Saúde/bem-estar
09/04/2021 às 08:00•2 min de leitura
Há aproximadamente 7.500 anos, quando a Terra ainda estava no período Holoceno, um meteoro teria se partido em vários pedaços com a pressão e o calor da atmosfera da Terra, e um desses fragmentos, o maior de todos, produziu uma cratera de 110 metros de comprimento e 22 metros de profundidade ao se chocar com o solo da Ilha Saarema, na Estônia.
A energia do impacto foi estimada em 20 quilotons de TNT, o efeito de uma bomba nuclear, incinerando 6 quilômetros de vegetação, causando vários estragos na paisagem e possivelmente fazendo várias vítimas. A explosão formou 9 crateras, que ficaram conhecidas como Campo de Crateras do Meteorito Kaali. Algumas delas são bem pequenas, como a que mede apenas 12 metros de largura e possui 1 metro de profundidade.
(Fonte: Atlas Obscura/Reprodução)
Cheia de água estagnada da chuva, a maior depressão de todas foi intitulada de "Cratera Kaali", e se tornou uma espécie de local sagrado ao longo de muitos séculos pelos povos que viveram ou passaram pela região, exatamente devido à sua origem cósmica. Ao redor da cratera foram deixados os restos de uma imensa parede de pedra que data do final da Idade do Bronze Nórdica, considerada mais resistente do que qualquer estrutura semelhante da região.
Para os arqueólogos, a parede é a principal responsável por fornecer detalhes sobre como a cratera de Kaali era usada pelos povos antigos. Eles acreditam que a parede foi usada como uma fortaleza, especificamente por causa da quantidade de restos de animais que já foram encontrados, deixando evidências de que o lago da cratera foi usado como um santuário e também um altar para sacrifícios.
(Fonte: Travel2Unlimited/Reprodução)
Análises de radiocarbono feitas nos ossos dos animais determinaram que eles datam apenas de 1600, muitos anos depois de a Igreja já ter proibido os rituais com oferendas vivas que eram feitos pelos estonianos há séculos. Isso levou os estudiosos a acreditar que há muito mais no fundo do lago do que se imagina, porém os depósitos de carvalhos nas águas impedem que eles usem equipamentos que alcancem mais do que 4 metros de profundidade.