Imagem de O que aconteceria se um buraco negro se aproximasse da Terra? no megacurioso

Um buraco negro é um lugar no espaço onde a gravidade é tão forte e suga absolutamente tudo que nem mesmo a luz consegue sair

Em linhas gerais, um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116627-o-que-e-um-buraco-negro-e-as-principais-descobertas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">buraco negro</a> &eacute; um lugar no espa&ccedil;o onde a gravidade &eacute; t&atilde;o forte e suga absolutamente tudo que nem mesmo a luz consegue sair. Isso porque a mat&eacute;ria foi espremida em um espa&ccedil;o min&uacute;sculo, o que pode acontecer quando uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121085-quase-estrelas-a-hipotese-de-origem-do-buraco-negro-supermassivo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estrela est&aacute; morrendo</a>. Eles s&atilde;o invis&iacute;veis, podendo ser grandes ou pequenos como um &aacute;tomo, mas com uma massa do tamanho de uma montanha.
Desde que o nome foi cunhado, em 1967 pelo astr&ocirc;nomo americano John Wheeler, e que o primeiro foi visto em 1971, at&eacute; hoje os buracos negros s&atilde;o um mist&eacute;rio para ci&ecirc;ncia em v&aacute;rios aspectos. Qu&atilde;o pequenos s&atilde;o os buracos negros de menor massa? Qual massa &eacute; mais abundante? Onde se formam os buracos negros em sistemas bin&aacute;rios? As taxas de fus&atilde;o mudam &agrave; medida que o Universo evolui?
Apesar da quantidade de inc&oacute;gnitas sobre o tema, a ci&ecirc;ncia tem algumas respostas concretas para: um buraco negro pode engolir a Terra? O que aconteceria se ele o fizesse?
<h2>A possibilidade</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/30/30132957593270.jpg" alt="(Fonte: Daily Express/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Daily Express/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Se um buraco negro do tipo supermassivo, cuja massa &eacute; mais de 1 milh&atilde;o de s&oacute;is juntos, e o que se encontra no centro da Via L&aacute;ctea, chamado Sagit&aacute;rio A, tem massa igual a cerca de 4 milh&otilde;es de s&oacute;is &mdash; imagine o que ele poderia causar se chegasse a milh&otilde;es de anos-luz pr&oacute;ximo da Terra.
Quando qualquer coisa se aproxima de um buraco negro, rapidamente come&ccedil;a a sofrer o efeito de &ldquo;espaguetifica&ccedil;&atilde;o&rdquo;, ou seja, come&ccedil;a a ser esticado como um espaguete, come&ccedil;ando pelas bordas antes mesmo de alcan&ccedil;ar o meio do buraco negro. O momento em que essa for&ccedil;a vai come&ccedil;ar agir depende muito da massa do buraco negro, podendo ser em v&aacute;rias centenas de quil&ocirc;metros, como no caso de um buraco negro estelar.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/30/30133050999273.jpg" alt="(Fonte: Science News/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Science News/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A atmosfera da Terra come&ccedil;aria a ser aspirada pela for&ccedil;a do buraco, arrancando enormes peda&ccedil;os dela, deformando todo o planeta. Isso geraria um atrito interno jamais experimentado, aquecendo o n&uacute;cleo da Terra a n&iacute;veis desastrosos, causando terremotos, erup&ccedil;&otilde;es e tsunamis t&atilde;o imensos e mortais que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121143-extincao-do-cretaceo-como-foi-o-evento-que-exterminou-os-dinossauros.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Extin&ccedil;&atilde;o do Cret&aacute;ceo</a> n&atilde;o seria nada em compara&ccedil;&atilde;o.
<h2>A destrui&ccedil;&atilde;o &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp;</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Latest News Headlines&nbsp;" data-fonte-url="https://english.jagran.com/trending/meteor-rain-more-powerful-than-asteroid-strike-that-killed-dinosaurs-hit-earth-800-million-years-ago-research-10014280"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/30/30133259374277.jpg" alt="(Fonte: Latest News Headlines/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Latest News Headlines/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A proximidade de um buraco negro n&atilde;o s&oacute; condenaria a Terra como todo o sistema solar, podendo fazer os demais planetas entrarem em colapso e colidirem uns com os outros. A mera proximidade da for&ccedil;a de um buraco negro j&aacute; poderia nos destruir antes mesmo da "espaguetifica&ccedil;&atilde;o", porque se o cintur&atilde;o de asteroides fosse sugado na dire&ccedil;&atilde;o do nosso planeta, pelo menos 200 dos 55.894 mil asteroides com mais de 100 km de di&acirc;metro, entrariam em nossa &oacute;rbita.
Ainda que existisse alguma chance para a vida humana ap&oacute;s essa chuva de objetos, os n&iacute;veis de radia&ccedil;&atilde;o gerados pela suc&ccedil;&atilde;o de toda mat&eacute;ria absorvida pelo buraco negro seria o suficiente para transformar em p&oacute; tudo na Terra.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/30/30133835734295.jpg" alt="(Fonte: Entertainment Tonight/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Entertainment Tonight/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A quantidade dessas informa&ccedil;&otilde;es n&atilde;o conseguem chegar nem perto de como seria. Os eventos poderiam se desenrolar exatamente como a ci&ecirc;ncia imagina, ou apenas haver um grande estrondo (ou n&atilde;o) e tudo deixar de existir de repente, de t&atilde;o r&aacute;pido que poderia acontecer.
&Eacute; incerto o que viria depois, n&atilde;o para a civiliza&ccedil;&atilde;o humana, mas para a ci&ecirc;ncia e f&iacute;sica como a conhecemos. A gravidade, velocidade da luz e at&eacute; mesmo como os &aacute;tomos se ligam e reagem poderiam ser modificados completamente. &Eacute; imposs&iacute;vel saber para onde a Terra iria parar, se seria consumida ou pararia em uma esp&eacute;cie de universo paralelo "do outro lado" do buraco negro.

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O que aconteceria se um buraco negro se aproximasse da Terra?

