Ciência
23/12/2019 às 13:00•1 min de leitura
A presença de gigantes mamíferos que vivem no Santuário dos Elefantes, na Chapada dos Guimarães, tem mudado a “cara” do local, garante a Sema (Secretaria Estadual de Meio Ambiente).
Segundo a Sema, o santuário, que atualmente abriga quatro elefantes asiáticos resgatados de circos nos quais sofriam maus-tratos, tem ajudado na regeneração e recomposição da flora e fauna do local, que fica a 65 km de Cuiabá, no Mato Grosso.
Funcionando há três anos, o santuário hoje é casa de Maia, Rana, Lady e Ramba e está localizado em uma área que era utilizada para pastagem. Com a preservação e a volta do cerrado nativo, a oferta de alimento aumenta, trazendo de volta diversos tipos de animais que haviam migrado por conta do desmatamento e da modificação do ecossistema local. Entre os animais que começam a retornar estão as antas, que já não eram vistas há anos.
De acordo com Mauren Lazzaretti, secretária estadual de Meio Ambiente, as mudanças registradas após a chegada dos elefantes devem ser documentadas para que possam servir de fonte de pesquisa e de referência para universidades e projetos.
Ainda segundo a Sema, além da regeneração e reconstrução da flora local, marcas de matas foram encontradas de uma margem a outra do rio, o que demonstra a volta da diversidade da fauna.
Com licença de operação aplicada para abrigar até seis elefantes em uma área de mais de 20 hectares, o santuário solicitou a ampliação para 10 animais. O pedido está sendo estudado. Este é o único santuário da América Latina e um dos seis que existem no mundo.