357.jpg" alt="Fonte: Pejac/Facebook/Divulgação" /><figcaption>Fonte: Pejac/Facebook/Divulgação</figcaption></figure>



<p>Pejac confessa: &#8220;Eu também adicionei uma sensação de serenidade e beleza ao transformar suas sombras em um lago colorido e tranquilo com nenúfares, prestando homenagem a um dos meus pintores favoritos, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes/102262-o-prisma-reverso-veja-a-ia-que-transforma-quadros-de-monet-em-fotos-reais.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Monet</a>, ao longo do caminho&#8221;.</p>



<figure class="wp-block-embed-youtube wp-block-embed is-type-video is-provider-youtube wp-embed-aspect-16-9 wp-has-aspect-ratio"><div class="wp-block-embed__wrapper">
<iframe title="&#039;Strength&#039; by Pejac" width="1366" height="768" src="https://www.youtube.com/embed/b6ArgfBuonU?feature=oembed" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen></iframe>
</div></figure>


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3 murais: homenagem aos profissionais da saúde durante a pandemia

Imagem de Mikko, o peixe que devora seus amigos, faz aniversário; veja no megacurioso

Segundo os cientistas, o apetite voraz de Mikko é uma característica dessa espécie de peixe, que devora até tubarões 


<p>A equipe de um aquário em Helsinki, na Finlândia, resolveu fazer uma festa-surpresa para um de seus habitantes. Segundo os tratadores, <a rel="noopener noreferrer" href="https://www.megacurioso.com.br/animais/39944-pescadores-capturam-peixe-gigante-de-310-quilos-na-china.htm" target="_blank">uma garoupa</a> chamada Mikko, normalmente carrancudo, poderia estar com depressão, devido ao isolamento social que privou os peixes de verem os humanos.</p>



<p>Embora essa história de depressão possa ser um exemplo de pessoas interpretando comportamentos animais por lentes humanas, o fato é que a solidão de Mikko não se devia apenas à ausência de humanos no Sea Life, mas também à falta de companheiros no seu tanque, devido a um pequeno detalhe: Mikko come tudo que está ao seu redor.</p>



<h2>O aniversário de Mikko</h2>



<figure class="wp-block-embed-youtube wp-block-embed is-type-video is-provider-youtube wp-embed-aspect-16-9 wp-has-aspect-ratio"><div class="wp-block-embed__wrapper">
<iframe title="Famous Fish Who Ate All His Friends Gets A Birthday Cheer Up" width="1366" height="768" src="https://www.youtube.com/embed/0pI9J5lJj6M?feature=oembed" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen></iframe>
</div></figure>



<p>Tentando animar o peixe, o pessoal do aquário preparou um bolo de salmão para comemorar o 16º aniversário de Mikko no início deste mês. Como era de se esperar, a garoupa não demonstrou o menor interesse na homenagem e nem nas canções, mas, quando o bolo foi jogado, o bicho &#8220;voou&#8221; na comida e detonou tudo num segundo.</p>



<p>Vivendo no aquário desde 2007, Mikko é um peixe robusto, com um metro de comprimento e 16 quilos de peso. Ele vivia numa loja de animais, mas teve que ser doado porque seu apetite fez com que crescesse acima da capacidade de qualquer aquário comum.</p>



<h2>Engolindo tubarões</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/24/24104453919033.jpg" alt="(Fonte: Sea Life Helsinqui/Reprodução)"/><figcaption>Mikko muda de cor quando lhe passam uma escova que, por sinal, ele já engoliu também (Fonte: Sea Life Helsinqui/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>No Sea Life, Mikko é alimentado três a quatro vezes por semana, com uma dieta que inclui lulas e peixes pequenos, como arenque, cavala e badejo. Infelizmente, ele também gosta muito dos seus vizinhos, pois come todos, até mesmo um <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais-sinistros/74170-10-peixes-que-estao-destruindo-a-terra-por-nossa-culpa.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">peixe-leão venenoso</a> que puseram com ele.&nbsp;</p>



