Imagem de James Bedford: o primeiro homem a ser criopreservado no megacurioso

Buscando voltar à vida algum dia, o psicólogo se voluntariou para o experimento

Em junho de 1965, James Hirem Bedford, um renomado professor de psicologia da Universidade da Calif&oacute;rnia, tomou uma decis&atilde;o: depois que morresse, ele queria ser preservado em <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116779-zhan-wenlian-a-primeira-mulher-da-china-em-criopreservacao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">congelamento criog&ecirc;nico</a> para que pudesse ser ressuscitado anos mais tarde.
Naquela &eacute;poca, a Life Extension Society (LES) estava oferecendo a oportunidade de preservar uma pessoa pela primeira vez na hist&oacute;ria da tecnologia &ndash; que ainda era um tanto quanto experimental. Bedford acreditava que ainda tinha chances de se livrar do c&acirc;ncer que se enraizava dentro dele, por&eacute;m rapidamente reservou mais de US$ 100 mil em seu testamento para custear pesquisas sobre criogenia e assinou um termo em que deixava claro que seu desejo final era ser criopreservado.
Quando ele morreu, em 12 de janeiro de 1967, seu filho e sua esposa travaram uma verdadeira guerra nos tribunais para evitar que aquela quantia toda de dinheiro fosse destinada &agrave; criopreserva&ccedil;&atilde;o do homem e &agrave;s demais pesquisas na &aacute;rea. No entanto, eles perderam a a&ccedil;&atilde;o judicial e Bedford teve o destino que sempre desejou.
<h2>O primeiro homem</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/07/07203831363412.jpg" alt="(Fonte: Kriorus/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Kriorus/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Ap&oacute;s atestada a morte legal de Bedford, seu corpo foi preparado por Robert Prehoda, pelo m&eacute;dico biof&iacute;sico Dante Brunol e por Robert Nelson, ent&atilde;o presidente da Cryonics Society of California. Para impedir o envelhecimento do corpo, o sangue de Bedford foi substitu&iacute;do por um composto de 15% de dimetilsulf&oacute;xido, para que as c&eacute;lulas dele n&atilde;o fossem destru&iacute;das no congelamento, e 85% de solu&ccedil;&atilde;o de ringers, que os m&eacute;dicos acreditavam ser &uacute;til para a criogenia a longo prazo. Em seguida, ele foi depositado em uma c&aacute;psula cheia de nitrog&ecirc;nio l&iacute;quido e sob uma temperatura de -196&ordm; C nas instala&ccedil;&otilde;es Cryo-Care, de Edward Hope, no Arizona (EUA), por 2 anos.
Ao longo dos anos, o corpo criopreservado de Bedford passou por 5 laborat&oacute;rios, sendo que um deles foi a Trans-Time, perto de Berkley (Calif&oacute;rnia), em 1973, antes que sua fam&iacute;lia finalmente constru&iacute;sse uma instala&ccedil;&atilde;o na Funda&ccedil;&atilde;o Alcor de Extens&atilde;o de Vida, em Scottsdale, no Arizona, onde ele permanece at&eacute; hoje.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/07/07203929911413.jpg" alt="(Fonte: Alcor/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Alcor/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Em 1991, ap&oacute;s a condi&ccedil;&atilde;o do corpo de Bedford ser reavaliada, os m&eacute;dicos constataram que sua temperatura externa permaneceu abaixo de zero durante todo esse tempo. No entanto, como a medicina evoluiu muito e o processo de criopreserva&ccedil;&atilde;o foi aprimorado, tornou-se ainda mais improv&aacute;vel que um dia o professor voltasse &agrave; vida, tanto devido a sua morte cl&iacute;nica quanto pelo procedimento que foi usado para preserv&aacute;-lo naquela &eacute;poca.
Desde a d&eacute;cada de 1960, mais de 300 pessoas foram submetidas ao processo de criopreserva&ccedil;&atilde;o dos Estados Unidos e da R&uacute;ssia, pa&iacute;ses considerados os pioneiros na criogenia.&nbsp;
James Bedford foi o primeiro homem na hist&oacute;ria a ser criopreservado, como escreveu Robert Nelson em seu livro We Froze The First Man, e seria um avan&ccedil;o absurdo se um dia ele voltasse a abrir os olhos.

thumb-image-2024-02-29T14:05:27.026Z

James Bedford: o primeiro homem a ser criopreservado

Imagem de Oppau: explosão mortal em fábrica foi sentida há quase 300 km no megacurioso

