Imagem de Como Paris conseguiu despoluir o rio Sena? no megacurioso

Proibido para o banho há 100 anos, o rio Sena agora se prepara para ser o palco de quatro eventos olímpicos, incluindo a abertura dos jogos

<head></head><body>Por mais de 100 anos, as águas do rio Sena foram tão adequadas para o banho quanto as do rio Tiete em São Paulo. Desde o final do século XIX, quando a população da capital francesa começou a crescer exponencialmente, o rio começou a receber o que o sistema de escoamento urbano não dava conta.&nbsp;Somado a isso, o esgoto industrial também caia no Sena, tornando-o um dos rios mais poluídos da Europa — durante a década de 1963, havia apenas três espécies de peixes na cidade. A situação chegou num ponto que, ainda em 1923, as autoridades francesas proibiram o uso do rio para banho.Agora, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/106564-antes-e-depois-veja-como-paris-mudou-nos-ultimos-100-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">100 anos depois</a>, Paris se prepara para receber os <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119469-historia-das-olimpiadas-da-antiguidade-aos-tempos-modernos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Jogos Olímpicos</a> e o Sena será o palco de quatro eventos: abertura, maratona de natação, triatlo e <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119735-como-surgiram-os-jogos-paralimpicos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">paratriatlo</a>. Como isso foi possível?<h2>Um novo reservatório</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/04/04102920912066.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Por muito tempo, durante épocas de chuvas fortes, quando o sistema de escoamento de Paris ficava sobrecarregado, o esgoto residencial da cidade desaguava para o Sena. De acordo com a prefeitura da cidade, caso isso não acontecesse, esse esgoto todo iria retornar à casa das pessoas. Assim, o Sena também servia como uma válvula de segurança para o sistema de esgoto de Paris.&nbsp;A solução para esse problema foi criar um novo reservatório. Ainda em construção, ele deverá dar conta desse excesso — sua capacidade é equivalente a 20 piscinas olímpicas — nos dias em que o sistema de esgoto estiver sobrecarregado. A ideia é que em dias de chuva forte, um túnel seja liberado para encaminhar o transbordamento até o reservatório. Lá, ele poderá ficar armazenado por alguns dias, até que o sistema volte a estabilizar.&nbsp;<h2>Devolvendo o Sena à população</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/04/04103903937074.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Para promover o trabalho feito no Sena, o Comitê Olímpico e a prefeitura de Paris optaram por quebrar o protocolo e realizar a cerimônia de abertura do lado de fora do estádio olímpico. Serão cerca de 160 barcos, que irão transportar os 10 mil atletas que devem participar dos jogos, em um trajeto de 6 km que se encerrará diante da Torre Eiffel.Mas, o mais importante é o que vem depois. Três competições serão realizadas no Sena, mostrando ao mundo inteiro que o rio voltou a ser um bom lugar para nadar. A prefeitura de Paris acredita que, ao ver os atletas nadando no local, os parisienses se sentirão mais confortáveis para usar o rio para lazer, quando ele for liberado ao público a partir do verão de 2025.Atualmente, a qualidade do rio já melhorou o suficiente para permitir o uso do rio para nadar e pescar. Mais de 30 espécies de peixes já foram identificadas, desde que o rio começou a ser despoluído.A prefeitura ainda monitora a quantidade de bactérias da leptospirose, visto que Paris possui um problema sério com ratos. Porém, até o momento, os estudos não indicaram uma quantidade alta acima do normal. Se permanecer assim, é possível que o Sena se torne o maior legado deixado pelos Jogos Olímpicos de Paris.</body>

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Como Paris conseguiu despoluir o rio Sena?

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Processo conhecido como partenocarpia pode acontecer na natureza e costuma ter origem em mutações genéticas

