Ciência
02/12/2019 às 12:00•1 min de leitura
Os elefantes africanos estão desaparecendo. O alerta é tema da nova campanha promovida pela WWF (World Wide Fund for Nature) que afirma que o elefante africano pode ser extinto até 2040 caso medidas urgentes não sejam tomadas.
Segundo a organização, com a caça para comércio ilegal sendo o principal motivo, a população de elefantes africanos diminuiu 70% desde a década de 1980. Ainda de acordo com o comunicado, 20 mil elefantes são mortos a cada ano, um a cada 25 minutos. “Em 2040, o elefante africano experimentará o mesmo destino que seu ancestral, o mamute. Para ver o animal, as crianças terão que ir ao museu. Esse cenário pode parecer incrível e, no entanto, se tornará realidade de não agirmos com urgência para salvar as espécies”, salienta a WWF.
A extinção de qualquer espécie provoca um choque no ecossistema geral do planeta e, no caso dos elefantes africanos, pode significar uma quebra significativa no sistema de fertilização, uma vez que eles são capazes de fertilizar grandes áreas, tornando-as espaços verdes importantes para os animais africanos.
O coordenador da WWF na África Ocidental, Pauwel de Wachter, salientou como são cruéis as mortes de elefantes. Os caçadores usam armas ou flechas envenenadas que apesar de machucar o animal, causa uma morte lenta. “Quando o elefante está no chão, os caçadores furtivos cortam seus tendões para imobilizá-lo, condenando-o a uma morte dolorosa. Para que o elefante perca mais rapidamente seu sangue, eles cortam sua tromba", explica.
Existem duas espécies de elefantes africanos. Na África Ocidental e na Bacia do Congo vivem os Loxodonta cyclotis. Já o Loxodonta africana está presente em dezenas de países africanos.
O tráfico desses animais selvagens tem uma das maiores rotas do mundo e movimenta mais de 150 bilhões de dólares por ano.