<p>Segundo os cientistas, esse apetite não é um defeito de Mikko, mas uma característica da raça, pois, segundo eles, já documentaram garoupas <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/111520-incrivel-video-flagra-tubarao-sendo-engolido-inteiro.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">engolindo tubarões</a> numa bocada só.</p>



<p>Como, mesmo com o aquário fechado, muitos fãs de Mikko organizaram um mural no seu aniversário, a equipe já prepara a festa do 17º aniversário para o ano que vem. Por enquanto, nenhum colega confirmou presença.</p>


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Mikko, o peixe que devora seus amigos, faz aniversário; veja

Imagem de 1º ser vivo terrestre tinha mais a ver com um animal do que se pensa no megacurioso

No novo estudo, os pesquisadores descobriram que o desenvolvimento de biofilmes bacterianos é comparável à embriogênese animal


<p>Uma pesquisa publicada recentemente na revista científica <em>Molecular Biologya and Evolution</em> mostra que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115174-raio-primordial-a-origem-da-eletricidade-da-vida-na-terra.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">vida primordial na Terra</a> pode ter sido muito mais parecida com um animal do que se pensava, e sugere que as as bactérias podem “se desenvolver” como um embrião.</p>



<p>Quando as bactérias se juntam, elas formam uma comunidade biológica altamente organizada e densamente compactada feita com uma gosma feita de açúcares, que confere proteção contra agressões externas, como falta de nutrientes, antibióticos ou algum antibactericida.&nbsp;</p>



<p>Ns segurança do<a href="https://www.megacurioso.com.br/virus-bacterias-e-protozoarios/42870-o-que-acontece-quando-levamos-bacterias-da-terra-para-o-espaco-.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">&nbsp;biofilme</a>, esses organismos minúsculos são muito poderosos e conseguem resistir às mudança ambientais, comunicar-se em longo alcance com células externas às suas comunidades, e até compartilhar uma espécie de memória coletiva, comportando-se como um organismo celular.</p>



<h2>A nova descoberta&nbsp;</h2>



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://cdn.mos.cms.futurecdn.net/knnXEnvpQJsZ8QtZnNCzV-1024-80.jpg.webp"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/23/23211337606008.webp" alt="Fonte: Momir Futo/Rudjer Bosko/Reprodução" /></a><figcaption>Biofilmes de<em>&nbsp;Bacillus</em> se assemelham a embriões (Fonte: Momir Futo/Rudjer Bosko/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>O que a equipe internacional de pesquisadores, liderada pelo geneticista evolucionista Momir Futo do Instituto Ruder Boškovic, na Croácia, descobriu foi que os biofilmes não apenas se comportam como um organismo celular, como também se desenvolvem como um.</p>



<p>A maioria das células da Terra se comporta como esses biofilmes. Eles podem ser compostos de várias espécies, e se comportam como seres multicelulares, com divisão do trabalho, morte celular programada e autorreconhecimento.</p>



<p>Para fazer essas observações, Futo e sua equipe pesquisaram o <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/112547-startup-americana-encontra-a-cura-para-a-ressaca.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer"><em>Bacillus subtilis</em></a> em forma de bastonete, uma bactéria saprófita comum encontrada no solo, em vacas e em seres humanos. Os pesquisadores acompanharam o seu desenvolvimento no biofilme, desde a poucas células iniciais até os dois meses de idade.</p>



<h2>Bactérias são organismos multicelulares</h2>



<figure class="wp-block-embed-youtube wp-block-embed is-type-video is-provider-youtube wp-embed-aspect-16-9 wp-has-aspect-ratio"><div class="wp-block-embed__wrapper">
<iframe title="Bacillus Growth Mirrors Embryonic Development" width="1366" height="768" src="https://www.youtube.com/embed/Bsf3mQIawYI?feature=oembed" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen></iframe>
</div></figure>



<p>Posteriormente, ao compararem os produtos dos genes da bactéria com os de outras em sua árvore genealógica, descobriram que os genes evolucionários mais jovens evoluíam conforme os pontos temporais do crescimento do biofilme, segundo o geneticista Tomislav Domazet-Lošo, da Universidade Católica da Croácia.</p>