Imagem de O famoso cavalo de Troia realmente existiu? no megacurioso

Até hoje existe um debate imenso sobre sua existência

<head></head><body>Certamente você está familiarizado com a lendária e notória história do cavalo de Troia. Em meados de 1250 a.C., Ulisses teria mandado construir um cavalo de madeira oco para que se escondesse com vários soldados para conseguir penetrar as muralhas da cidade de Troia após os gregos fingirem que desistiram da guerra em 9 anos de conflito.A história foi descrita nos poemas épicos A Ilíada e A Odisseia, de Homero, autor imortalizado na dramaturgia clássica tamanha foi a épica construção e seu propósito engenhoso.Mas será que o cavalo grego realmente existiu?<h2>A verdade por trás da história</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/31/31193935897686.jpg" alt="(Fonte: The New Yorker/Reprodução)">(Fonte: The New Yorker/Reprodução)Entre os historiadores, é praticamente unânime que o cavalo de Troia não passe de um mito. Entre toda a ficção descrita nos poemas, em que todos os personagens principais eram fictícios (Helena, Aquiles, Heitor, Ulisses, Agamenon etc.), ou pelo menos muito embelezados, é muito provável que o cavalo de Troia seja uma alegoria para como os gregos realmente atravessaram as paredes.Alguns historiadores acreditam que a metáfora do cavalo pode ter surgido de uma máquina de cerco, e que os gregos derrubaram as paredes da cidade à moda antiga, visto que era muito comum naquela época usar esse tipo de dispositivo e atribuir nomes de animais a eles. Além disso, muitas máquinas eram envoltas em pele molhada de cavalo para evitar que fossem incendiadas, como deixou claro em 2014 o Dr. Armand D’Angour, da Universidade de Oxford.Ainda que o cavalo possa não ter sido real, é praticamente comprovado que Troia existiu, muito embora sua guerra de 10 anos e o cerco sanguinário que pode ter causado a morte de 95 mil pessoas, não.Identificado pela primeira vez como Troia na década de 1870, pelo arqueólogo alemão Heinrich Schlienmann, o sítio arqueológico de Hisarlik fica no topo de um grande monte a oeste da Turquia e contém os restos de pelo menos 10 cidades.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;ThoughtCo.&nbsp;" data-fonte-url="https://www.thoughtco.com/thmb/DGbyvVl0YfIBr5yhlDdxU_ft9aU=/768x432/smart/filters:no_upscale()/TrojanHorse-56aa9eb53df78cf772b456f5.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/31/31200512796696.jpg" alt="(Fonte: ThoughtCo./Reprodução)">(Fonte: ThoughtCo./Reprodução)Outro arqueólogo alemão, Manfred Korfmann, na década de 1990, apontou que Troia foi construída, destruída e reconstruída por várias vezes, deixando ainda mais claro como era uma grande fortaleza.Em agosto de 2021, arqueólogos turcos encontraram dezenas de pedaços de madeira datados de milhares de anos nas colinas de Hisarlik, se convencendo que teriam encontrado os restos do próprio cavalo de Troia.Contudo, isso não foi suficiente para mudar a percepção da maioria dos historiadores: o cavalo de Troia continua sendo uma metáfora histórica, mas seu caráter segue tão convicto popularmente quanto a existência de uma Rose Dewitt Bukater e um Jack Dawson a bordo do <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119582-7-fatos-essenciais-sobre-a-historia-do-naufragio-do-titanic.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">RMS Titanic</a>.</body>

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O famoso cavalo de Troia realmente existiu?

Imagem de Adaga de Tutancâmon foi feita com componentes extraterrestres no megacurioso

Com 30 s&eacute;culos, o Egito Antigo se tornou a civiliza&ccedil;&atilde;o mais antiga da Hist&oacute;ria, desde sua unifica&ccedil;&atilde;o em meados de 3100 a.C. &agrave; conquista por Alexandre, o Grande, em 332 a.C.
Seus milhares de artefatos, m&uacute;mias, tumbas, documentos e ru&iacute;nas, mesmo massivamente analisados e estudados, ainda n&atilde;o foram suficientes para que os arque&oacute;logos consigam desvendar todos os mist&eacute;rios que a antiga civiliza&ccedil;&atilde;o guardava.
Um exemplo disso &eacute; a adaga descoberta com o Rei Tutanc&acirc;mon. A tumba do fara&oacute; foi escavada em 4 de novembro de 1922 pela equipe do egipt&oacute;logo brit&acirc;nico Howard Carter, no Vale dos Reis, Egito. Tutanc&acirc;mon foi um dos governadores mais proeminentes do Egito Antigo, tendo liderado de 1332 a.C. at&eacute; sua morte, em 1323 a.C.
Assim que morreu, seu corpo foi mumificado sob o processo mais rico e avan&ccedil;ado que existia na &eacute;poca e enterrado em uma tumba recheada de joias, obras de arte e tesouros. Ao serem descobertos, se tornaram patrim&ocirc;nio da humanidade ap&oacute;s ficarem escondidas por mais de 3 mil anos sob as areias movedi&ccedil;as do deserto.
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121334-6-mitos-sobre-o-egito-antigo-que-voce-provavelmente-acredita.htm" target="_blank">6 mitos sobre o Egito Antigo que voc&ecirc; provavelmente acredita</a>
<h2>A adaga milenar &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp;</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/30/30131517389254.jpg" alt="(Fonte: Apic/Getty Images)" />(Fonte: Apic/Getty Images)
Entre os 5 mil itens encontrados na tumba do fara&oacute;, enterrada bem ao lado de seus restos mortais, estava uma adaga feita de ferro de meteorito. O choque dos pesquisadores foi imediato, tanto porque a l&acirc;mina n&atilde;o havia enferrujado, quanto porque aquele tipo de trabalho em metal era considerado extremamente raro no Antigo Egito. A sua origem se tornou um mist&eacute;rio imediato.
Para fazer uma an&aacute;lise completa da adaga, foi utilizado uma t&eacute;cnica n&atilde;o invasiva de raios X para confirmar a composi&ccedil;&atilde;o do ferro sem danific&aacute;-lo. O estudo publicado na revista Meteoritics and Planetary Science mostrou que o punho de ouro da adaga foi trabalhado usando um material adesivo conhecido como gesso de cal, usado apenas por artes&otilde;es de outras partes do mundo na mesma &eacute;poca, e no Egito somente muitos anos ap&oacute;s a morte do fara&oacute;.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/30/30131629733255.jpg" alt="(Fonte: DR/Guardian Magazine/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: DR/Guardian Magazine/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Estima-se que a adaga de Tutanc&acirc;mon foi feita usando de uma t&eacute;cnica de baixa temperatura, submetida a -950 &deg;C, o que segundo os pesquisadores indicaria sua origem estrangeira, vindo, provavelmente, de Mitanni, na Anat&oacute;lia. Isso condiz com os registros de que Amnehotep III, av&ocirc; de Tutanc&acirc;mon, foi presenteado pelo rei de Mitani com uma adaga de cabo de ouro. Portanto, a adaga n&atilde;o foi fabricada no Egito.
<h2>De outro mundo</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/30/30131823077257.jpg" alt="(Fonte: Tomoko Arai at.al/Chiba Institute of Technology)" />(Fonte: Tomoko Arai at.al/Chiba Institute of Technology)
&ldquo;O ferro meteor&iacute;tico &eacute; claramente indicado pela presen&ccedil;a de uma alta porcentagem de n&iacute;quel&rdquo;, disse Daniela Comelli, principal autora do estudo. Essa presen&ccedil;a de ferro, n&iacute;quel e cobalto sugere fortemente uma origem extraterrestre. Quando comparado a um dos meteoritos que ca&iacute;ram no raio de 2 mil quil&ocirc;metros ao redor da costa do Mar Vermelho do Egito, a 240 km a oeste de Alexandria, os mesmos produtos est&atilde;o presentes em sua composi&ccedil;&atilde;o.
Objetos vindos do c&eacute;u j&aacute; tinham grande import&acirc;ncia para os eg&iacute;pcios, que os usavam em artefatos cerimoniais porque j&aacute; sabiam de seu &iacute;ndice de raridade. O trabalho meticuloso e alta qualidade de fabrica&ccedil;&atilde;o da l&acirc;mina s&oacute; mostra como os povos daquela &eacute;poca tinham um dom&iacute;nio absoluto sobre o ferro.
Atualmente, a adaga de 3,3 mil anos de Tutanc&acirc;mon pode ser vista no Museu Eg&iacute;pcio, no Cairo.

