Imagem de O que eram as esferas misteirosas vistas no céu da Suécia em 1808? no megacurioso

Até hoje, ninguém conseguiu explicar o fenomeno

<head></head><body>De acordo com documentos do Transactions of the Swedish Academy of Sciences, na tarde de 16 de maio de 1808, algo estranho aconteceu em uma pequena cidade que era chamada Biskopsberga, na Suécia. Na época, o local abrigava aproximadamente 300 pessoas, em sua maioria aldeões que tiravam o sustento das terras férteis para comercializar na cidade de Skanninge, na província histórica da Gotlândia Oriental.Foi relatado que os habitantes viram vários objetos esféricos voarem pelo céu, todos indo juntos em direção ao Sol. Eles alternavam a velocidade em uma espécie de procissão bem organizada, que ia de leste ao oeste, e que durou mais de 2 horas. Então, de repente, elas começaram a desaparecer depois de deixarem os habitantes apavorados.<h2>O vulcão</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/08/08200823575369.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodução)">(Fonte: Pinterest/Reprodução)Algumas bolas <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/115415-kentucky-meat-shower-o-dia-em-que-choveu-carne-do-ceu.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">caíram do céu</a> e foram comparadas com bolhas de sabão. O solo onde caíram foi investigado, porém nenhum resíduo conseguiu ser coletado para análise. Os cientistas apenas perceberam que essas "esferas" deixaram uma espécie de película bem fina, como uma teia de aranha, que mudou de cor até que secasse totalmente e sumisse no chão.A única pessoa que confirmou e documentou esse fenômeno foi K.G Wettermark, que foi secretário da Academia Sueca de Ciências. Inclusive, o homem deixou registrado que uma dessas "esferas" caiu bem próximo a ele.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/08/08200942748370.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodução)">(Fonte: Pinterest/Reprodução)Alguns geólogos que estudaram o caso deduziram que as “esferas suecas”, como ficaram conhecidas, poderiam ser algum tipo de poeira vulcânica, visto que no final da manhã de 1º de maio de 1808, o Vulcão da Urzelina, localizado na ilha de São Jorge, nos Açores (Portugal), explodiu. A erupção devastou a freguesia da Urzelina, criou o mistério basáltico que hoje forma a Ponta da Urzelina, e também foi a responsável por deixar um rastro de destruição por onde passou.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Mountain Forecast&nbsp;" data-fonte-url="https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQ5V4vFPtRsRyeqAh9AhcvLixlNx7oQW5eBGwAYaLDBZeBQW2tnhriu1N4y18HABZpc36w&amp;usqp=CAU"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/08/08201108999371.jpg" alt="(Fonte: Mountain Forecast/Reprodução)">(Fonte: Mountain Forecast/Reprodução)Os cientistas só conseguem pensar nos gases que emanaram do vulcão após dias de intensa atividade sísmica para a origem dessas "esferas". No entanto, eles ainda não entendem como o vulcão teria formado essas "bolhas" que Wettermark descreveu em seus arquivos históricos.</body>

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O que eram as esferas misteirosas vistas no céu da Suécia em 1808?

