Imagem de A estranha trajetória do anel de Rudolph Valentino no megacurioso

N&atilde;o se sabe se Rudolph Valentino, nascido em 6 de maio de 1895, em Castellaneta (It&aacute;lia), acreditava ou n&atilde;o em maldi&ccedil;&otilde;es, apenas &eacute; sabido que ele pode ter sido v&iacute;tima de uma. Antes de sua carreira ser ofuscada pelo contexto de sua morte, ele foi um dos primeiros &iacute;cones da cultura pop e tamb&eacute;m um s&iacute;mbolo sexual da d&eacute;cada de 1920, conhecido em Hollywood como "amante latino".
Valentino estrelou v&aacute;rios filmes mudos de sucesso, como O Filho do Sheik, A &Aacute;guia, Sangue e Areia e Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse. A brevidade de sua jornada pela ind&uacute;stria do cinema foi o suficiente para arrebanhar multid&otilde;es de f&atilde;s apaixonadas por seu jeito sensual e sexy.
Ent&atilde;o, de repente, em 15 de agosto de 1926, Valentino sofreu um colapso enquanto estava hospedado no Hotel Ambassador, em Nova York. Ele foi submetido a uma cirurgia de &uacute;lcera perfurada, mas n&atilde;o foi o suficiente para o ator conseguir se recuperar. Valentino faleceu em 23 de agosto, aos 31 anos, vitimado por uma peritonite que come&ccedil;ou inflamando o tecido do est&ocirc;mago e se espalhou por todo o corpo dele.
<h2 class="uk-text-justify">A maldi&ccedil;&atilde;o</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Mondo Moda&nbsp;" data-fonte-url="https://mondomoda.files.wordpress.com/2016/06/rodolfo-valentino-foi-um-dos-maiores-astros-do-cinema-mudo-de-hollywood-reproduc3a7c3a3o.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/16/16133331519372.jpg" alt="Rudolph Valentino. (Fonte: Mondo Moda/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Rudolph Valentino. (Fonte: Mondo Moda/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A morte do ator provocou uma histeria entre seus f&atilde;s, levando mais de 100 mil pessoas &agrave;s ruas de Nova York para lamentar a morte dele, alavancando ainda mais o seu status de astro pop. O frenesi foi at&eacute; alvo de aproveitadores, como a atriz Pola Negri, namorada do ator, que desmoronou sobre o caix&atilde;o de Valentino para encenar um ato de publicidade.
Al&eacute;m das lembran&ccedil;as, Negri s&oacute; ficou com um objeto de seu amor: um anel de prata simples com uma pedra semipreciosa chamado Anel do Destino. Este&nbsp; Valentino teria comprado em S&atilde;o Francisco, e o dono da loja, supostamente, teria dito que o objeto estava amaldi&ccedil;oado, portanto n&atilde;o tinha interesse em vend&ecirc;-lo, mas o ator o comprou mesmo assim.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/16/16133458551374.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Valentino teria usado o acess&oacute;rio durante as filmagens de O Jovem Rajah, a &uacute;nica produ&ccedil;&atilde;o que acabou sendo um fracasso em sua carreira e que, ironicamente, foi a &uacute;ltima da qual participou antes de passar pela cirurgia e falecer.
Em posse do anel, Negri adoeceu imediatamente, mas n&atilde;o chegou ao fim da vida, apenas sua carreira em Hollywood enquanto ela se recuperava. A atriz decidiu passar o anel para o jovem cantor Russ Colombo, que acabou morrendo em um acidente repentino.
<h2 class="uk-text-justify">Rastro de destrui&ccedil;&atilde;o</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/16/16133639629375.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O anel de Valentino foi parar com um amigo de Colombo, Joe Casino. Ele o colocou sob uma redoma de vidro, mas acabou se deixando seduzir pela beleza do acess&oacute;rio e o usou por um dia. Isso foi o suficiente para se tornar "a pr&oacute;xima v&iacute;tima".&nbsp;Casino se envolveu em um atropelamento fatal de caminh&atilde;o 1 semana depois.
A essa altura, a reputa&ccedil;&atilde;o do anel j&aacute; havia crescido, e ningu&eacute;m mais acreditava em uma simples coincid&ecirc;ncia as pessoas morrerem quando ficavam em posse dele.
O irm&atilde;o de Casino, Del, o herdou e fez quest&atilde;o de tranc&aacute;-lo em um cofre em sua casa. Poucas semanas depois, o homem teve sua casa invadida por James Willis, que acabou acionando o alarme e foi surpreendido pela pol&iacute;cia, que o matou ainda no local. Em seu bolso, eles resgataram o infame anel de Valentino, que foi devolvido ao cofre.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/16/16133809629376.jpg" alt="Pola Negri. (Fonte: Fruugo Lu/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Pola Negri. (Fonte: Fruugo Lu/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O diretor Edward Small recuperou o anel quando se interessou em fazer um filme sobre a vida de Valentino, contratando um ator novato chamado Jack Dunn para interpretar o astro. Ap&oacute;s usar o anel durante as filmagens, 2 semanas depois, Dunn morreu de uma doen&ccedil;a no sangue.
Atualmente, o status do anel &eacute; desconhecido, ap&oacute;s passar anos em um banco em Los Angeles.

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A estranha trajetória do anel de Rudolph Valentino

Imagem de Como desertores americanos viraram "estrelas" na Coreia do Norte no megacurioso

Eles não queriam ser mandados para a Guerra do Vietnã, então fizeram uma escolha sem volta