<p>Para ele: &#8220;Isso significa que as bactérias são verdadeiros organismos multicelulares como nós&#8221;. Quando se considera que os fósseis mais antigos são biofilmes bacterianos, os pesquisadores sugerem que a primeira forma de vida foi multicelular, e não uma criatura unicelular como normalmente se acredita até hoje.</p>



<p>Uma vez que os biofilmes são responsáveis tanto por 80% das infecções microbianas como também pelo funcionamento das bactérias amigáveis, as descobertas deste estudo têm imensa importância para uma série de problemas médicos.</p>


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1º ser vivo terrestre tinha mais a ver com um animal do que se pensa

Imagem de Abelhas identificam colegas de colônia por suas bactérias intestinais no megacurioso

Para identificar os membros de sua colônia, e evitar o roubo de seu mel por outras, as abelhas dependem de pistas químicas de origem intestinal


<p>Para as abelhas, espécie cuja <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113478-abelhas-em-extincao-chances-de-sobrevivencia-preocupam-cientistas.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">extinção</a> ameaça a polinização de culturas, um dos fatores mais importantes para a sobrevivência é a segurança das colmeias. Para isso, é vital que elas sejam capazes de distinguir entre uma companheira de sociedade e um invasor.</p>



<p>Uma pesquisa publicada recentemente pela Universidade de Washington, em Saint Louis, revelou que as abelhas confiam mais em pistas químicas produzidas por suas comunidades microbianas intestinais compartilhadas do que no simples parentesco genético, para identificar os membros da colônia.</p>



<p>Segundo um dos autores do projeto, o professor de biologia Yehuda Ben-Shahar, não é apenas a genética da abelha-rainha que é importante, como muitos acreditam. Para o pesquisador: “O que mostramos é que é genético, mas é a genética da bactéria&#8221;.</p>



<h2>Como as abelhas se reconhecem</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/22/22172026055097.jpg" alt="Fonte: Nathan Beach/Reprodução" /><figcaption>Fonte: Nathan Beach/Reprodução</figcaption></figure>



<p>Os membros de uma mesma colônia de <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/39591-20-fatos-curiosos-sobre-as-abelhas.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">abelhas</a> geneticamente relacionados desenvolvem perfis de pele conhecidos como hidrocarbonetos cuticulares (CHC) específicos da colmeia, que funcionam como pistas de reconhecimento de companheiros feromonais de ninho. &nbsp;</p>



<p>O que o novo estudo descobriu foi que o perfil particular de CHC de uma abelha é dependente do seu microbioma, ou seja, aquelas bactérias que compõem a sua comunidade microbiana intestinal. Outra descoberta, igualmente inédita, é de que diferentes colônias têm microbiomas específicos para cada uma.</p>



<p>A relevância da pesquisa é mostrar o papel fundamental do microbioma intestinal nas interações sociais cotidianas essenciais das abelhas. Essa identificação é importantíssima no processo de defesa da colmeia, principalmente contra o seu maior inimigo: outras abelhas.</p>



<h2>As abelhas-ladras</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/22/22172424547100.jpg" alt="Fonte: Backyard Hive/Reprodução" /><figcaption>Fonte: Backyard Hive/Reprodução</figcaption></figure>



<p>Coautora do projeto, a pós-doutoranda Cassondra L. Vernier explica que quando chega o outono no Hemisfério Norte, e as plantas param de produzir o néctar, ocorre um fenômeno muito comum: as <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/86802-roubar-para-viver-conheca-8-especies-de-animais-cleptoparasitas.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">abelhas-ladras</a>.</p>



<p>Essas abelhas, que são mais meliantes do que melíferas, conseguem passar pelos soldados para roubar mel, pólen, alimento das larvas e até cera. Quando voltam para os seus próprios ninhos carregadas com suas pilhagens, sinalizam para as colegas que aquela colmeia que visitaram tem vigilância fraca e que pode ser invadida facilmente.</p>



<p>Esse tipo de roubo, que priva as abelhas hospedeiras e suas bactérias associadas de recursos importantes, pode ter sido a motivação original para que fosse estabelecida essa parceria especial entre a bactéria e o inseto, dizem os pesquisadores.&nbsp;</p>