O desastre com nitrato de amônio ficou marcado na história da Alemanha

Fundada em 1865, a BASF SE &eacute; a maior multinacional no ramo de fabrica&ccedil;&atilde;o de produtos qu&iacute;micos do mundo, com subsidi&aacute;rias em mais de 80 pa&iacute;ses, operando 6 unidades de produ&ccedil;&atilde;o integrada e 390 outras instala&ccedil;&otilde;es espalhadas pela Europa, &Aacute;sia, Austr&aacute;lia, Am&eacute;rica e &Aacute;frica.
Em 1911, foi constru&iacute;da uma f&aacute;brica em Oppau, agora parte de Ludwigshafen, na Alemanha, com cerca de 8 hectares e que empregava cerca de 8 mil pessoas na produ&ccedil;&atilde;o de fertilizantes nitrogenados. Durante o per&iacute;odo da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/117623-conheca-a-historia-da-primeira-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Primeira Guerra Mundial</a>, os sais de am&ocirc;nio produzidos foram destinados para uso militar na confec&ccedil;&atilde;o de explosivos, contudo eles continuaram a ser feitos ap&oacute;s o fim da guerra, s&oacute; que para fins civis.
Desde 1919, a mistura de cloreto de pot&aacute;ssio com nitrato de am&ocirc;nio foi substitu&iacute;da por outra, com 50/50 de sulfato de am&ocirc;nio e nitrato de am&ocirc;nio, chamada &ldquo;mischsaltz&rdquo;. Altamente hicrosc&oacute;pica (que ret&eacute;m muita &aacute;gua), essa mistura &eacute; desvantajosa porque costuma se entupir sob a press&atilde;o de seu pr&oacute;prio peso durante o armazenamento em silos. Uma vez que era invi&aacute;vel para os funcion&aacute;rios subirem nos silos de 20 metros de altura, correndo o risco de serem enterrados pelo fertilizante, foi desenvolvido o m&eacute;todo de disparar explosivos na massa endurecida para que ela amolecesse.
<h2>A mistura mortal</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/09/09180146828360.jpg" alt="(Fonte: TN/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: TN/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O procedimento era suicida, visto que nitrato de am&ocirc;nio &eacute; altamente explosivo. No entanto, testes realizados em 1919 mostraram que n&atilde;o explodiriam as misturas de sulfato de am&ocirc;nio contendo menos de 60% de nitrato de am&ocirc;nio. Com base nisso, foi considerado que a mistura movimentada pela f&aacute;brica era est&aacute;vel, e nada aconteceu durante os mais de 20 mil disparos de TNT que funcion&aacute;rios fizeram nos silos, at&eacute; a manh&atilde; do dia 21 de setembro de 1921.
&Agrave;s 7h30, houve uma explos&atilde;o de imensa magnitude, criando uma cratera de 20 metros de profundidade no ch&atilde;o da instala&ccedil;&atilde;o. De acordo com relatos de testemunhas, ocorreram 2 explos&otilde;es seguidas, sendo que a 2&ordf; soou mais destrutiva.
Isso foi comprovado nas leituras sismogr&aacute;ficas de Stuttgart, a aproximadamente 150 quil&ocirc;metros de Oppau. A explos&atilde;o de 10% das 4,5 mil toneladas de fertilizantes, com uma energia de quase 2 quilotoneladas de TNT, foi ouvida em Munique, a 274 quil&ocirc;metros da usina, causando imenso p&acirc;nico nas pessoas. Uma nuvem verde-escura encobriu os c&eacute;us das cidades de Ludwigshafen e Mannheim, acompanhada de uma fuma&ccedil;a espessa.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/09/09180342064361.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
V&aacute;rios inc&ecirc;ndios devastaram a instala&ccedil;&atilde;o com explos&otilde;es de magnitudes menores, sendo que a press&atilde;o da primeira "onda" destruiu cerca de 80% de todos os pr&eacute;dios em Oppau, deixando mais de 6,5 mil habitantes desabrigados, arrancando telhados ao longo de 25 quil&ocirc;metros, resultando em um dano de mais de US$ 7 milh&otilde;es.
No entanto, a cat&aacute;strofe ainda n&atilde;o havia acabado, pois os bombeiros resgataram mais de 560 pessoas mortas das instala&ccedil;&otilde;es da f&aacute;brica, sendo que mais de 2 mil ficaram gravemente feridas. Devido ao extenso dano e ao fato de todos os envolvidos diretamente no desastre terem morrido, foi necess&aacute;rio mais de 2 anos para que conseguissem determinar o que causou a explos&atilde;o.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/09/09180550800365.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Foi constatado que um dos disparos realizados no silo 111 para soltar a massa de fertilizante foi em um local onde a mistura j&aacute; havia sido amolecida no dia anterior. Al&eacute;m disso, acreditam que a composi&ccedil;&atilde;o n&atilde;o era uniforme, o que tornaria ainda mais prov&aacute;vel a explos&atilde;o.
O acidente serviu para destacar os protocolos perigosos e a m&aacute; gest&atilde;o da f&aacute;brica, uma vez que 19 funcion&aacute;rios morreram ap&oacute;s uma mistura homog&ecirc;nea de nitrato de am&ocirc;nio explodir durante um processo de amolecimento cerca de 2 meses antes. A trag&eacute;dia marcou a Alemanha, mas, infelizmente, teve poucos impactos nos m&eacute;todos de produ&ccedil;&atilde;o de fertilizantes da &eacute;poca.

thumb-image-2024-02-29T14:05:27.207Z

Oppau: explosão mortal em fábrica foi sentida há quase 300 km

Imagem de Mukesh Mills: o local assombrado que virou palco de Bollywood no megacurioso

Ninguém consegue explicar o que aconteceu na antiga indústria

Fundada em 1870 por Muljibhai Madhvani, a f&aacute;brica t&ecirc;xtil Mukesh Textile Mills, localizada em Mumbai (&Iacute;ndia), era a &uacute;nica de toda a costa do Mar Ar&aacute;bico, na regi&atilde;o de Colaba. Milhares de fardos carregando algod&atilde;o e os melhores tecidos do mundo chegavam por um grande cais privado onde os barcos descarregavam a mercadoria importada.
Sucesso absoluto, em 1975, cerca de 10 acres da propriedade foram totalmente renovados para abrigar maquin&aacute;rios importados e expandir ainda mais as depend&ecirc;ncias da f&aacute;brica, que se tornou refer&ecirc;ncia t&ecirc;xtil na &Iacute;ndia. Ent&atilde;o, de repente, em 1982, a Mukesh Mills foi devastada por um inc&ecirc;ndio de grandes propor&ccedil;&otilde;es que decretou o fim do local para sempre.
Nunca descobriram exatamente o que causou o inc&ecirc;ndio ou quem foi o culpado. O governo indiano simplesmente abafou o caso, e os s&oacute;cios e propriet&aacute;rios da f&aacute;brica n&atilde;o se pronunciaram sobre o assunto, decidindo apenas encerrar o neg&oacute;cio e seguir adiante como se Mukesh n&atilde;o tivesse significado, por d&eacute;cadas, uma m&aacute;quina de fazer dinheiro para eles e para a economia do pa&iacute;s.
<h2>Os holofotes em Mukesh Mills</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Film Information&nbsp;" data-fonte-url="https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQesDWtZEgTvBdJxEW4DSNEhlUwLvygoxhk3awy_kSXal7WREQtxDTrg74UL9k_AXefyfo&amp;usqp=CAU"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/09/09151729990261.jpg" alt="(Fonte: Film Information/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Film Information/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
As instala&ccedil;&otilde;es da f&aacute;brica ficaram abandonadas durante anos at&eacute; que a ind&uacute;stria de Bollywood se interessasse por sua apar&ecirc;ncia decadente, suja e lodosa para fazer de palco para seus filmes de terror &ndash; e de fato o local se tornou o tipo de cen&aacute;rio natural perfeito.
Foi a partir desse momento que pessoas come&ccedil;aram a relatar que algumas coisas estranhas aconteciam l&aacute;. Atores e atrizes alegam que j&aacute; protagonizaram epis&oacute;dios de atividade paranormal mais do que seus personagens diante das c&acirc;meras que rodaram no lugar abandonado. Mukesh Mills acabou acumulando mais do que hist&oacute;rias de sua pr&oacute;pria lenda para contar.
Entre avistamentos de sombras, passos desencarnados, sons esquisitos, sensa&ccedil;&atilde;o de estar sendo observado, destrui&ccedil;&atilde;o sistem&aacute;tica de figurinos e equipamentos t&eacute;cnicos, um dos incidentes considerado mais infame foi o de uma atriz que, supostamente, teria sido temporariamente possu&iacute;da. Ela teria interrompido as grava&ccedil;&otilde;es e ordenado que todos fossem embora com uma voz extremamente grave, como se suas cordas vocais tivessem engrossado.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/09/09151835825262.jpg" alt="(Fonte: Spookytales/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Spookytales/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Esse tipo de comportamento tamb&eacute;m teria acometido uma atriz mirim de 10 anos, que teria come&ccedil;ado a agir de maneira estranha, dando cabe&ccedil;adas na parede, rodando em c&iacute;rculo sem parar e se debatendo. O pai da crian&ccedil;a alegou que, assim que eles deixaram a f&aacute;brica abandonada, a garotinha voltou ao normal.
Independentemente se os relatos do lugar se transformaram em uma esp&eacute;cie de &ldquo;hist&oacute;rias que o povo conta&rdquo;, ainda existe um fasc&iacute;nio ins&oacute;lito por Mukesh Mills. Talvez seu maior mist&eacute;rio seja, na verdade, o inc&ecirc;ndio nunca resolvido.

