Ciência
28/07/2014 às 04:59•4 min de leitura
Quando você imagina uma pessoa forjando a própria morte, é difícil pensar que isso possa acontecer em uma situação verdadeira e não apenas em um roteiro de ficção. Mas, como você já sabe, o mundo é cheio de gente estranha e maluca, e é sobre algumas delas que vamos falar hoje. A seguir, conheça alguns cidadãos que, para fugir de situações incômodas, forjaram a própria morte:
Esse cara achou que era um homem procurado e, por isso, decidiu que seria uma boa ideia fingir que estava morto. Na tarde de seu casamento, em 1989, ele deu uma saída para nadar um pouco e nunca mais voltou. Todo mundo achou que Wint havia morrido afogado.
Vinte anos depois ele foi parado por não ter um farol em seu carro e acabou contando sua história à polícia. Segundo os relatos de Wint, ele saiu de seu casamento e nunca olhou para trás porque achava que era uma pessoa procurada por tráfico de drogas.
Como foragido, Wint passou a viver com o nome de William Sweet, identidade com a qual se casou de novo três anos depois de fugir. Ele teve até mesmo outro filho e, para sua surpresa, nunca foi uma pessoa procurada pela polícia. Tudo não passou de um grande engano, no final das contas...
Sanchez era funcionário da loja britânica HMV e, apesar disso, era tão pobre que mal podia colocar comida em casa. Foi aí que ele teve a brilhante ideia de fingir morrer de um ataque cardíaco e ir embora com toda a sua família para a Costa Rica. A empresa acreditou na história e, inclusive, pagou pela passagem de sua família para o suposto funeral. Além disso, passou a pagar a pensão pela morte do funcionário.
A farsa acabou quando um amigo resolveu usar o desconto que Sanchez tinha como funcionário para comprar um CD do Elvis Presley na HMV. O amigo chegou a ligar para Sanchez diretamente da polícia e o “morto” desligou, claro. Não demorou para que alguns investigadores descobrissem a farsa e, eventualmente, prendessem o ex-morto e os envolvidos no caso.
Tudo começou em Cingapura, em 1987, quando o carro alugado por Subramaniam foi abaixo. Ele voou para o Siri Lanka, onde conseguiu falsificar sua morte. Seu atestado alegava que ele havia levado um tiro durante confrontos da guerra civil local e, por isso, tinha batido o carro.
A morte de Subramaniam permitiu que a esposa dele recebesse quase US$ 250 mil como indenização. Ele chegou a se casar novamente com a “viúva”, usando uma identidade falsa. A mentira acabou 20 anos depois, em 2007, quando ele foi flagrado tentando voltar a Cingapura. A esposa do “espertinho” pediu o divórcio e ele passou três anos atrás das grades.
Uma das evangelistas mais populares à sua época, a irmã Aimee costumava dar seus sermões para plateias de até 5 mil fiéis. No dia 18 de maio de 1926, porém, a mãe da religiosa disse que sua filha estava “com Jesus”, depois de ser levada por uma correnteza perto da praia de Veneza.
Cerca de um mês depois do anúncio da morte de Aimee, ela apareceu em Douglas, no Arizona, dizendo que havia sido sequestrada, liberada e largada no México.
Apesar da história contada pela religiosa, muitos detalhes simplesmente não se encaixam: ela desapareceu usando uma roupa de banho e, quando reapareceu, estava usando roupas normais; o local que ela afirmou que serviu como seu cativeiro nunca foi localizado pela polícia.
Ela foi condenada por perjúrio e levada a julgamento. Testemunhas afirmaram que, na verdade, Aimee estava tendo um relacionamento amoroso com Kenneth Ormiston, mas ela negou as acusações. A religiosa eventualmente foi liberada de todas as acusações e nunca deixou claro o que realmente aconteceu.
O advogado William Grothe foi reportado como desaparecido no dia 19 de novembro de 2008, quando sua carteira e sua jaqueta de couro foram encontradas às margens de um rio, bem como uma sacola contendo itens comprados em um mercado recentemente.
No dia 24 de novembro, o “morto” ligou para a polícia, alegando ser o assassino de William Grothe. O que ele não esperava, no entanto, era que os policiais fizessem um reconhecimento de voz, analisando a do telefonema do suposto assassino e comparando com a voz do “morto”, que havia sido gravada em sua caixa postal.
Grothe foi encontrado mais tarde em Missoula, Montana, e teve que pagar US$ 13 mil ao Estado, que foi o dinheiro usado pela polícia para procurá-lo.
Allison era só uma jovem que não queria mais estar presente nos eventos de sua igreja. Na falta de achar uma maneira bacana para dizer isso, ela simplesmente contou aos seus colegas do coral que estava morrendo de câncer.
A história foi sustentada por quase um ano, sendo que de vez em quando ela chegava a ir até a igreja para contar pessoalmente sobre seu tratamento. Quando parou de ir até a igreja definitivamente, Allison disse a todos que estava indo para um hospital, onde deveria morrer em breve.
Depois, ela ligou para o pastor de sua igreja, se passando por uma enfermeira, e disse a ele que a jovem tinha morrido no dia 18 de janeiro de 2007. O pessoal da igreja resolveu organizar uma cerimônia de despedida para a colega que, não satisfeita com a “mentirinha”, resolveu aparecer ao próprio funeral, alegando ser a irmã da morta. Logicamente, a mentira foi por água abaixo nesse momento.
Sabe quando você abre a conta do telefone e percebe que acabou gastando demais? Pois foi isso o que aconteceu com Corey Taylor que, chateadíssimo com o valor de sua fatura e indignado com a operadora que havia contratado, resolveu correr atrás da própria morte. Para isso, ele pediu para que um amigo fizesse seu atestado de óbito. Afinal de contas, mortos não têm dívidas.
Não demorou muito para que a operadora descobrisse que era tudo mentira e, eventualmente, fizesse o homem pagar pelos US$ 175 que devia. Sobre o assunto, ele disse que acredita ter mostrado o quanto as pessoas estão infelizes com os serviços telefônicos. Você concorda?