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Abelhas identificam colegas de colônia por suas bactérias intestinais

Imagem de NASA: rochas coletadas em excesso do asteroide entornam no espaço no megacurioso

Como a OSIRIS-REx coletou mais material do que os 60 gramas previstos, o excesso acabou entalando a tampa do coletor


<p>Após realizar um feito histórico na semana passada (21), ao&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/205600-missao-historica-nasa-coleta-amostras-asteroide-bennu.htm" target="_blank" rel="noreferrer noopener">coletar amostras de rochas da superfície de um asteroide</a> pela primeira vez, a <a href="https://www.tecmundo.com.br/nasa" rel="noreferrer noopener" target="_blank">NASA</a> acabou sofrendo um revés inesperado: a espaçonave OSIRIS-REx recolheu tanto material de Bennu, que acabou se entupindo e ficando com a “boca” aberta, entornando fragmentos pelo espaço.</p>



<p>Em um comunicado da NASA, divulgado na sexta-feira (23), a equipe em Terra responsável pelo gerenciamento da missão percebeu, ao revisar as imagens do voo, que a cabeça do amostrador da sonda estava cheia de partículas do asteroide, e que algumas delas estavam escapando do coletor de amostra, o TAGSAM.</p>



<p>A suspeita é de que esses pedaços de material estão escapando através de pequenas fendas, onde uma aba de mylar (uma fortíssima película de poliéster que funciona como “tampa” do coletor) está ligeiramente entalada por pedras maiores.</p>



<p><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/26/26125506123191.gif" alt="Cabeça do amostrador da OSIRIS-REX cheia de rochas e poeira de Bennu (Fonte: NASA/Divulgação)">Cabeça do amostrador da OSIRIS-REx cheia de rochas e poeira de Bennu. (Fonte: NASA/Divulgação)</p>



<h2>Acelerando o armazenamento</h2>



<p>Apesar da ocorrência, a equipe não está desanimada com o apetite excessivo da OSIRIS-Rex, que parece ter ultrapassado os 60 gramas de material inicialmente previstos. Para evitar mais perda de massa, será feito o aceleramento do armazenamento desses materiais, explicou Dante Lauretta, investigador principal do projeto.</p>



<p>Como as imagens mostram que qualquer movimento brusco da nave pode fazer o instrumento TAGSAM ter mais perdas de amostras, a equipe da missão optou cancelar alguns procedimentos agendados, como a medição de massa de amostra e a queima de frenagem.&nbsp;</p>



<p>A equipe se concentra agora em transferir rapidamente as amostras restantes para a Sample Return Capsule (SRC), onde o material poderá ser mantido em segurança até o retorno à Terra.</p>



<p>Segundo a NASA, a OSIRIS-REx está bem, e a equipe está finalizando um cronograma para concluir o armazenamento. Assim que fixadas as informações a respeito do tempo de conclusão do armazenamento, a agência espacial emitirá uma atualização.</p>



<p><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/205799-nasa-rochas-coletadas-excesso-asteroide-entornam-espaco.htm" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/205799-nasa-rochas-coletadas-excesso-asteroide-entornam-espaco.htm" target="_blank" rel="noreferrer noopener">NASA: rochas coletadas em excesso do asteroide entornam no espaço</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br/" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">TecMundo</a></p>


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NASA: rochas coletadas em excesso do asteroide entornam no espaço

Imagem de Garoto de 12 anos é a pessoa mais jovem a atingir a fusão nuclear no megacurioso

Jackson Oswalt conseguiu a façanha de fundir dois átomos de deutério na sala de jogos em sua casa