thumb-image-2024-02-29T14:05:27.198Z

Mukesh Mills: o local assombrado que virou palco de Bollywood

Imagem de Paris tentou construir uma cidade falsa na Primeira Guerra Mundial no megacurioso

A ousada tática foi a única saída que o governo encontrou para tentar se livrar dos bombardeios dos alemães

Na manh&atilde; de 30 de agosto de 1914, Paris foi bombardeada pela primeira vez pela Alemanha, como reflexo do in&iacute;cio da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/117623-conheca-a-historia-da-primeira-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Primeira Guerra Mundial</a> que havia come&ccedil;ado h&aacute; exatamente 1 m&ecirc;s. O ataque feito por meio de um avi&atilde;o Rumpler Taube causou p&acirc;nico nos parisienses e danos em v&aacute;rios edif&iacute;cios e casas da cidade, fazendo as pessoas empilharem sacos de areia pelas ruas e sobre os tetos das casas.
Um ano ap&oacute;s o in&iacute;cio da guerra, os bombardeios noturnos se tornaram a especialidade dos alem&atilde;es e uma rotina na iluminada Paris. &Agrave; medida que o conflito foi avan&ccedil;ando e ganhando propor&ccedil;&atilde;o, atacar a cidade se tornou um h&aacute;bito pelo simples fato de a capital ser a mais pr&oacute;xima da linha de frente da guerra, o que facilitava o trajeto dos alem&atilde;es que precisavam voar apenas 30 quil&ocirc;metros para atacar a cidade. Al&eacute;m disso, se Paris cedesse &agrave;s investidas inimigas, isso significava que a Fran&ccedil;a inteira cairia.
<h2>Desviando a aten&ccedil;&atilde;o</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/06/06184729794406.jpg" alt="(Fonte: History of Yesterday/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: History of Yesterday/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Em 1917, quando a Alemanha passou a atacar ostensivamente a Inglaterra, deixando Paris um pouco de lado, a cidade rapidamente se adiantou para criar um plano mais eficaz a fim de controlar a crise que estava enfrentando. Uma vez que proteger Paris com avi&otilde;es e armas antia&eacute;reas n&atilde;o era uma medida segura, o governo decidiu embarcar na ideia mirabolante do engenheiro Fernand Jacopozzi: criar uma Paris falsa.&nbsp;
Partindo do princ&iacute;pio de que o bombardeamento era um m&eacute;todo rudimentar naquela &eacute;poca, Jacopozzi sabia que os pilotos apenas voavam para o que parecia o alvo, jogavam as bombas e voltavam para a casa, visto que n&atilde;o havia tecnologia nenhuma que os informassem se estavam pr&oacute;ximo do alvo ou se a bomba alcan&ccedil;ou o seu destino. Sendo assim, eles teriam dificuldade em distinguir entre uma Paris real e uma falsa, principalmente durante &agrave; noite.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Culture Trip&nbsp;" data-fonte-url="https://cdn.theculturetrip.com/wp-content/uploads/2018/03/soldiers_of_the_4th_u-s-_infantry_division_look_at_the_eiffel_tower_in_paris_after_the_french_capital_had_been_liberated_on_august_25_1944_hd-sn-99-02717-2.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/06/06184824826410.jpg" alt="(Fonte: Culture Trip/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Culture Trip/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Um mapa foi desenhado para estabelecer quais bairros parisienses teriam alguns aspectos copiados e onde seriam posicionadas as constru&ccedil;&otilde;es falsas. Foi determinado que tudo seria colocado nos arredores da cidade, perto o suficiente para convencer os bombardeiros de que eram aut&ecirc;nticos, mas ao mesmo tempo longe o bastante para que a cidade ficasse protegida. Eles decidiram que montariam uma r&eacute;plica de um centro de trens que ficaria a nordeste de Paris; ent&atilde;o, reproduziriam o centro comercial com pr&eacute;dios hist&oacute;ricos a cerca de 17 quil&ocirc;metros a noroeste da cidade, em uma curva do Rio Sena; e tamb&eacute;m uma zona industrial com f&aacute;bricas.
O empreendimento era ambicioso e monumental, principalmente porque eles estavam dispostos a recriar a Gare du Nord, o Arco do Triunfo e a Champs-&Eacute;lys&eacute;es, sendo que as estruturas seriam feitas de pl&aacute;stico, madeira e tecido para que fossem convincentes vistas do ar.
<h2>O h&aacute;bito de disfar&ccedil;ar</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/06/06184934514411.webp" alt="(Fonte: The Telegraph/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: The Telegraph/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Tudo no empreendimento foi bem pensado por Jacopozzi, que n&atilde;o deixou nenhum detalhe de fora que pudesse comprometer o plano megaloman&iacute;aco. Os bairros falsos de Paris seriam pintados com riqueza de detalhes por artistas pl&aacute;sticos, adicionando at&eacute; uma camada de tinta transl&uacute;cida nos telhados para imitar as claraboias de vidro sujas. As engenheiras projetaram os comboios de trens de modo que eles percorressem os trilhos como se fossem reais.
Como Paris &eacute; conhecida por ser a "Cidade Luz", a ilumina&ccedil;&atilde;o foi o fator determinante para que todo o projeto enganasse muito bem os bombardeiros. Ent&atilde;o, a ideia de Jacopozzi era impor um blecaute em toda a cidade, exceto nas r&eacute;plicas, que sustentariam uma leve penumbra, como se as casas estivessem &agrave; luz de velas. Ele tentou fazer isso usando luzes multicoloridas para recriar o efeito suave de como uma luz se comporta por detr&aacute;s de uma cortina, e at&eacute; mesmo como &eacute; a sua cor atrav&eacute;s da fuma&ccedil;a produzida pelos fornos em funcionamento das f&aacute;bricas. Uma equipe testou a ilumina&ccedil;&atilde;o do terceiro andar da Torre Eiffel, por&eacute;m a ideia n&atilde;o deu certo.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/06/06185026327414.jpg" alt="(Fonte: Messy Nessy Chic/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Messy Nessy Chic/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
No final das contas, a Paris falsa nunca foi totalmente constru&iacute;da, apenas algumas partes dela, como a linha de trem e alguns pr&eacute;dios e f&aacute;bricas. Em 1918, o projeto foi desfeito rapidamente pelo governo com o final da Primeira Guerra Mundial, fazendo o poss&iacute;vel para desaparecer com qualquer tipo de informa&ccedil;&atilde;o sobre o empreendimento.
Na Segunda Guerra Mundial, os brit&acirc;nicos tiveram a mesma ideia que os parisienses ao constru&iacute;rem aldeias falsas chamadas de Starfish, cujo objetivo era tentar distrair ou enganar os alem&atilde;es durante os ataques. Enquanto isso, os norte-americanos montaram cidades falsas sobre uma f&aacute;brica da Lockheed (em Burbank) e outra da Boeing (em Seattle) para tentar camuflar os locais onde produziam armamentos para a guerra.
Anos mais tarde, inspirado pelos parisienses, o governo da Coreia do Norte construiu uma cidade falsa bem ao sul do pa&iacute;s para tentar sustentar a fachada de que s&atilde;o uma na&ccedil;&atilde;o em desenvolvimento, que constr&oacute;i ind&uacute;strias e pr&eacute;dios.