Imagem de Jesse Gelsinger e o polêmico caso de terapia gênica no megacurioso

O jovem nasceu com uma doença rara e o que decidiu fazer mudou seu destino

Quando Jesse Gelsinger nasceu, em 18 de junho de 1981, em Tucson, no Arizona (EUA), ele j&aacute; conseguiu o feito de quebrar as expectativas de vida. Aos 2 anos, ele foi diagnosticado com uma vers&atilde;o considerada branda de um raro dist&uacute;rbio metab&oacute;lico denominado S&iacute;ndrome de Defici&ecirc;ncia de Ornitina Transcarbamilase (OCTD), uma doen&ccedil;a gen&eacute;tica do f&iacute;gado ligada ao cromossomo X, que consiste na incapacidade de metabolizar a am&ocirc;nia (um subproduto da degrada&ccedil;&atilde;o de prote&iacute;nas), que atinge n&iacute;veis letais no sangue.
O caso &eacute; considerado fatal logo ao nascimento, com a maioria dos beb&ecirc;s entrando em coma e sofrendo danos cerebrais irrevers&iacute;veis. O &iacute;ndice de mortalidade aponta morte em no m&iacute;nimo 1 m&ecirc;s de vida. Contudo, Gelsinger teve a sorte de o gene da ornitina transcarbamilase ter sofrido muta&ccedil;&atilde;o em apenas algumas partes de suas c&eacute;lulas, em uma condi&ccedil;&atilde;o conhecida como mosaicismo som&aacute;tico.
<h2>Tentando viver</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/03/31/31183917182435.jpg" alt="(Fonte: Jesse Gelsinger/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Jesse Gelsinger/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Para sobreviver de maneira saud&aacute;vel com sua doen&ccedil;a, Gelsinger se mantinha vivo com uma dieta extremamente pobre em prote&iacute;nas e um regime de aproximadamente 50 comprimidos di&aacute;rios de medica&ccedil;&atilde;o especial.
Ele era conhecido por ser um jovem perspicaz, querido, doce e que nutria uma paix&atilde;o incontrol&aacute;vel por luta livre profissional e motocicletas. Em 1999, quando estava no auge de sua adolesc&ecirc;ncia, aos 18 anos, Gelsinger perdeu um pouco o controle de si mesmo e de sua doen&ccedil;a, pois a rebeldia da fase o deixou &ldquo;de saco cheio&rdquo; de toda a dieta e medica&ccedil;&atilde;o regradas.
Isso levou o jovem a ter crises de sa&uacute;de que colocaram sua vida em risco. Ele parou de tomar seus rem&eacute;dios, passou a ingerir comida em excesso e acabou sendo encontrado no sof&aacute; de sua casa por seu pai, vomitando incontrolavelmente. No mesmo dia, Gelsinger teve de ser intubado e mantido em coma induzido at&eacute; que seus n&iacute;veis de am&ocirc;nia estivessem sob controle.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/03/31/31184431577440.jpg" alt="(Fonte: Wikipedia/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Wikipedia/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Ap&oacute;s ser extubado e ter mais uma chance de continuar vivendo, Gelsinger recebeu a not&iacute;cia de seu m&eacute;dico de que um ensaio cl&iacute;nico para um potencial tratamento de OTCD estava sendo desenvolvido por pesquisadores da Universidade da Pensilv&acirc;nia, na Filad&eacute;lfia. O procedimento visava corrigir o gene OTC, que produz uma enzima que impede o ac&uacute;mulo de am&ocirc;nia no sangue.
Os pacientes que se submetessem &agrave; experimenta&ccedil;&atilde;o teriam injetadas c&oacute;pias funcionais do gene que havia sido anexado a um adenov&iacute;rus (um tipo de v&iacute;rus do resfriado) alterado para ser inofensivo que infectaria as c&eacute;lulas do f&iacute;gado do paciente e integraria o gene adicionado em seu DNA cromoss&ocirc;mico.
Em linhas gerais, Gelsinger estaria sendo submetido a uma terapia de gene.
<h2>A terapia</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/03/31/31184649516441.jpg" alt="(Fonte: NHGRI/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: NHGRI/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Mais amplamente explorada durante a d&eacute;cada de 1970, a terapia g&ecirc;nica &eacute; considerada um verdadeiro &ldquo;sonho cient&iacute;fico&rdquo; para tratar pessoas com doen&ccedil;as gen&eacute;ticas, inserindo um gene nas c&eacute;lulas de um paciente em vez de usar medicamentos ou cirurgia. Desde aquela &eacute;poca, os cientistas t&ecirc;m tentado v&aacute;rias abordagens para o procedimento, incluindo substituir um gene mutante que causa a doen&ccedil;a por uma c&oacute;pia saud&aacute;vel dele, inativando ou &ldquo;eliminando&rdquo; o gene mutado que est&aacute; funcionando incorretamente ou at&eacute; mesmo introduzindo um novo no corpo para ajudar a combater a doen&ccedil;a.
Na &eacute;poca em que Gelsinger foi informado sobre as possibilidades de uma cura no futuro, o tratamento experimental havia prolongado a vida somente de ratos de laborat&oacute;rio criados para serem deficientes em enzimas OTC. Portanto, os cientistas estavam confiantes de que o m&eacute;todo de reparo de genes que eles estavam testando pudesse ser usado para tratar v&aacute;rias doen&ccedil;as hep&aacute;ticas.
A princ&iacute;pio, o teste ao qual o jovem foi submetido era considerado um estudo de seguran&ccedil;a, com o objetivo de apenas aprimorar e avan&ccedil;ar o tratamento para beb&ecirc;s com a mesma doen&ccedil;a que ele, e n&atilde;o melhorar sua sa&uacute;de. Apesar disso, Gelsinger quis participar, portanto voou direto para a Filad&eacute;lfia em setembro de 1999.
<h2>Caso Gelsinger</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Science History Insitute/Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://www.sciencehistory.org/sites/default/files/styles/rte_full_width/public/paul_gelsinger.jpg?itok=FWHcWSBZ"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/03/31/31184826752447.jpg" alt="(Fonte: Science History Institute/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Science History Institute/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Em 13 de setembro de 1999, Gelsinger foi o 18&ordm; paciente a receber o adenov&iacute;rus modificado. Pacientes anteriores a ele no estudo experimental sentiram apenas sintomas semelhantes aos da gripe, por&eacute;m o jovem teve uma rea&ccedil;&atilde;o muito pior. Em menos de 1 dia, ele ficou desorientado, apresentou sinais de icter&iacute;cia (pele amarelada devido ao ac&uacute;mulo de bilirrubina no sangue) e, em seguida, a resposta inflamat&oacute;ria do seu organismo o levou a desenvolver um perigoso dist&uacute;rbio de coagula&ccedil;&atilde;o do sangue, causando insufici&ecirc;ncia renal, hep&aacute;tica e pulmonar.
Quatro dias depois de ter&nbsp;a primeira dose injetada, Gelsinger teve os aparelhos desligados ap&oacute;s ser declarada a sua morte cerebral. Tanto a equipe m&eacute;dica quanto os cientistas se mostraram surpresos com a maneira como o quadro do jovem piorou t&atilde;o rapidamente, culminando em seu &oacute;bito quase imediato.
A morte de Gelsinger, um paciente considerado est&aacute;vel e saud&aacute;vel, em um tratamento experimental volunt&aacute;rio de terapia g&ecirc;nica, causou um verdadeiro colapso no campo de estudo e na &aacute;rea de pesquisa biol&oacute;gica. A maioria dos ve&iacute;culos de imprensa definiu os pesquisadores como &ldquo;ambiciosos demais&rdquo;, cuja ansiedade os levou a tomar atalhos que desrespeitavam as regras destinadas a proteger as pessoas em vez de colocar suas vidas em risco. A fam&iacute;lia de Gelsinger alegou que eles n&atilde;o foram devidamente alertados sobre os problemas imediatos &agrave; transfus&atilde;o e nem a longo prazo.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/03/31/31184950534448.jpg" alt="(Fonte: WHYY/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: WHYY/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
&ldquo;O que aconteceu com o jovem fez todo o campo da terapia g&ecirc;nica desaparecer por pelo menos 10 anos. At&eacute; mesmo o termo &lsquo;terapia gen&eacute;tica&rsquo; se tornou uma esp&eacute;cie de an&aacute;tema&rdquo;, comentou a bioqu&iacute;mica Jennifer Doudna, respons&aacute;vel por descobrir o mecanismo de edi&ccedil;&atilde;o de genes CRISPR-Cas9. &ldquo;Ningu&eacute;m queria doar para as pesquisas, tampouco algum pesquisador poderia ter seu nome vinculado ao termo&rdquo;.
A investiga&ccedil;&atilde;o do Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos apontou que os cientistas envolvidos no caso de Gelsinger, inclusive James Wilson, ent&atilde;o diretor do Instituto de Terapia Gen&eacute;tica Humana, quebraram diversos protocolos de conduta do experimento, como: inclus&atilde;o de Gelsinger como substituto de outro volunt&aacute;rio que desistiu, apesar de ele ter altos n&iacute;veis de am&ocirc;nia que deveriam t&ecirc;-lo impedido de participar; falha da universidade em alertar que dois pacientes j&aacute; haviam experimentado efeitos colaterais graves; e n&atilde;o ter informado na documenta&ccedil;&atilde;o de consentimento as mortes de macacos que receberam o tratamento.
A Universidade da Pensilv&acirc;nia e o Centro M&eacute;dico Nacional Infantil tiveram de pagar mais de US$ 500 mil ao governo como forma de indeniza&ccedil;&atilde;o pelas quebras de diretrizes do procedimento.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/03/31/31185123176449.jpg" alt="(Fonte: WHYY/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: WHYY/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Ap&oacute;s o rev&eacute;s do caso, o campo de estudo de terapia g&ecirc;nica levou 20 anos para se reestabelecer, com empreendimentos p&uacute;blicos e privados investindo bilh&otilde;es de d&oacute;lares para alternar ou substituir genes defeituosos nas pessoas e promover melhores chances de vida, ou uma vida saud&aacute;vel, aos pacientes.&nbsp;
Contudo, at&eacute; ent&atilde;o, s&oacute; foi poss&iacute;vel comercializar medicamentos, terapias para linfoma, tratamento que reverte uma forma de cegueira heredit&aacute;ria e terapia para atrofia muscular espinhal.
De acordo com os cientistas, a atual terapia gen&eacute;tica &eacute; mais segura do que a do passado, por&eacute;m ainda existem muitas quest&otilde;es acerca dos riscos do procedimento e do qu&atilde;o seguro &eacute;.

