Intestino dá o sinal para pararmos de comer, aponta pesquisa

25/11/2019 às 10:302 min de leitura

A proximidade das festas de fim de ano já nos faz lembrar dos jantares exagerados de família e, claro, da comilança exagerada também. Afinal, ninguém é de ferro. A frase que mais se ouve – especialmente em casa de avós – é: “meu estômago está cheio”. E realmente essa era a crença comum: a de que o estômago “avisa” quando é hora de parar de comer, mas novas pesquisas sugerem que, na verdade, o responsável por emitir esse alerta é o intestino.

O pensamento de cientistas em todo o mundo era de que o estômago emitia um feedback nervoso capaz de sinalizar o cérebro que, por sua vez, enviava sinais de satisfação, fazendo com que a pessoa parasse de comer. Agora, as pesquisas mostram que as células nervosas intestinais têm responsabilidade direta em fornecer esse feedback ao cérebro e regular o quanto as pessoas irão comer, explica o autor do estudo e neurocientista da Universidade da Califórnia em São Francisco, Bai Ling. Apesar da descoberta, ainda falta identificar os papéis de todas as células nervosas no intestino.

O ponto de partida da descoberta foi o sequenciamento genético utilizado para criar um mapa dos diferentes neurônios no trato gastrointestinal. Então, os pesquisadores projetaram geneticamente os neurônios dos ratos para serem ativados pela luz, o que permitiu estimular com facilidade os neurônios específicos e detectar o que afetou o apetite dos roedores.

Intestino envia sinal de saciedade, sugere pesquisa. (Fonte: Pixabay)

Estudo continua para descobrir papel de alguns neurônios 

O primeiro passo foi a ativação dos neurônios que detectam o estiramento do estômago. Os ratos não alimentados comiam menos porque sentiam seus estômagos cheios, o que confirmou algo que os cientistas já sabiam. Mas o que surpreendeu aconteceu quando houve a ativação dos neurônios que detectam o estiramento do intestino. Os ratos quase não comiam nada, mas quando os pesquisadores paravam com a estimulação neuronal, todos comiam normalmente.

Embora surpreendente, Bai afirma que a descoberta faz sentido. “Todo o trato gastrointestinal contém a comida e os nutrientes. Portanto, faz sentido que medir o alongamento intestinal também seja importante para fornecer feedback para regular o comportamento da ingestão”, pontua. A surpresa veio porque até o momento, todas as pesquisas apontavam o estômago como o responsável por nos fazer “parar de comer”.

As pesquisas continuam e o objetivo é se debruçar sobre os muitos neurônios que foram mapeados e identificados, mas que os cientistas ainda não conseguiram compreender o papel que desempenham na produção do sentimento de saciedade.

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