Voc&ecirc; j&aacute; deve ter visto por a&iacute; alguns tipos de frutas sem <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/126851-voce-sabia-que-os-pontinhos-brancos-dos-morangos-nao-sao-sementes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">semente</a>. Melancias, uvas, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126838-por-que-bananas-ficam-pretas-e-como-evitar-esse-processo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bananas</a>, laranjas, e tantas outras, s&atilde;o criadas para deixar a nossa vida ainda mais pr&aacute;tica e saborosa. Mas, se as sementes s&atilde;o necess&aacute;rias para originar uma nova planta, como elas conseguem se reproduzir quando elas n&atilde;o est&atilde;o presentes?
Plantas com fruto possuem um sistema bastante complexo de reprodu&ccedil;&atilde;o. A vers&atilde;o resumida desse processo &eacute; que o p&oacute;len de uma planta masculina fertiliza o &oacute;vulo de uma planta feminina. Ap&oacute;s a fecunda&ccedil;&atilde;o, o &oacute;vulo dar&aacute; origem &agrave; semente, enquanto o ov&aacute;rio se tornar&aacute; o fruto.
<h2>Como funciona a partenocarpia?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/31/31235508085011.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Por&eacute;m, existem algumas maneiras de &ldquo;impedir&rdquo; a transforma&ccedil;&atilde;o do &oacute;vulo em semente. No geral, isso &eacute; bastante raro de acontecer na natureza &mdash; normalmente tendo origem em alguma muta&ccedil;&atilde;o gen&eacute;tica &mdash;, mas pode ser feito de maneira artificial tamb&eacute;m. Neste caso, a muta&ccedil;&atilde;o pode acontecer naturalmente, mas tamb&eacute;m pode ser "criada" em laborat&oacute;rio. Esse tipo de reprodu&ccedil;&atilde;o &eacute; chamado na bot&acirc;nica de partenocarpia.
Um exemplo bastante conhecido &eacute; o da laranja de umbigo &ndash; a famosa laranja Bahia. A aus&ecirc;ncia da semente nessa fruta surgiu com uma muta&ccedil;&atilde;o gen&eacute;tica aleat&oacute;ria &mdash; existem ind&iacute;cios que sugerem que isso aconteceu em um mosteiro brasileiro no in&iacute;cio do s&eacute;culo XIX. Vendo o potencial de se utilizar essa fruta sem a semente, ramos da planta foram enxertados em outras &aacute;rvores, permitindo que novas frutas pudessem ser criadas a partir do material gen&eacute;tico mutado da planta original. Isso tamb&eacute;m faz com que todas as laranjas de umbigo sejam clones daquela primeira planta que sofreu a muta&ccedil;&atilde;o originalmente.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/01/01165957892347.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Mas na natureza as coisas n&atilde;o costumam ser t&atilde;o simples e para cada regra existem dezenas &mdash; &agrave;s vezes centenas &mdash; de exce&ccedil;&otilde;es. &Eacute; o caso das <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123513-as-sementes-de-melancia-que-revelam-o-passado-da-humanidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">melancias</a> e bananas que, por possu&iacute;rem mais de duas c&oacute;pias de cada cromossomo, dependem de um processo um pouco mais complexo para gerarem frutas sem sementes.
Os produtores dessas plantas precisam criar variedades com um n&uacute;mero &iacute;mpar de c&oacute;pias de cromossomos. No caso das melancias, por exemplo, s&atilde;o cruzadas plantas com duas c&oacute;pias de cromossomos, com plantas com quatro c&oacute;pias. Esse cruzamento vai gerar plantas com um n&uacute;mero &iacute;mpar &mdash; criando sementes imaturas (abortadas) &mdash; que ser&atilde;o comercializadas, enquanto as demais s&atilde;o usadas para novos cruzamentos.
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/126851-voce-sabia-que-os-pontinhos-brancos-dos-morangos-nao-sao-sementes.htm" target="_blank" rel="sponsored">Voc&ecirc; sabia que os pontinhos brancos dos morangos n&atilde;o s&atilde;o sementes?</a>
Com as bananas o processo &eacute; o mesmo, com a diferen&ccedil;a que todas as frutas comercializadas possuem tr&ecirc;s c&oacute;pias de cada cromossomo. Isso faz com que todas as plantas comerciais se reproduzam assexuadamente. Por&eacute;m, na natureza ainda &eacute; poss&iacute;vel encontrar algumas varia&ccedil;&otilde;es com sementes.
Finalmente, uma terceira op&ccedil;&atilde;o &eacute; for&ccedil;ar esse processo nas plantas atrav&eacute;s do uso de horm&ocirc;nios. Isso acontece com abacaxis, que mesmo possuindo duas c&oacute;pias de cada cromossomo, podem produzir frutos sem fertiliza&ccedil;&atilde;o quando tratados com horm&ocirc;nio.

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Como as plantas com frutos sem sementes se reproduzem?

Imagem de Por que os peixes do fundo do mar parecem alienígenas? no megacurioso

Presas gigantes, anatomia bizarra e luz própria fazem os peixes das profundezas parecerem ameaças vindas do espaço

<head></head><body>Se você já assistiu a Procurando Nemo ou gosta de documentários sobre vida selvagem, provavelmente vai se lembrar das estranhas criaturas que vivem no fundo dos oceanos. Lá embaixo, peixes com presas gigantes, luz própria e corpo esquisito se tornam cada vez mais comuns. Mas você sabe por que isso acontece?<h2>A estranha vida das profundezas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/20/20105704257108.png" alt="Peixe diabo-negro. (Fonte: BBC/Reprodução)">Peixe diabo-negro. (Fonte: BBC/Reprodução)O que chamamos de oceano profundo é tudo o que está a 200 metros de profundidade ou mais. A partir daí, a pressão se torna cada vez maior e a temperatura cada vez menor. A luz do sol não chega e, com condições tão extremas, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121752-como-e-possivel-haver-vida-nas-profundezas-dos-oceanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">são poucos os seres vivos que conseguem sobreviver ali</a>.E é justamente essa somatória de fatores que faz com que os animais que habitam o oceano profundo <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123921-as-10-criaturas-mais-bizarras-do-fundo-do-mar-encontradas-em-2022.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sejam tão peculiares</a>. Um exemplo bem conhecido é o peixe-diabo-negro (Melanocetus johnsonii), que aparece em Procurando Nemo e hipnotiza a personagem Dori com a luz que emite. Além das presas enormes, esse peixe emite uma luz na ponta de um apêndice que fica na sua cabeça. Ele utiliza a bioluminescência para atrair suas presas para perto e poder se alimentar com mais facilidade.Em um ambiente onde a luz do sol não chega, ter uma fonte de luz própria acabou se tornando bastante comum. Em 2017, a revista Nature publicou um estudo que diz que mais de 75% dos peixes de águas profundas possuem bioluminescência. Em vários casos ela serve para ajudar na caça, mas ela também pode ter outras finalidades. O peixe-pai-velho (Argyropelecus gigas), por exemplo, utiliza a luz para se camuflar de predadores. A sua “lanterna” pisca da mesma maneira que a luz ao seu redor — quando um predador com bioluminescência se aproxima, por exemplo —, fazendo com que seja mais difícil de encontrá-lo.<h2>Presas gigantes e anatomia bizarra</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/20/20110113140115.png" alt="Enguia-pelicano. (Fonte: Wikimedia Commons)">Enguia-pelicano. (Fonte: Wikimedia Commons)Mas não é apenas uma “lanterna” que faz os animais das profundezas do oceano parecerem ameaças alienígenas. O peixe-víbora (Chauliodus sloani) tem presas tão grandes que não consegue fechar a boca sem perfurar o cérebro. Já a enguia-pelicano (Eurypharynx pelecanoides) possui uma boca que, quando aberta, é maior que o seu próprio corpo.Todas essas características são resultados de como a evolução age em lugares extremos. Quando há pouco alimento disponível, nenhum ser vivo pode se dar o luxo de perder uma presa. Presas grandes e um corpo esquisito ajudam esses peixes a ter um maior sucesso na hora da caça.Mas ter que sobreviver em profundidades tão extremas também tem outra consequência. O corpo desses animais deve ser adaptado para aguentar uma pressão que pode ser mais de 100 vezes maior que na superfície. É o caso do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123474-7-curiosidades-sobre-o-peixe-bolha-o-animal-mais-feio-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">peixe-bolha</a> (Psychrolutes marcidus), que vive em profundidades entre 600 e 1.200 metros. Sobreviver nesta pressão esmagadora tem um custo e o peixe-bolha adaptou-se com um corpo excepcionalmente flácido, sem depender de um esqueleto forte. A consequência é que se ele subir para a superfície, além de morrer, seu corpo murcha e ele se transforma em uma criatura gelatinosa com uma cara feia.</body>