Era uma noite gelada de 4 de janeiro de 1965 quando o sargento do Ex&eacute;rcito dos Estados Unidos, Charles Jenkins, aos 24 anos, bebeu 10 cervejas no posto avan&ccedil;ado de seu pa&iacute;s, em Camp Clinch, ao longo da Zona Desmilitarizada (DMZ) da fronteira com a Coreia do Sul e do Norte.
Pelo visto, seus comandantes n&atilde;o perceberam seu cheiro de &aacute;lcool e olhos marejados quando o concedeu permiss&atilde;o para liderar uma patrulha ao longo da fronteira. Naquela altura, seu plano j&aacute; estava decidido. Corriam boatos pelo campo de que sua unidade, a 1&ordf; Divis&atilde;o de Cavalaria, seria mobilizada para se juntar &agrave; escalada da Guerra do Vietn&atilde;, mas ele sabia que n&atilde;o voltaria daquele conflito na selva, como 58 mil americanos n&atilde;o voltaram.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;National Post&nbsp;" data-fonte-url="https://smartcdn.prod.postmedia.digital/nationalpost/wp-content/uploads/2017/12/200px-charles_robert_jenkins.jpg?quality=90&amp;strip=all&amp;w=400"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/16/16101235752098.jpg" alt="Charles Jenkins. (Fonte: National Post/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Charles Jenkins. (Fonte: National Post/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
No que chama de &ldquo;seu crime desprez&iacute;vel&rdquo;, em sua biografia Comunista Relutante&nbsp;(2009), Jenkins acreditava que entraria na Coreia do Norte, renderia-se aos primeiros soldados que visse e pediria para ser levado &agrave; embaixada sovi&eacute;tica. Ent&atilde;o, seria uma simples quest&atilde;o de conseguir ser extraditado, cumprir pena de pris&atilde;o e depois voltar para sua vida pacata na Carolina do Norte.
&ldquo;Eu era t&atilde;o ignorante. N&atilde;o entendia que o pa&iacute;s em que buscava ref&uacute;gio tempor&aacute;rio era literalmente uma pris&atilde;o gigante e demente. Uma vez que algu&eacute;m vai l&aacute;, quase nunca sai&rdquo;, escreveu ele em seu livro.
Jenkins n&atilde;o s&oacute; foi mantido no pa&iacute;s por 40 anos, como tamb&eacute;m se tornou um s&iacute;mbolo ao lado dos demais desertores.
<h2 class="uk-text-justify">Vida de desespero</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/16/16101442627102.jpg" alt="(Fonte: Foreign Policy/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Foreign Policy/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Ele se juntou aos soldados James Joseph Dresnok, Larry Allen Abshier e Jerry Wayne Parrish no rol de desertores daquele ano ao cruzar a DMZ. Eles foram colocados no mesmo quarto e monitorados por guardas 24 horas.
Foi quando eles perceberam que aquela era a nova pris&atilde;o deles, com 120 mil quil&ocirc;metros quadrados, que os atos desesperados para fugir come&ccedil;aram. Os companheiros de Jenkins chegaram a roubar propriedades do governo norte-coreano e at&eacute; cruzaram limites no pa&iacute;s que desafiavam a morte, visando serem mortos de vez j&aacute; que n&atilde;o se sentiam mais vivos, mas o governo tinha outro prop&oacute;sito para eles.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/16/16101636877104.png" alt="Joseph Dresnok. (Fonte: NK News/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Joseph Dresnok. (Fonte: NK News/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Os soldados foram obrigados a ensinar ingl&ecirc;s, fizeram trabalhos de tradu&ccedil;&atilde;o e passaram at&eacute; 11 horas por dia estudando a doutrina do ent&atilde;o l&iacute;der Kim Il-sung, como acontece at&eacute; hoje nas escolas norte-coreanas, mas isso n&atilde;o foi tudo. Como se a press&atilde;o de estar em um local do qual sabiam que n&atilde;o sairiam mais, eles sofreram todos os tipos de abuso f&iacute;sico e psicol&oacute;gico do ex&eacute;rcito, sendo for&ccedil;ados a aparentar estar saud&aacute;veis e felizes nos materiais de propaganda enviados para a DMZ.
Os desertores foram explorados de todas as maneiras pelo governo, a come&ccedil;ar em propagandas para seduzir mais soldados americanos para o lado de l&aacute; da fronteira, para viverem em uma realidade puramente ut&oacute;pica e falsa, em um per&iacute;odo em que a press&atilde;o e o medo entre os militares eram imensos.
<h2 class="uk-text-justify">Estrelas ingratas</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/16/16101758065107.jpg" alt="(Fonte: Public Forum/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Public Forum/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A voz de Dresnok, que cruzou a fronteira para a Coreia do Norte quando tinha apenas 21 anos, deprimido com sua vida familiar e sofrendo de outros problemas pessoais, foi usada no sistema de som p&uacute;blico em toda a DMZ como uma forma de estabelecer uma conex&atilde;o com seus antigos companheiros e empurr&aacute;-los atrav&eacute;s da fronteira. Sua voz falou sobre como eles conheceriam mulheres atraentes, desfrutariam de ra&ccedil;&otilde;es melhores e viveriam o melhor da vida, sem o medo de ir parar em outra guerra sangrenta.
Ele, assim como os demais, tamb&eacute;m foi usado na ind&uacute;stria cinematogr&aacute;fica do pa&iacute;s para interpretar vil&otilde;es americanos nas propagandas. Por seus pap&eacute;is, eles atingiram o estrelato, ganhando milhares de f&atilde;s.
Entre os companheiros, Dresnok foi o &uacute;nico que nunca deixou o pa&iacute;s que fez uma verdadeira lavagem cerebral nele. Ele acabou casando com uma romena sequestrada pelo governo e teve 2 filhos. At&eacute; sua morte, em 2016, Dresnok ainda se casou uma 3&ordf; vez e sempre fez quest&atilde;o de refor&ccedil;ar que o pa&iacute;s havia salvado a vida dele.
J&aacute; Jenkins foi embora para o Jap&atilde;o no in&iacute;cio de 2000 com uma japonesa sequestrada pelos norte-coreanos para ensinar o idioma a seus espi&otilde;es, assim que o governo fez um acordo para devolver muitas v&iacute;timas do s&eacute;culo passado.
Ele foi julgado por deser&ccedil;&atilde;o e teve sua tatuagem do Ex&eacute;rcito dos EUA cortada de seu bra&ccedil;o por um m&eacute;dico, sendo amea&ccedil;ado de morte em v&aacute;rias ocasi&otilde;es. Jenkins permaneceu no Jap&atilde;o at&eacute; sua morte, aos 77 anos, em 2017.

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Como desertores americanos viraram 'estrelas' na Coreia do Norte

Imagem de Félicette: a triste jornada da primeira gata no espaço no megacurioso

Sob o lema 'tudo em prol da Ciência', o animal foi usado e esquecido no tempo

Entre o in&iacute;cio e o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119953-como-foi-decidido-o-fim-da-corrida-espacial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fim da Corrida Espacial</a>,&nbsp;durante todo esse tempo at&eacute; hoje, quase 600 humanos j&aacute; estiveram no espa&ccedil;o, o que corresponde a uma fra&ccedil;&atilde;o m&iacute;nima da nossa popula&ccedil;&atilde;o mundial. Por&eacute;m, para que essa viagem fosse poss&iacute;vel, animais foram enviados na frente para que os testes de seguran&ccedil;a fossem feitos e aprimorados.
Atualmente, esses animais s&atilde;o considerados s&iacute;mbolos de uma era de inova&ccedil;&atilde;o e progresso, e suas fotos est&atilde;o em museus pelo mundo todo, com hist&oacute;rias de sua jornada passando em v&iacute;deos ao som de "Rocket Man", de Elton John.
A <a href="https://www.megacurioso.com.br/exploracao-espacial/98717-conheca-a-triste-historia-de-laika-o-primeiro-animal-cosmonauta-do-mundo.htm#:~:text=A%20cosmonauta,porte%20e%20%C3%A0%20natureza%20tranquila." rel="noopener noreferrer" target="_blank">cadela Laika</a> foi o primeiro cachorro e animal a ser lan&ccedil;ado no espa&ccedil;o para orbitar a Terra como parte do Programa Espacial Sovi&eacute;tico, na nave espacial Sputnik 2, em 3 de novembro de 1957. A National Aeronautics and Space Administration (NASA) fez o mesmo logo em seguida com o chimpanz&eacute; <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119260-ham-o-chimpanze-da-nasa-que-foi-o-1-primata-no-espaco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Ham</a>, em 31 de janeiro de 1961, que assumiu o posto de 1&deg; primata lan&ccedil;ado para o espa&ccedil;o.
Ent&atilde;o, em 18 de outubro de 1963, F&eacute;licette se tornou a 1&deg; gata da Corrida Espacial ao ser lan&ccedil;ada para fora da Terra pelo programa espacial franc&ecirc;s. Se voc&ecirc; conhece a hist&oacute;ria dos animais no espa&ccedil;o, sabe que a maioria delas n&atilde;o terminaram bem, salvo Ham e a gata F&eacute;licette que, apesar de ter feito uma miss&atilde;o bem-sucedida, sua hist&oacute;ria acabou sendo tr&aacute;gica tamb&eacute;m.
<h2 class="uk-text-justify">Uma astronauta felina</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/26/26080114844005.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Escolhida pelo tamanho e temperamento, F&eacute;licette foi embarcada em uma V&eacute;ronique AG1 movida a combust&iacute;vel l&iacute;quido, um foguete considerado o mais tecnol&oacute;gico da &eacute;poca, lan&ccedil;ado no in&iacute;cio da manh&atilde; do dia 18 de outubro, de um local no Deserto do Saara, na Arg&eacute;lia.
A viagem durou menos de 15 minutos e, a todo o tempo, os eletrodos presos na cabe&ccedil;a da gata permitiram que os cientistas da CERMA estudassem seus sinais vitais e examinassem como o voo espacial afetava sua mente. Ela chegou a experimentar 9,5 g de acelera&ccedil;&atilde;o, sendo que o ser humano desmaia depois de apenas 4 ou 5 g.
Ap&oacute;s aterrissar na Terra novamente, a pior parte de sua jornada come&ccedil;ou. F&eacute;licette se tornou um &iacute;cone nacional, bem como os demais animais enviados ao espa&ccedil;o 2 anos antes pelos sovi&eacute;ticos e americanos. Foi a partir desse momento que ela ganhou a alcunha de F&eacute;licette, em refer&ecirc;ncia ao desenho animado Felix, o Gato.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/26/26080151876008.jpg" alt="(Fonte: Uol/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Uol/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Dois meses ap&oacute;s seu lan&ccedil;amento, a gata foi sacrificada pelos cientistas do CERMA para poderem estudar seu c&eacute;rebro. Apesar de terem coletado muitos dados &uacute;teis durante o voo por meio dos eletrodos, eles queriam mais informa&ccedil;&otilde;es sobre como o voo espacial afetou o c&eacute;rebro da gata.
Pouco tempo depois, a gata F&eacute;licette desapareceu da m&iacute;dia como se nunca tivesse existido. Foi s&oacute; em 2020 que uma est&aacute;tua dela foi oficialmente inaugurada na Universidade Internacional do Espa&ccedil;o, em Estrasburgo (Fran&ccedil;a), retratando F&eacute;licette sentada em um globo, olhando para as estrelas de maneira serena.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/13/a-13175809362585.jpg" alt="" />

