Surto de covid-19 em navio isolado há 35 dias intriga autoridades

17/07/2020 às 05:002 min de leitura

As autoridades de Saúde da Argentina estão lidando com o caso de um navio que teve um surto de covid-19 mesmo estando 35 dias no mar. O barco de pesca Etchizen Maru identificou 57 das 61 pessoas a bordo como infectadas pelo novo coronavírus. 

O barco navegava pela província de Tierra del Fuego, na Patagônia. Apenas duas pessoas da tripulação testaram negativo, enquanto o restante aguarda os resultados.

Outra questão que intriga as autoridades é que todos os marinheiros haviam testado negativo e entrado em quarentena antes de navegarem. 

"A tripulação do navio teve 14 dias de isolamento em um hotel em Ushuaia, período no qual acreditamos que eles não tiveram nenhum contato com pessoas da cidade, e então eles foram navegar por 35 dias" afirmou Leandro Ballatore, chefe de Infectologia do Hospital Regional de Ushuaia, em um comunicado. 

Autoridades não conseguiram explicar como o vírus conseguiu entrar (Fonte: Alex Delelisi/AFP via Getty Images)
Autoridades não conseguiram explicar como o vírus conseguiu entrar. (Fonte: Alex Delelisi/AFP via Getty Images)

Infecção misteriosa

Duas pessoas estão internadas no Hospital Regional de Ushuaia após uma inspeção das autoridades locais. O restante da tripulação permaneceu no barco e está recebendo ajuda da província. 

Uma das teorias para explicar o contágio é a de que uma das pessoas tenha testado falso negativo em Buenos Aires, o que permitiu que o vírus se espalhasse durante o período em que a tripulação estava em quarentena antes de embarcar. 

No entanto, Ballatore explica que, para que a teoria seja verdadeira, o vírus precisaria ter passado por um período de incubação muito longo, o que não há precedentes registrados em outros lugares.

Os tripulantes haviam testado negativo antes de embarcarem. (Fonte: Pixabay)
Os tripulantes haviam testado negativo antes de embarcarem. Fonte: Pixabay)

"Temos que pensar que foi contato humano ou contato com mercadoria, produtos, suprimentos. (...) Obviamente alguma coisa aconteceu, talvez existisse algum grau de contaminação dentro do navio que não havia sido registrado" disse Alejandra Alfaro, diretora de atenção primária à saúde de Tierra del Fuego, ao Ushuaia24

Mesmo com todas as teorias, não há nada confirmado. "Há muito a avaliar e nós estamos tomando os primeiros passos, porque isso requer uma análise retrospectiva" declarou Leandro Ballatore.

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