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Por que os peixes do fundo do mar parecem alienígenas?

Imagem de 4 dos casos de histeria em massa mais inexplicáveis da história no megacurioso

Freias miando, adolescentes infectados por vírus que não existem e pessoas sendo acusadas de bruxaria; essas são apenas algumas das consequências de casos de histeria coletiva

<head></head><body>Em diversos momentos da nossa história, curiosos casos de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123157-4-casos-de-histeria-coletiva-que-realmente-aconteceram.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">histeria coletiva</a> fizeram com que pessoas agissem de maneira estranha. Embora a palavra "histeria" costume ser associada a imagens estereotipadas de pessoas em estado de frenesi emocional, todos esses casos podem estar associados a uma simples tentativa do nosso corpo lidar com situações estressantes. Abaixo, você pode conferir quatro casos bastante peculiares de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121236-5-casos-de-histeria-coletiva-completamente-bizarros.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">histeria coletiva</a>, que tiveram um grande impacto para as pessoas envolvidas.<h2>1. As freiras que miavam</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/14/14002826247023.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Um dos relatos mais curiosos sobre histeria coletiva aconteceu no século XVIII. Segundo um relato feito em 1844, em algum momento uma freira começou a miar como um gato em um convento. Com o passar do tempo, outras freiras também começaram a miar, até que logo todas estavam repetindo esse estranho comportamento. Os miados só tiveram fim quando soldados foram colocados na porta do convento. As freiras foram informadas de que os soldados tinham varas e iriam a chicoteá-las até que os miados chegassem ao fim — o que aparentemente funcionou.&nbsp;Até hoje não se sabe o que desencadeou esse caso. Uma das hipóteses diz respeito à privação emocional e espiritual à qual elas eram submetidas. Muitas eram enviadas a força por suas famílias ainda muito jovens. Elas eram submetidas à disciplina rígida, confinadas sozinhas e realizavam votos forçados de castidade e pobreza. É possível que os miados fossem uma maneira que as freiras encontraram para extravasar diante desta situação.<h2>2. Morangos com Açúcar... e vírus</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/13/13234551288006.jpg" alt="Elenco da terceira temporada de 'Morangos com Açúcar'. (Fonte: IMDb)">Elenco da terceira temporada de 'Morangos com Açúcar'. (Fonte: IMDb)Morangos com Açúcar foi uma novela portuguesa bastante popular entre os adolescentes entre 2003 e 2012 — uma espécie de “Malhação portuguesa”, cuja trama girava em torno do dia a dia de adolescentes durante o ensino médio. Em maio de 2006, um dos episódios da terceira temporada mostrava um surto de vírus, que colocava em risco a vida dos personagens. Alguns dias depois do episódio ter ido ao ar, centenas de adolescentes começaram a alegar dificuldade para respirar, tontura e erupções cutâneas. Exatamente os mesmos sintomas que os personagens apresentaram.Cerca de 300 alunos de 14 escolas diferentes relataram os sintomas, e algumas escolas chegaram a fechar. Porém, após avaliações médicas, ficou constatado que nenhum dos alunos estava infectado com algum vírus. No final, o Instituto Nacional de Emergência Médica de Portugal decretou o caso como histeria coletiva, possivelmente causada pelo estresse dos exames finais.<h2>3. O ataque alienígena de Orson Welles</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/14/14000118732011.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Um dos casos mais famosos de histeria coletiva aconteceu em 1938, nos Estados Unidos. Tudo começou quando Orson Welles, então um jovem radialista, fez uma adaptação do clássico de ficção científica A Guerra dos Mundos. Pouco antes de começar a dramatização, ele explicou do que se tratava, porém, isso aconteceu enquanto outro programa de maior audiência ainda estava sendo apresentado. Quando ele acaba e as pessoas mudam para a rádio Columbia Broadcasting System, o que elas ouvem é Welles narrando com temor uma invasão alienígena.A maioria dos ouvintes não sabia que se tratava da leitura de uma obra de ficção e acreditavam tratar-se de um boletim de notícias. Ainda hoje é difícil saber o alcance e o impacto da dramatização. Segundo a própria emissora, cerca de seis milhões de pessoas ouviram a transmissão, das quais pouco mais de um sexto acreditou no relato. No dia seguinte, a notícia que circulava foi que as linhas de emergência ficaram congestionadas na região de Nova Jersey, onde Welles havia adaptado a história, e centenas de milhares de pessoas tentaram fugir do local, para escapar do suposto ataque alienígena. Hoje essa versão é questionada, com algumas evidências sugerindo que se realmente houve confusão, foi algo mais localizado e pouco expressivo.<h2>4. As bruxas de Salem</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/13/13235925363010.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Talvez o caso mais infame — e mortal — de histeria em massa da história é o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120340-como-os-julgamentos-das-bruxas-de-salem-mudaram-o-sistema-judicial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Julgamento das Bruxas de Salem</a>. A história aconteceu em Massachusetts, nos Estados Unidos, entre fevereiro de 1693 e maio de 1694. Tudo começa quando duas meninas — uma de 9 e a outra de 11 anos — tiveram repentinos ataques de gritos e violentos espasmos. Um médico foi até o local e rapidamente falou que as meninas haviam sido enfeitiçadas, o que foi prontamente aceito pela comunidade, quando pelo menos outras cinco meninas tiveram os mesmos sintomas. Quando questionadas sobre quem havia feito aquilo com elas, todas colocaram a culpa em três pessoas: uma escravizada chamada Tituba, uma mendiga chamada Sarah Good e Sarah Osborne, uma senhora idosa.A partir deste momento, toda a população de Salem entrou em histeria coletiva, acusando uns aos outros de maneira completamente irracional — uma menina de 4 anos foi acusada e jogada em uma masmorra por 8 meses. Ao todo, mais de 200 pessoas foram acusadas de praticar bruxaria e fazer pactos com o diabo, das quais 30 foram consideradas culpadas, 19 foram executadas — a maioria por enforcamento.</body>