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Félicette: a triste jornada da primeira gata no espaço

Imagem de Evento Carrington: a tempestade solar que hoje pode nos destruir no megacurioso

Se a mesma coisa de 1859 acontecesse agora, um caos mundial seria instaurado

Era uma manh&atilde; bem cedo de 1&ordm; de setembro de 1859, quando o astr&ocirc;nomo amador Richard Carrington (1826-1875) subiu at&eacute; seu observat&oacute;rio particular na zona rural de Londres. Ao apontar o telesc&oacute;pio em dire&ccedil;&atilde;o ao Sol, ele percebeu um aglomerado de enormes manchas escuras em sua superf&iacute;cie, chegando a avistar o que mais tarde descreveria como duas manchas de luz intensamente brilhante e branca em meio as manchas solares.
O fen&ocirc;meno durou apenas 5 minutos, mas poucas horas depois, a Terra come&ccedil;ou a sentir os efeitos de seu impacto. As comunica&ccedil;&otilde;es telegr&aacute;ficas come&ccedil;aram a falhar ao mesmo tempo, houve chuvas de fa&iacute;scas de m&aacute;quinas telegr&aacute;ficas, causando inc&ecirc;ndios e eletrocutando operadores. As auroras boreais pelo planeta iluminaram tanto os c&eacute;us noturnos que todo mundo pensou que era de dia.
Muitos encararam como um dia comum, mas outros achavam que aquele era o pren&uacute;ncio para o fim do mundo.
<h2>O que aconteceu</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Cambio Clim&aacute;tico&nbsp;" data-fonte-url="https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSg-bXRxt01zDUO6S2EPKyFf6zuArLWPoK-zanpEp14ni2nzCjD3SReiO0aU2LoVRQ_eb8&amp;usqp=CAU"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/09/09213629177440.jpg" alt="(Fonte: Cambio Clim&aacute;tico/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Cambio Clim&aacute;tico/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O que Carrington viu foi uma explos&atilde;o solar massiva com a energia de 10 bilh&otilde;es de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115935-castle-bravo-a-maior-bomba-nuclear-ja-detonada-pelos-eua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bombas at&ocirc;micas</a>, em uma erup&ccedil;&atilde;o que expeliu g&aacute;s eletrificado e part&iacute;culas subat&ocirc;micas em dire&ccedil;&atilde;o &agrave; Terra, classificando o evento como &ldquo;a maior tempestade solar j&aacute; registrada&rdquo;, conhecida como Evento Carrington.
O fen&ocirc;meno daquela sexta-feira evocou descri&ccedil;&otilde;es b&iacute;blicas, como a escrita pelo Cincinnati Daily Commercial: &ldquo;As m&atilde;os dos anjos mudaram o glorioso cen&aacute;rio dos c&eacute;us&rdquo; &mdash; quando, na verdade, os c&eacute;us foram incendiados por uma enorme bolha de g&aacute;s eletricamente carregado, disparado do Sol ap&oacute;s um flash de luz conhecido como erup&ccedil;&atilde;o solar.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/11/11094406992000.jpg" alt="Richard Carrington. (Fonte: Wikimedia/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Richard Carrington. (Fonte: Wikimedia/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Um emaranhado de plasma e campos magn&eacute;ticos, essa bolha &eacute; lida pela ci&ecirc;ncia como eje&ccedil;&atilde;o de massa coronal, que pode desencadear a mais feroz das tempestades geomagn&eacute;ticas da hist&oacute;ria ao chegar &agrave; Terra. Mas o que aconteceu em 1859 foi apenas uma amostra do que o Sol pode jogar sobre n&oacute;s.
Cerca de 18 horas antes do evento iluminar os c&eacute;us da Terra, outro astr&ocirc;nomo ingl&ecirc;s, Richard Hodgson (1855-1905), tamb&eacute;m viu o mesmo que Carrington. Ao mesmo tempo, as agulhas do Observat&oacute;rio Kew da Inglaterra, estremeceram, uma sugest&atilde;o que a tempestade magn&eacute;tica estava prestes a acontecer.
Antes disso, ningu&eacute;m sabia sobre erup&ccedil;&otilde;es solares, nem mesmo sobre o impacto delas sobre n&oacute;s.
<h2>O que pode acontecer</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/11/11094552305001.jpg" alt="(Fonte: The Mirror/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: The Mirror/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Contudo, devido ao n&iacute;vel da tecnologia durante a &eacute;poca em que aconteceu o Evento Carrington, o impacto da tempestade geomagn&eacute;tica foi muito limitado e causou poucos estragos relevantes &mdash; o que n&atilde;o seria nossa realidade, caso o fen&ocirc;meno acontecesse amanh&atilde;, por exemplo.
A explos&atilde;o teria um efeito avassalador na infraestrutura tecnol&oacute;gica, podendo paralis&aacute;-la, resultando em um caos mundial, visto que dependemos de sistemas t&eacute;cnicos para a maior parte de nossas opera&ccedil;&otilde;es na Terra. Uma tempestade na escala do que aconteceu em 1859 causaria bilh&otilde;es ou at&eacute; trilh&otilde;es de d&oacute;lares em danos a sat&eacute;lites, redes de energia e comunica&ccedil;&otilde;es de r&aacute;dio; gerando apag&otilde;es el&eacute;tricos em escala mundial, levando at&eacute; anos para serem reparados, amea&ccedil;ando sistemas banc&aacute;rios, produ&ccedil;&atilde;o de alimentos, e outros setores da ind&uacute;stria.
S&oacute; algumas part&iacute;culas carregadas de tempestades geomagn&eacute;ticas j&aacute; s&atilde;o o suficiente para causar dist&uacute;rbios no campo magn&eacute;tico da Terra, gerando efeitos nos sistemas el&eacute;tricos. Elas produzem interrup&ccedil;&otilde;es de tens&atilde;o, levando a quedas de energia; mudan&ccedil;as na tens&atilde;o do solo, aumentando a corros&atilde;o em oleodutos; interrup&ccedil;&atilde;o nas redes de comunica&ccedil;&otilde;es via sat&eacute;lite, r&aacute;dio e celular; exposi&ccedil;&atilde;o a n&iacute;veis elevados de radia&ccedil;&atilde;o; e redu&ccedil;&atilde;o em voos com rotas polares.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;European Space Agency&nbsp;" data-fonte-url="https://www.esa.int/var/esa/storage/images/esa_multimedia/images/2019/10/solar_orbiter2/21087516-1-eng-GB/Solar_Orbiter_pillars.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/11/11095150873002.jpg" alt="(Fonte: Europena Space Agency/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: European Space Agency/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Em um artigo da The Conversation, Michael Batu, professor do Departamento de Economia da Universidade de Windsor, disse que 4% dos dist&uacute;rbios de energia entre 1992 e 2010 relatados ao Departamento de Energia dos Estados Unidos s&atilde;o atribu&iacute;dos &agrave; forte atividade geomagn&eacute;tica.
Em um estudo de p&oacute;s-gradua&ccedil;&atilde;o, Batu descobriu que o Produto Interno Bruto (PIB) dos 34 pa&iacute;ses membros da organiza&ccedil;&atilde;o para a Coopera&ccedil;&atilde;o e Desenvolvimento Econ&ocirc;mico diminui com o aumento da atividade solar em pelo menos 0,06% para cada 1% na atividade solar.