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Jesse Gelsinger e o polêmico caso de terapia gênica

Imagem de Conheça o maior túnel de contrabando do mundo no megacurioso

Encontrado em 2020, a complexidade e sofisticação do túnel chocou as autoridades norte-americanas

<head></head><body>Em 19 de março de 2020 agentes da Investigação de Segurança Interna de San Diego, em uma operação chamada San Diego Tunnel Task Force, encontraram o maior túnel de contrabando da História. Com 1.330 metros de extensão, o túnel cruzava a fronteira do México com os Estados Unidos, indo até Otay Mesa, uma periferia ao sul de San Diego, que é uma área conhecida por ter um solo fácil para escavação e a presença de muitos armazéns torna o local perfeito para dificultar a detecção.O que chocou as autoridades norte-americanas não foi a extensão do buraco sob a terra, mas sim a sofisticação que os criminosos transnacionais conseguiram estabelecer em meio às condições úmidas e alagadas a 21 metros da superfície, e em um espaço de 2 metros de largura e 5,5 de altura.<h2>O poço</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;USA Today&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gannett-cdn.com/-mm-/6443a85f8268ba32fae306a8f59c03f5a2006752/c=0-32-1200-710/local/-/media/2016/12/14/USATODAY/USATODAY/636173121610302302-AP-16348675347672.jpg?width=660&amp;height=373&amp;fit=crop&amp;format=pjpg&amp;auto=webp"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/07/07204300820414.jpg" alt="(Fonte: USA Today/Reprodução)">(Fonte: USA Today/Reprodução)Havia tubos de ventilação, cabos elétricos e sistemas de iluminação e de drenagem para que ninguém se sufocasse lá embaixo. Além disso, trilhos, provavelmente para carregar drogas em carrinhos automatizados para os cartéis, percorriam todo o caminho, e havia até um elevador na saída em Tijuana. Foram encontradas ramificações para algumas outras partes do território americano, além de San Diego, porém sem nenhuma abertura para a superfície.É provável que os túneis também tenham servido para traficar pessoas para o outro lado da fronteira, visto que eles também são criados com essa finalidade há décadas. A Patrulha da Fronteira Americana não sabe quando o túnel foi construído, porém o comprimento e a complexidade dele deixam claro o quão longe os cartéis estão dispostos a ir e também a gastar para contrabandear com sucesso suas drogas e pessoas para qualquer lado.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/07/07204423868415.jpg" alt="(Fonte: The New York Times/Reprodução)">(Fonte: The New York Times/Reprodução)Nenhuma droga foi encontrada ao longo do túnel, tampouco alguma prisão foi feita em relação à descoberta. As autoridades sabem que o túnel deve pertencer a Joaquín Guzmán Loera, conhecido como El Chapo, líder do Cartel do México, que foi condenado à prisão perpétua.Em 2015, El Chapo fugiu de sua prisão no México através de um túnel que era cerca de 180 metros mais longo do que o encontrado em 2020. A impressionante fuga do criminoso aconteceu por um pequeno buraco no chão do chuveiro da cela dele.O túnel era equipado com iluminação, ventilação e até com uma moto sobre trilhos para transportar ainda mais rápido o líder da facção. Alguns engenheiros acreditam que a construção levou mais de 1 ano para ficar pronta e custou pelo menos US$ 1 milhão para o crime organizado de El Chapo.Lance LeNoir, supervisor de operações da Patrulha de Fronteira, ainda fica indignado com a audácia dos criminosos em criar túneis cada vez mais complexos. “Nunca pensamos que eles tivessem coragem de ir tão longe assim”, declarou à Associated Press. “Eles continuam nos surpreendendo”.</body>

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Conheça o maior túnel de contrabando do mundo

Imagem de B-25: a aeronave que atingiu o Empire State Building em 1945 no megacurioso

