Estilo de vida
26/06/2020 às 04:00•2 min de leitura
Fundada em 1587 por Sir Walter Raleigh, a próspera colônia de Roanoke marcou o primeiro momento em que povos ingleses pisavam no novo mundo com sucesso, já que, muito antes, o líder nativo havia tentado ocupar Jamestown com os mesmos propósitos, mas sem sucesso. Porém, após três anos de domínio na antiga cidade, eis que acontece o grande mistério, quando todos os habitantes locais simplesmente desaparecem e deixam apenas um registro de "Croatoan" esculpido em uma árvore. O quê pode realmente ter acontecido?
Durante anos, pesquisadores vêm tentando encontrar vestígios que possam ajudar a compreender o que, de fato, aconteceu com a colônia perdida. Estranhamente, um grupo havia retornado para a Inglaterra para buscar suprimentos, no final do século XVI, porém, quando retornaram à Roanoke, deram de cara com um local completamente abandonado, onde todas as pessoas haviam desaparecido. Assim, as respostas sobre o estranho sumiço podem ter finalmente revelado algo concreto.
(Fonte: History/Reprodução)
A investigação sobre a procedência dos fatos foi iniciada por Scott Dawson, um nativo da ilha de Hatteras e arqueólogo, ao publicar dois livros relatando os eventos que geraram o desaparecimento dos grupos ingleses. Em The Lost Colony e The Hatteras Island, o autor sugere que a colônia nunca chegou a estar perdida, mas sim que houve uma migração natural da população para outro território.
As conclusões foram baseadas em uma série de itens e artefatos encontrados por exploradores, em escavações que se iniciaram em 2009, na ilha de Hatteras, indicando que boa parte dos membros de Roanoke se moveram para a ilha e se estabeleceram no local. O assentamento dos sobreviventes, então, logo se juntou a um grupo de nativos "amigáveis" em uma vila que funcionava de forma mista, com a presença de estrangeiros e locais vivendo harmoniosamente.
(Fonte: Mark Horton/Reprodução)
“Não encontramos apenas evidências de arquitetura mista de casas, mas também de metalurgia, onde eles tinham ferreiros e também trabalhavam em cobre e chumbo, e isso continuou nos anos 1600”, disse Dawson. "É difícil dizer quantas, mas pelo menos algumas dúzias viveram por algumas décadas nas aldeias e continuaram trabalhando em metais".
Ligada, durante muito tempo, a uma tragédia ou algum evento violento, a misteriosa palavra fundamenta um novo significado, certamente mais ameno do que o anterior. Segundo o pesquisador Scott Dawson, o vocábulo foi uma mensagem para avisar que os grupos que migraram estavam, agora, incorporados com os indígenas Croatoan, em um local diferente de Roanoke, o estabelecimento original.