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Evento Carrington: a tempestade solar que hoje pode nos destruir

Imagem de No século XVII, John Wilkins tentou chegar à Lua para fazer um acordo no megacurioso

Ele estava convicto que o satélite natural era habitado por extraterrestres, assim como outros planetas

<head></head><body>Os <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/113708-ufo-o-caso-mantell.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">extraterrestres&nbsp;</a>e a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120058-por-que-o-homem-nunca-mais-voltou-a-lua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Lua</a> parecem assuntos que pertencem apenas ao século XX, quando ocorreu a notória <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119953-como-foi-decidido-o-fim-da-corrida-espacial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Corrida Espacial</a> travada entre os Estados Unidos e a União Soviética, e por centenas de casos de avistamentos de OVNIs por civis e também pessoas ligadas às forças militares — bem como os controversos contatos imediatos. Mas isso não é bem verdade, porque, aparentemente, desde o século XVII as pessoas já eram obcecadas por esses dois temas.Uma dessas pessoas foi um ilustre acadêmico e clérigo anglicano chamado John Wilkins, membro fundador da Royal Society, a sociedade científica nacional mais antiga do mundo, na Grã-Bretanha. Ele era casado com Robina, irmã do militar e líder político Oliver Cromwell, considerado uma das figuras mais controversas da História do país.Wilkins era o mais erudito o possível para época, tendo frequentado Oxford e Cambridge, feito campanha para unir o avanço científico e a religião, e ele tinha a vontade de voar até à Lua para se encontrar e negociar com extraterrestres.<h2>A ambição</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/08/08200417945816.jpg" alt="John Wilkins. (Fonte: Wikipedia/Reprodução)">John Wilkins. (Fonte: Wikipedia/Reprodução)Parece irrisório, mas o homem também acreditava que o satélite natural e os planetas ao seu redor eram habitados, e tinha certeza de que poderia construir uma máquina voadora para alcançá-los. Quando chegasse à Lua, seu objetivo era estabelecer uma troca com os habitantes e proporcionar uma contribuição próspera para a Grã-Bretanha, praticamente um ufanismo político.Apesar de tudo, é impossível culpar Wilkins por sua ambição, visto que ele estava no centro de um dos períodos de maiores descobertas científicas da História, em que o conhecimento sobre a humanidade e o espaço geraram teorias revolucionárias. O homem apenas acabou consumido por isso tudo.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/08/08200511289818.jpg" alt="(Fonte: Altas Obscura/Reprodução)">(Fonte: Altas Obscura/Reprodução)Prova disso é que ele escreveu extensivamente sobre essas teorias em seus livros The Discovery of a World in the Moone (1638) e A Discourse Converning A New Planet (1640). Mas se queria chegar à Lua e a outros planetas, como Wilkins faria para percorrer os 120 quilômetros que nos separa do espaço sideral, sabendo lidar com todos os tipos de pressão, gravidade, oxigênio e outros aspectos que envolvem a saída da Terra?Para ele, a resposta era simples: seria necessário apenas uma máquina que voasse e um anjo.<h2>A máquina revolucionária</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/08/08200735899819.jpg" alt="(Fonte: Edward Worth Library/Reprodução)">(Fonte: Edward Worth Library/Reprodução)Wilkins acreditava que anjos bons e maus habitavam o vasto espaço entre os planetas, e que tinham a técnica adequada para respirar o tipo de ar que havia no espaço. Ele sabia que o voo espacial estava em uma das capacidades da humanidade, e que seria necessário apenas a ajuda de uma máquina voadora pilotada por um anjo, usando um veículo para se libertar da gravidade e pousar na superfície lunar.Com o cientista e filósofo Robert Hooke, Wilkins trabalhou exaustivamente em vários planos e protótipos de máquinas voadoras — mas claro que nenhuma delas conseguiu sair um centímetro do chão, quanto mais chegar à Lua.Wilkins só chegou à conclusão de que viagens espaciais não seriam possíveis naquele século quando o trabalho de Hooke e Robert Boyle demonstrasse que o espaço era um vácuo, reforçados pelo conhecimento e compreensão da força da gravidade.Ainda que todo o pensamento fosse absurdo, as ideias de Wilkins, bem como a de tantos outros, trilharam o caminho para o que o mundo veria no século XX.</body>

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No século XVII, John Wilkins tentou chegar à Lua para fazer um acordo

Imagem de Como surgiu a conspiração de que o pouso na Lua não aconteceu? no megacurioso