thumb-image-2024-02-29T14:05:27.624Z

Paris tentou construir uma cidade falsa na Primeira Guerra Mundial

Imagem de A tentativa de criar um 'raio da morte' deu origem ao radar no megacurioso

Durante a Segunda Guerra Mundial, alguns países queriam 'derreter' o inimigo à distância com um raio mortal

<head></head><body>Começando com Edwin R. Scott, em meados de 1923, alguns inventores se destacaram por alegarem que desenvolveram uma espécie de “raio mortal”, que seria capaz de matar qualquer um à distância assim como derrubar aviões. R. Scott, de São Francisco, disse que desenvolveu esse "raio" após trabalhar por 9 anos como assistente do matemático alemão Charles P. Steinmetz, responsável por expandir o conceito de corrente alternada desenvolvido por <a href="https://www.megacurioso.com.br/personalidades/52392-7-curiosidades-que-voce-talvez-desconheca-sobre-nikola-tesla.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Nikola Tesla,</a> tornando possível a expansão do sistema elétrico de potência dos Estados Unidos.Um ano depois, Harry Grindell-Matthews, um inventor britânico, tentou vender para o Ministério da Aeronáutica Britânica o que ele intitulava como sendo um "raio mortal". Contudo, ele nunca conseguiu mostrar um protótipo em funcionamento aos militares.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/06/06183915990398.jpg" alt="(Fonte: Fine Art America/Reprodução)">(Fonte: Fine Art America/Reprodução)Enquanto isso, já na década de 1930, o famoso Nikola Tesla trabalhava em um seu "raio da morte" chamado de Teleforce, um aparelho que projetaria partículas que poderiam ser grandes ou microscópicas para permitir que fossem transmitidas a uma pequena área em uma longa distância trilhões de vezes mais energia do que seria possível com raios de qualquer tipo. Tesla desacreditava dos supostos "raios da morte" de outros inventores porque defendia que esse tipo de raio não poderia ser reproduzido em quantidades necessárias sem que fosse perdia a intensidade à distância.Tesla determinou que seu Teleforce conseguiria destruir qualquer coisa mais próxima que 320 km, transformando-se em uma arma potente contra exércitos, aviões e outros meios de ataque – e isso motivou alguns líderes de governos.<h2>O raio mortal</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/06/06184129570399.jpg" alt="(Fonte: Pacific Paratrooper/Reprodução)">(Fonte: Pacific Paratrooper/Reprodução)O início da década de 1940 foi marcado pela acirrada corrida armamentista dos países para tentar se sobressair durante a Segunda Guerra Mundial, o que resultou em um arsenal de novas armas. Enquanto algumas serviram para acrescentar uma vantagem aos exércitos e mudar o conceito de como guerras eram feitas, outras ultrapassaram o limite da imaginação humana.Na História, esse tipo de armamento foi chamado de Armas da Nova Era, pois eram idealizadas como tão poderosas que poderiam vencer guerras sozinhas. Algumas delas se tornaram reais e igualmente mortais, como a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/115482-bomba-de-hiroshima-completa-75-anos-e-ameaca-nuclear-ainda-assombra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bomba atômica</a>, porém outras permaneceram no imaginário ambicioso de alguns governos, como aconteceu com o Ku-Go, o "raio mortal" que o Japão tentou desenvolver.Visando encontrar uma arma que pudesse dar ao Japão uma vantagem sobre os Estados Unidos, o general Isoroku Yamamoto ficou extremamente interessado pelo conceito do "raio da morte" de Tesla, portanto chamou os físicos Yoji Ito, Maso Kotani e Sin-Itiro Tomogonaga, do Instituto de Pesquisa Naval e Tecnologia, para ajudá-lo a construir a tal arma.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;War History Online&nbsp;" data-fonte-url="https://www.warhistoryonline.com/wp-content/uploads/2018/11/1925-photo-that-purports-to-show-a-night-demonstration-of-the-ray-on-the-island-of-flat-holm-571x640.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/06/06184235462400.jpg" alt="(Fonte: War History Online/Reprodução)">(Fonte: War History Online/Reprodução)Os três chegaram à conclusão de que era impossível criar uma estação que pudesse produzir tanta energia, então recorreram às micro-ondas. Ito decidiu que eles deveriam fazer um magnetron maior e mais poderoso que emitira um feixe de alta potência de ondas de rádio muito curtas que causariam desde problemas psicológicos, fisiológicos e até morte aos soldados inimigos.O governo japonês investiu 2 milhões de ienes no projeto, aproximadamente US$ 500 milhões em 1940. Sob o controle do General Sueyoshi Kusada, as autoridades construíram um laboratório em Shimada, na província de Shiyuoka, para que a arma fosse desenvolvida. Ela foi batizada de Ku-Go.<h2>O fracasso</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/06/06184403213403.jpeg" alt="(Fonte: War History Online/Reprodução)">(Fonte: War History Online/Reprodução)Durante 5 anos, os japoneses testaram o "raio mortal" em ratos, coelhos, macacos motores de automóveis e em aviões para tentar calcular sua eficiência. O estudo em animais mostrou que as ondas a uma distância de 2 metros causavam sangramento pulmonar, enquanto as mais próximas, em menos de 1 metro, destruíam células cerebrais. Partindo desse princípio, os cientistas japoneses acreditavam que poderiam obter os mesmos efeitos em seres humanos.Por outro lado, os experimentos em motores de combustão deram ainda menos certo. As micro-ondas eram fracas demais contra os motores bem protegidos dos aviões e só alcançavam os motores de carros quando esses estavam expostos.Em 1944, a Japanese Radio Company construiu o primeiro protótipo do Ku-Go, que consistia em um magnetron de 80 cm alimentado por 30 quilowatts, que fornecia energia a uma antena dipolo localizada na parte inferior de um refletor elipsoide de 1 metro de diâmetro. A arma foi posicionada a 30 metros de distância de um coelho, que morreu após ser exposto a 10 minutos de micro-ondas. No entanto, uma marmota levou 20 minutos para cair morta.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/06/06184442698404.jpg" alt="(Fonte: War History Online/Reprodução)">(Fonte: War History Online/Reprodução)No ano seguinte, Ito tinha planos de construir uma nova arma feita de 4 magnetrons e com a potência de 250 a 300 quilowatts, com uma antena dipolo e refletor de 10 metros de diâmetro. Os físicos calcularam que esse Ku-Go aprimorado mataria qualquer um a uma distância de 1 quilômetro, embora o alvo precisasse estar parado. Contudo, a situação na Guerra do Pacífico interrompeu as pesquisas japonesas, e o experimento com "raio mortal" foi encerrado. De qualquer forma, eles foram a nação a chegar mais perto do uso de um "raio mortal".Em 1935, em meio a Segunda Guerra Mundial, surgiram rumores de que a Alemanha havia desenvolvido o "raio da morte", então Harry Wimperis, o diretor de pesquisa científica do Ministério da Aeronáutica Britânica, perguntou ao inventor Robert Watson-Watt se ele conseguiria fazer o mesmo a partir de sua pesquisa sobre radiação eletromagnética para detectar nuvens.&nbsp;No entanto, Watson-Watts não demorou para chegar à conclusão de que não conseguiria "cozinhar" um ser humano em menos de 1 minuto a metros de distância, tampouco levar um condutor de energia tão grande para as nuvens. Sendo assim, ele usou um magnetron para enviar radiação de micro-ondas para o céu, que poderiam detectar aviões a vários quilômetros de distância, igual fazia com as nuvens.O inventor não conseguiu chegar nem perto de criar um "raio mortal" como os japoneses, mas o caminho que fez até lá deu origem ao primeiro radar da História.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:05:27.370Z