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4 dos casos de histeria em massa mais inexplicáveis da história

Imagem de Extração de água subterrânea está alterando o eixo da Terra no megacurioso

Estudo indica que nos últimos 17 anos, as localizações dos polos norte e sul sofreram uma variação de quase 80 cm

<head></head><body>As <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/110958-segundo-novas-observacoes-aguas-subterraneas-ja-existiram-em-marte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">águas subterrâneas</a> são recursos importantes para diversas regiões do planeta. Além de criarem um ecossistema próprio, elas também podem ser uma alternativa viável em locais que já sofrem com a falta de água. Porém, o seu uso excessivo tem causado um problema, cujo impacto já pode ser sentido em todo o planeta. Nos últimos 17 anos, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120360-como-os-polos-da-terra-influenciam-no-aquecimento-global.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">os polos norte e sul da Terra</a> foram deslocados quase 80 centímetros.<h2>Mudança de polo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/03/03103435512069.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)A rotação da Terra possui uma relação direta com a distribuição da sua massa. Quanto mais massa no centro, mais rápido será o movimento do planeta, enquanto mais massa na periferia faz com que ele desacelere. Porém, existe ainda um terceiro cenário que é quando a massa é deslocada para apenas um dos lados. Nesse caso, a inclinação do planeta muda para compensar a variação da massa.Existem diversos fatores que podem interferir em cada uma dessas variações — seja de velocidade ou de inclinação. Até 2021, cientistas acreditavam que o derretimento das <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/125005-5-descobertas-impressionantes-feitas-em-montanhas-com-gelo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">calotas polares</a> eram a principal responsável por mudar a posição dos polos da Terra. Porém, a coisa começou a mudar quando eles começaram a olhar para os dados do Gravity Recovery and Climate Experiment (GRACE).O GRACE é um projeto que nasceu de uma parceria entre Estados Unidos e Alemanha, e tem como objetivo rastrear a gravidade de pontos do planeta à medida que passa sobre eles. Ele teve início em 2002, mas trabalha com dados obtidos a partir da década de 1980 para criar uma imagem da evolução histórica da rotação planetária.“O polo rotacional da Terra realmente muda muito”, disse Ki-Weon Seo, da National University, em um comunicado. “Nosso estudo mostra que, entre as causas relacionadas ao clima, a redistribuição das águas subterrâneas realmente tem o maior impacto na deriva do polo rotacional”.<h2>Terra "saindo do eixo"</h2>Seo e sua equipe trabalharam com diversos modelos para tentar entender qual seria o posicionalmente real dos polos com base apenas no derretimento do gelo. Porém, o resultado não batia com os dados obtidos das observações. Foi isso que fez com que eles buscassem por alternativas para obter um resultado mais próxima da realidade.Ao incluir a extração de águas subterrâneas na equação — eles usaram um número estimado anteriormente de 2.150 gigatoneladas —, o modelo correspondeu à realidade. O mais preocupante é que os cálculos anteriores, que ignoravam a extração dessas águas, indicavam que os polos da Terra estariam apontando 78,5 cm a oeste de onde estão atualmente. O polo norte, por exemplo, está se aproximando da Islândia, em vez do centro da Groenlândia, como era o esperado.Existe uma série de consequências que essa alteração pode causar, como alterar as estações do ano. Mas, mais perigoso do que isso, o que realmente preocupa os pesquisadores sobre as descobertas é que elas confirmam as suspeitas sobre a taxa em que estamos usando um de nossos recursos mais vitais.</body>

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Extração de água subterrânea está alterando o eixo da Terra

Imagem de Deserto de Lut: o lugar mais quente do planeta pode chegar aos 70?°C no megacurioso

Apesar de ser conhecido como 'deserto do vazio', região é habitada por insetos, répteis e mamíferos