A onda de negacionismo, muito forte atualmente, começou em 1970

Em 20 de julho de 1969, a miss&atilde;o Apollo 11 dos Estados Unidos chegou na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120058-por-que-o-homem-nunca-mais-voltou-a-lua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Lua</a> carregando Neil Armstrong, Michael Collins e Buzz Aldrin, ap&oacute;s 12 anos do in&iacute;cio da Corrida Espacial, cerca de US$ 25 bilh&otilde;es investidos em um esfor&ccedil;o de mais de 40 mil funcion&aacute;rios da NASA para que esse &ldquo;pequeno passo para o homem, um salto gigante para humanidade&rdquo; fosse dado.
O termo negacionismo&nbsp;hist&oacute;rico foi cunhado apenas em 1987, pelo historiador franc&ecirc;s Henry Russo, em seu livro The Vichy Syndrome, mas desde meados de 1930 a Uni&atilde;o Sovi&eacute;tica j&aacute; apresentava uma vers&atilde;o de sua hist&oacute;ria de maneira espec&iacute;fica, pol&iacute;tica e ideol&oacute;gica para a hist&oacute;ria mundial.
Em 1970, surgiu uma das mais fortes teorias da conspira&ccedil;&atilde;o: de que o pouso na Lua nunca existiu.
<h2>A maior conspira&ccedil;&atilde;o &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp;</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/20/20030403055000.jpg" alt="(Fonte: Nasa/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Nasa/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Em 1999, uma pesquisa feita pelo Instituto Gallup revelou que 6% dos americanos duvidavam que o pouso na Lua foi real, enquanto outros 5% alegaram estar indecisos sobre o assunto. O que justifica milh&otilde;es de pessoas n&atilde;o acreditarem no evento, apesar do grande volume de evid&ecirc;ncia, como 382 kg de rocha lunar; e imagens de sat&eacute;lites do mundo todo que capturaram as trilhas at&eacute; hoje deixadas pelos astronautas na poeira lunar?
Bill Kaysing (1922-2005) &eacute; considerado o pioneiro na <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120658-nova-cronologia-a-teoria-que-afirma-que-nossa-historia-e-uma-farsa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">teoria da conspira&ccedil;&atilde;o</a> de que o pouso na Lua foi uma farsa. O escritor se apoiava no fato de que havia contribu&iacute;do para o programa espacial americano, ainda que tenuemente, quando foi funcion&aacute;rio da Rocketdyne (empresa que projetou os motores do foguete Saturn V), entre 1956 e 1963.
Em 1976, ele come&ccedil;ou a "onda" conspirat&oacute;ria com a publica&ccedil;&atilde;o de um panfleto chamado N&oacute;s Nunca Fomos &agrave; Lua: A Fraude dos 30 bilh&otilde;es de d&oacute;lares da Am&eacute;rica, visando encontrar evid&ecirc;ncias de sua condena&ccedil;&atilde;o por meio de fotoc&oacute;pias granuladas e teorias irris&oacute;rias, mas essenciais para embasar o negacionismo que vemos t&atilde;o em alta atualmente.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Taringa&nbsp;" data-fonte-url="https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSP0OUFiqIz6YEZ5m97BG6Xayr7fXff2zMqfUOUx2mAhR2r3zxDYPDnnChaXGR_D3hTeek&amp;usqp=CAU"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/20/20030939367001.jpg" alt="(Fonte: Taringa/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Taringa/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Kaysing acreditava que o homem carecia de destreza t&eacute;cnica para chegar &agrave; Lua, ou pelo menos, ir e voltar dela. Isso incentivou te&oacute;ricos radicais a proporem que o evento foi uma cena orquestrada em um dos muitos est&uacute;dios de Hollywood, ou at&eacute; no territ&oacute;rio da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ovnis/36615-o-que-ha-de-tao-especial-na-misteriosa-area-51-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&Aacute;rea 51</a>, que sempre foi motivo de conspira&ccedil;&atilde;o para os americanos. Alguns te&oacute;ricos menos radicais acreditam que o pouso at&eacute; aconteceu, mas n&atilde;o como foi transmitido ao p&uacute;blico.
As possibilidades s&atilde;o muitas, mas a atua&ccedil;&atilde;o sempre &eacute; uma ideia universal para eles. O que refor&ccedil;a a conspira&ccedil;&atilde;o, &eacute; o fato de as filmagens virem diretamente da NASA, sem uma verifica&ccedil;&atilde;o independente, com base na filosofia negacionista de n&atilde;o confiar em nenhuma ag&ecirc;ncia governamental. Portanto, se n&atilde;o existe um &oacute;rg&atilde;o que inspecione isso por si s&oacute;, n&atilde;o h&aacute; provas, e se n&atilde;o h&aacute; provas, n&atilde;o ocorreu.
Vale ressaltar que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119953-como-foi-decidido-o-fim-da-corrida-espacial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Corrida Espacial&nbsp;</a>aconteceu sob o fio da navalha da <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119421-aos-10-anos-samantha-smith-tentou-acabar-com-a-guerra-fria.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Guerra Fria</a>, bem em um momento em que os EUA estavam ressentidos pelo bem-sucedido lan&ccedil;amento da Sputnik, primeiro sat&eacute;lite da Terra. Ent&atilde;o, a competi&ccedil;&atilde;o pelo poderio espacial se tornou um s&iacute;mbolo de supremacia tecnol&oacute;gica e mundial, posi&ccedil;&atilde;o que o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119442-excepcionalismo-americano-porque-os-eua-se-acham-o-centro-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">excepcionalismo americano</a> acreditava que detinha por direito.
<h2>Convicto at&eacute; o fim</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/20/20031058945002.jpg" alt="(Fonte: Britannica/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Britannica/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
&ldquo;A verdade &eacute; que a internet tornou poss&iacute;vel as pessoas dizerem o que quiserem para um n&uacute;mero maior de pessoas do que nunca&rdquo;, lamenta Roger Launius, o ex-historiador-chefe da NASA, em entrevista ao The Guardian. Ele tamb&eacute;m culpa a cultura norte-americana de alimentar teorias da conspira&ccedil;&atilde;o em todos os aspectos.
Mesmo ap&oacute;s sua morte, em 21 de abril de 2005, as perguntas de Kaysing ainda reverberam na atmosfera fr&aacute;gil que se tornou a cren&ccedil;a na pr&oacute;pria ci&ecirc;ncia. Ele questionava, por exemplo, o fato de que nenhuma estrela &eacute; vis&iacute;vel nas fotos liberadas pela NASA; e tamb&eacute;m questionava a falta de uma cratera de explos&atilde;o sob o m&oacute;dulo de aterrissagem &mdash; anomalias, respectivamente, t&ecirc;m a ver com o tempo de exposi&ccedil;&atilde;o das c&acirc;meras, e a maneira como o impulso funciona no v&aacute;cuo e as qualidades reflexivas da poeira lunar.
&ldquo;Est&aacute; bem documentado que a Nasa costumava ser mal administrada e tinha um controle de qualidade insatisfat&oacute;rio&rdquo;, disse ele &agrave; Wired em 1994. &ldquo;Mas, a partir de 1969, pod&iacute;amos de repente realizar voos tripulados? Com sucesso total? &Eacute; apenas contra todas as probabilidades estat&iacute;sticas. &rdquo;
At&eacute; hoje, todas as teorias levantadas foram amplamente explicadas, bem como as farsas desmascaradas sobre a afirma&ccedil;&atilde;o de que o pouso foi falso. Al&eacute;m disso, os estudiosos n&atilde;o acreditam que seria poss&iacute;vel manter uma farsa coberta por tantos anos, ainda mais sobre algo que poderia destruir uma pot&ecirc;ncia como os EUA.

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Como surgiu a conspiração de que o pouso na Lua não aconteceu?

Imagem de 5 inventores mortos pelas próprias invenções no megacurioso

Eles pensaram grande demais ou foram negligentes demais...