A tentativa de criar um 'raio da morte' deu origem ao radar

Imagem de A Trégua de Natal de 1914: quando a Primeira Guerra Mundial parou no megacurioso

Pela primeira vez na história, os inimigos interromperam um conflito para celebrarem juntos o Natal

<head></head><body>Em um período tão violento, tenso e sangrento como foi a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/117623-conheca-a-historia-da-primeira-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Primeira Guerra Mundial,</a> que matou e feriu mais de 25 milhões de pessoas em 3 anos de duração, é improvável que uma trégua durante o conflito acontecesse, por isso houve um espanto quando os soldados alemães emergiram de suas trincheiras em 24 de dezembro de 1914 e cruzaram o campo de batalha em direção ao território das tropas aliadas.Desarmados, os homens gritavam "Feliz Natal!" para seus inimigos e no idioma deles, o que causou ainda mais surpresa a todos. A princípio, os soldados aliados temeram que se tratasse de algum tipo de emboscada, tanto que permaneceram em suas posições, prontos para contra-atacar; então, percebendo que centenas de combatentes faziam o mesmo, eles entenderam que a motivação era genuína.De acordo com o diário escocês de um oficial do Royal Irish Rifles, foi relatado ao quartel-general que os alemães iluminaram suas trincheiras às 20h30 e começaram e entoar canções natalinas.<h2>O cessar-fogo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/09/09185318611379.jpg" alt="(Fonte: BG Independent News/Reprodução)">(Fonte: BG Independent News/Reprodução)Na manhã seguinte, a magia do Natal parecia ter contagiado a todos, pois eles jogaram futebol, trocaram cigarros, pudins de ameixa e até dividiram bebidas em meio ao cenário de destruição que havia ao redor deles. &nbsp;Existem relatos de que até uma árvore de Natal improvisada foi construída de ambos os lados dos territórios, próximo das trincheiras que cheiravam solidão e morte.“Como era maravilhoso, mas como era estranho também ver toda aquela celebração”, relembrou o tenente alemão Kurt Zehmisch. “O Natal, a celebração do Amor, conseguiu reunir os inimigos mortais como amigos por um tempo. É algo admirável”.Estima-se que mais de 100 mil soldados embarcaram no espírito natalino. Além da notória partida de futebol, também destacaram-se as filas que os homens fizeram para se barbear e cortar o cabelo nas cadeiras daqueles que sabiam realizar o trabalho. Enquanto isso, alguns aproveitaram o momento para realizar a tarefa triste e sombria de recuperar os cadáveres de outros combatentes que acabaram ficando no campo de batalha, longe de qualquer chance de serem recuperados e entregues para suas famílias.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/09/09185429284380.jpg" alt="(Fonte: History/Reprodução)">(Fonte: History/Reprodução)A intitulada "Trégua de Natal de 1914" aconteceu apenas 5 meses depois que a guerra eclodiu na Europa, e foi considerada o último exemplo de demonstração de humanidade entre inimigos de guerra em prol de um momento em comum. As futuras tentativas de cessar-fogo em outras guerras até tentaram acontecer, porém, foram anuladas por ameaças de ação disciplinar de oficiais superiores.Muito embora a trégua não tenha agradado os líderes dos exércitos, de qualquer forma, o que aconteceu naquele Natal de 1914 deixou claro que guerras não são travadas por forças, mas sim por seres humanos – apesar de tudo.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:05:27.340Z

A Trégua de Natal de 1914: quando a Primeira Guerra Mundial parou

Imagem de 'Big Bertha': a temida arma alemã da Primeira Guerra Mundial no megacurioso

