
Ciência
15/06/2018 às 12:30•2 min de leitura
Peggy Whitson, nascida em Iowa, chegou à NASA em 1986, como Pesquisadora Residente do National Research Council, no Johnson Space Center, em Houston. Ela passou por vários cargos, incluindo cientista do projeto para o Programa Shuttle-MIR, na parceria entre Estados Unidos e Rússia, e foi selecionada para fazer ser astronauta em 1996. Depois disso, não saiu mais de lá. Agora, a recordista de tempo no espaço dá seu adeus à agência espacial norte-americana.
Peggy completou três missões de longa duração para a Estação Espacial Internacional, estabelecendo recordes em cada uma delas. Ela fez sua primeira viagem em 2002, na Expedição 5, durante a qual participou de 21 investigações científicas e tornou-se a primeira oficial de ciências da estação espacial da NASA.
Em 2008, ela retornou na Expedição 16 e tornou-se a primeira comandante da estação espacial. Durante sua missão mais recente, abrangendo as Expedições 50, 51 e 52 de novembro de 2016 a setembro de 2017, Peggy se tornou a primeira mulher a comandar a estação espacial duas vezes, na Expedição 51.
Peggy também reivindicou o título para a maioria das caminhadas espaciais de uma mulher — dez, totalizando 60 horas e 21 minutos - e estabeleceu o recorde de maior parte do tempo acumulado no espaço por um astronauta dos Estados Unidos em 665 dias. O período dela em solo na NASA também foi para lá de importante. Ela serviu como chefe do corpo de astronautas, de 2009 a 2012, tornando-se a primeira mulher a ocupar o cargo e a primeira chefe não-militar desse grupo.
"Peggy Whitson é um testemunho do espírito americano. Sua determinação, força de espírito, caráter e dedicação à ciência, exploração e descoberta são uma inspiração para a NASA e a América. Devemos-lhe uma grande dívida pelo seu serviço e sentiremos a sua falta. Agradecemos a ela pelo seu serviço à nossa agência e país”, disse o administrador da NASA Jim Bridenstine.
"Foi uma grande honra ter Peggy Whitson representando toda a nossa equipe de Operações de Voo da NASA. Ela estabeleceu os mais altos padrões para as operações de voos espaciais tripulados, além de ser um excelente modelo para mulheres e homens nos Estados Unidos e em todo o mundo. Até mais, Peg”, despediu-se Brian Kelly, diretor de Operações de Voo da Johnson.
"Peggy é uma colega de classe e uma amiga, e ela fará muita falta. Junto com sua carreira de recordista, ela deixa para trás um legado de sua paixão pelo espaço”, disse Pat Forrester, atual chefe do Escritório de Astronautas.