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Adaga de Tutancâmon foi feita com componentes extraterrestres

Imagem de Varas de Deus: a arma mortal projetada para ser lançada do espaço no megacurioso

Os Estados Unidos não nomearam o dispositivo à toa, acredite

O nome forte com sentido b&iacute;blico, praticamente armaged&ocirc;nico, n&atilde;o foi escolhido &agrave; toa, inclusive foi o objetivo da For&ccedil;a A&eacute;rea dos Estados Unidos. A iniciativa surgiu de indaga&ccedil;&otilde;es bizarras, como quando se perguntaram o que aconteceria se atingissem a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120471-e-se-uma-bomba-nuclear-fosse-detonada-na-lua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Lua com uma bomba nuclear</a> &mdash; justamente o tipo de pergunta dantesca que quase sempre colocou a pot&ecirc;ncia &agrave; frente no campo de guerra.
E se fosse poss&iacute;vel, sempre que necess&aacute;rio, enviar um grande objeto para o espa&ccedil;o, faz&ecirc;-lo orbitar a Terra e jog&aacute;-lo de volta &agrave; superf&iacute;cie em uma velocidade que resultaria no impacto e poder de uma bomba nuclear, sem radia&ccedil;&atilde;o, transformando o inimigo em uma imensa cratera?
Em plena <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119421-aos-10-anos-samantha-smith-tentou-acabar-com-a-guerra-fria.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Guerra Fria</a>, em meados de 1950, em um dos per&iacute;odos de maior temor da pot&ecirc;ncia americana ap&oacute;s a cat&aacute;strofe provocada em&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119302-taramae-e-matsuo-duas-sobreviventes-de-hiroshima-e-nagasaki.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Hiroshima e Nagasaki</a>, essa ideia foi fomentada pelo especialista em armas espaciais Jerry Pournelle, enquanto trabalhava no ramo de opera&ccedil;&otilde;es da Boeing.
Seu sistema de armas apelidado "Thor", apesar de parecer meio insano, foi analisado com muita seriedade pela For&ccedil;a A&eacute;rea americana.
<h2>O "poder de Deus"</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/30/30215723432614.jpg" alt="(Fonte: DS/Tasmanian Times/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: DS/Tasmanian Times/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Com o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119953-como-foi-decidido-o-fim-da-corrida-espacial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fim da Corrida Espacial&nbsp;</a>e a ratifica&ccedil;&atilde;o do Tratado do Espa&ccedil;o Exterior, em 1967, o conceito do Projeto Thor come&ccedil;ou a ser desenvolvido durante a Guerra da Coreia e do Vietn&atilde;, quando os americanos fizeram uso em larga escala dos chamados "bombardeamentos cin&eacute;ticos" por meio da bomba&nbsp;Lazy Dog.
Os dispositivos eram proj&eacute;teis cin&eacute;ticos em forma de bomba convencional com cerca de 50 cent&iacute;metros de di&acirc;metro e 44 mil&iacute;metros de comprimento, equipados com aletas (superf&iacute;cies que se estendem de um objeto com a finalidade de aumentar sua troca t&eacute;rmica com o ambiente a partir de trocas de calor por convec&ccedil;&atilde;o). Podendo atingir uma velocidade de 800 km/h, os proj&eacute;teis penetravam at&eacute; 22 cent&iacute;metros de concreto ap&oacute;s serem lan&ccedil;ados a quase mil metros de um avi&atilde;o, causando o mesmo efeito que uma metralhadora disparada na vertical &mdash; um conceito similar ao dos proj&eacute;teis flechette usados desde a<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119035-pesadelo-a-vida-nas-trincheiras-durante-a-1-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;Primeira Guerra Mundial</a>.
A parte "boa" &eacute; que os bombardeamentos cin&eacute;ticos n&atilde;o carregavam explosivos. O proj&eacute;til apenas ganhava velocidade e energia, que seria gasta no impacto, ap&oacute;s lan&ccedil;ado. O conceito era o mesmo que atirar muni&ccedil;&otilde;es com as m&atilde;os em um alvo.
<h2>A arma mortal</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/30/30215809963615.jpg" alt="(Fonte: Kerbal Space Program Forum/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Kerbal Space Program Forum/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Contudo, em vez de pequenos proj&eacute;teis, o Projeto Thor desenvolveria um grande proj&eacute;til de 6 metros de comprimento, 30 cent&iacute;metros de di&acirc;metro, com feixe de hastes de tungst&ecirc;nio do tamanho de postes de telefone, que seria lan&ccedil;ado em &oacute;rbita para atingir uma velocidade at&eacute; 10 vezes maior que a velocidade do som.
Essas "Varas de Deus", como foram nomeadas, penetrariam centenas de metros na terra, destruindo qualquer bunker em locais secretos subterr&acirc;neos. Al&eacute;m disso, o impacto de uma vara provocaria uma explos&atilde;o equivalente &agrave; magnitude de uma arma nuclear, levando apenas 15 minutos para destruir seu alvo.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/30/30215854791616.jpg" alt="(Fonte: History/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: History/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Estima-se que o custo do empreendimento n&atilde;o sairia por menos que US$ 230 milh&otilde;es por haste lan&ccedil;ada ao espa&ccedil;o, o que era algo inimagin&aacute;vel para o per&iacute;odo da Guerra Fria. Tempos depois, o governo de George Bush considerou revisitar as Varas de Deus, principalmente ap&oacute;s os ataques de <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121350-3-situacoes-problematicas-criadas-apos-o-11-de-setembro-nos-eua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">11 de setembro</a>.
As Varas de Deus foram consideradas imprevis&iacute;veis demais para serem colocadas em pr&aacute;tica, al&eacute;m de caras. A arma era complicada em v&aacute;rios aspectos t&eacute;cnicos, como no aquecimento atmosf&eacute;rico quando reentrasse na &oacute;rbita da Terra, podendo derreter componentes n&atilde;o tungst&ecirc;nio do dispositivo.
Ainda assim, as armas hipers&ocirc;nicas n&atilde;o foram descartadas como o "futuro da guerra global", e n&atilde;o h&aacute; d&uacute;vidas que o Projeto Thor possa ser revisitado novamente, dessa vez de maneira mais decisiva.