Desde a era primitiva, o homem em meio a sociedade apenas evoluiu e conseguiu tornar o ambiente a sua volta mais adapt&aacute;vel por meio de inven&ccedil;&otilde;es, que s&atilde;o o motivo de continuarmos seguindo para o futuro.
Existiram pessoas que fizeram isso uma vez e outras que dedicaram sua vida &agrave; inventar coisas, como fez Hugo Gernsback, por exemplo. Muitos delas foram consumidas por suas cria&ccedil;&otilde;es durante a jornada de faz&ecirc;-las funcionarem, perdendo a vida por se dedicar demais a elas.&nbsp;
No entanto, os inventores que foram listados abaixo s&atilde;o aqueles que, literalmente, morreram por causa do que criaram.
<h2 class="uk-text-justify">1. William Nelson &mdash; bicicleta motorizada</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/25/25210100306714.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O engenheiro da General Eletric tinha apenas 24 anos quando come&ccedil;ou a fazer testes em sua inven&ccedil;&atilde;o pela 1&ordf; vez, em meados de outubro de 1903. Ele havia desenvolvido um motor para colocar na bicicleta padr&atilde;o, em uma promessa de acelerar a vida dos ciclistas &mdash; e tamb&eacute;m um olhar promissor para o futuro na concep&ccedil;&atilde;o do que hoje conhecemos como moto.
Infelizmente, Nelson n&atilde;o foi longe demais. Durante uma descida enquanto testava sua bicicleta motorizada, ele acabou ganhando muita velocidade, levando-o a uma queda fatal.
<h2 class="uk-text-justify">2. Alexander Boganov &mdash; transfus&atilde;o de sangue</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/25/25210218243715.jpg" alt="(Fonte: Steemit/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Steemit/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O fil&oacute;sofo, economista, m&eacute;dico, escritor e revolucion&aacute;rio bolchevique russo, em 1924, ficou obcecado por suas experi&ecirc;ncias com transfus&atilde;o sangu&iacute;nea.
Ele realizava testes em si, em uma &eacute;poca em que o conhecimento acerca das transfus&otilde;es ainda era muito limitado. Portanto, Bogdanov n&atilde;o teve nenhum m&iacute;nimo rigor para lidar com o sangue de outras pessoas, e o qu&atilde;o contamin&aacute;vel isso poderia ser. Quatro anos ap&oacute;s o in&iacute;cio de seus experimentos, ele contraiu mal&aacute;ria e tuberculose ap&oacute;s receber uma transfus&atilde;o de sangue infectada de um doador.
Bogdanov morreu em 7 de abril de 1928, em Moscou, aos 54 anos.
<h2 class="uk-text-justify">3. William Bullock &mdash; prensa tipogr&aacute;fica</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikipedia&nbsp;" data-fonte-url="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/0/0d/William_bullock_inventor_portrait.jpg/800px-William_bullock_inventor_portrait.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/25/25211124728722.jpg" alt="(Fonte: Wikipedia/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Wikipedia/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A prensa tipogr&aacute;fica, mais conhecida como prensa m&oacute;vel, revolucionou a imprensa quando foi criada, em 1865, por William Bullock. A inven&ccedil;&atilde;o aplicava press&atilde;o em uma superf&iacute;cie com tinta, transferindo-a para uma superf&iacute;cie de impress&atilde;o, geralmente papel ou tecido.
Foi assim que Bullock ajudou a acelerar o mercado, permitindo que os jornais antigos fossem impressos mais rapidamente em centenas de tiragens por hora. O homem era respons&aacute;vel por instalar e fazer a manuten&ccedil;&atilde;o do dispositivo, e foi assim que Bullock encontrou seu fim.
Durante uma instala&ccedil;&atilde;o, a m&aacute;quina prendeu sua perna e a esmagou. Bullock morreu na mesa de cirurgia para amputa&ccedil;&atilde;o da perna dias depois.
<h2 class="uk-text-justify">4. Horace Hunley &mdash; submarino</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/25/25211640353723.jpg" alt="(Fonte: USNI/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: USNI/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Em 1862, o engenheiro e soldado confederado construiu um prot&oacute;tipo de submarino chamado Pioneer for the South, que acabou sendo destru&iacute;do pelos confederados quando as tropas da Uni&atilde;o invadiram o per&iacute;metro para que n&atilde;o pudessem roubar sua tecnologia.
Ent&atilde;o, Hunley decidiu construir o The American Diver, que acabou se perdendo no mar, mas o engenheiro n&atilde;o desistiu e criou o Fish Boat, com o qual completou v&aacute;rios testes bem-sucedidos. Quando achou que o submarino estava pronto para ser tripulado, Hunley colocou 8 homens a bordo, dos quais 5 morreram afogados no momento em que a embarca&ccedil;&atilde;o encheu de &aacute;gua.
Hunley resgatou o ve&iacute;culo meses depois e realizou mais uma viagem de teste, dessa vez se juntando &agrave; tripula&ccedil;&atilde;o de oito homens. A inven&ccedil;&atilde;o do homem acabou no fundo do porto de Charleston e, dessa vez, ningu&eacute;m voltou.
<h2 class="uk-text-justify">5. Max Valier &mdash; combust&iacute;vel l&iacute;quido para foguete</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Europen Space Agency&nbsp;" data-fonte-url="https://www.esa.int/var/esa/storage/images/esa_multimedia/images/2001/01/max_valier/9230163-5-eng-GB/Max_Valier_pillars.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/25/25211901541724.jpg" alt="(Fonte: Europena Space Agency/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Europena Space Agency/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O inventor austr&iacute;aco do s&eacute;culo XX se tornou um dos pioneiros no ramo de foguetes, ajudou na funda&ccedil;&atilde;o da Sociedade Para Viagens Espaciais, uma associa&ccedil;&atilde;o civil amadora alem&atilde; que estudava os foguetes, respons&aacute;vel por juntar muitas das mentes que mais tarde trabalhariam nas viagens espaciais.
Valier ficou conhecido por colocar p&oacute;lvora em qualquer obejto, de planadores a carros de corrida, tudo por causa de seu v&iacute;cio pela velocidade. Foi isso que o levou a inventar um combust&iacute;vel ainda melhor: o combust&iacute;vel l&iacute;quido para foguete.
Os testes iniciais foram feitos em motores de prot&oacute;tipo com v&aacute;lvulas abertas, em que o combust&iacute;vel era adicionado manualmente. Ningu&eacute;m usava roupa de projeta&ccedil;&atilde;o, nem mesmo &oacute;culos, enquanto estavam sentados bem em frente ao recipiente de combust&atilde;o.
At&eacute; que, em 17 de maio de 1930, em Berlim, durante um desses experimentos, algo saiu errado e causou uma explos&atilde;o. Pela proximidade de Valier, ele n&atilde;o conseguiu desviar de um estilha&ccedil;o do recipiente que atravessou seu cora&ccedil;&atilde;o e o matou na hora.

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5 inventores mortos pelas próprias invenções

Imagem de Como as irmãs Sutherland ficaram milionárias com o próprio cabelo no megacurioso

