
Ciência
08/01/2018 às 07:17•2 min de leitura
Se você não é muito fã de répteis, a “cobrinha” sobre a qual vamos comentar a seguir provavelmente vai lançar arrepios pela sua espinha! Você já ouviu falar a respeito das titanoboas? Elas foram serpentes que viveram aqui na América do Sul por volta de 60 milhões de anos atrás, durante o Paleoceno, e foram extintas (ufa!) há muito, muito tempo.
Já pensou dar de cara com um bichinho desses? (Monte L. Bean Life Science Museum)
Esses animais pré-históricos podiam medir quase 15 metros de comprimento — isto é, essas cobras eram mais ou menos do tamanho de ônibus escolares — e gostavam de devorar crocodilos inteiros. E, de acordo com Erin Blakemore, do The Washington Post, cientistas afiliados à Universidade Brigham Young, em Utah, nos EUA, recriaram um modelo em escala real dessa criatura imensa e ele se encontra em exposição no Monte L. Bean Life Science Museum, museu mantido pela instituição.
Segundo Erin, os cientistas recriaram o modelo a partir de fósseis descobertos em uma mina de carvão na Colômbia e que representa o maior exemplar dessas cobras já descoberto no mundo — medindo impressionantes 14,6 metros e pesando mais de 1,1 mil quilos. Eis um monstro pré-histórico com o qual ninguém gostaria de encontrar acidentalmente!
Comparação entre uma vértebra de titanoboa e de uma sucuri atual (The Washington Post/Jeff Gage/Florida Museum of Natural History)
De acordo com os paleontólogos, as Titanoboa cerrejonensis — espécie recriada pelo pessoal do museu — não eram venenosas e matavam suas presas por meio da constrição, ou seja, asfixiando os animais que elas capturavam e esmagando seus corpos.
Réplica criada pelos paleontólogos (Monte L. Bean Life Science Museum)
A datação dos fósseis apontou que essas cobras gigantes surgiram pelas florestas da Terra depois da extinção dos dinossauros não-aviários e, agora, os curiosos que forem ver a réplica no museu poderão ter uma noção do quão assustadoras as titanoboas eram e comparar esse monstrão com outros exemplares grandalhões que já existiram — ou ainda existem — no planeta.