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Varas de Deus: a arma mortal projetada para ser lançada do espaço

Imagem de Como soviéticos de 1960 viam os 100 anos da revolução em 2017 no megacurioso

Pensando em comemorar o centésimo aniversário da revolução, cápsulas do tempo foram enterradas em 1967 com cartas escritas por jovens que estariam vivos em 2017

<head></head><body>Em 8 de março de 1917 aconteceu a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/117620-revolucao-russa-fatos-mais-marcantes-do-periodo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Revolução Russa,</a> um período de conflitos que culminou na ascensão da União Soviética e derrocada sistêmica da monarquia russa e do Império Russo, levando ao poder o Partido Bolchevique de <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/109736-na-russia-foto-real-cria-fake-news-de-que-lenin-teria-ressuscitado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Vladimir Lenin</a>.Pensando em comemorar o centésimo aniversário da revolução, cápsulas do tempo foram enterradas em 1967 com cartas escritas por jovens que estariam vivos em 2017, celebrando as conquistas da dominação soviética e antevendo vários feitos fundamentais para a prosperidade da nação.O que eles não imaginavam é que o estado soviético não existiria mais 100 anos depois.<h2>Um futuro que não chegou &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp;&nbsp;</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/01/01085553526029.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodução)">(Fonte: Pinterest/Reprodução)Na cápsula do tempo enterrada na cidade siberiana de Novosibirsk, um jovem escreveu: “Queridos descendentes, vocês estão comemorando um dia extraordinário — o centenário do domínio soviético. Nós os parabenizamos pelo grande e glorioso jubileu. Sabemos que nosso tempo é interessante, mas o seu é ainda mais. Acreditamos que você equipou nosso planeta azul excepcionalmente bem, explorou a Lua e pousou em Marte. Você continuou a dominar o espaço e suas naves estão varrendo a galáxia”.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/01/01085641793031.jpg" alt="(Fonte: Creative Review/Reprodução)">(Fonte: Creative Review/Reprodução)Muito pouco disso, é claro, chegou a acontecer e não exatamente da maneira que o jovem colocou em sua carta. A União Soviética conquistou o espaço, principalmente tendo como objetivo chegar à Lua, e foi considerada a potência de maior proeminência de toda a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119953-como-foi-decidido-o-fim-da-corrida-espacial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Corrida Espacial</a>, ainda que não tenha cumprido seu plano de pousar em solo lunar. Os soviéticos ficaram conhecidos como aqueles que estavam a frente dos americanos e de seu próprio tempo na tecnologia espacial.Na região de Adiguésia, as pessoas esperavam que a juventude de 2017 continuasse sua luta contra o "imperialismo ocidental" e que a luta progressista obtivesse vitórias decisivas contra o "inimigo do povo". E os jovens do passado invejariam os do futuro por terem fortificado a União Soviética construída por seus antepassados.<h2>Um futuro de propaganda</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/01/01085813747034.jpg" alt="(Fonte: The Calvert Journal/Reprodução)">(Fonte: The Calvert Journal/Reprodução)Mas esses não foram os únicos registros de como os soviéticos imaginavam que os jovens e a nação estariam desfrutando do centenário da Revolução Russa em 2017. Uma tira de filme propagandista de 45 quadros do início de 1960, encontrada em uma coleção familiar de Sergei Pozdnyakov, morador de São Petersburgo, mostra um dia na vida de Igor, um menino que vive na Moscou de 2017.Intitulado No Ano de 2017, o filme foi criado por V. Strukova e V. Schevcheko, produzido pelo Diafilm Studio, e mostra uma conversa do jovem com sua mãe a bordo de um navio no Mar Negro por meio de um videofone, programado para fazer chamadas de vídeo, assim, prevendo o surgimento da conectividade móvel de hoje. A tecnologia também estaria avançada o suficiente para que a comida, por exemplo, fosse cozinhada automaticamente assim que um pedido em um restaurante fosse feito.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/01/01085933435037.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodução)">(Fonte: Pinterest/Reprodução)Esse tipo de engenhosidade instantânea foi lida como "o desespero soviético para projetar uma visão exagerada da ciência desenvolvida por eles". Com isso, o filme tentou prever, erroneamente, que viagens interestelares seriam comuns usando naves espaciais que se moviam na velocidade da luz; o núcleo da Terra seria explorado como fonte de energia eterna por máquinas resistentes ao calor alimentadas por uma energia recém-descoberta chamada méson; estações controlariam o clima do planeta depois que os últimos imperialistas sobreviventes causaram uma explosão com uma arma proibida de méson.A verdade é que não só nada disso aconteceu, como também o aniversário de 100 anos foi celebrado de maneira extremamente discreta em 2017, com pouca ou quase nenhuma cobertura da mídia.</body>

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Como soviéticos de 1960 viam os 100 anos da revolução em 2017

Imagem de Vera Gedroits: a princesa que revolucionou a medicina de guerra no megacurioso

Se os estudos da médica não tivessem sido perdidos ou ignorados por tanto tempo, a medicina poderia ter salvado milhares de pessoas durante as guerras do século XX