Muitas pessoas com problemas financeiros optam por uma sa&iacute;da vi&aacute;vel e r&aacute;pida para angariar aquele dinheiro extra no fim do m&ecirc;s para terminar de pagar as contas ou complementar a renda: a venda de cabelos.
Todos os meses, milhares de mulheres se dirigem pessoalmente at&eacute; sal&otilde;es de beleza especializados em compra e venda de cabelos, que confeccionam perucas naturais ou apliques que podem custar mais que R$ 2 mil, dependendo da condi&ccedil;&atilde;o do fio e da grama.
De acordo com uma mat&eacute;ria de 2017 do G1, Nilta Murcel, dona de um sal&atilde;o em S&atilde;o Paulo, explicou em entrevista que os pre&ccedil;os de compra e venda de cabelo humano s&atilde;o muito diferentes. Para comprar, o pre&ccedil;o varia em torno de R$ 3 a R$ 9 por grama, mas na hora de vender ele fica ainda mais baixo. Isso porque os sal&otilde;es e sites precisam ter lucro com a venda e gastam muito com a prepara&ccedil;&atilde;o dos cabelos.
Portanto, j&aacute; ficou claro que vender o pr&oacute;prio cabelo n&atilde;o &eacute; considerado um neg&oacute;cio milion&aacute;rio, n&atilde;o importa o qu&atilde;o natural e raro ele for, mas,sim, pode render um dinheiro &uacute;til em um momento de aperto financeiro.
Por outro lado, no s&eacute;culo XVIII, essa realidade foi bem diferente para as irm&atilde;s Sutherland.
<h2 class="uk-text-justify">Fazendo fortuna &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp;</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/08/08195607132810.jpg" alt="(Fonte: Spoki/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Spoki/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Quase na virada do s&eacute;culo XIX, sete irm&atilde;s do interior de Nova York, Estados Unidos, ficaram famosas ao viajarem pelo mundo mostrando o comprimento de seus cabelos em apresenta&ccedil;&otilde;es de "<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118685-eko-e-iko-os-irmaos-negros-e-albinos-sequestrados-pelo-freak-show.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">freak show</a>" do not&oacute;rio showman <a href="https://www.megacurioso.com.br/bizarro/75843-show-de-horrores-os-artistas-que-ganhavam-a-vida-com-suas-anomalias.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">P. T. Barnum</a>, chegando a ficar em vitrines de feiras mundiais.
Sarah, Victoria, Isabella, Grace, Naomi, Dora e Mary Sutherland cresceram em uma fazenda de perus, onde a m&atilde;e delas preparava uma lo&ccedil;&atilde;o f&eacute;tida que passava em seus cabelos para faz&ecirc;-los crescer cada vez mais. O resultado foram cabelos que mediam at&eacute; 11 metros de comprimento e que conferiram a alcunha de &ldquo;7 maravilhas do mundo&rdquo; e uma carreira mete&oacute;rica &agrave;s mo&ccedil;as.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/08/08195714414811.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Antes de serem exibidas como aberra&ccedil;&otilde;es, elas come&ccedil;aram a vida como cantoras, mas perceberam que, apesar do talento que tinham, as pessoas se aglomeravam mais para v&ecirc;-las soltarem seus cabelos imensos no palco do que as ouvir cantar. Naquela &eacute;poca, ter cabelo comprido fazia parte da moda, mas uma mulher respeit&aacute;vel sempre o mantinha preso, e as sete irm&atilde;s, com cabelos t&atilde;o imensos que n&atilde;o se sustentavam na cabe&ccedil;a, eram consideradas indecentes para a sociedade.
<h2 class="uk-text-justify">O grande esquema</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/08/08195811617813.jpg" alt="(Fonte: Daily Mail/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Daily Mail/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Se voc&ecirc; est&aacute; pensando que elas ficaram ricas sendo exibidas pelo mundo em palcos baratos de circo, pensou errado. Apesar de a maioria das personalidades exploradas nesses shows terem, de fato, ficado ricas ao longo da hist&oacute;ria, foram necess&aacute;rios muitos anos&nbsp;para isso acontecer, e a fam&iacute;lia Sutherland tinha algo imediato em m&atilde;os: um t&ocirc;nico "milagroso".
As irm&atilde;s foram a melhor propaganda que a fam&iacute;lia poderia ter para vender o produto que fez aumentar o cabelo delas de maneira t&atilde;o extraordin&aacute;ria, sobretudo em um per&iacute;odo no qual rem&eacute;dios patenteados faziam parte da ind&uacute;stria vitoriana.
Os "fertilizantes" para cabelos foram comercializados em shows sob slogans de que era uma receita secreta desenvolvida pela m&atilde;e das jovens, mas n&atilde;o passava de uma mistura de &aacute;lcool, &oacute;leo e &aacute;gua que elas inventaram &mdash; a m&atilde;e havia morrido recentemente e levado a verdadeira receita do crescimento de cabelos para o t&uacute;mulo.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Mental Floss&nbsp;" data-fonte-url="https://images2.minutemediacdn.com/image/upload/c_fit,f_auto,fl_lossy,q_auto,w_728/v1555994156/shape/mentalfloss/new_hair_oil.jpg?itok=Jmy3UgkX"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/08/08200008195814.jpg" alt="(Fonte: Mental Floss/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Mental Floss/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Vendendo tamb&eacute;m pomadas, cremes e sabonetes capilares que estimulariam o crescimento, as irm&atilde;s Sutherland arrecadaram US$ 90 mil apenas no 1&deg; ano de vendas. Quando Naomi morreu, em 1893, a fam&iacute;lia simplesmente contratou uma irm&atilde; substituta para manter o marketing e o show na estrada.
A fortuna delas alcan&ccedil;ou a marca de US$ 3 milh&otilde;es, empreendida em uma mans&atilde;o na fazenda da fam&iacute;lia onde viveram juntas para o resto de suas vidas, visto que apenas duas das irm&atilde;s se casaram, sobrevivendo mesmo depois que o cabelo curto se tornou a nova moda no mundo.

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Como as irmãs Sutherland ficaram milionárias com o próprio cabelo

Imagem de Buster Keaton realizou o feito mais caro da história do cinema mudo no megacurioso

O empreendimento milionário durou menos que 30 segundos

Em 1926, o filme mudo j&aacute; dava seus &uacute;ltimos respiros de vida em <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119950-as-doentias-regras-contratuais-de-hollywood-em-1930.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Hollywood</a> ap&oacute;s fazer parte da ind&uacute;stria cinematogr&aacute;fica desde 1894, antes mesmo que o 1&deg; est&uacute;dio fosse aberto na Sunset Boulevard. Portanto, o filme O General, uma com&eacute;dia-romance-drama sobre a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119209-caso-dred-scott-a-decisao-que-impulsionou-a-guerra-civil-americana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Guerra Civil</a> serviu como um dos atos finais &mdash; e o mais caro da hist&oacute;ria.
Isso porque o ator, diretor e dubl&ecirc; Buster Keaton queria fazer algo memor&aacute;vel, ent&atilde;o a maior parte do filme foi rodada em Cottage Grove, no Oregon (EUA), onde uma cidade inteira foi constru&iacute;da apenas para que as grava&ccedil;&otilde;es acontecessem. Por causa disso, Keaton teve que lidar com centenas de quest&otilde;es, desde v&aacute;rias a&ccedil;&otilde;es judiciais at&eacute; inc&ecirc;ndios florestais devido ao tamanho da produ&ccedil;&atilde;o &mdash; mas esse era o pre&ccedil;o a se pagar por algo daquela magnitude.
<h2 class="uk-text-justify">O grande ato</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/08/08201107399820.jpg" alt="Buster Keaton. (Fonte: Giters/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Buster Keaton. (Fonte: Giters/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Em toda a produ&ccedil;&atilde;o, uma das cenas mais esperadas para ser gravadas envolvia um trem real caindo de uma ponte em chamas sobre um rio, fruto de um empreendimento que custou US$ 42 mil para ser realizado, o equivalente a US$ 600 mil hoje, o que foi considerado uma quantia absurda para 1 cena que demoraria menos de 30 segundos. Foi o maior investimento da hist&oacute;ria da era do cinema mudo.
Naquela &eacute;poca, aos 30 anos, Keaton j&aacute; havia-se consolidado no mercado, portanto os executivos dos est&uacute;dios confiavam em suas habilidades de dubl&ecirc; e diretor para conduzir uma cena t&atilde;o cara daquele jeito. Por&eacute;m, ele s&oacute; tinha a chance de grav&aacute;-la 1 vez porque n&atilde;o teria mais or&ccedil;amento para construir uma nova ponte, tampouco adquirir outra locomotiva para refazer a manobra. Tudo tinha que ser perfeito.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Random Geekery&nbsp;" data-fonte-url="https://randomgeekery.org/note/2020/05/clearing-the-tracks-as-we-go-is-part-of-the-fun/cover_hu640c2bad0a1ac07794205f432a1e3459_100191_1024x0_resize_q75_box.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/08/08201255242821.jpg" alt="(Fonte: Random Geekery/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Random Geekery/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Em cenas como aquela, Keaton era experiente, ainda que isso quase tivesse lhe custado a vida. Como dubl&ecirc;, uma de suas performances mais marcantes aconteceu em Steamboat Bill, quando ele teve que evitar ser atingido por um pr&eacute;dio em colapso enquanto tentava escapar por uma janela min&uacute;scula de um trem.
Ao longo de sua carreira, apesar de suas habilidades, ele foi ferido v&aacute;rias vezes, quebrou ossos, quase se afogou e danificou gravemente o pesco&ccedil;o. Tudo era poss&iacute;vel acontecer em um empreendimento arriscado daquele jeito, assim colocando sua carreira e vida em perigo.
No dia do momento t&atilde;o esperado, a cidade de Cottage Grove declarou feriado local para que milhares de moradores pudessem assistir &agrave; grande a&ccedil;&atilde;o.
<h2 class="uk-text-justify">Luz, c&acirc;mera... a&ccedil;&atilde;o!</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/08/08211031723001.jpg" alt="(Fonte: YouTube/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: YouTube/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A cena era o acontecimento principal do filme porque a locomotiva carregava o seu nome. A hist&oacute;ria era baseada no que aconteceu com Raid Andrews, em 1862, quando um grupo de invasores da Uni&atilde;o sequestrou o trem a vapor General e tentou fugir dos perseguidores enquanto os passageiros estavam a bordo. Para recuper&aacute;-lo, o confederado Johnny (nterpretado por Keaton) planeja recuperar o comboio incendiando a ponte onde o trem passaria.
Tudo foi gravado no leste da cidade, e a produ&ccedil;&atilde;o passou 2 semanas s&oacute; para construir 1 cavalete de 65 metros de comprimento sobre o Rio Row. Keaton instalou c&acirc;meras em toda a &aacute;rea ao redor da ponte para garantir que pegaria o &acirc;ngulo certo, ent&atilde;o as vigas de suporte foram parcialmente serradas ao meio e dinamite foi fixada na base.&nbsp;
Quatro horas ap&oacute;s o in&iacute;cio das filmagens, a a&ccedil;&atilde;o programada come&ccedil;ou quando Keaton deu sinal verde ao engenheiro que pularia da locomotiva, visto que sua esposa o havia proibido de pilotar a m&aacute;quina e realizar o salto no rio, ent&atilde;o a m&aacute;quina avan&ccedil;ou em dire&ccedil;&atilde;o &agrave; ponte.
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https://www.youtube.com/watch?v=yCH-tUmMl7Q<o:p></o:p>
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A cena foi um sucesso e chocou o p&uacute;blico com seu realismo, fazendo hist&oacute;ria no cinema mudo. O que n&atilde;o surpreendeu, por&eacute;m, foi a bilheteria do longa devido a uma sucess&atilde;o de erros. A produ&ccedil;&atilde;o inteira teve or&ccedil;amento inicial de US$ 400 mil, o equivalente a US$ 5,7 milh&otilde;es hoje, mas acabou custando US$ 750 mil depois que Keaton perdeu o controle criativo, e os executivos decidiram controlar seus gastos. O filme s&oacute; arrecadou US$ 500 mil.
Apesar disso, O General &eacute; considerado uma obra-prima, cujo impacto hist&oacute;rico est&aacute; marcado no Registro Nacional de Filmes dos Estados Unidos, considerado um dos maiores longas-metragens de todos os tempos.