A tragédia provocou mortes e pânico no imenso edifício

No s&aacute;bado de 28 de julho de 1945, um bombardeiro B-25 Mitchell, pilotado pelo tenente-coronel William F. Smith Jr, estava voando em uma miss&atilde;o de rotina, transportando militares do Campo A&eacute;reo do Ex&eacute;rcito de Bedford, em Massachusetts, para o Aeroporto Metropolitano de Newark, em Nova Jersey.
Quando Smith entrou na &aacute;rea de Nova York, ele se deparou com condi&ccedil;&otilde;es de visibilidade zero devido ao nevoeiro denso que cobria a cidade, dificultando para o piloto localizar o aeroporto. Visando se preparar para o pouso, Smith come&ccedil;ou a voar abaixo do nevoeiro e, consequentemente, muito perto dos arranha-c&eacute;us da regi&atilde;o metropolitana da cidade.&nbsp;
O homem era considerado um dos melhores pilotos da Segunda Guerra Mundial e aquele tipo de manobra n&atilde;o deveria ser t&atilde;o perigosa para ele &ndash; mas foi.
<h2>Em chamas</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/07/07203323953410.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Smith acabou ficando desorientado pela n&eacute;voa e virou &agrave; direita em vez de &agrave; esquerda depois de passar pelo Edif&iacute;cio Chrysler e come&ccedil;ar a voar ainda mais baixo, em dire&ccedil;&atilde;o ao Aeroporto de LaGuardia.
Quando o piloto fez uma curva &agrave; direita, &agrave;s 9h40 daquela manh&atilde;, ele acabou atravessando o lado norte do <a href="https://www.megacurioso.com.br/acidentes-estranhos/36720-conheca-o-caso-da-mulher-que-pulou-do-86-andar-e-nao-morreu.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Empire State Building</a>, entre os andares 78 e 80, explodindo atrav&eacute;s dos escrit&oacute;rios da War Relief Society e do National Catholic Walfare Council. Com o impacto, o combust&iacute;vel do avi&atilde;o explodiu, enchendo o interior do pr&eacute;dio com chamas que se espalharam at&eacute; o 75&ordm; andar, sendo que havia 60 turistas no deck de observa&ccedil;&atilde;o no 86&ordm; andar.
Um motor do avi&atilde;o passou direto pelo pr&eacute;dio e parou dentro de um apartamento de uma cobertura do outro lado da rua, a cerca de 270 metros de dist&acirc;ncia. O outro motor partiu o cabo do elevador com uma mulher dentro &mdash; que foi salva pelo freio autom&aacute;tico de emerg&ecirc;ncia quando a caixa bateu no fundo do po&ccedil;o do elevador.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/07/07203532048411.jpg" alt="(Fonte: Viajento/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Viajento/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O inc&ecirc;ndio durou apenas 40 minutos at&eacute; ser controlado, o que impediu que o desastre ganhasse propor&ccedil;&otilde;es ainda maiores. Naquele dia, apenas 14 pessoas morreram, sendo que 2 delas estavam no avi&atilde;o, incluindo Smith; as outras 11 trabalhavam no pr&eacute;dio. Entre os feridos que sobreviveram, a operadora Betty Lou Oliver se destacou ap&oacute;s despencar 75 andares em um dos elevadores atingidos e conseguir ser retirada com vida, apenas com contus&otilde;es na p&eacute;lvis, nas costas e no pesco&ccedil;o. At&eacute; hoje este continua sendo o recorde mundial de sobreviv&ecirc;ncia na maior queda de elevador.
Apesar dos danos estruturais do Empire State Building e dos feridos e mortos no acidente, o pr&eacute;dio foi aberto para neg&oacute;cios em v&aacute;rios andares na manh&atilde; de segunda-feira, menos de 48 horas depois do acidente. Essa atitude foi a respons&aacute;vel para que aprovassem a Lei Federal de Reclama&ccedil;&atilde;o de Responsabilidade Civil de 1946, que permitiu pela primeira vez na Hist&oacute;ria que as pessoas tivessem o direito de processar o Governo Federal por qualquer tipo de conduta inadequada com a sociedade.

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B-25: a aeronave que atingiu o Empire State Building em 1945

Imagem de Edifício Andraus: a maior tragédia antes do incêndio no Joelma no megacurioso

Tudo aconteceu por pura negligência no gigantesco prédio do centro de São Paulo

<head></head><body>Em 24 de fevereiro de 1972, dois anos antes de a região central da cidade de São Paulo testemunhar o horror que foi o incêndio no <a href="https://www.megacurioso.com.br/acontecimentos-historicos/89318-mais-de-mil-vitimas-as-historias-de-5-incendios-que-chocaram-o-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Edifício Joelma</a>, repercutiu em todos os jornais do Brasil a imagem do enorme Edifício Andraus ardendo em chamas entre a Avenida São João e a rua Pedro Américo.Com 115 metros de altura, 29 andares e construído em 1962, o Andraus era para ter sido chamado de "Edfício 50", pois era o quinquagésimo prédio a ser erguido pela construtora Organização Construtora e Incorporadora Andraus (Ocian). No entanto, eles decidiram abrir mão do nome para poder homenagear seu fundador.<h2>O curto-circuito</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/07/07200103058402.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodução)">(Fonte: Pinterest/Reprodução)Às 16 horas daquele 24 de fevereiro, o incêndio começou a partir de um curto-circuito nos luminosos de propaganda das Casas Pirani (uma rede de lojas de eletrodomésticos) devido a uma sobrecarga elétrica que já vinha sendo informada pela companhia de luz de São Paulo – naquela época, o edifício reunia escritórios empresariais, entre eles os das Siemens, da Petrobras e da Henkel.Em cerca de 15 minutos, o fogo dominou os 6 primeiros andares do Andraus e em duas horas o prédio inteiro já ardia em chamas que duraram por mais de 7 horas. Uma vez que não havia máscaras suficientes, os bombeiros usaram lenços úmidos para conseguir resgatar as vítimas do local. Mais de 500 pessoas foram para a cobertura do prédio para serem resgatadas por helicópteros, visto que a escada dos bombeiros não alcançava os andares mais altos.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/07/07200253357403.jpg" alt="(Fonte: PNO/Reprodução)">(Fonte: PNO/Reprodução)Toda a região ao em torno do Andraus ficou sem energia elétrica durante o incêndio, incluindo a sede do jornal da Rede Globo, que era localizada na Praça Marechal Deodoro, no Centro. Para que pudesse continuar operando, a redação foi transportada para a casa do então editor-regional Paulo Mário Mansur, no bairro da Consolação. “O Jornal Nacional foi escrito na casa do Paulo Mário. Levamos os rolinhos de filme e tivemos que revelar tudo e montar”, revelou Neusa Rocha, então editora do Jornal Nacional. “Foi muito complicado e tenso, pois não tínhamos fax nem celular”.Naquele dia, 16 pessoas morreram carbonizadas no inferno que o Edifício Andraus se tornou, ou morreram após encontrarem o asfalto ao pular pelas janelas. Mais de 320 pessoas ficaram feridas.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/07/07200440280404.jpg" alt="(Fonte: Resgate Aeromédico/Reprodução)">(Fonte: Resgate Aeromédico/Reprodução)Após a tragédia, o Andraus foi reformado de baixo a cima, e ganhou parapeitos entre um andar e outro, portas corta-fogo, iluminação de emergência, escadas externas e brigada de incêndio particular treinada. O local se tornou um exemplo de segurança contra incêndios.Quarenta e nove anos depois, o Edifício Andraus ainda sustenta o mesmo nome e abriga, em sua maioria, repartições públicas.</body>

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Edifício Andraus: a maior tragédia antes do incêndio no Joelma

Imagem de Escândalo da talidomida: o remédio que deformou milhares de bebês no megacurioso

Antes de ser comercializado em mais de 46 países, a substância tóxica foi testada em prisioneiros de campos de concentração