<head></head><body>Você provavelmente já ouviu falar na Guerra Russo-Japonesa e na <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/117620-revolucao-russa-fatos-mais-marcantes-do-periodo.htm#:~:text=O%20conflito%20armado%20entre%20o,combates%20ter%20cessado%20em%201921." rel="noopener noreferrer" target="_blank">Revolução Russa</a>, mas é improvável que tenha escutado sobre a princesa Vera Gedroits, uma descendente da realeza lituana. Seu nome se perdeu no oceano da História, bem como todo o seu esforço e talento que transformou para sempre a medicina da guerra.Isso aconteceu, em parte, pelos mistérios que envolvem sua vida, a começar pela data e local de seu nascimento. Em muitos artigos e matérias é apontado que a mulher nasceu em 1876, na Rússia, e em outros, que esse registro é falso e que ela teria nascido realmente 6 anos antes em Kiev, na atual Ucrânia. Um dado contradiz o outro e fica difícil saber qual deles está correto, sobretudo devido às conspirações de que o governo russo teria reivindicado sua nacionalidade para exaltá-la como uma mártir da nação.De família real abastada, filha de Daria Konstantinovna Mikhau e Ignatiy Ignatievich Gedroits, ela foi educada em casa durante sua infância, ingressando em uma escola apenas para fazer o equivalente ao Ensino Médio. Foi ainda na mais tenra idade, aos 16 anos, que Gedroits acabou presa pela primeira vez por participar de atividades revolucionárias de uma facção de esquerda. Após ser solta, ela fugiu de casa para Lausanne, na Suíça, onde deu início à sua carreira em medicina na Universidade de Lausanne.<h2>A trajetória de uma heroína</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/27/27232833413020.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodução)">(Fonte: Pinterest/Reprodução)Gedroits se destacou também por ter sido uma das poucas mulheres que estudaram medicina no país, entre o final de 1800 e início de 1900, visto que não era comum alunas ingressarem no curso superior naquela época. Com notas quase perfeitas, ela tirou o diploma de doutora em Medicina e Cirurgia.Em 1901, após trabalhar como estagiária, ela voltou para a Rússia, oficialmente dando início à sua carreira na Fábrica de Cimento Maltsov, no distrito de Zhizdrinsky. Atendendo em sua maioria trabalhadores industriais que sofriam com as insalubres condições de trabalho, Gedroits realizou 248 operações, incluindo amputações e fixação de ossos quebrados, com índice de fatalidade mínimo.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/27/27232943194021.jpg" alt="(Fonte: News18/Reprodução)">(Fonte: News18/Reprodução)Ela também causou uma revolução no local por instalar equipamentos muito tecnológicos de fisioterapia e máquinas de raio-X, visando montar uma fábrica hospitalar para atender aquelas pessoas em situação de penúria.Em 1904, com o estopim da Guerra Russo-Japonesa, um presságio do quão mortal poderia ser um conflito antes que chegasse a miserável <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119905-como-teria-sido-o-mundo-sem-a-primeira-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Primeira Guerra Mundial</a>, a princesa médica se ofereceu à Cruz Vermelha para o trabalho.<h2>Mudando a História</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/27/27233017663022.jpg" alt="(Fonte: Terra/Reprodução)">(Fonte: Terra/Reprodução)Em setembro do mesmo ano, Gedroits montou um hospital de campanha em uma pequena vila perto de Mukden, atual Shenyang, na China, onde sua equipe tratou de uma imensa variedade de ferimentos causados pela guerra, muitos envolvendo projéteis de bala e fragmentos.Os diários resgatados dela com todas as informações que armazenou de suas conclusões médicas foram imprescindíveis principalmente durante a Primeira Guerra Mundial, um dos momentos científicos de maior agrura, principalmente por detalhar o percurso de destruição de muitas armas ao penetrar no corpo humano. Gedroits documentou 700 casos de lesões em membros, dos quais 143 foram no tórax e 61 no abdômen.Ela deu ênfase nos casos de operações abdominais, muito necessárias durante a Primeira Guerra, e na maneira como os médicos poderiam fazer isso a tempo de socorrer a vítima. Gedroits fez um guia detalhado sobre as laparotomias e suas vantagens, como os anestésicos deveriam ser usados e o tempo de análise de uma ferida abdominal — que deveria ser no máximo de 3 horas.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/27/27233111445023.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodução)">(Fonte: Pinterest/Reprodução)No entanto, de acordo com Steven Heys, diretor da escola de medicina da Universidade de Aberdeen, pelo fato de muita coisa não ter sido documentada ou considerada, a medicina perdeu uma grande oportunidade de salvar milhares de vidas entre 1914 e 1919.Com o fim da guerra, Gedroits até tentou trabalhar na família real russa como cirurgiã do hospital do palácio Tsarskoye Selo, mas não se deu muito bem naquele cenário. Ela enfrentou outra guerra, foi ferida, se tornou poetisa e trabalhou até sua morte, em março de 1932.Um artigo publicado em 2007 na revista Clinical and Investigative Medicine&nbsp;lamentou o fato de que o mundo parece ter se esquecido de Vera Gedroits, considerando ela "um exemplo clássico de como o conhecimento benéfico pode se perder no tempo".</body>

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Vera Gedroits: a princesa que revolucionou a medicina de guerra