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Buster Keaton realizou o feito mais caro da história do cinema mudo

Imagem de Marie Taglioni: quando fãs jantaram suas sapatilhas de balé no megacurioso

Nascida em 23 de abril de 1804, em Estocolmo (Su&eacute;cia), Marie Taglioni sempre teve sua vida cercada pela dan&ccedil;a. Seu pai, Filippo Taglioni, era core&oacute;grafo e dan&ccedil;arino; e sua m&atilde;e, Sophie Karsten, era&nbsp;bailarina e pintora. Ent&atilde;o, era praticamente o destino dela seguir os passos de uma carreira art&iacute;stica.
Ainda muito jovem, Marie&nbsp;Taglioni se mudou para Viena com sua fam&iacute;lia e foi onde come&ccedil;ou seu treinamento de bal&eacute;&nbsp;sob a dire&ccedil;&atilde;o de Jean-Fran&ccedil;ois Coulon e de seu pai. Mas, apesar de ter sido treinada por Coulon, nomeado mestre de bal&eacute; da corte em Viena, a t&eacute;cnica dela n&atilde;o estava de acordo com os padr&otilde;es que impressionavam o p&uacute;blico.
Para aperfei&ccedil;oar isso, o pai da mo&ccedil;a criou uma rotina de treinamento rigorosa de 6 meses, com jornadas de 2 horas di&aacute;rias pela manh&atilde; de exerc&iacute;cios com foco nas pernas e mais 2 horas &agrave; tarde com foco em movimentos que a ajudariam a refinar sua postura na dan&ccedil;a.
<h2 class="uk-text-justify">O marco de uma era</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/e/e8/Taglioni-marie-guttmann-aus-der-fruehzeit-der-photographie-frankfurt1930-tafel17.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/08/08000633981055.jpg" alt="Marie Taglioni. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Marie Taglioni. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Devido &agrave;s suas propor&ccedil;&otilde;es f&iacute;sicas limitantes, a jovem Taglioni se esfor&ccedil;ou o m&aacute;ximo que conseguiu, aumentando a amplitude de movimentos e desenvolvendo sua for&ccedil;a. Ela, ent&atilde;o, concentrou sua energia em sua forma para o p&uacute;blico, apostando menos em truques muito elaborados e piruetas desafiadoras. Dessa forma, ela estreou no bal&eacute; La Reception d&rsquo;une Jeune Nymphe &agrave; la Cour de Terpsichore.
Foi s&oacute; ao ingressar na &Oacute;pera de Paris, aos 23 anos, que Taglioni ganhou fama como dan&ccedil;arina, principalmente quando seu pai criou o bal&eacute; La Sylphie, em 1832, projetado para mostrar o talento dela. Foi o primeiro espet&aacute;culo em que essa bailarina tinha que dan&ccedil;ar na ponta dos p&eacute;s.
Ao longo de toda sua carreira, ela se tornou uma celebridade de valor inestim&aacute;vel para o s&eacute;culo XIX, com f&atilde;s obcecados por toda a parte. Seu porte atl&eacute;tico e art&iacute;stico como dan&ccedil;arina se tornou uma caracter&iacute;stica lend&aacute;ria, com sua delicadeza incompar&aacute;vel conquistando a todos.
<h2 class="uk-text-justify">O jantar inesperado</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/08/08001118262058.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O fanatismo de seus f&atilde;s foi algo que se destacou em sua carreira, porque ningu&eacute;m havia sido t&atilde;o adorado assim at&eacute; ent&atilde;o. Em 1842, todo esse amor incondicional foi al&eacute;m de flores e aut&oacute;grafos na porta do teatro.
Tudo aconteceu quando um escritor de viagens e comentarista chamado Edward Tracy Turnerelli alegou ter comprado as sapatilhas de Taglioni pelo equivalente a US$ 12 mil. A compra teria sido feita por meio de um dono de hotel que disse que a bailarina as esqueceu no quarto onde estava hospedada. Turnerelli, um f&atilde; ass&iacute;duo da mulher, juntou-se a outros 35 f&atilde;s para angariar dinheiro o suficiente e compr&aacute;-las.
Em posse das sapatilhas, Turnerelli afirmou que as preparou como um fricass&ecirc;, mas no lugar da carne optou pelo instrumento de trabalho de Taglioni, coberto por um caldo de molho branco. E, para fazer o prato descer bem, ele abriu o melhor champanhe que seu dinheiro conseguiu comprar. Com os demais f&atilde;s, ele comeu a sapatilha de tecido inteira, do estofado &agrave;s solas de couro.
At&eacute; hoje n&atilde;o se sabe qual &eacute; o fundo de verdade presente em toda a hist&oacute;ria desse jantar, mas isso foi infame o suficiente para se tornar um sucesso. Verdade ou n&atilde;o, o &uacute;nico que saiu ganhando foi o dono do hotel, que faturou muito sem ter que provar que as sapatilhas eram ou n&atilde;o de Marie Taglioni.

Julio Cezar de Araujo