Saúde/bem-estar
29/06/2020 às 04:00•2 min de leitura
Conforme informou a Organização Meteorológica Mundial (OMM) nesta sexta-feira (26), o maior raio do mundo em extensão já registrado até hoje foi o ocorrido no Brasil em outubro de 2018. Percorrendo uma distância de 709 km no sul do país, o raio quebrou o recorde anterior, registrado em Oklahoma, nos Estados Unidos, com 321 km. A OMM também anunciou o recorde do raio com maior duração já registrada. Ele aconteceu no norte da Argentina em março de 2019, com 16,73 segundos, mais que o dobro do recorde anterior ocorrido em Provence-Alpes-Côte d'Azur, na França em 2012.
Para que os números pudessem ser calculados, uma nova tecnologia que gera imagens por satélite foi acionada. Segundo a organização, os registros foram analisados a partir de uma mesma metodologia, que seria capaz de medir a extensão do flash com exatidão. Os especialistas, por meio de nota afirmaram que a distância registrada equivale à relação entre as cidades de Boston e a capital Washington, nos Estados Unidos ou também entre Londres e a fronteira da Suíça.
(OMM/Divulgação)
No próximo dia 28 de junho será comemorado o Dia Internacional da Segurança contra Raios e para marcar a data, os registros foram publicados pelas Cartas de Pesquisa Geofísica da American Geophysical Union.
O professor Randall Cerveny, relator-chefe de extremos climáticos da OMM disse por meio de um comunicado que o registro realizado no Brasil poderá fornecer informações valiosas para o estabelecimento de limites à escala de raios, o que inclui os megaflashes. Isso vai contribuir para questões importantes do campo das engenharias, assim como na segurança e ciência.
“Esses são registros extraordinários de eventos únicos de relâmpagos. Eventos climáticos extremos são medidas vivas do que a natureza é capaz, bem como o progresso científico em poder fazer essas avaliações. É provável que ainda haja extremos ainda maiores e que possamos observá-los na medida que a tecnologia de detecção de raios melhorar”, contou o professor.
(Fonte: Unsplash)
No Brasil, a incidência de raios é de cerca de 78 milhões por ano, de acordo com Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Ainda segundo o grupo, já morreram no país, entre os anos de 2000 e 2019, pouco mais de duas mil pessoas por conta de acidentes envolvendo raios. Isso significa que a cada 50 mortes por conta deste evento no mundo, 1 é registrada por aqui, sendo São Paulo o estado com o maior número de casos. Ao todo, são 327 óbitos.