<p>Um vídeo divulgado no YouTube no início de outubro pelo <em>Guinness World Record</em>, o famoso &#8220;<a href="https://www.megacurioso.com.br/recordes/99979-11-dos-recordes-mais-absurdos-ja-registrados-no-guinness-book.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Livro dos Records</a>&#8220;, apresentou a pessoa mais jovem a atingir a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115564-novo-metodo-de-fusao-nuclear-pode-alimentar-espaconaves-no-futuro.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">fusão nuclear</a> no mundo. O norte-americano <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/110940-um-jovem-de-14-anos-criou-seu-proprio-reator-de-fusao-nuclear.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Jackson Oswalt</a>, que completaria 13 anos algumas horas mais tarde, conseguiu o feito numa sala de jogos em sua casa.</p>



<p>No seu experimento doméstico, realizado na cidade de Memphis, no Tenessee, o garoto Jackson conseguiu fundir dois átomos de deutério (hidrogênio pesado) em um pequeno fusor que ele próprio construiu.&nbsp;</p>



<p>O fusor é um dispositivo que utiliza um campo elétrico para aquecer íons a temperaturas extremas, capazes de facilitar a fusão nuclear. O processo de construção de um mecanismo desse tipo pode ser bem complicado, devido à quantidade de energia elétrica envolvida, bem como uma temperatura absurdamente alta. Veja o vídeo:</p>



<figure class="wp-block-embed-youtube wp-block-embed is-type-video is-provider-youtube wp-embed-aspect-16-9 wp-has-aspect-ratio"><div class="wp-block-embed__wrapper">
https://www.youtube.com/watch?v=Wh5TUlzBwLw
</div></figure>



<h2>Não faça isso em sua casa!</h2>



<p>Para os jovens estudantes que estejam pensando em criar uma máquina dessas em casa, é importante ressaltar que isso pode não ser uma boa ideia. Além do grande castigo que o pai irá impor quando receber a fatura da energia elétrica, existem inúmeros perigos envolvidos no processo.</p>



<p>O próprio Jackson, após passar uns perrengues, explicou ao site<em>&nbsp;IFL Science</em>: “Construir um fusor é um processo muito perigoso, principalmente por causa da alta eletricidade que é usada no reator. Certos cuidados precisam ser tomados, como usar luvas para se proteger”.</p>



<p>Embora os fusores nucleares sejam uma promessa de energia limpa para o futuro, esse tipo de modelo construído não tem utilidade comercial pelo seu pequeno porte. Um fusor típico, capaz de produzir o fluxo de nêutrons necessário para suprir um reator de fusão real, demandaria uma entrada de energia bem maior que a produzida, com a atual tecnologia.&nbsp;</p>


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Garoto de 12 anos é a pessoa mais jovem a atingir a fusão nuclear

Imagem de Ressurreição: placa tectônica 'perdida' é encontrada no Pacífico no megacurioso

Os geólogos utilizaram a tecnologia de mapeamento 3-D para a técnica de desdobramento da placa tectônica, e "esticar" a Ressurreição para sua forma o


<p>Uma equipe de geólogos da Faculdade de Ciências Naturais e Matemática da Universidade de Houston conseguiu reconstruir as imagens de uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115394-estudo-pode-levar-a-revisao-da-teoria-da-tectonica-de-placas.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">placa tectônica</a> há muito perdida no norte do Canadá, e que pode ter dado origem a um arco de vulcões no Oceano Pacífico há 60 milhões de anos.</p>



<p>Num comunicado à imprensa, divulgado na última terça-feira (20) no site Phys.org, um dos autores do estudo, o professor de geologia Jonny Wu, explicou que a existência da placa tectônica, chamada Ressurreição, tem provocado acalorados debates entre os geólogos, pois há uma corrente que afirma que esse pedaço de litosfera nunca existiu.</p>



<p>Os que acreditam na existência da Ressurreição afirmam que ela subduziu, ou seja, moveu-se para o lado e para baixo no manto da Terra, em algum lugar de uma margem do tipo Pacífico (ou ativa), que é o local de convergência de placas tectônicas onde ocorre uma fossa oceânica. Isso ocorreu há 40 ou 60 milhões de anos.&nbsp;</p>



<h2>Como a pesquisa foi desenvolvida</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/23/23122151042307.jpg" alt="Fonte: University of Houston/Divulgação" /><figcaption>Wu e Fuston (Fonte: University of Houston/Divulgação)</figcaption></figure>



