Sem visitas ao Pantanal, onças ocupam as passarelas de turistas

25/06/2020 às 09:002 min de leitura

Em reportagem publicada no jornal Folha de S. Paulo hoje (25), o guia de turismo e fotógrafo Edir Alves revelou que, em virtude da ausência de turistas no Pantanal Mato-Grossense, uma onça-pintada decidiu ocupar as passarelas de madeira, normalmente utilizadas para observação de animais, como local de passeio.

Edir saiu cedo para fazer a vistoria das trilhas de madeira da Fazenda San Francisco, que fica na cidade de Miranda em Mato Grosso do Sul. No meio do caminho, teve que refazer os seus planos, pois, deitada no meio da ponte, a onça-pintada Mariposa, velha conhecida dos funcionários, estava tirando um cochilo.

Com os seus 120 quilos, a felina tem curtido de forma tranquila a ausência de visitantes causada pela pandemia do novo coronavírus. Depois de duas aparições nos últimos cinco dias, agora decidiu apropriar-se da passagem de madeira onde costumava ser observada.

Mariposa já é considerada como moradora da fazenda de 14,8 mil hectares, e recebeu esse nome de uma equipe de biólogos que visitou o local para fazer uma pesquisa científica. Na época, a mãe dela, que tinha uma mancha parecida com um inseto na pele, foi apelidada de Borboleta.

Havia uma onça no meio do caminho

Edir Alves, que também é fotógrafo, já havia feito dois flagrantes da onça, nos dias 14 e 19 junho, na trilha que fica a 3 quilômetros da sede da fazenda. Funcionário do local há 10 anos, reconheceu logo Mariposa pelas suas manchas características e também pelo tamanho da orelha direita, menor do que a outra.

A turismóloga e proprietária da fazenda Roberta Coelho afirmou que a maior tranquilidade reinante, devido às restrições impostas pelo isolamento social, pode ter estimulado a felina a sair mais. Para Roberta, “agora que não tem ninguém, [os animais] estão mais à vontade”.

No último dia 10 de junho, por volta das três horas da tarde, Mariposa foi avistada pelo guia Jacir Lelles, o mais antigo da fazenda. Segundo ele, eram mãe e filha que, após a caça, buscavam um local seguro para descansar. 

Já habituado a mostrar as belezas naturais do Pantanal aos turistas, Edir Alves reconhece que, quando se deparam com uma onça-pintada, rola uma emoção: “Toda vez que encontra, parece que é a primeira vez, porque eles têm reações diferentes, cada um tem sua expressão, e é bicho difícil de encontrar”

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