<head></head><body>Foi durante o tempo em que o médico e farmacologista Heinrich Mückter foi chefe de pesquisa da empresa farmacêutica Chemie Grünenthal, na Alemanha de 1946, que ele desenvolveu um medicamento chamado talidomida. A substância é geralmente usada como sedativo, anti-inflamatório e hipnótico, porém foi comercializada em larga escala em 1957 como uma pílula contraceptiva de venda livre, um indutor de sono e remédio para enjoos matinais causados pela gravidez.A droga foi experimentada de maneira indiscriminada por Mückter e seus colegas de profissão em prisioneiras dos campos de concentração em Buchenwald, durante o apogeu do <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/109968-noite-dos-cristais-ataque-nazista-judeus-alemanha.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nazismo</a> no país. Como consequência desses testes, milhares de pacientes cobaias foram mortos devido aos efeitos adversos da talidomida.<h2>Efeito crítico</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;The New York Times&nbsp;" data-fonte-url="https://static01.nyt.com/images/2018/07/16/obituaries/16MCBRIDE-OBIT/merlin_141181920_3a2e02e5-971b-4c06-b4fb-a72cb8f6d707-superJumbo.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/03/31/31180819101403.jpg" alt="(Fonte: The New York Times/Reprodução)">(Fonte: The New York Times/Reprodução)Devido ao seu poder de causar anomalias fetais, o remédio deve ser evitado durante o período de gravidez, em mulheres que estão amamentando, em período fértil ou tentando engravidar, pois pode causar má-formações ou até mesmo ausência de membros no feto. Apesar disso, em 1º de outubro de 1957, a talidomida se tornou o segundo medicamento mais vendido na Alemanha depois da Aspirina Bayer.Além de causar defeitos congênitos em fetos, o uso da talidomida pode incitar a formação de coágulos sanguíneos excessivos, interferir na formação de vários tipos de novas células sanguíneas, anemia devido à falta de glóbulos vermelhos, danos aos nervos, problemas cardiovasculares, hipertensão pulmonar, síncope, erupções cutâneas graves, infertilidade e danos ao fígado. De acordo com o Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos, cerca de 10% das pessoas que fizeram o uso da substância relataram confusão, humor deprimido, insuficiência cardíaca, tremores excessivos, formigamento, dormência, constipação, edema periférico, vômito, pele seca, febre, fraqueza e mal-estar.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/03/31/31181046681406.jpg" alt="(Fonte: The Softnon Babies/Reprodução)">(Fonte: The Softnon Babies/Reprodução)O uso desenfreado da talidomida aconteceu depois que as autoridades médicas da Alemanha licenciaram o medicamento para a venda sem receita, permitindo que as pessoas começassem a tomá-lo para tratar uma série de doenças, como pneumonia, resfriados, gripes e, principalmente, aliviar os enjoos da gravidez.Com a fabricante do medicamento alegando que ele era totalmente seguro, mesmo durante a gravidez, o resultado foi o de milhares de abortos espontâneos, defeitos congênitos graves em bebês e lesões nervosas. A gravidade dos casos e o local das deformidades dependiam de quantos dias de gravidez a mãe estava antes de iniciar o tratamento. De acordo com os estudos, a talidomida ingerida no 20º dia de gravidez, por exemplo, causou danos cerebrais centrais, e a partir daí danificou olhos, orelhas, rostos, braços e pernas até o 28º dia. O medicamento só não causou danos ao feto quando foi tomado após 42 dias de gestação.Demorou vários anos para que fosse estabelecido uma conexão entre o uso da talidomida ao longo da gravidez e as milhares de crianças que nasceram deformadas.<h2>Geração talidomida</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/03/31/31181203089407.jpg" alt="(Fonte: Judith Johnson/Reprodução)">(Fonte: Judith Johnson/Reprodução)Em meados de 1958, o medicamento começou a ser comercializado no Reino Unido pela Distillers Company Biochemicals através do nome de Distaval, também direcionado para apaziguar os enjoos matinais das grávidas de todas as idades.Por meio de anúncios que não possuíam nenhuma evidência científica, a empresa disparou anúncios afirmando que o Distaval poderia ser administrado com total segurança a mulheres grávidas e lactantes, sem efeitos adversos para nenhum deles, incluindo o feto. Os únicos dados que eles possuíam eram os testes de toxicidade feitos pela Grünenthal em ratos de laboratório, sendo que as doses da droga eram diferentes para os animais e costumavam ser maiores para os humanos.Em 1960, o Dr. Alexander Leslie Florence, foi o primeiro médico a fazer críticas ao medicamento, relatando em uma carta ao BMJ Trust Source, que 4 de seus pacientes desenvolveram uma sensação de agulhamento nos pés e nas mãos. “Três pacientes que não receberam a talidomida por 2 a 3 meses apresentaram melhora acentuada em seus sintomas, embora eles ainda estejam presentes no organismo deles”, apontou Florence.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;The Guardian&nbsp;" data-fonte-url="https://i.guim.co.uk/img/media/13799e45a246073c6081393c6a6f97f784c69009/0_284_3007_1805/master/3007.jpg?width=1200&amp;height=1200&amp;quality=85&amp;auto=format&amp;fit=crop&amp;s=51e16558094a7690dc463fa49e665b33"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/03/31/31181251042408.jpg" alt="(Fonte: The Guardian/Reprodução)">(Fonte: The Guardian/Reprodução)No ano seguinte, o Dr. William McBride, um obstetra australiano que havia ajudado a popularizar o uso da substância por gestantes, entrou em contato com a revista The Lancet para descrever múltiplas anormalidades graves em 1 em cada 5 bebês nascidos de mulheres que tomaram o medicamento.A partir disso, houve uma investigação federal na Alemanha a respeito do aumento de nascidos com anomalias congênitas que eram muito parecidas com as descritas pelo médico australiano. Em 26 de novembro de 1961, a Grünenthal interrompeu a distribuição nacional da talidomida, seguida pelo Reino Unido, em 2 de dezembro daquele ano.<h2>O pior desastre médico</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;The Guardian&nbsp;" data-fonte-url="https://i.guim.co.uk/img/media/96059e802d3b8cb7e71540891ee71ebd4888388e/0_0_1799_1080/master/1799.jpg?width=445&amp;quality=45&amp;auto=format&amp;fit=max&amp;dpr=2&amp;s=5db70deb7b254d0f996280f016a1f779"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/03/31/31181851290413.jpg" alt="(Fonte: The Guardian/Reprodução)">(Fonte: The Guardian/Reprodução)Em meados de 1962, o medicamento já era proibido na maioria dos 46 países onde foi comercializado, incluindo Austrália, Espanha e Nova Zelândia. Graças ao impedimento de Frances Kelsey do FDA, a droga não obteve muito sucesso nos Estados Unidos, muito embora cerca de 20 mil mulheres tenham ingerido, e pelo menos 17 bebês deformados terem nascido.Acredita-se que mais de 20 mil fetos morreram no momento do nascimento ou logo após em decorrência da embriopatia causada pela talidomida, sendo que pelo menos 10 mil sobreviveram com as deformidades congênitas, desde os membros até o coração. A Thalidomide Society, no Reino Unido, chegou à conclusão que o impacto se deu também por causa do quanto o medicamento permaneceu em armários de remédios do mundo todo, mesmo após sua saída do mercado.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/03/31/31181954034414.jpg" alt="(Fonte: The Times/Reprodução)">(Fonte: The Times/Reprodução)O escândalo que foi o uso da talidomida se tornou o maior desastre médico de todos os tempos causado pelo homem no ramo de desenvolvimento de medicamentos. Mesmo com esse diagnóstico terrível, em 1998, o FDA aprovou o uso do medicamento para tratar a lepra, a tosse crônica da fibrose intersticial e o mieloma múltiplo.Após o caso, as agências mundiais de regulamentação estabeleceram uma série de protocolos para o uso e comércio adequado de medicamentos, como o controle sobre a publicidade dos remédios controlados, as informações precisas sobre os potenciais efeitos colaterais, e evidências baseadas em estudos clínicos adequados sobre o comportamento do medicamento no organismo.&nbsp;</body>