<p>Na descrição do estudo, publicado no <em>Geological Society of America Bulletin</em>, Wu e Spencer Fuston, um estudante de doutorado em <a href="https://www.megacurioso.com.br/geologia/novidades/" target="_blank" rel="noopener noreferrer">geologia</a> do terceiro ano, aplicaram uma técnica chamada slab unfolding, desenvolvida pelo UH Center for Tectonics and Tomography.&nbsp;</p>



<p>Para reconstruir como as placas tectônicas no Oceano Pacífico pareciam durante o início da Era Cenozóica, os pesquisadores fizeram imagens semelhantes a uma verdadeira tomografia computadorizada do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115822-nucleo-da-terra-e-jovem-e-tem-apenas-1-bilhao-de-anos.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">interior da Terra</a>, para conseguir observar os riscos vulcânicos, bem como os depósitos de minerais e hidrocarbonetos.</p>



<h2>Levantando a placa tectônica</h2>



<p>Embora seja consenso entre os geólogos que havia duas placas tectônicas no Oceano Pacífico, a Kula e a Farallon, havia controvérsias quanto à Ressurreição. Mas a nova reconstrução coloca a borda da placa rochosa ao longo de uma linha de vulcões antigos conhecidos, sugerindo que ela já fez parte da crosta terrestre onde atualmente fica o norte do Canadá.</p>



<p>&#8220;Quando &#8216;levantada&#8217; de volta à superfície da Terra e reconstruída, os limites desta antiga placa tectônica da Ressurreição combinam bem com os antigos cinturões vulcânicos no estado de Washington e no Alasca, fornecendo uma ligação muito procurada entre o antigo Oceano Pacífico e o registro geológico da América do Norte&#8221;, conclui Wu.&nbsp;</p>


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Ressurreição: placa tectônica 'perdida' é encontrada no Pacífico

Imagem de Bebês estão ingerindo milhões de microplásticos em suas mamadeiras no megacurioso

Embora ainda não se saiba o efeito da ingestão de microplásticos no organismo humano, as revelações da pesquisa impressionam


<p>A revista científica <em>Nature Food</em> publicou na última segunda-feira (19) um estudo com resultados alarmantes para papais e mamães que estão amamentando seus bebês: estes lactentes podem estar consumindo milhões de pedacinhos de microplásticos degradados de <a rel="noopener noreferrer" href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/110579-a-mamadeira-pode-influenciar-se-a-crianca-sera-destra-ou-canhota.htm" target="_blank">suas mamadeiras</a> junto com o leite.</p>



<p>Embora a revelação pareça, a princípio, muito grave, a verdade é que não se sabe atualmente com certeza qual o efeito dessas micropartículas na saúde humana. E é nisso que a pesquisa colocao seu objetivo geral: a necessidade de se explorar mais o impacto da exposição humana aos microplásticos.</p>



<h2>Metodologia utilizada</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/22/22132330171659.jpg" alt="Fonte: Fábrica12/Divulgação"/><figcaption>Fonte: Fábrica12/Divulgação</figcaption></figure>



<p>Para comprovar sua hipótese, um grupo de pesquisadores do Trinity College Dublin, na Irlanda, compraram dez marcas de mamadeiras da Amazon e estudaram o número de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/107043-saiba-por-que-canudos-de-plastico-sao-um-grande-problema-para-os-oceanos.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">partículas microplásticas</a> liberadas enquanto seguiam as técnicas de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114144-coronavirus-novo-processo-esteriliza-ate-4-milhoes-de-mascaras-n95-por-dia.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">esterilização</a> e preparação de conteúdo recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS).&nbsp;</p>



<p>Os autores tiveram o cuidado para que todas as mamadeiras fossem feitas integral ou parcialmente de polipropileno, o plástico mais usado no mundo para preparar e armazenar alimentos.</p>



<h2>Resultados</h2>



<p>O resultado foi assustador: durante o processo de esterilização das mamadeiras, cerca de 1,3 a 16,2 milhões de partículas microplásticas por litro foram liberadas. O número de partículas aumentou ainda mais quando utilizaram água fervida para esterilizar diretamente a mamadeira.</p>