O obus de grosso calibre foi a maior vantagem da Alemanha no campo de batalha

<head></head><body>A década de 1850 foi um período marcado pelo avanço da tecnologia no desenvolvimento de armas, onde aconteceu a primeira corrida armamentista entre as nações, principalmente na criação de artilharias de cerco – armamento pesado projetado para bombardear fortificações, cidades e outros tipos de alvos fixos. Foi nessa época em que os obuses, uma espécie de canhão de tiros de longa distância, foram aprimorados.Em resposta a esse tipo de criação, países fortificaram suas fronteiras, por isso Helmuth von Moltke, o Velho, então Chefe do Estado-Maior do Império Alemão, desejava algo que conseguisse romper os fortes franco-belgas. Muito embora a artilharia que eles possuíam tivesse sido eficaz durante a Guerra Franco-Prussiana, com um obus de campo de 21 centímetros – o mais poderoso do exército –, elas não seriam páreas para as novas fortificações. Então, ele solicitou que fossem feitas armas mais poderosas que aquela.Em 1890, a Comissão de Testes de Artilharia (APK), em parceria com a fábrica de metal e armamento Krupp AG, apresentaram para o líder o obus Beta-Gerät, porém ainda não era o suficiente para destruir os fortes franceses.<h2>Construindo Bertha</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/09/09182743565370.jpg" alt="(Fonte: Britannica/Reprodução)">(Fonte: Britannica/Reprodução)Após muitos anos de testes e armas que foram criadas e descartadas, no outono de 1911, a Krupp e a APK conseguiram desenvolver um obus com rodas que pesava 42 toneladas chamado Minenwerger-Gerät (M- Gerät). Ele possuía um alcance de disparo de quase 10 quilômetros em seu cano de 5 metros de comprimento, que lançava projéteis de 1 tonelada. Foram realizados testes de mobilidade da arma em dezembro de 1913 para que ela estivesse pronta para combate até outubro do ano seguinte.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/09/09183034643377.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodução)">(Fonte: Pinterest/Reprodução)No início da Primeira Guerra Mundial, a arma foi apelidada pelos soldados alemães de "Big Bertha", em homenagem a Dicke Berta, a chefe da família e das indústrias Krupp. Com o fim da Batalha de Ligège, o nome ganhou a mídia alemã e se tornou tão popular que todo o tipo de artilharia pesada, especialmente canhões e obus, foi chamada pelo nome."Big Bertha" foi usada ostensivamente pelo exército alemão nos estágios iniciais da Primeira Guerra Mundial, conseguindo destruir os fortes belgas e franceses com sua artilharia de grosso calibre. A arma construiu uma reputação de poder, e o seu nome a precede.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:05:27.228Z

'Big Bertha': a temida arma alemã da Primeira Guerra Mundial

Imagem de Alfred Kinsey revolucionou a sociedade ao falar sobre sexo no megacurioso

Através de uma polêmica pesquisa, o sexólogo foi alvo de críticas

<head></head><body>Na década de 1960, em uma época em que a sociedade era permeada ainda mais por tabus, como prostituição, virgindade, pornografia, drogas, tatuagens e aborto, falar sobre sexo era considerado um dos mais complicados. Estruturalmente, os homens só traziam o assunto à tona quando estavam entre si, assim como as mulheres faziam.A falta de informação sobre o assunto criou muitos jovens despreparados e que aprenderam de maneira intuitiva desde a masturbação até o ato sexual em si. O sexo era visto como algo infame e difamatório, que poderia destruir a imagem de uma pessoa perante a sociedade se ela não fosse um adulto (e claro, homem) e já tivesse casado.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/01/01191945689476.jpg" alt="(Fonte: Publico/Reprodução)">(Fonte: Publico/Reprodução)Então, em 1966, quando o ginecologista William H. Masters e a sexóloga Virginia E. Johnson lançaram um livro com a pesquisa que desenvolveram sobre a natureza da resposta sexual humana, e o diagnóstico e tratamento de distúrbios e disfunções sexuais, eles se tornaram best-sellers mundiais, mas também foram altamente criticados.No entanto, a perseguição que eles sofreram em nada se compara com o que o biólogo Alfred Kinsey teve que lidar por ir ainda mais além do que o casal.<h2>Mudando de rumos</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Bi.org&nbsp;" data-fonte-url="https://ucarecdn.com/1f224b1f-6e51-4bff-a25f-dcc83a4d98d9/-/crop/622x622/184,0/-/preview/-/progressive/yes/-/format/auto/-/scale_crop/900x900/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/01/01191847227475.jpg" alt="(Fonte: Bi.org/Reprodução)">(Fonte: Bi.org/Reprodução)Apesar de ter sido criado em um ambiente altamente religioso, Alfred Charles Kinsey, nascido em 23 de junho de 1894, em Nova Jersey (EUA), se declarava ateu. Além disso, apesar da sociedade conservadora no qual estava inserido, o homem sempre tentou buscar se aprofundar em aspectos tabus que ninguém ousava tocar, e o sexo era um deles.Quando ainda cursava o Ensino Médio na Columbia High School, Kinsey se interessou por biologia, botânica e zoologia, principalmente por influência de sua professora Natalie Roeth, indo contra a vontade de seus pais, que imaginavam para ele uma carreira na engenharia. Kinsey, então, se formou no Bowdoin College, em Brunswick, no Maine, e fez doutorado em Harvard.Em 1926, ele publicou seu primeiro livro, intitulado Uma Introdução à Biologia, que o levou a dar aulas na Universidade de Indiana. Lá, Kinsey foi convidado para ser professor do Curso de Higiene, que abordava o ensino sexual dentro do campus em uma forma tímida de tentar educar os jovens – embora a grade curricular fosse repleta de equívocos e não possuísse direção alguma.