“Metrópole” de 9 mil anos é encontrada nos arredores de Jerusalém

19/07/2019 às 03:302 min de leitura

É caro que quando equipes de construção começam a “cavoucar” terrenos situados em locais como Israel, por exemplo, que foi palco de tantos eventos históricos, elas sabem da possibilidade de encontrar vestígios arqueológicos. Entretanto, o time responsável pelo projeto de uma nova estrada nos arredores de Jerusalém certamente não esperava se deparar com a descoberta da qual vamos falar a seguir: uma cidade do Neolítico que, segundo estimam, pode ser o maior assentamento humano desse período já descoberto no território.

(Fonte: Science Alert / Israel Antiquities Authority / Yaniv Berman)

Metrópole pré-histórica

A cidade foi datada em 9 mil anos e, de acordo com os arqueólogos, ela ocupava uma área de quase meio quilômetro. Ela chegou a abrigar entre 2 mil e 3 mil habitantes pelo menos – o que faz dessa localidade uma verdadeira “metrópole” do Neolítico, período da pré-história que se caracteriza pelo uso de pedras polidas como ferramentas e pelo surgimento da agricultura.

(Fonte: IFLScience! / Israel Antiquities Authority / Yaniv Berman)

No local, os pesquisadores encontraram uma variedade de construções, como casas, estruturas que provavelmente tinham funções públicas, diversos tipos de aposentos e locais para práticas religiosas. Além disso, foram descobertas passagens entre as edificações que sugerem a existência de vias – indicando que houve algum tipo de planejamento urbano no local –, assim como sepulturas contendo oferendas e objetos funerários.

(Fonte: IFLScience! / Israel Antiquities Authority / Yaniv Berman)

Os arqueólogos também encontraram uma variedade de ferramentas, pontas de flecha e ossos de animais – entre eles, ossos de ovelha, indicando que a população, em dado momento, parou de depender tanto da caça e se voltou mais à criação de animais para abate. Entre as ruínas, os pesquisadores descobriram estruturas usadas para a armazenagem de grãos e outros alimentos, algumas delas ainda contendo esses produtos preservados.

(Fonte: Science Alert / Israel Antiquities Authority / Yaniv Berman)

Ademais, foram achados artefatos como contas de alabastro, pequenos braceletes de pedra, medalhões de madrepérola, conchinhas vindas do Mediterrâneo e do Mar Vermelho, estatuetas talhadas em pedra e feitas de argila, e até peças de obsidiana originárias da Anatólia, atual Turquia. Esses objetos todos, aliás, demonstram que a população da cidade mantinha contato com outros povos, alguns originários de bem longe – o que é fascinante, considerando que estamos falando de pessoas da Idade da Pedra!

(Fonte: IFLScience! / Israel Antiquities Authority / Yaniv Berman)

A descoberta é realmente impressionante, uma vez que ela aporta informações valiosas sobre como as comunidades do Neolítico viviam. Entretanto, outro aspecto assombroso sobre esse incrível achado é que ele se deu por acaso a apenas 5 quilômetros de Jerusalém e as ruínas da cidade se encontravam enterradas a poucos centímetros da superfície – e passaram 9 mil anos ali sem que ninguém topasse com elas. 

(Fonte: IFLScience! / Israel Antiquities Authority / Yaniv Berman)
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