Imagem de O que aconteceria se a indústria da carne acabasse? no megacurioso

Os efeitos são mistos, podendo ir de avassaladores a extremamente positivos

<head></head><body>De acordo com dados fornecidos pelo Portal do Comércio Exterior (Comex), órgão do Ministério da Economia, a indústria da carne movimenta cerca de US$ 14 milhões por mês no Brasil — cerca de R$ 67 milhões —, dos quase US$ 1 bilhão mensal — ou em torno de R$ 5 bilhões — que o país exporta de proteínas animais.Em escala global, os números impressionam ainda mais. Atualmente, o setor de carnes está estimado em US$ 838,3 bilhões — quase R$ 4 trilhões —, como as estatísticas de 2020 mostraram, com previsão de aumentar para US$ 1,157 trilhão — aproximadamente R$ 5,5 trilhões — até 2025.Ou seja, os números falam por si só sobre o valor inestimado da pecuária para a economia, principalmente no ramo da importação de cada país, por gerar não apenas divisas valiosas, como também economias através da substituição de importações. A indústria da carne oferece a oportunidade de converter recursos não exportáveis em um importante componente da economia de cada país.<h2>E se isso tudo acabasse?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/27/27231148538014.jpg" alt="(Fonte: The Atlantic/Reprodução)">(Fonte: The Atlantic/Reprodução)Apesar de sermos considerados naturalmente onívoros, os seres humanos consomem 346,14 milhões de toneladas de carne por ano, sendo que há projeções para um aumento de 44% nos números até 2030, alcançando 453 milhões por ano.Segundo a pesquisa do Statista Global Consumer Survey, em média 86% das pessoas entrevistadas em 39 países disseram que mantêm uma dieta com a presença de carne, apesar de fazer substituição por outros tipos de fontes de proteínas.Nessa quantidade toda de números, os países mais carnívoros do mundo são os Estados Unidos, em primeiro lugar, com 120 kg de carne em consumo per capita por ano, seguidos pela Austrália, Uruguai, Argentina e Hong Kong.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;The New York Times&nbsp;" data-fonte-url="https://static01.nyt.com/images/2020/05/22/opinion/21foer-sub/merlin_172507344_fe3c9da7-3451-4038-af53-b3575e1d652e-mediumSquareAt3X.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/27/27231235210015.jpg" alt="(Fonte: The New York Times/Reprodução)">(Fonte: The New York Times/Reprodução)Para começar, se a carne fosse eliminada da dieta dos seres humanos, em termos ambientais, um quarto a um terço de todas as emissões antropogênicas de gases de efeito estufa seria reduzido — um fator muito importante e bastante negligenciado.“A maioria das pessoas não pensa como os alimentos impactam nas mudanças climáticas”, disse Tim Benton, especialista em segurança alimentar da Universidade de Leeds, em entrevista à&nbsp;BBC Future. “Mas apenas comer um pouco menos de carne agora pode tornar as coisas muito melhores para nossos filhos e netos”.O estudo de Marco Springmann, pesquisador do programa Future of Food, da Oxford Martin School, fez uma projeção do que aconteceria se todos aderissem ao vegetarianismo até 2050, e os resultados indicaram que as emissões de gases relacionados à indústria pecuária cairiam cerca de 70%. Apesar desse cenário não ser muito realista, ele reforça a importância que as emissões teriam no futuro.<h2>O que aconteceria com os animais?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/27/27232118710018.jpg" alt="(Fonte: The Vegetarian Chance/Reprodução)">(Fonte: The Vegetarian Chance/Reprodução)Sessenta e oito por cento dos 5 bilhões de hectares de terras agrícolas do mundo são destinados à pecuária. Se a carne fosse eliminada da mesa dos seres humanos, pelo menos 80% dessas terras seriam dedicadas à restauração de pastagens e florestas, responsáveis por capturarem o carbono e aliviar ainda mais o cenário climático.A conversão das pastagens em habitats nativos alavancaria a biodiversidade, gerando muito resultado inclusive para grandes herbívoros, como os búfalos, expulsos para dar lugar ao gado. Entre 10% a 20% das pastagens poderiam ser cultivadas mais culturas para preencher as lacunas na oferta de alimentos, compensando a perda da carne, visto que um terço da terra, atualmente, é destinada às plantações e à produção de alimentos para o gado, em vez de para humanos.Tudo isso levaria tempo e investimento, visto que o processo de restauração ambiental não acontece da noite para o dia. “Você não pode simplesmente tirar as vacas da terra e esperar que ela se torne uma floresta primária novamente por conta própria”, disse Andrew Jarvis, do Centro Internacional de Agricultura Tropical da Colômbia, na matéria da BBC.<h2>O que aconteceria com os humanos?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/27/27232303429019.jpg" alt="(Fonte: Greatlist/Reprodução)">(Fonte: Greatlist/Reprodução)A começar pelas questões econômicas e pessoais, haveria uma grande onda de desemprego de trabalhadores da pecuária, e seriam necessários instrumentos de assistência em larga escala para ajudar essas pessoas na transição de carreira de modo que não fossem abandonadas ou negligenciadas no meio do caminho.Se o sistema deixar ou se negar a fornecer alternativas claras de carreira e meios de subsídios para ex-funcionários relacionados à pecuária, o mundo enfrentará desemprego e grande convulsão social em comunidades rurais cuja vida é norteada pela indústria da carne.Com relação à saúde, o efeito do vegetarianismo é misto, visto que o hábito alimentar levaria a uma redução global da mortalidade em até 10% em 2050 devido à diminuição de doenças cardíacas, diabetes, derrames e alguns tipos de câncer — visto que a carne vermelha é responsável por metade desses problemas de saúde.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Plastic Pollution Coalition&nbsp;" data-fonte-url="https://images.squarespace-cdn.com/content/v1/55b29de4e4b088f33db802c6/1550702435944-P26MKB7VI3MSKQIDANFM/rawpixel-577480-unsplash.jpg?format=1500w"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/28/28110916721136.jpg" alt="(Fonte: Plastic Pollution Coalition/Reprodução)">(Fonte: Plastic Pollution Coalition/Reprodução)Em ampla escala, cerca de 7 milhões de mortes por ano seriam evitadas, e menos pessoas sofreriam de doenças crônicas relacionadas à alimentação, reduzindo significantemente o gasto em contas médicas e sobrecarga dos sistemas de saúde pública, gerando uma economia de 2% a 3% do PIB global.No entanto, seria necessário, mais uma vez, um sistema aprimorado de acompanhamento nutricional para que as pessoas pudessem recorrer a um substituto que fornecesse a mesma quantidade de nutrientes que a carne. Se isso não fosse feito da maneira adequada, poderia gerar uma crise de saúde global.&nbsp;Além disso, toda essa mudança poderia ser ainda mais perigosa para os países subdesenvolvidos, podendo fazer explodir os níveis de fome e pobreza extrema, visto que esse plano de futuro ideal seria mais facilmente implementado em países avançados e ricos.No fim das contas, "o problema é a transição", como disse o escritor e bioquímico Isaac Asimov.</body>

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O que aconteceria se a indústria da carne acabasse?

Imagem de Anna Maria Radclyffe costurou uma carta com cabelo humano no megacurioso

