Cavalo iacutiano: conheça a espécie que sobrevive a -70 °C

03/11/2020 às 08:002 min de leitura

Sabe o ditado “tire o seu cavalinho da chuva”? No norte da Rússia, você facilmente poderia trocar “chuva” por “neve”. Entretanto, talvez nem precise tirar seu cavalo do relento: por lá, a espécie mais popular pode resistir a até 70 graus Celsius negativos! Estamos falando dos cavalos iacutianos, que são baixinhos, robustos e bastante resistentes.

Esses cavalos chegam a 1,45 metro de altura, em médio, mas podem pesar mais de meia tonelada. Boa parte disso é por causa de sua camada de gordura e pelos, que pode chega a até 10 cm! Por conta dessas características, os cavalos iacutianos costumam ser comparados aos extintos mamutes – e não é para menos.

A região de Iacútia, conhecida oficialmente como República de Sakha, fica no extremo oriente da Rússia. No inverno, temperatura de -50 graus Celsius são bastante comuns. Entretanto, o clima pode ser ainda mais rigoroso. Nessas condições, carros podem sofrer para dar a partida, por isso os animais são bastante usados como meio de transporte.

Cavalo iacutiano: baixinho e atarracado. (Foto:
Cavalo iacutiano: baixinho e atarracado. (Foto: Flickr)

Para a população indígena local, os cavalos iacutianos se tornaram úteis muito além da locomoção. Eles conseguem alcançar gramas comestíveis enterradas a até 1 metro abaixo do gelo. Sua carne e sua pele também ajudaram os povos locais ao longo da história.

Além da resistência ao frio, os iacutianos também resistem ao tempo: em média, eles podem trabalhar por até 25 ou 27 anos. Isso é muito acima dos 20 anos úteis da maioria das outras espécies do planeta. Essa espécie também se locomove com facilidade na neve, mesmo carregando cargas que podem chegar a até 300 kg.

Curiosamente, os cavalos iacutianos atuais não descendem de antigas espécies da região. Análises genéticas determinaram que os atuais espécimes possuem como antepassados os cavalos dos mongóis e dos islandeses. Ou seja, em apenas 800 anos, a espécie foi capaz de se adaptar ao frio intenso do extremo oriente russo. Em termos evolutivos, isso é um piscar de olhos! Foram necessárias apenas 100 gerações para uma evolução tão significativa.

Outro detalhe é que essa espécie só existe nessa região. Em qualquer outro lugar do planeta, o calor seria extremamente desgastante para os cavalos iacutianos. Gostou desse cavalo? Então conheça também os Bashkir Curly, que possuem um dos penteados mais bonitos entre os cavalos!

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