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Escândalo da talidomida: o remédio que deformou milhares de bebês

Imagem de O que foram as 'bonecas de luto' na Era Vitoriana? no megacurioso

Venha conferir mais um lado peculiar da Era Vitoriana

<head></head><body>É inegável a relação peculiar que as pessoas que viveram no período da <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/115045-vitimas-da-moda-as-roupas-assassinas-da-era-vitoriana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Era Vitoriana</a>, entre 1837 e 1901, na Inglaterra, tiveram com a morte. Muito diferente da modernidade, os vitorianos não temiam tanto a morte, visto que não podiam depender da medicina da época que não conseguia ser mais ágil para tratar os ferimentos, infecções e doenças que acometiam o corpo humano de maneira muito rápida.Eles tiveram apenas que aprender a lidar com os jovens morrendo cada vez mais cedo, portanto criaram rituais de luto, como as fotografias pós-mortem, para que pudessem dar um pouco mais de sentido à efemeridade da vida de seus entes queridos.<h2>As bonecas da dor</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikipedia&nbsp;" data-fonte-url="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/0/01/Wax_grave_doll_circa_1860-_Hair_on_the_doll_would_have_been_taken_from_the_body_of_the_deceased-_2014-03-20_09-49.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/06/06185805411420.jpg" alt="(Fonte: Wikipedia/Reprodução)">(Fonte: Wikipedia/Reprodução)No final do século XIX, tornou-se parte do ritual de superação da dor as famílias encomendaram as intituladas “bonecas de luto” para colocarem sobre o túmulo de uma criança. Apesar de possuírem outros recursos para manterem a lembrança de seus filhos que partiram, as bonecas se tornaram uma maneira de representar fisicamente a criança falecida.Naquela época, era absolutamente comum que as famílias criassem efígies (representação de uma pessoa em algo) de cera e em tamanho real da criança, que era medida depois de morta, pois a maioria dos óbitos acontecia em casa. A boneca era vestida com réplicas das roupas com as quais o cadáver do bebê foi enterrado, ou com outras que o pertencessem. Era também adicionado o próprio cabelo da criança na cabeça da boneca, a fim de torná-la o mais realista o possível.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Burials &amp; Beyond&nbsp;" data-fonte-url="https://burialsandbeyond.files.wordpress.com/2019/01/little-girls-would-practice-mourning-with-funeral-dolls-photo-u1.jpeg?w=736"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/06/06185930131421.jpeg" alt="(Fonte: Burials &amp; Beyond/Reprodução)">(Fonte: Burials &amp; Beyond/Reprodução)Os “fazedores de bonecas” tentavam até replicar os cheiros dos corpos em vida usando fórmulas químicas e perfumes. Os corpos das bonecas eram confeccionados em pano e recheados com areia para que traduzissem a sensação de peso natural. Todas elas eram feitas de olhos fechados, de modo que imitassem um sono tranquilo, e tinham a parte traseira da cabeça achatada para que pudessem ficar bem acomodadas nos berços, travesseiros ou sobre os túmulos.&nbsp;Em alguns casos, os efígies eram emoldurados, principalmente os de crianças mais velhas, sendo usado apenas o busto para que coubessem em uma espécie de porta-retratos. Também se tornou comum os pais cuidarem da boneca como se ela tivesse vida, e foi a partir desse comportamento que os bebês reborn nasceram, ainda no período vitoriano. Esse tipo de boneca servia unicamente para confortar famílias que perderam seus próprios bebês e queriam ter a oportunidade de poder cuidar de um como se estivesse vivo.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Stefanie Vega&nbsp;" data-fonte-url="https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcS7FkLKWOTMJHBfQsLnUHAHkQeD8EO2oRsOAfo8Zj2lr_VrCzPNuuCkkjkEjOZrsbedLKw&amp;usqp=CAU"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/06/06190038695422.jpg" alt="(Fonte: Stefanie Vega/Reprodução)">(Fonte: Stefanie Vega/Reprodução)No início da década de 1990, fabricantes de bonecas adotaram esse conceito do século XIX e criaram as bonecas reborn que, com o passar dos anos, foram se tornando cada vez mais realistas. Atualmente, elas são usadas tanto por crianças quanto por adultos, sejam esses em situação de luto ou não.</body>

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O que foram as 'bonecas de luto' na Era Vitoriana?