Eram palavras de saudade, amor, ódio, melancolia e insurreição

<head></head><body>Em meados do século XIX, em 1876, J. Willis Westlake, professor de Literatura Inglesa na State Normal School, em Milersville (Pensilvânia, EUA), redigiu o livro Como Escrever Cartas, um manual de correspondência mostrando a estrutura correta, composição, pontuação, formalidades e uso da escrita para cartas, bilhetes e cartões.O livro ensinava tudo, desde a escrita até como dobrar uma carta e o que acompanhá-la. Isso foi muito útil principalmente aos amantes, visto que o hábito de trocar cartas se tornou uma das mais famosas convenções sociais de todos os tempos até que fosse extinta pela era tecnológica.A dificuldade em externar os sentimentos de amor possibilitou a adição de outros elementos, como flores, chocolates e outros tipos de presentes que ainda são usados. Enquanto algumas cartas carregaram marcas de batons e perfumes, outras foram alvos de respingos de sangue e borrões de lágrimas.Em 1700, em meio à fúria e dor, Anna Maria Radclyffe não escreveu o que estava sentindo no pedaço de papel, mas sim costurou com cabelo humano em um lençol.<h2>A carta</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/27/27230603256009.jpg" alt="(Fonte: Slindon/Reprodução)">(Fonte: Slindon/Reprodução)Anna Maria era a esposa de James Radclyffe, o terceiro conde de Derwentwater, do noroeste da Inglaterra, preso na Torre de Londres para aguardar sua decapitação por seu envolvimento durante a rebelião jacobita na Batalha de Preston. Ele e outros rebeldes tentaram colocar o filho de um católico deposto pelo rei de volta ao trono, mas falharam miseravelmente.Houve esforços para tentar garantir o perdão a Radclyffe, porém sem sucesso. O destino do jovem de 26 anos já estava selado e durante todo o tempo em que ficou confinado, ele recebeu visitas de Anna Maria e também enviou várias cartas de amor carregadas de melancolia.Em 24 de fevereiro de 1716, Radclyffe foi decapitado por traição e como um macabro gesto de lembrança, sua amante bordou no lençol que resgatou da torre as palavras: “The sheet off my dear, dear Lord’s Bed in the wretched Tower of London", algo como "O lençol da cama do meu querido lorde na miserável Torre de Londres".<h2>A marca centenária</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/27/27230728491010.jpg" alt="(Fonte: BBC/Reprodução)">(Fonte: BBC/Reprodução)Exibida no Museu de Londres, a carta bordada de 300 anos, feita por Anna Maria e marcada por uma história de romance, tragédia e insurreição, se tornou um artefato histórico.“O interessante é que não parece que o lençol foi usado por muito tempo, portanto é provável que tenha sido utilizado apenas nos quatro meses em que Radclyffe esteve na torre, aguardando execução”, disse Beverly Cook, curadora de história social do Museu de Londres, em matéria ao&nbsp;The Guardian.É provável que tenha sido sob o mesmo lençol que o casal de amantes concebeu a primeira filha, por isso se tornou um objeto tão precioso para a viúva. A mensagem teria sido bordada por Anna Maria depois que ela fugiu para Bruxelas para criar seus filhos como católicos. Acredita-se que ela tenha morrido de varíola em meados de 1723.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/27/27230837600012.jpg" alt="(Fonte: National Portrait Gallery/Reprodução)">(Fonte: National Portrait Gallery/Reprodução)O lençol passou como uma herança, principalmente por ter sido escrito com cabelo humano, em vez de fio de linho, ainda que a fonte permaneça um mistério. Existe uma possibilidade de ter sido o cabelo resgatado da cabeça de Radclyffe para a confecção da carta, isso porque, como Cook observou, o coração dele foi dado a um convento agostiniano em Paris, mas seu corpo, com a cabeça costurada, foi devolvido à sua esposa.&nbsp;“Então isso teria dado a ela a oportunidade de remover um pouco do cabelo dele”, disse Cook.O que também endossa a possibilidade é que a mulher ficou conhecida por carregar até à morte um medalhão contendo fios de cabelo de seu amado. Mas Cook não dispensa que o lençol possa ter sido costurado com o cabelo de ambos.Tudo foi entregue ao museu em 1934.</body>

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Anna Maria Radclyffe costurou uma carta com cabelo humano

Imagem de Aceredo: a vila espanhola inundada há 30 anos por um reservatório no megacurioso

O local emergiu devido à seca mais forte de todos os tempos, tornando-se um ponto turístico

Foi de repente que Aceredo, uma pequena vila na fronteira entre Espanha e Portugal, surgiu ap&oacute;s ter desaparecido h&aacute; 30 anos em meio a milhares de litros de &aacute;gua devido a um sacrif&iacute;cio estrutural. Por muito tempo, apenas o topo de casas e outros edif&iacute;cios ficou aparente durante os per&iacute;odos de seca que atingiram a regi&atilde;o, por&eacute;m neste ano a vila inteira apareceu como consequ&ecirc;ncia de uma das piores secas j&aacute; vivenciadas.
Foi no in&iacute;cio de 1990 que a prefeitura do munic&iacute;pio de Lobios (Espanha) chegou &agrave; conclus&atilde;o de que a &aacute;rea precisava de um novo reservat&oacute;rio; como Aceredo s&oacute; tinha 70 casas e 120 cidad&atilde;os, foi escolhida para ser "sacrificada". Mas nada foi pac&iacute;fico.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/27/27225518253005.jpg" alt="(Fonte: Berati/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Berati/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Durante as desocupa&ccedil;&otilde;es que antecederam as obras do empreendimento, houve muitas reclama&ccedil;&otilde;es, protestos e at&eacute; uma greve de fome de 10 dias liderada pelos habitantes indignados que n&atilde;o queriam ser realocados. Como bem salientou Margarita de Brito, moradora de Buscalque, outra vila inundada para a constru&ccedil;&atilde;o do reservat&oacute;rio, "tudo foi em v&atilde;o".
"No fim, a &aacute;gua veio. No primeiro dia um pouco, no segundo um pouco mais e no terceiro dia subiu e nunca mais desceu", relatou ela. Nesse processo iminente de desocupa&ccedil;&atilde;o, os moradores realocaram os corpos de seus entes queridos enterrados na vila e at&eacute; transferiram uma igreja hist&oacute;rica para uma cidade diferente.
Em 1992, as pessoas acompanharam a subida do Rio Lima at&eacute; que suas margens transbordassem e cobrissem Aceredo pelo que parecia ser para sempre.
<h2>A cidade fantasma</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Reuters&nbsp;" data-fonte-url="https://www.reuters.com/resizer/btJZXAAI13YK3FDbAYLj082RmT0=/1080x0/filters:quality(80)/cloudfront-us-east-2.images.arcpublishing.com/reuters/ZPMXPXWG3JLLJG6GIBBPIT4GTM.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/27/27225409705004.jpg" alt="(Fonte: Reuters/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Reuters/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Por 3 d&eacute;cadas, os turistas que visitaram a regi&atilde;o no tempo de seca viram apenas com o topo das constru&ccedil;&otilde;es submersas, mas devido &agrave;s mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas e &agrave;s explora&ccedil;&otilde;es agressivas de uma empresa de energia de Portugal que administra o reservat&oacute;rio, os n&iacute;veis de &aacute;gua chegaram a alcan&ccedil;ar 15%, expondo os restos de Aceredo no fundo do rio.
Em uma mat&eacute;ria da Architectural Digest, Mar&iacute;a del Carmen Ya&ntilde;ez, prefeita do munic&iacute;pio de Lobios, que inclui Aceredo, afirma que isso serviu apenas para impulsionar o turismo na regi&atilde;o. As pessoas foram at&eacute; l&aacute; massivamente para explorar a vila, percorrendo as antigas estradas, as &aacute;reas de terras agr&iacute;colas e as casas naufragadas.
O que impediu que as &aacute;guas engolissem a hist&oacute;ria de Aceredo foram as imagens captadas durante todo o processo. Em 2015, dois cineastas usaram o material gravado para compor o document&aacute;rio Os Dias Afogados, relatando a trajet&oacute;ria tr&aacute;gica da pequena vila.