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;SciHi Blog&nbsp;" data-fonte-url="https://lh3.googleusercontent.com/proxy/K8OTE1F9VPqY0aYl_gf8xdGs8mTImF87-ip50vXXGwob4LxuSP2hB4eD-pq8aJsIqzDIK_k1XOJ4wjlXL0WaTR2iY-ImFd2DzOWQPJrE3wheIA"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/01/01192158903477.jpg" alt="(Fonte: SciHi Blog/Reprodução)">(Fonte: SciHi Blog/Reprodução)O homem aceitou a oferta e usou seu conhecimento para ensinar os alunos de maneira descontraída e sincera. Kinsey era inexperiente quando conheceu sua esposa, Clara McMillen, e nunca havia namorado ou feito sexo. O casal teve muita dificuldade na cama, mas com ambos sendo cientistas, eles estudaram muito e se tornaram um para o outro uma fonte de informação sexual.Portanto, Kinsey não deixou de usar fotos explícitas de órgãos genitais, falar sobre masturbação feminina e masculina, orgasmos, ejaculação e o sexo na prática. A abordagem dele foi ousada, porém cativou os estudantes de maneira inigualável. Por outro lado, desmitificar o sexo não agradou a todos os alunos, tampouco os pais, que acreditavam que o professor estava “incentivando os jovens a fazerem sexo”, enquanto ele só estava ensinando-os a conhecer o próprio corpo.<h2>A cruzada</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/01/01192536052479.jpg" alt="(Fonte: Grupo Raiz Digital/Reprodução)">(Fonte: Grupo Raiz Digital/Reprodução)Por causa de petições de alunos que criticavam seus métodos e pediam pelo banimento dele do campus, Kinsey teve que enfrentar uma verdadeira cruzada para conseguir lecionar. Até que, em 1938, cansado de remar contra a maré, ele decidiu criar um curso sobre casamento e família na universidade, voltado para os adultos.&nbsp;Com suas famosas palestras ilustradas sobre a biologia da estimulação sexual, a mecânica da relação sexual e as técnicas de contracepção, Kinsey também protestou contra as leis repressivas, atitudes sociais e as campanhas religiosas.De acordo com o biógrafo James H. Jones, o homem tentou substituir as ideias convencionais do comportamento sexual "normal" por uma nova definição biológica, ressaltando que quase todas as “perversões sexuais” definidas pela sociedade se enquadram na faixa da "normalidade biológica".Para analisar as variedades da experiência sexual humana, ele exigiu que os alunos de seu curso de casamento e família participassem de reuniões privadas no porão de sua casa para que contassem suas experiências sexuais. No primeiro ano, apenas 70 mulheres e 28 homens se inscreveram em seu curso, mas nos 2 anos seguintes já havia mais de 400 alunos disputando vagas.Em 1941, Kinsey recebeu apoio de pesquisa do Conselho Nacional de Pesquisa e da Fundação Rockfeller, o que o permitiu expandir para outras cidades dos Estados Unidos a sua meta de colher 100 mil depoimentos sexuais através de seu questionário de 521 perguntas. Em 1947, o homem fundou o Instituto de Pesquisa Sexual da Universidade de Indiana.<h2>As controvérsias</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;PBS&nbsp;" data-fonte-url="https://www.pbs.org/wgbh/americanexperience/media/filer_public_thumbnails/filer_public/e9/37/e937d459-0f9e-44dc-9fdf-a23c483f8bd2/kinsey_teacher_feature.jpg__1000x562_q85_crop_subsampling-2_upscale.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/01/01192706458480.jpg" alt="(Fonte: PBS/Reprodução)">(Fonte: PBS/Reprodução)Em 1948, a pesquisa de Kinsey foi finalmente publicada em um livro intitulado Comportamento Sexual do Homem, seguido pelo Comportamento Sexual da Mulher, que ficaram conhecidos como Relatórios Kinsey. Os livros foram responsáveis por elevarem o status dele de "pesquisador científico renomado" para celebridade pública, quando venderam mais de 200 mil cópias. Mais tarde, os Relatórios se tornaram percursores da revolução sexual da década de 1960 e 1970.No entanto, os críticos e a sociedade conservadora norte-americana ficaram escandalizados com a maneira crua com que o pesquisador expôs os assuntos, portanto não demorou para que um levante se armasse contra ele. A maioria das pessoas questionava os dados apresentados no livro, como a pesquisa em que Kinsey afirmava que 90% dos cidadãos se masturbavam; 11% faziam ou praticavam sexo anal com suas parceiras; e que cerca de 37% dos entrevistados tiveram experiências homossexuais.Só por entrevistar pessoas e expor o que descobriu em seu livro, Kinsey causou polêmica por quebrar tabus de banalidades, como o sexo antes do casamento, porém o quão longe ele foi para poder extrair os dados científicos se tornou algo contestável. “De certa forma, ele era implacável, e poderia ir tão longe a ponto de se tornar imoral, embora não convencionalmente moral”, declarou Gathorne-Hardy, o biógrafo do pesquisador, ao The New York Times. "Se alguém tivesse informações sexuais pertinentes, Kinsey usaria".<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/01/01192835457482.jpg" alt="(Fonte: Extend Fertility/Reprodução)">(Fonte: Extend Fertility/Reprodução)E foi isso que ele fez quando foi atrás de pedófilos sem relatar à polícia, só para coletar informações, arriscando a segurança pública por causa de dados científicos. Em seu tópico descrevendo a relação do orgasmo com o comportamento jovem, ele descobriu através dos criminosos sexuais que uma menina de 7 anos teria tido 3 orgasmos em um período de 1 hora, enquanto um garoto de 13 anos teria tido 19 orgasmos no mesmo intervalo de tempo.Até a sua morte, em 25 de agosto de 1956, Alfred Kinsey e sua equipe de pesquisa conduziram mais de 17 mil entrevistas com diversos tipos de grupos, desde universitários a presidiários.Kinsey enfrentou uma sociedade inteira em uma época repressiva para que muitos tivessem a chance de serem sexualmente livres, iniciando uma caminhada para naturalizar a maneira como o tema é abordado.&nbsp;Para o campo científico, ele deixou um legado imenso para estudos sociais do comportamento sexual dos humanos, e se eternizou como uma espécie de Galileu ou Darwin de seu tempo – e foi igualmente criticado e elogiado como eles por suas abordagens –, como foi descrito em um artigo de 2003 publicado no American Journal For Public Health.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:05:27.177Z