Imagem de Síndrome da Bela Adormecida: doença faz dormir por até 48 horas no megacurioso

Quando vai dormir, a pessoa nunca sabe se vai ser apenas por algumas horas ou por meses a fio

Beth Goodier, uma jovem de 26 anos, moradora de Stockport, em Manchester, Reino Unido, &eacute; considerada uma em 1 milh&atilde;o. Desde que nasceu, ela tem epis&oacute;dios de sono que podem durar at&eacute; 22 horas di&aacute;rias e por semanas a fio. Ela n&atilde;o consegue se manter acordada de maneira alguma.
Em novembro de 2016, Goodier chegou a adormecer no sof&aacute; durante 6 meses inteiros, em que ela se levantou apenas para fazer pequenas refei&ccedil;&otilde;es, ir ao banheiro e tomar banho. Depois disso, ela sempre voltava para a cama e dormia por mais 22 ou 23 horas cont&iacute;nuas.&nbsp;
De acordo com sua m&atilde;e, Janine Goodier, em entrevista ao Daily Mail, ela estima que a filha tenha dormido 75% de sua vida at&eacute; ent&atilde;o. &ldquo;Quando ela acorda, &eacute; como se nada tivesse errado. Para ela, tudo n&atilde;o passou de uma noite de sono&rdquo;, revelou Janine. &ldquo;&Eacute; sempre uma corrida contra o tempo para ela viver a vida que deveria. Ela corre para encontrar seus amigos e arrumar o cabelo, mas ningu&eacute;m sabe quando ela vai adormecer desse jeito de novo&rdquo;.
Por outro lado, existem casos ainda mais raros do que Beth Goodier acontecendo em outras partes do mundo, como o de uma garota na Col&ocirc;mbia que tem epis&oacute;dios de sono que lhe causam perda de mem&oacute;ria, ap&oacute;s ela dormir por v&aacute;rios meses ou por at&eacute; 48h horas consecutivas. A jovem chega a esquecer temporariamente at&eacute; o rosto de sua pr&oacute;pria m&atilde;e.
<h2>Sem saber quando acordar</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Inside Edition&nbsp;" data-fonte-url="https://www.insideedition.com/sites/default/files/styles/video_1920x1080/public/brightcove/videos/images/posters/11322_2.jpg?itok=u4Cfnc3e"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/07/07202604968405.jpg" alt="(Fonte: Inside Edition/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Inside Edition/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O que essas jovens sofrem &eacute; de uma doen&ccedil;a rara chamada S&iacute;ndrome de Kleine-Levin (KLS), popularmente conhecida como S&iacute;ndrome da Bela Adormecida, pois o nome diz por si s&oacute;. A doen&ccedil;a causa per&iacute;odos recorrentes de sonol&ecirc;ncia excessiva, al&eacute;m de causar mudan&ccedil;as de comportamento, confus&atilde;o e perda de mem&oacute;ria.
De acordo com o Orphanet Report, o dist&uacute;rbio afeta 1pessoa em cada 500 mil, sendo que 81% delas t&ecirc;m idade m&eacute;dia de 15 anos (podendo variar de 4 a 82 anos) e s&atilde;o indiv&iacute;duos do sexo masculino em 78% dos casos.
A causa exata da KLS ainda &eacute; desconhecida pela comunidade m&eacute;dica, mas alguns especialistas acreditam que les&otilde;es no hipot&aacute;lamo (parte do c&eacute;rebro que controla o sono, apetite e temperatura corporal) podem contribuir para o desenvolvimento da condi&ccedil;&atilde;o. Existem relatos de pessoas que desenvolveram a doen&ccedil;a ap&oacute;s uma infec&ccedil;&atilde;o comum, como gripe, o que levou os pesquisadores a acreditarem que a KLS pode ser algum tipo de doen&ccedil;a autoimune. Foi tamb&eacute;m considerado um vi&eacute;s gen&eacute;tico, visto que j&aacute; foi documentado o dist&uacute;rbio em mais de uma pessoa na mesma fam&iacute;lia.
<h2>Os sintomas</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Talk to the Press&nbsp;" data-fonte-url="https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRAlr2jO45U_T9EbwWYXhMRF5jDG7Umjei-h5x95oingSJp2HK_ifMNylc_85RkFFRLnyc&amp;usqp=CAU"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/07/07202904530409.jpg" alt="(Fonte: Talk to the Press/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Talk to the Press/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A S&iacute;ndrome da Bela Adormecida &eacute; considerada uma condi&ccedil;&atilde;o imprevis&iacute;vel, por isso esses &ldquo;epis&oacute;dios&rdquo; podem acontecer continuamente ou sofrerem pausas de at&eacute; 10 anos. Entre a fadiga intensa e a falta de energia, os pacientes podem experimentar alucina&ccedil;&otilde;es, desorienta&ccedil;&atilde;o, irritabilidade, comportamento infantil, aumento do apetite e desejo sexual excessivo.
&Eacute; exatamente devido a essa paleta de sintomas que a KLS &eacute; um dist&uacute;rbio dif&iacute;cil de ser diagnosticado, pois pode ser confundido com v&aacute;rios tipos de transtorno psiqui&aacute;trico. Como resultado, a pessoa pode levar, em m&eacute;dia, 4 anos para ser diagnosticada&nbsp;com a doen&ccedil;a corretamente. Geralmente, os m&eacute;dicos precisam descartar depress&atilde;o, transtornos de humor, diabetes, hipotireoidismo, tumores, inflama&ccedil;&otilde;es, infec&ccedil;&otilde;es, outros dist&uacute;rbios do sono e condi&ccedil;&otilde;es neurol&oacute;gicas para sequer passar perto de um diagn&oacute;stico de KLS.
Uma vez que n&atilde;o h&aacute; cura, a s&iacute;ndrome pode ser controlada por meio de v&aacute;rios medicamentos que ajudam a reduzir a dura&ccedil;&atilde;o de um epis&oacute;dio e prevenir que a pessoa durma de forma descontrolada no futuro.

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Síndrome da Bela Adormecida: doença faz dormir por até 48 horas

Imagem de Labirinto neolítico é descoberto por arqueólogos na Dinamarca no megacurioso

Há suspeitas de que a construção também possa ter sido palco para rituais antigos