<p>Para comprovar que a temperatura tem um papel importante no processo, &nbsp;os pesquisadores aumentaram a temperatura, dos 25º C ambientes para 95º C. O resultado foi um aumento de 0,6 milhão para 55 milhões de partículas. Os testes prosseguiram por 21 dias, com constante eliminação de microplásticos.&nbsp;</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/22/22132806308664.jpg" alt="Fonte: A Family/Reprodução"/><figcaption>Fonte: A Family/Reprodução</figcaption></figure>



<h2>Algumas dicas</h2>



<p>Enquanto não é possível comprovar cientificamente os possíveis impactos da ingestão de microplásticos por essa população de bebês, os cientistas deram alguns conselhos para, pelo menos, minimizar o efeito da liberação do plástico na mamadeira:</p>



<ul><li>Não reaqueça o líquido já preparado em recipientes de plástico;</li><li>Evite fornos de micro-ondas;</li><li>Prepare a bebida infantil em um recipiente não plástico, utilizando água aquecida a pelo menos 70º C, resfrie até a temperatura ambiente e depois transfira o conteúdo preparado para uma mamadeira de alta qualidade;</li><li>Para esterilizar, prepare a água, fervendo-a em uma chaleira não plástica e enxágue a mamadeira esterilizada com água também esterilizada, porém com temperatura ambiente, por pelo menos três vezes.&nbsp;</li></ul>


thumb-image-2024-02-29T14:05:05.626Z

Bebês estão ingerindo milhões de microplásticos em suas mamadeiras

Imagem de Marinha americana irá pesquisar 'fenômenos aéreos não-identificados' no megacurioso

Não só os curiosos, mas também cientistas e militares estão preocupados com objetos de comportamento estranho filmados


<p>A Marinha dos Estados Unidos reconheceu recentemente que alguma atitude deveria ser tomada em relação às ocorrências de <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/113323-livro-defende-que-ovnis-seriam-pilotados-por-humanos-do-futuro.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">objetos de comportamento estranho</a> capturados em vídeo por pilotos de jato ao longo dos anos. Os avistamentos foram igualmente relatados por controladores de voo e técnicos.</p>



<p>Dessa forma, em agosto passado, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/114302-marinha-dos-estados-unidos-divulga-oficialmente-3-videos-de-ovnis.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Marinha americana</a> constituiu uma Força-Tarefa de Fenômenos Aéreos Não-Identificados (UAP na sigla em inglês) cujo objetivo é investigar a natureza e a origem dessas estranhas imagens, e determinar se os objetos ali gravados poderiam representar uma ameaça à segurança nacional.</p>



<p>Os UAPs observados nos últimos tempos têm acelerações estimadas entre 100 g’s até milhares de g’s. O “g” é uma unidade de aceleração ligada à ressonância e à vibração dos tecidos dos organismos. Uma aceleração súbita acima de 75 g’s pode causar ferimentos graves e até mesmo a morte em seres humanos.</p>



<p>Apesar desses números impressionantes, não se registrou até agora nenhum tipo de perturbação do ar visível, nem estrondos sônicos. Tudo isso reunido se parece muito com os folclóricos registros &nbsp;de OVNIs que sempre aparecem nas mídias com alertas do tipos “Eles estão entre nós”.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/22/22075136242475.jpg" alt="Fonte: KTS Image/Getty Images/Reprodução" /><figcaption>(Fonte: KTS Image/Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure>



<h2>O novo projeto de pesquisa de UAPs</h2>



<p>Porém, no atual projeto, a tônica presente &nbsp;nesses fenômenos é de que eles sejam estudados em bases <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/113153-ovni-pentagono-revela-ter-video-ultrassecreto-sobre-caso-de-2004.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">estritamente científicas</a>, inclusive com o uso de satélites para rastreamento de possíveis eventos de UAP futuros.</p>