Alfred Kinsey revolucionou a sociedade ao falar sobre sexo

Imagem de Tafofobia: o medo de ser enterrado vivo no megacurioso

O distúrbio foi o responsável por criar novos tipos de caixões para que as pessoas pudessem se salvar

<head></head><body>Originada do grego taphos (“sepultura” ou “tumba”) e phobos (“medo”), a tafofobia é o medo psicopatológico de ser enterrado vivo, em decorrência de um resultado incorreto de morte. Esse tipo de pânico era mais frequente antes da era da medicina moderna, quando os diagnósticos eram imprecisos devido à falta de tecnologia e estudos na área.No século XIV, há relatos de que o filósofo John Duns Scotus, da Alta Idade Média, foi encontrado fora de seu caixão e caído em seu mausoléu, com as mãos dilaceradas, sugerindo que ele estava vivo quando foi enterrado e tentou escapar.Em meados de 1600, uma mulher chamada Alice Blunden foi enterrada viva após ser considerada morta após um médico examinar a boca e o nariz dela com um espelho. Blunden acabou entrando em um estado profundo de desmaio após beber uma grande quantidade de chá de papoula. Dois dias depois do enterro da mulher, crianças que brincavam perto do túmulo dela ouviram ruídos vindo da sepultura. Quando escavaram o local e abriram o caixão, encontraram a tampa dele arranhada e trincada.<h2>Sinos da salvação</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/09/09150911776247.jpeg" alt="(Fonte: Medium/Reprodução)">(Fonte: Medium/Reprodução)A tafofobia era algo tão presente na sociedade que, em 1972, o duque Ferdinand de Brunswick encomendou o primeiro "caixão de segurança" já registrado na História. Ele pediu para que marceneiros instalassem uma janela para permitir a entrada de luz, um tubo de ar e que fosse instalado uma fechadura na tampa, que não deveria ser pregada. Quando enterrado, Brunswick recomendou que colocassem duas chaves em seu bolso: uma para a tampa do caixão e outra para a porta de seu mausoléu.Pensando nisso, em 1798, o padre alemão P.G. Pessler sugeriu que todos os caixões possuíssem um tubo, a partir do qual uma corda sairia e chegaria até os sinos da igreja mais próxima. Sendo assim, se a pessoa estivesse viva, ela poderia chamar atenção puxando a corda. Contudo, a ideia era inviável em diversos aspectos, por isso foi logo descartada.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/09/09151108450251.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodução)">(Fonte: Pinterest/Reprodução)Até que em 1829, o Dr. Johann Gottfried Taberger projetou um sistema de alerta usando um sino que alertaria o coveiro ou vigia do cemitério. Antes de ser enterrado, cordas, através de um tubo levando até um sino dentro de uma caixa, seriam presas às mãos, pés e cabeça do cadáver, que levariam a um pequeno sino sobre a sepultura. Sendo assim, se a campainha tocasse insistentemente, o vigia teria apenas que bombear ar para dentro do caixão com um fole para que a pessoa sobrevivesse até que fosse desenterrada.O recurso foi muito usado durante a Era Vitoriana, na Inglaterra, em um momento em que os habitantes eram assombrados pelo índice alarmante de mortalidade infantil.<h2>O crescimento do pânico</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/09/09151419734256.webp" alt="(Fonte: Cult of Weird/Reprodução)">(Fonte: Cult of Weird/Reprodução)Quando a epidemia de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/113909-as-10-piores-pandemias-e-epidemias-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cólera</a> devastou o século XIX, originando-se na Índia de 1817, o aumento de relatos de sepultamentos vivos não intencionais cresceram ainda mais, fazendo a tafofobia se transformar em uma espécie de "pandemia".Em 1844, <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/117782-o-caso-sensacionalista-de-mary-rogers-a-inspiracao-de-edgar-allan-poe.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Edgar Allan Poe</a> foi o responsável por inflamar essa fobia ainda mais ao publicar sua obra O Enterro Prematuro, descrevendo supostos casos reais de pessoas que acordaram dentro dos próprios caixões. A narrativa serviu para alavancar a indústria dos “caixões de segurança”, com tampas de observação, cordas para sinos e tubos de respiração para sobrevivência até o resgate. Tudo o que os ricos podiam pagar, enquanto os pobres chegaram a preservar cadáveres de entes queridos em casa até que entrassem em estado de putrefação.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/09/09151504667258.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodução)">(Fonte: Pinterest/Reprodução)Foi formado em 1896 a Associação para a Prevenção de Enterro Prematuro, onde os membros tafófobos tinham um acordo com médicos de confiança para realizarem testes específicos que garantissem que eles estavam mortos, como serem perfurados em vários lugares do corpo e até mesmo diretamente no coração.Em 1905, em um levantamento feito pelo reformador inglês William Tebb, foram registrados 219 casos de pessoas que acordaram enquanto eram sepultadas, 10 casos de dissecação viva e 2 casos de pessoas que acordaram enquanto eram preparadas para embalsamamento.Atualmente, a tafofobia como caso clínico é muito rara no mundo desenvolvido, embora ainda haja casos em alguns lugares do mundo, geralmente entre pessoas mais velhas e que possuem algum grau de transtorno mental. </body>

thumb-image-2024-02-29T14:05:27.083Z

Tafofobia: o medo de ser enterrado vivo

Imagem de Batiscafo Triestre: quando desceram no lugar mais fundo do mundo no megacurioso

O submarino foi a mais de 10 mil metros no oceano Pacífico!

<head></head><body>Criado pelo físico e inventor Auguste Piccard e construído na Bélgica, entre 1946 e 1948, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/47991-voce-vai-se-surpreender-com-o-lugar-mais-profundo-dos-oceanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">batiscafo</a> é um veículo submersível desenvolvido para a exploração dos oceanos em regiões de águas ultraprofundas para pesquisa científica ou para operações de resgate de tripulações presas em submarinos danificados.Às 8h10 de 23 de janeiro de 1960, após uma operação militar atirando cargas de TNT no oceano Pacífico para tentar determinar qual era o ponto mais fundo do planeta, o batiscafo Triestre — que foi vendido à Marinha dos Estados Unidos em 1958 — foi liberado no mar com o oceanógrafo Don Walsh e Jacques Piccard, o filho do inventor do dispositivo.<h2>O lugar mais fundo do mundo</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Pinterest&nbsp;" data-fonte-url="https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcS-FmRsEWdJ7rjzOXFOvtEd2_Sr4sHD-MAU23I8P91rbB4hDIZXd-Pnm7H_Y_ByW0Vgytw&amp;usqp=CAU"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/08/08200313211367.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodução)">(Fonte: Pinterest/Reprodução)A descida começou 5 minutos depois que eles já estavam na água, após verificarem os sistemas da embarcação. Às 9h20, o batiscafo atingiu a marca de mil metros de profundidade, viajando a 3,2 km/h, cerca de 0,9 metros por segundo, em um cenário onde a escuridão era total. Ao meio-dia, em uma descida reduzida, a mais de 9 mil metros, eles já haviam perdido a conexão com a superfície, e a temperatura na cabine era de 7?°C.Quando a embarcação percorreu mais 800 metros, uma proteção plástica externa não resistiu à pressão e simplesmente explodiu, causando um abalo fortíssimo em todo o batiscafo. Apesar do medo de que a operação desse errado e o Triestre não aguentasse, os cientistas decidiram prosseguir.Às 12h56, o aparelho alcançou o fundo da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117686-oceano-qual-a-sua-profundidade-e-ate-onde-o-homem-conseguiu-ir.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Depressão Challenger</a>, na Fossa das Marianas, Filipinas, conhecido como o local mais profundo do mundo, a 10.911 metros no oceano Pacífico. Inesperadamente, eles conseguiram reestabelecer a conexão com o navio de apoio na superfície através do sistema de comunicação sonar. Levou cerca de 7 segundos para que a mensagem de voz viajasse do submarino para a central de apoio.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/08/08200434337368.webp" alt="(Fonte: Rolex/Reprodução)">(Fonte: Rolex/Reprodução)Nos 20 minutos que ficaram lá embaixo, os cientistas viram apenas algumas espécies de peixes achatados sobrevivendo a 8 quilômetros da luz do sol, e em uma pressão mil vezes maior do que a da superfície. Apesar de serem incapazes de definir qual o tipo de espécie era, eles comunicaram que o chão da fossa era composto por uma espécie de lodo diatomáceo.Às 13h26, o Triestre liberou os lastros e começou sua subida, que demorou 3 horas e 15 minutos até a superfície. A operação ficou marcada como a primeira vez que um ser humano conseguiu ir tão fundo no oceano.Três anos depois, o submarino foi aposentado e, eventualmente, a tecnologia dos batiscafos foi substituída pelas sondas robóticas, uma vez que um submarino tripulado é considerado inútil nesse tipo de profundidade por ser impossível que alguém saia dele para investigar o local.</body>

Julio Cezar de Araujo