Localizado no sudeste do Ir&atilde; (perto das fronteiras do Paquist&atilde;o e Afeganist&atilde;o), o Deserto de Lut mistura bel&iacute;ssimas paisagens naturais <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117953-por-que-os-desertos-sao-quentes-de-dia-e-frios-de-noite.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">com um clima bastante extremo</a>. A regi&atilde;o de Dasht-e Lut, conhecida como o lugar mais quente da Terra, abriga o deserto que registra temperaturas de 50&nbsp;&deg;C com frequ&ecirc;ncia &mdash; e, em algumas situa&ccedil;&otilde;es, o calor pode chegar aos 70&nbsp;&deg;C.
<h2>Calor extremo</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/13/13103602135098.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Em persa, Dasht-e Lut significa "Deserto do Vazio", em tradu&ccedil;&atilde;o livre. O nome &eacute; uma refer&ecirc;ncia &agrave; dificuldade de se viver em um local t&atilde;o quente. Apesar disso, existem algumas cidades nas proximidades do deserto &mdash; como &eacute; o caso de Yazd, que desde 2017 &eacute; Patrim&oacute;nio Mundial da UNESCO, assim como o pr&oacute;prio Dasht-e Lut.
E o calor no deserto n&atilde;o &eacute; por acaso. Segundo o professor de Hidrologia da Universidade da Calif&oacute;rnia, Amir AghaKouchak, a geografia do local &eacute; respons&aacute;vel por fazer as temperaturas serem t&atilde;o elevadas por ali.&nbsp;
As rochas vulc&acirc;nicas, bastante comuns na regi&atilde;o, absorvem o calor e fazem com que a temperatura aumente. Al&eacute;m disso, as dunas e os ventos fortes servem para intensificar ainda mais o calor. "&Eacute; como ter um secador de cabelo funcionando o tempo todo", explica AghaKouchak.
A maior ironia &eacute; que, apesar de ser conhecido como Deserto do Vazio, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/107201-conheca-alguns-animais-que-vivem-no-deserto-do-saara.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o local &eacute; habitado por insetos, r&eacute;pteis e mam&iacute;feros</a>. E mesmo sem possuir vegeta&ccedil;&atilde;o, algumas das esp&eacute;cies de animais s&atilde;o encontradas apenas por ali.&nbsp;
Outra curiosidade &eacute; que o Deserto de Lut tamb&eacute;m possui um "mar escondido". &nbsp;AghaKouchak explica que, por muito tempo, acreditou-se que a regi&atilde;o possu&iacute;sse uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/125061-por-que-os-desertos-sao-tao-secos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">baix&iacute;ssima umidade</a>. Mas imagens de sat&eacute;lite indicaram a presen&ccedil;a de &aacute;gua salgada, que se espalha por uma grande regi&atilde;o, formando uma camada de alguns cent&iacute;metros de lodo.&nbsp;
<h2>Belezas naturais</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/13/13103532662096.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Mesmo parecendo um local de pouco interesse para turistas, Dasht-e Lut &eacute; uma regi&atilde;o com belezas naturais que atraem viajantes do mundo inteiro. A maior parte do turismo &eacute; feito nas regi&otilde;es mais perif&eacute;ricas, onde est&atilde;o localizadas as cidades e alguns vilarejos. Existem evid&ecirc;ncias de que a regi&atilde;o &eacute; habitada que remontam h&aacute; 7.000 anos, por&eacute;m sempre na periferia da &aacute;rea, pois a aridez da propriedade tornava a maior parte inabit&aacute;vel.
As terras na regi&atilde;o central do deserto, onde s&atilde;o registradas as temperaturas mais altas e s&atilde;o dif&iacute;ceis de serem acessadas, pertencem ao governo e s&atilde;o consideradas &aacute;reas de prote&ccedil;&atilde;o ambiental.
Al&eacute;m das dunas, uma atra&ccedil;&atilde;o local s&atilde;o os kaluts. Essas forma&ccedil;&otilde;es rochosas se estendem por uma grande &aacute;rea e se caracterizam por apresentarem formatos diversos. As rochas s&atilde;o esculpidas pela eros&atilde;o do vento, criando um visual que lembra os desertos de Marte.

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Deserto de Lut: o lugar mais quente do planeta pode chegar aos 70 °C

Imagem de 5 procedimentos cirúrgicos ancestrais que são feitos até hoje no megacurioso

Procedimentos como traqueostomia e cirurgia para catarata já eram utilizados pelos egípcios há mais de três mil anos

