Conheça alguns desafios envolvendo a sobrevivência dos satélites

31/08/2020 às 07:303 min de leitura

Você tem ideia de quantos satélites artificiais se encontram em órbita? Segundo as estimativas, desde que começaram a ser lançados, no final da década de 50, mais de 9 mil desses dispositivos foram enviados ao espaço – e atualmente há cerca de 3 mil deles ainda em operação circundando a Terra. Achou muito? Pois a previsão é que, com os avanços tecnológicos e barateamento dos equipamentos, mais de mil passem a ser lançados ao ano dentro de pouco.

A verdade é que, apesar de essa imensa quantidade de satélites ser motivo de polêmica – vai dizer que ideias como “lixo espacial” e “risco de colisão” não passaram pela sua cabeça! –, boa parte desses aparelhos desempenha papel fundamental no desenvolvimento científico, no monitoramento territorial e nas telecomunicações, por exemplo, e, portanto, são indispensáveis. Só que esses equipamentos são delicados e suscetíveis a danos irreparáveis (além das potenciais trombadas!), podendo gerar problemas sérios aos terráqueos. Veja a seguir quais são os maiores desafios associados aos satélites:

Congestionamento

Iniciando pelo mais óbvio, você já deve ter visto nos filmes o que pode acontecer quando objetos colidem e milhares de destroços começam viajar pelo espaço, certo? Com a quantidade de satélites em órbita – e os que devem ser lançados nos próximos anos –, será necessário encontrar formas de evitar acidentes e uma possível destruição em cadeia.

Controle de tráfego espacialControle de tráfego espacial

De acordo com Herbert Funsten, do site Space.com, uma opção – proposta por cientistas do Laboratório Nacional de Los Alamos, nos EUA – seria a instalação de dispositivos batizados de ELROI que, através da emissão de sequências únicas de pulsos luminosos, permitiriam o rastreio de qualquer satélite por meio de telescópios na Terra. Com isso, poderia ser criado um sistema de monitoramento do tráfego de objetos em órbita e controlar a sua movimentação e trajetória, tal como é feito com as aeronaves comerciais no planeta.

Exposição cósmica

Embora tenham sido projetados para permanecer em órbita e à exposição às duras condições do espaço, os componentes eletrônicos dos satélites não suportam muito bem aos bombardeios de raios cósmicos ou de partículas provenientes dos ventos solares – e podem chegar a ser completamente inutilizados por eles.

Componentes delicadosComponentes delicados

Para contornar esse problema, os cientistas estão desenvolvendo formas de prever quando tempestades solares e ondas cósmicas podem chegar por aqui, isto é, os pesquisadores estão buscando jeitos de se tornarem meteorologistas espaciais. Se não é fácil prever eventos aqui na Terra, imagine no cosmos! Mas, segundo Herbert, existem iniciativas bastante promissoras, como uma que reúne dados coletados por satélites da NASA, NOAA e Los Alamos que, depois, são processados por um modelo de machine learning que detecta variações nos Cinturões de Van Allen para antecipar possíveis ocorrências.

Esse sistema ainda está em desenvolvimento, mas já permite antever a chegada de partículas com 2 dias de antecedência. E a expectativa é que o refinamento dessa tecnologia permita que os cientistas consigam prever a chegada de partículas com mais tempo – o que, por sua vez, possibilitará que os operadores possam desligar os equipamentos ou fazer os devidos ajustes para que eles não sofram danos.

Sabotagem

Outra função dos satélites é a de auxiliar na segurança de países e territórios e, se uma nação resolver arranjar confusão com outra e causar um verdadeiro caos à inimiga, basta detonar uma bomba nuclear em baixa órbita e destruir seus satélites – e os de lugares que não têm nada a ver com o conflito de lambuja! Segundo Herbert, esse tipo de ataque foi banido na década de 60, mas quem garante que algum líder maluco não vá perpetrar algo do tipo?

Já pensou no caos?Já pensou no caos?

Uma forma de limitar o risco de ter toda uma frota de satélites arruinada seria mover os equipamentos a órbitas seguras e dissipar a radiação liberada pela (hipotética) explosão. O 1º problema poderia ser solucionado equipando os aparelhos com motores movidos a combustível sólido capazes de serem ativados e desativados quando necessário – uma tecnologia que, por sinal, já está em testes. Com relação à radiação, um acelerador de elétrons, dispositivo que funciona como uma antena que emite ondas eletromagnéticas, poderia ser usado para dissipar as partículas radioativas.

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