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Aceredo: a vila espanhola inundada há 30 anos por um reservatório

Imagem de Como a Ucrânia pode ganhar a guerra contra a Rússia? no megacurioso

Existe realmente alguma chance de a Ucrânia encarar o poderio bélico russo e sair vitoriosa desse embate?

Assim que <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121525-grupo-wagner-os-mercenarios-que-podem-mudar-o-curso-da-guerra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Vladimir Putin</a> marchou com seu ex&eacute;rcito para dentro do territ&oacute;rio da Ucr&acirc;nia, dando in&iacute;cio &agrave; <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120964-russia-e-ucrania-entenda-o-conflito.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">guerra tanto temida</a>, muito foi falado sobre o poder b&eacute;lico russo ser infinitamente maior e mais forte do que o ucraniano.
Muitos imaginavam que o conflito acabaria rapidamente com uma tomada s&uacute;bita e dram&aacute;tica russa, por&eacute;m n&atilde;o &eacute; o que tem acontecido. Segundo o The New York Times, a R&uacute;ssia j&aacute; sofreu baixas significativas at&eacute; agora, entre 10 mil e 15 mil mortes de soldados, em contraste com os 1.232 soldados ucranianos, segundo levantamento recente do Statista.
Essa reviravolta toda fez surgir a imprevis&iacute;vel quest&atilde;o: ser&aacute; que a Ucr&acirc;nia tem chance de ganhar essa guerra?
<h2>O que acontece</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;BBC&nbsp;" data-fonte-url="https://ichef.bbci.co.uk/news/640/cpsprodpb/109DF/production/_123436086_russiaandukrainewar2022latestupdatesandfotosfromukraine-russiawar.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/01/01084753969022.jpg" alt="(Fonte: BBC/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: BBC/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Steven Horrell, membro s&ecirc;nior do Centro de An&aacute;lise de Pol&iacute;ticas Europeias (CEPA), em entrevista &agrave; NPR, disse que a falta de sucesso da R&uacute;ssia at&eacute; ent&atilde;o se deu antes do in&iacute;cio da invas&atilde;o, e pode ser atribu&iacute;da a problemas sist&ecirc;micos, como corrup&ccedil;&atilde;o e falta de treinamento adequados.
&ldquo;Acho que Putin realmente acreditou nas coisas que disse sobre o povo ucraniano receb&ecirc;-los bem&rdquo;, disse ele &agrave; NPR. &ldquo;Ele simplesmente n&atilde;o conseguiu entender que as for&ccedil;as armadas ucranianas de 2022 s&atilde;o muito diferentes das for&ccedil;as armadas de 2014, quando anexaram a Crimeia e come&ccedil;aram suas aventuras no leste da Ucr&acirc;nia&rdquo;.
Mas durante esse tempo, os soldados ucranianos tiveram treinamento de fogo pesado e reviram e ajustaram suas defici&ecirc;ncias, como uma forma de compensar o fato de que s&atilde;o em menor n&uacute;mero, muito diferente do que aconteceu com a R&uacute;ssia, que enfrenta graves problemas de log&iacute;stica.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/01/01084956144025.jpg" alt="(Fonte: Al Jazeera/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Al Jazeera/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Isso p&ocirc;de ser visto em 11 de mar&ccedil;o, quando o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky disse que as for&ccedil;as militares da Ucr&acirc;nia atingiram um ponto de virada estrat&eacute;gico, ainda que as for&ccedil;as de Moscou continuassem seus esfor&ccedil;os para cercar Kiev e outras cidades importantes. Ele foi convicto em dizer que &eacute; poss&iacute;vel que consiga libertar sua terra, ainda que n&atilde;o saiba quando.&nbsp;
E ele tem raz&atilde;o. &Eacute; por isso que Horrell acredita que os russos certamente v&atilde;o fracassar, tanto estrategicamente quanto no campo de batalha, ou em ambos, com sorte.
<h2>Como termina</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Jornal Op&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://www.jornalopcao.com.br/ultimas-noticias/diante-de-polemicas-volodymyr-zelensky-dispensa-ajuda-de-brasileiros-na-ucrania-388518/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/01/01085153289026.jpg" alt="(Fonte: Jornal Op&ccedil;&atilde;o/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Jornal Op&ccedil;&atilde;o/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Muito embora Putin siga comprometido em fazer uma campanha de "terra arrasada" na Ucr&acirc;nia, s&atilde;o os russos que n&atilde;o est&atilde;o se saindo muito bem, visto que as for&ccedil;as ucranianas os atacaram com sistemas antia&eacute;reos Stinger, tanques, drones Bayraktar TB2 e outras armas e sistemas letais &mdash; em sua maioria enviados pelo ocidente.
Devastando cidades com m&iacute;sseis guiados e hipers&ocirc;nicos, o presidente russo est&aacute; tentando virar a guerra a seu favor, como fez na Chech&ecirc;nia em 1999, mas n&atilde;o est&aacute; sendo o suficiente, j&aacute; que n&atilde;o tem muita vantagem.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/01/01085259430028.jpg" alt="(Fonte: Al Jazeera/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Al Jazeera/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
&Eacute; por isso que os russos t&ecirc;m lutado para impedir o fluxo constante de armas e materiais que chegam na Ucr&acirc;nia, que s&oacute; tem chance de ganhar essa guerra se os Estados Unidos e outros parceiros ocidentais aumentarem o n&uacute;mero e o tipo de artilharia por um per&iacute;odo maior. Essa &eacute; a &uacute;nica maneira de conter os militares russos no campo de batalha mediante medidas econ&ocirc;micas e diplom&aacute;ticas.
&Eacute; essencial tamb&eacute;m que os Estados Unidos aumentem as san&ccedil;&otilde;es econ&ocirc;micas contra a R&uacute;ssia e continue a isolar politicamente Moscou, porque o pior da guerra ainda pode estar por vir. Os ucranianos precisam estar preparados para ataques contra linhas de suprimentos no oeste do pa&iacute;s, maior segmenta&ccedil;&atilde;o da popula&ccedil;&atilde;o civil, uso de armas qu&iacute;micas e outros tipos de dispositivos de destrui&ccedil;&atilde;o em massa.
O cen&aacute;rio, seja como for, &eacute; imprevis&iacute;vel.

Julio Cezar de Araujo