A <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122717-5-avancos-da-medicina-que-aumentaram-nossa-expectativa-de-vida.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">medicina</a> &eacute; uma das ci&ecirc;ncias mais antigas e necess&aacute;rias, acompanhando a humanidade desde os seus prim&oacute;rdios. Embora <a href="https://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/69535-5-tratamentos-bizarros-que-a-medicina-antiga-considerava-como-eficazes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">muitas pr&aacute;ticas tenham sido abandonadas</a>, outras tantas s&atilde;o realizadas ainda hoje.
Abaixo voc&ecirc; pode conferir cinco procedimentos cir&uacute;rgicos que, mesmo sofrendo altera&ccedil;&otilde;es e tendo sido modernizados, s&atilde;o usados pela <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118861-6-grandes-avancos-da-medicina-que-aconteceram-ja-no-seculo-xxi.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">medicina</a> atualmente!
<h2>1. Terapia eletroconvulsiva</h2>
<span data-fonte="Thurston Hopkins/Picture Post/Hulton Archive/Getty Images" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/detail/foto-jornalistica/patient-at-a-mental-hospital-undergoes-ect-a-foto-jornalistica/3092410" class="img-fc"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/13/hulton-archive-getty-images-13133431551206.jpg" alt="Hulton Archive/Getty Images)" />(Fonte: Thurston Hopkins/Picture Post/Hulton Archive/Getty Images)
A terapia eletroconvulsiva, tamb&eacute;m conhecida como ECT, &eacute; um tratamento para depress&atilde;o grave ou transtorno bipolar. Embora ela ainda seja considerada uma pr&aacute;tica pol&ecirc;mica, se corretamente prescrita e realizada, ela n&atilde;o apenas &eacute; eficaz, como permite que os pacientes tenham uma vida melhor.&nbsp;
A eletricidade j&aacute; &eacute; utilizada para fins medicinais, por meio do uso de enguias el&eacute;tricas para tratar gota e dores de cabe&ccedil;a, desde os romanos antigos. Nos s&eacute;culos seguintes, essa t&eacute;cnica passou a ser desenvolvida para casos de cegueira hist&eacute;rica, paralisia e epilepsia.
Parte da imagem negativa da ETC tem origem no uso indevido da pr&aacute;tica no passado. Atualmente o procedimento &eacute; feito com o uso de anestesia, relaxantes musculares e uma corrente el&eacute;trica em doses menores.
<h2>2. Cirurgia de catarata</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/13/wikimedia-commons-13133622644209.jpg" alt="Wikimedia Commons" />(Fonte: Wellcome Images/Wikimedia Commons)
A catarata &eacute; uma das principais causas de cegueira no mundo, e o primeiro documento com um tratamento para a ela &eacute; de 800 a.C., encontrado na &Iacute;ndia.&nbsp;Conhecido como &ldquo;couching&rdquo;, ele consistia em empurrar a lente turva para o fundo do olho com um instrumento pontiagudo &mdash; ironicamente, esse m&eacute;todo poderia resultar em cegueira se feito de maneira errada.
No s&eacute;culo XVIII, as cirurgias para catarata avan&ccedil;aram gra&ccedil;as ao oftalmologista franc&ecirc;s Jacques Daviel, o primeiro a realizar um procedimento que consistia na remo&ccedil;&atilde;o da lente por meio de um pequeno corte na c&oacute;rnea. Depois de uma semana de repouso em um quarto escuro, os pacientes conseguiam ter sua vista corrigida com um alto grau de efic&aacute;cia. O procedimento de Daviel &eacute; a base do tratamento moderno de catarata.
<h2>3. Traqueostomia</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/13/steffen-dommerich-13134521602211.jpg" alt="Steffen Dommerich" />(Fonte: Steffen Dommerich/Charit&eacute; Universit&auml;tsmedizin Berlin/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Os registros mais antigos de traqueostomia s&atilde;o dos eg&iacute;pcios e datam de 3600 a.C. Por muitos s&eacute;culos, ele foi pouco utilizado por resultar em &oacute;bito muito regular dos pacientes.&nbsp;
Durante o s&eacute;culo XX, o m&eacute;dico Chevalier Jackson padronizou o procedimento cir&uacute;rgico com o uso de t&eacute;cnicas adequadas e cuidados p&oacute;s-operat&oacute;rios. Atualmente, a taxa de mortalidade da traqueostomia n&atilde;o ultrapassa os 0,5% e &eacute; uma das maneiras mais eficazes de intuba&ccedil;&atilde;o e suporte respirat&oacute;rio.
<h2>4. Suturas</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/02/02005103600007.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)" />(Fonte: Getty Images)
A sutura &eacute; uma das pr&aacute;ticas mais comuns da medicina. Ela &eacute; usada em situa&ccedil;&otilde;es que variam de pequenos ferimentos &agrave; finaliza&ccedil;&atilde;o de cirurgias mais complexas, como o transplante de &oacute;rg&atilde;os. E isso porque ela &eacute; uma maneira extremamente eficaz de fechar um machucado.
Restos fossilizados de cr&acirc;nios neol&iacute;ticos j&aacute; indicavam resultados bem sucedidos dessa pr&aacute;tica. Registros mais modernos apontam para os eg&iacute;pcios, por volta de 3000 a.C., usando suturas na prepara&ccedil;&atilde;o de m&uacute;mias &mdash; o que tamb&eacute;m sugere que eles faziam o procedimento em pessoas vivas.
<h2>5. Rinoplastia</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/02/02004901748006.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)" />(Fonte: GettyImages)
Embora a rinoplastia seja geralmente associada a um procedimento est&eacute;tico, ela tamb&eacute;m corrige desvios de septo e outros dificultadores da respira&ccedil;&atilde;o. Um registro do s&eacute;culo VI a.C., indicando um peda&ccedil;o de pele da bochecha que foi reaproveitado para moldar um novo nariz, mostra que a cirurgia j&aacute; era feita.
J&aacute; durante o Imp&eacute;rio Romano, o enciclopedista Aulus Cornelius Celsus descreveu t&eacute;cnicas e procedimentos de cirurgia pl&aacute;stica que visavam a corre&ccedil;&atilde;o e a reconstru&ccedil;&atilde;o do nariz. A rinoplastia foi constantemente atualizada durante os s&eacute;culos e, em 1887, o m&eacute;dico John Orlando Roe realizou, nos Estados Unidos, a primeira rinoplastia fechada &mdash; procedimento realizado at&eacute; hoje.