<head></head><body>Em fevereiro de 2017, um grupo de arqueólogos do Museu do Sudeste da Dinamarca encontrou uma enorme construção de quase 18 mil metros quadrados que data do período Neolítico e parece ter sido um labirinto.“Foi impressionante descobrir que ainda é possível encontrar os vestígios de uma construção tão grande do período Neolítico. Existem muitas sugestões para o que ela pode ter sido usada, mas simplesmente não temos total certeza ainda”, revelou o arqueólogo Pernille Rohde Sloth, líder das escavações, em entrevista à Seeker.Localizado a cerca de 64 quilômetros de Copenhague, perto do município de Stvns, a área tem resquícios de uma paliçada em formato oval: uma espécie de cerca com estacas apontadas e fincadas na terra.<h2>O enigma da cerca</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/02/02010357364000.jpg" alt="(Fonte: Ancient Origins/Reprodução)">(Fonte: Ancient Origins/Reprodução)No que o possível labirinto intrigou os estudiosos foi a maneira como as entradas dele foram construídas: em 5 fileiras que se estendem para fora do cercado maior, e com aberturas em cada fileira que parecem estar deslocadas das demais.“As aberturas não parecem ficar ao lado de cada uma das filas de postes, e estamos um pouco surpresos com isso”, comentou Sloth, que acredita que elas foram feitas de propósito. “Por isso acredito que funcionasse como uma espécie de labirinto. Dessa forma, você não conseguiria olhar para dentro do espaço, o que poderia ser uma vantagem”.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Science Nordic&nbsp;" data-fonte-url="https://image.sciencenordic.com/1442754.jpg?imageId=1442754&amp;panow=0&amp;panoh=0&amp;panox=0&amp;panoy=0&amp;heightw=0&amp;heighth=0&amp;heightx=0&amp;heighty=0&amp;width=1200&amp;height=630"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/02/02010725538003.jpg" alt="(Fonte: Science Nordic/Reprodução)">(Fonte: Science Nordic/Reprodução)Durante a pré-História, as paliçadas eram construídas como fortificações para proteger os aldeões de tribos saqueadoras, porém os arqueólogos não acreditam que a cerca naquela região tenha sido erguida com o propósito de escudo. “As fileiras de postes deveriam ter cerca de 2 metros de altura, além de que não parece que eram muito próximas umas das outras, então você poderia facilmente passar por elas”, concluiu Sloth.Eles ainda não foram capazes de descobrir para qual finalidade elas foram erguidas, mas Mette Madsen, arqueóloga e curadora do Museu do Sudeste da Dinamarca, sugere que, além de um labirinto, o local possa ter sido usado para realizar rituais – uma prática muito comum naquela época.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/02/02010438974001.jpg" alt="(Fonte: Science Nordic/Reprodução)">(Fonte: Science Nordic/Reprodução)O palpite de Madsen também vem do fato de já ter sido encontrado, em 1988, uma grande paliçada na ilha dinamarquesa de Bornholm, no Mar Báltico. No meio do espaço, eles escavaram os escombros de uma espécie de templo solar, devido à quantidade de símbolos solares que encontraram espalhados pelo local. Alguns arqueólogos tendem a acreditar que esses templos existam apenas em Bornholm, mas Finn Ole Sonne Nielsen, o arqueólogo-chefe do Museu de Bornholm, não descarta a possibilidade de que a área em Stvns também possa ter alguma relação.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/02/02010537459002.jpg" alt="(Fonte: Science Nordic/Reprodução)">(Fonte: Science Nordic/Reprodução)Apesar da falta de repostas para essa questão, durante as escavações a equipe encontrou poços de mais de 4 mil anos dentro da área e com vários artefatos, como sílex, fragmentos de cerâmica e pedaços de machados. Os objetos são típicos da cultura Funnelbeaker, que ficou conhecida como sendo os primeiros fazendeiros da Escandinávia e das planícies do norte da Europa.Naquela época, os arqueólogos estavam com dificuldade para escavar toda a área, visto que o trabalho estava acontecendo paralelamente à construção de um novo pavilhão desportivo, e eles estavam tomando cuidado para não deixar passar nenhum pedaço de terra inexplorado.</body>

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Labirinto neolítico é descoberto por arqueólogos na Dinamarca

Imagem de Cratera de Kaali: o local formado por um meteoro no megacurioso

A queda aconteceu há mais de 7 mil anos, e a cratera se transformou em um local sagrado

<head></head><body>Há aproximadamente 7.500 anos, quando a Terra ainda estava no período Holoceno, um meteoro teria se partido em vários pedaços com a pressão e o calor da atmosfera da Terra, e um desses fragmentos, o maior de todos, produziu uma cratera de 110 metros de comprimento e 22 metros de profundidade ao se chocar com o solo da Ilha Saarema, na Estônia.A energia do impacto foi estimada em 20 quilotons de TNT, o efeito de uma<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115935-castle-bravo-a-maior-bomba-nuclear-ja-detonada-pelos-eua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;bomba nuclear,</a> incinerando 6 quilômetros de vegetação, causando vários estragos na paisagem e possivelmente fazendo várias vítimas. A explosão formou 9 crateras, que ficaram conhecidas como Campo de Crateras do Meteorito Kaali. Algumas delas são bem pequenas, como a que mede apenas 12 metros de largura e possui 1 metro de profundidade.<h2>A bola vindo do espaço</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/08/08195730613365.jpg" alt="(Fonte: Atlas Obscura/Reprodução)">(Fonte: Atlas Obscura/Reprodução)Cheia de água estagnada da chuva, a maior depressão de todas foi intitulada de "Cratera Kaali", e se tornou uma espécie de local sagrado ao longo de muitos séculos pelos povos que viveram ou passaram pela região, exatamente devido à sua origem cósmica. Ao redor da cratera foram deixados os restos de uma imensa parede de pedra que data do final da Idade do Bronze Nórdica, considerada mais resistente do que qualquer estrutura semelhante da região.Para os arqueólogos, a parede é a principal responsável por fornecer detalhes sobre como a cratera de Kaali era usada pelos povos antigos. Eles acreditam que a parede foi usada como uma fortaleza, especificamente por causa da quantidade de restos de animais que já foram encontrados, deixando evidências de que o lago da cratera foi usado como um santuário e também um altar para sacrifícios.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Travel2Unlimited&nbsp;" data-fonte-url="https://lh3.googleusercontent.com/proxy/IjJgIPedo7G0DtG0QrKexYgk1A-znxxi6aCcpIQqjpqL7SJvniugl_gBVst8qoAHQ7wYUzOo4Ku90H4C0-FQJ-qi6F5knMG3QuQEsVIXsFYc89sMGZlg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/08/08195903645366.jpg" alt="(Fonte: Travel2Unlimited/Reprodução)">(Fonte: Travel2Unlimited/Reprodução)Análises de radiocarbono feitas nos ossos dos animais determinaram que eles datam apenas de 1600, muitos anos depois de a Igreja já ter proibido os rituais com oferendas vivas que eram feitos pelos estonianos há séculos. Isso levou os estudiosos a acreditar que há muito mais no fundo do lago do que se imagina, porém os depósitos de carvalhos nas águas impedem que eles usem equipamentos que alcancem mais do que 4 metros de profundidade.</body>

Julio Cezar de Araujo