<p>Um dos cientistas que defendem uma pesquisa séria sobre os objetos de comportamento estranho, Ravi Koppparapu, do Goddard Space Flight Center da NASA, afirmou ao site <em>Live Science</em>: &#8220;Acho que as pessoas pensam imediatamente em &#8216;alienígenas&#8217; quando ouvem OVNIs/UAPs, e quero que os cientistas não caiam nessa&#8221;.</p>



<p>Estudante da habitabilidade planetária em exoplanetas, Kopparapu adverte: &#8220;Seja estritamente agnóstico e não deixe que ideias preconcebidas turvem os julgamentos. Tenha a mente aberta. Considere isso como um problema de ciência. Se descobrir que eles têm explicações mundanas, que seja&#8221;.</p>


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Marinha americana irá pesquisar 'fenômenos aéreos não-identificados'

Imagem de MIT cria inteligência artificial para traduzir línguas 'mortas' no megacurioso

Os pesquisadores alimentaram um algoritmo com várias restrições linguísticas que ocorrem à medida que as línguas evoluem


<p>Uma equipe de pesquisadores do Laboratório de&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Ciência</a> da Computação e&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/inteligencia-artificial/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Inteligência Artificial</a> do MIT (CSAIL) anunciou na última quarta-feira (21) a criação de um algoritmo de decifração capaz de fornecer automaticamente o significado de linguagens perdidas há muito tempo, mesmo que não tenham qualquer relação com outros idiomas.</p>



<p>O projeto se baseia em um artigo escrito no ano passado pela professora Regina Barsilay, do MIT, e do estudante de doutorado&nbsp;Jiaming Luo, do MIT , que decifrou duas línguas mortas: o ugarítico e o Linear B, que levaram muitos anos para serem <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/102096-pedra-de-roseta-a-chave-que-desvendou-os-segredos-da-civilizacao-egipcia.htm" rel="noreferrer noopener" target="_blank">decifradas pelos humanos</a>. Porém, essas línguas estavam relacionadas às primeiras formas do hebraico e do grego.</p>



<p>Com o novo sistema, a relação entre línguas é inferida diretamente pelo algoritmo. Essa questão era um dos maiores desafios da decifração. No caso do Linear B, um silabário utilizado pela Civilização Micênica entre os séculos XV a.C. e XII a.C., foram necessárias décadas de estudo para que se chegasse à sua decifração.</p>



<p><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/21/21223143786444.jpg" alt="Fonte: alagunasr/Adobe Stock/Reprodução">Fonte: alagunasr/Adobe Stock/Reprodução</p>



<h2>Testando linguagens</h2>



<p>Mas há línguas, como a ibérica, das quais não se conhece outras linguagens relacionadas, com alguns defendendo o basco, enquanto outros afirmam categoricamente que o ibérico não se relaciona com nenhum tipo de idioma conhecido.</p>



<p>Preparado para avaliar a proximidade entre duas línguas, o algoritmo foi testado no ibérico, comparando-o ao basco e a outros candidatos menos prováveis, como famílias românicas, germânicas, turcas e Uralic. Nenhuma das línguas foi considerada relacionada, nem mesmo o basco ou o latim.</p>



<p>Para chegar a essa conclusão, o algoritmo teve que categorizar palavras em um idioma antigo e vinculá-las a seus equivalentes em outros idiomas relacionados. Em outras palavras, o processo não consegue ser um <a href="http://www.tecmundo.com.br/google-tradutor/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Google Tradutor</a>, traduzindo línguas &#8220;mortas&#8221; diretamente para o inglês, mas consegue identificar as raízes de diversas línguas antigas.&nbsp;</p>



<p>Para trabalhos futuros, a equipe pretende expandir a decifração para além do ato de conectar textos a palavras relacionadas a uma linguagem já conhecida. Uma nova abordagem envolveria identificar o significado semântico das palavras, mesmo sem saber lê-las.</p>



<p><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/205655-mit-cria-inteligencia-artificial-traduzir-linguas-mortas.htm?f" target="_blank" rel="noreferrer noopener">MIT cria inteligência artificial para traduzir línguas &#8216;mortas&#8217;</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br" target="_blank" rel="noreferrer noopener">TecMundo</a></p>


Jorge Marin