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5 procedimentos cirúrgicos ancestrais que são feitos até hoje

Imagem de O verme que só foi encontrado com vida após séculos de busca no megacurioso

Descoberta do animal foi feita em 2017, quando uma equipe de documentaristas registrou o verme vivo pela primeira vez

Na natureza existem diversos animais que são conhecidos pelos cientistas, mas que ainda não foram vistos com vida. A maioria deles vive em regiões muito remotas, como cavernas ou profundezas dos oceanos, e tudo o que se sabe sobre estas espécies é a partir dos restos que são encontrados.Em 2017, biólogos de universidades das Filipinas e dos Estados Unidos participaram da descoberta de um verme, que apesar de possuir mais de um metro de comprimento, nunca havia sido visto com vida antes. O Kuphus polythalamia não era novo para a ciência na época, ele já havia sido descrito no século XVIII. Porém, até aquele momento, pesquisadores que estudam esse tipo de animal contavam apenas com fragmentos mortos que chegavam às praias.A descoberta aconteceu por acaso, quando uma equipe de televisão gravava um documentário sobre moluscos esquisitos que crescem em uma lagoa nas Filipinas. Em uma das cenas, o verme é visto em seu habitat natural, e chamou a atenção de uma pesquisadora. Ela entrou em contato com biólogos que estudam vermes, que confirmaram se tratar de um K. polythalamia.“Estar presente para o primeiro encontro de um animal como este é o mais perto que chegarei de ser uma naturalista do século XIX”, disse Margo Haygood, microbiologista marinho da Universidade de Utah e uma das pesquisadoras envolvidas no estudo.<h2>Comportamentos esquisitos</h2><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/c0BUeNLxjwA" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Como o animal nunca havia sido visto com vida antes, muito do seu comportamento ainda era um mistério. Sabia-se que esse animal vive em um tubo calcificado que ele mesmo cria a partir do cálcio que secreta da pele. Normalmente, os pesquisadores encontravam apenas o material calcificado.Outra característica bastante peculiar é que o animal não se alimenta de nada. Para conseguir os nutrientes que precisa, ele vive em simbiose com bactérias que estão localizadas nas suas guelras. São essas bactérias que conseguem absorver dióxido de carbono e transformar o gás em nutrientes. Para isso, eles utilizam outro gás, o sulfeto de hidrogênio — isso faz com que os locais onde eles são encontrados possuam um cheiro muito forte de ovo podre.“Suas bactérias são mais parecidas com plantas do que os simbiontes de vermes normais”, explicou Haygood. “Embora o verme gigante esteja comendo a comida produzida por essas bactérias semelhantes a plantas – como comemos as plantas que cultivamos – é um relacionamento muito mais íntimo do que nosso relacionamento com a comida”.

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O verme que só foi encontrado com vida após séculos de busca

Imagem de 5 provas que a vida na Idade Média não era muito fácil no megacurioso

Guerras, doenças e até uma Pequena Era do Gelo foram apenas alguns dos fatores que deixaram a vida nessa época bem mais complicada

<head></head><body>Ao longo da história, a humanidade passou por diferentes momentos em que a vida foi mais ou menos agradável. Embora a Idade Média tenha sido um momento de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124705-5-pessoas-incriveis-que-fizeram-ciencia-na-idade-media.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">crescimento científico</a> e tenha aberto a porta para a circulação de pessoas — e, consequentemente, de suas culturas —, esse também foi um período particularmente complicado.Com guerras acontecendo com certa frequência, doenças se espalhando rapidamente e uma terrível perseguição religiosa, quem nasceu durante a Idade Média não teve uma vida fácil. Abaixo, você pode ver cinco motivos que provam isso.&nbsp;<h2>1. A Peste (e outras doenças)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/07/07122626595165.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)A peste bubônica chegou à Europa em 1347 e não demorou muito para causar um impacto enorme na vida das pessoas. As estimativas são de que cerca de 20 milhões de pessoas tenham morrido, o que representava quase metade da população europeia na época. Com uma taxa de sobrevivência de apenas 10%, a Peste causou uma mudança profunda na sociedade europeia, fragmentou famílias e deixou as pessoas isoladas.Mas ela foi apenas uma das muitas doenças que surgiram na época. Junto com a falta de higiene básica e de um sistema de saneamento adequado, tuberculose, lepra e cólera também conseguiram se espalhar pelo continente, deixando a vida das pessoas ainda mais difícil.<h2>2. Guerras por todos os lados</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/07/07122719621166.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Quando uma pessoa não estava se preocupando com as doenças que poderiam matá-la, era possível que essa preocupação fosse redirecionada às constantes guerras. Isso valia também para os nobres, que quando queriam evitar lutar, tinham que pagar grandes quantias em dinheiro. É claro que esse privilégio não valia para os camponeses pobres. Sem treinamento militar, eles costumavam ser convocados pelos proprietários de terras e liderados por cavaleiros experientes, o que nem sempre ajudava nas batalhas.<h2>3. A medicina não estava avançando</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/07/07123719486182.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Doentes e feridos (seja pela Peste, por guerras ou qualquer outro motivo) precisavam de tratamentos, mas na Idade Média, <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122176-6-praticas-medicas-da-idade-media-e-suas-eficacias-ou-nao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a medicina estagnou</a> — e até mesmo regrediu. Diferente do que civilizações anteriores — como os egípcios e os gregos — buscavam fazer, na Idade Média muitas doenças eram atribuídas a causas sobrenaturais.A astrologia era utilizada para definir os diagnósticos, o que deixava o tratamento mais incerto, e a falta de conhecimento sobre o corpo humano e o uso limitado de anestésicos tornavam as cirurgias ainda mais perigosas. Os riscos de infecção e morte eram altos, e a medicina medieval levou algum tempo até começar a ter avanços significativos.<h2>4. Uma pequena Era do Gelo</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://en.wikipedia.org/wiki/Little_Ice_Age#/media/File:Pieter_Bruegel_the_Elder_-_Hunters_in_the_Snow_(Winter)_-_Google_Art_Project.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/07/07125048892196.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118272-o-que-foi-a-pequena-era-do-gelo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">A Pequena Era do Gelo</a> foi um período de resfriamento significativo que ocorreu por vários séculos a partir do ano 1300. A temperatura caiu cerca de 1,5 °C, o suficiente para congelar rios e portos, e destruir colheitas. E como o frio só começou a diminuir durante o século XIX, não eram raros os casos de cidades e vilas onde ocorreram mortes em massa. O evento foi atribuído a causas supersticiosas na época, como a ira divina e a influência de bruxas, agravando a perseguição religiosa e a violência durante o período.<h2>5. A Igreja Católica também não ajudava</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/07/07123152422167.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)E falando em perseguição religiosa, a Igreja Católica também foi um fator que tornava a vida complicada durante a Idade Média. Com um poder imenso, ela dominava todos os aspectos da sociedade europeia. O papa, como líder da igreja e representante de Deus, possuía um poder que rivalizava com o dos monarcas europeus, podendo convocar cruzadas que resultaram em inúmeras mortes.Além disso, as minorias religiosas enfrentavam perseguição e ameaças constantes devido à sua fé impopular, já que a diversidade religiosa era arriscada na época. A adoração era fortemente influenciada pelo poder da igreja, com consequências graves para quem desafiava essa autoridade.</body>

