Ciência
09/12/2019 às 07:00•1 min de leitura
Quando se fala em mudanças climáticas, é comum voltar a atenção para a questão do aumento do nível do mar. Com o objetivo de trazer mais informações sobre este tema, um novo estudo realizado pela Climate Central, organização sem fins lucrativos localizada nos Estados Unidos, contribuiu para o desenvolvimento um mapa interativo capaz de mostrar de forma mais realista os efeitos provocados pelas mudanças climáticas.
O processo de elaboração das projeções contou com imagens de satélites e uma análise mais apurada para diferenciar o topo do solo das demais superfícies. A perspectiva de crescimento populacional ou mesmo da perda de terras em decorrência da erosão marinha não foi considerada.
O resultado trouxe um cenário mais alarmante para o que já era apontado como previsão para 2050, pois as áreas submersas seriam maiores e afetariam três vezes mais pessoas do que o anteriormente estimado em outros estudos. Regiões próximas de grandes centros urbanos localizados na Ásia estão entre as de maior risco de serem afetadas. Cidades como Bangkok, capital da Tailândia, Xangai, importante centro financeiro da China, e Mumbai, na Índia, teriam várias regiões submersas pelo avanço contínuo das águas.
As imagens do mapa interativo trazem um novo alerta aos empresários e moradores de diversas localidades, pois além de apresentar um cenário em que será necessária a realocação de um grande contingente populacional, representa também o desaparecimento de florestas e de parte do patrimônio cultural mundial.
A cidade de Alexandria, no Egito, também estaria entre as cidades ameaçadas pelo avanço do mar. Parte da região do Golfo Pérsico também estaria em risco, e tendo em vista que muitas áreas são palco de conflitos entre grupos com interesses diferentes, os efeitos poderiam ser percebidos além das cidades prejudicadas.
No Brasil, apesar da relativa altitude em diversas regiões, algumas delas estariam em risco. Na região norte do país, por exemplo, parte da Ilha de Marajó, no Pará, parte da área próxima da depressão do Rio Amazonas e regiões próximas da Baía de São Marcos, próxima da cidade de São Luís, no Maranhão, estariam entre as localizações em perigo.