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5 provas que a vida na Idade Média não era muito fácil

Imagem de 5 lições da geologia sobre o aquecimento global no megacurioso

Para celebrar o dia do geólogo, conheça algumas lições que esta ciência nos ensina sobre como o clima na Terra variou nos últimos milhões de anos

<head></head><body>Dia 30 de maio é celebrado o dia do geólogo. Muito mais do que especialistas em rochas, estes profissionais podem nos ajudar a compreender melhor como o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116265-mudancas-climaticas-estao-ocasionando-renascimento-de-tempestades.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">clima no planeta</a> variou nos últimos milhões de anos. Assim, é possível que nós possamos nos preparar para as mudanças que devemos enfrentar pelos próximos anos.Os geólogos consideram os últimos 50 milhões de anos como um passado recente. Além desse período representar apenar apenas um por cento da idade da Terra, as placas tectônicas não passaram por grandes mudanças. É isso que faz com que este seja o período de tempo mais relevante para entender as variações climáticas do passado.&nbsp;Abaixo, você pode conferir cinco lições que a geologia nos oferece sobre o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125193-aquecimento-global-limite-de-1-5-c-pode-ser-ultrapassado-ate-2027.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aquecimento global</a>.<h2>1. O clima da Terra é altamente variável</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/30/30092507400027.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)O período conhecido como Eoceno (56 milhões há 34 milhões de anos) oferece um registro importante e bastante preciso do clima da Terra no passado. A partir de estudos da composição das conchas de corais e outros organismos marinhos, é possível entender como as temperaturas oscilaram. E o que os geólogos percebem é que entre o Eoceno e a última Idade do Gelo (que terminou há cerca de 20 mil anos), o planeta passou de um cenário excepcionalmente quente, para um período excepcionalmente frio. E esse é um padrão esperado para o planeta.<h2>2. A vida resistiu durante os períodos quentes e frios</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/30/30091436989018.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Durante o início do Eoceno, a temperatura do planeta estava tão alta, que os fósseis de animais de sangue frio dessa época são encontrados perto das regiões polares. Os registros da vida desse passado indicam que as florestas eram comuns, assim como a presença de regiões desérticas com vegetação esparsa. Durante a Idade do Gelo, grandes mamíferos podiam ser encontrados nas latitudes mais baixas. O clima em mudança fez com que as espécies que não conseguiram se adaptar, desaparecessem, mas também permitiu que muitas outras evoluíssem.<h2>3. O sol influencia menos nas variações do clima, do que os processos que ocorrem no planeta</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/30/30134635169186.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)O sol é um fator determinante para que a vida possa existir na Terra. Porém, ele pouco interfere nas variações climáticas. A partir do estudo das oscilações do clima durante períodos curtos, é possível verificar que o nosso planeta possui ciclos que se repetem, independentemente dos fatores astronômicos. Para se chegar a essa conclusão, os geólogos comparam as variações do clima com as flutuações regulares na inclinação do eixo da Terra e na forma de sua órbita ao redor do sol.<h2>4. Os climas locais são muito variáveis</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/30/30092238820022.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Os registros geológicos são bastante enfáticos: a variação climática é maior em locais específicos. Isso não significa que o clima no planeta como um todo não varie. Mas, o que pode ser observado é que as mudanças nas temperaturas globais induzem mudanças nos padrões de chuva, ventos e correntes oceânicas. E é isso que faz com que um efeito seja maior no ecossistema de uma determinada região do que de outra.&nbsp;<h2>5. O nível do mar tem aumentado... e deve continuar assim pelos próximos anos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/30/30092351256024.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Entre o Eoceno — quando a Antártida praticamente não era coberta por neve — e o auge da Idade do Gelo, os registros geológicos apontam para uma variação dos níveis dos oceanos, de cerca de 180 metros. Isso pode ser comprovado pelos fósseis de animais marinhos em locais longe das costas, assim como pelos depósitos de areia de praia em áreas avançadas dos continentes. Porém, um problema que já pode ser verificado é que os níveis de dióxido de carbono — um dos gases do <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121264-aquecimento-global-e-efeito-estufa-qual-e-a-diferenca-entre-eles.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">efeito estufa</a> — aumentaram desde o final da Idade do Gelo. E a geologia demonstra que o derretimento acelera com o tempo e pode durar vários milhares de anos.</body>

Robinson Samulak Alves