Francês é preso com 27 mil artefatos arqueológicos roubados

28/12/2020 às 13:002 min de leitura

As autoridades francesas investigam um homem que acumulava em casa uma coleção de 27 mil artefatos arqueológicos de valor inestimável, para uso pessoal e fins comerciais, conforme comunicado divulgado pelo governo do país no último dia 16 de dezembro.

Em setembro de 2019, o caçador de tesouros francês Patrice T. despertou suspeitas na Bélgica, onde mora, após ser pego com 14.154 moedas romanas. Na época, ele alegou tê-las encontrado enterradas em sua propriedade, próxima à cidade de Bruxelas. Mesmo sendo legal usar detector de metais no país, as autoridades desconfiaram da sua atitude.

Com isso, oficiais da Agência Belga para o Patrimônio Imobiliário se juntaram a agentes da alfândega francesa para uma investigação mais detalhada. Eles chegaram à conclusão de que seria impossível o homem ter encontrado todas aquelas moedas em sua casa na Bélgica.

(Fonte: Flickr/Douane Française)
(Fonte: Flickr/Douane Française)

Na sequência, uma busca na residência resultou na descoberta de outros 13 mil artefatos raros, cujo valor foi estimado em ? 772 mil, o equivalente a R$ 4,8 milhões pela cotação do dia. Os investigadores também constataram que Patrice já havia sido notificado por ter desenterrado mais de 5 mil moedas dos séculos III e IV d.C. em 1993.

Tesouro guardado em casa

O conteúdo do tesouro encontrado no imóvel deixou as autoridades impressionadas, devido à sua riqueza histórica, qualidade e quantidade. Havia, por exemplo, um raro dodecaedro romano, do qual existem apenas cerca de 100 unidades conhecidas até hoje.

Também foram encontrados objetos como fragmentos de ornamentos e estátuas antigas, pulseiras e colares da Idade do Bronze, além de diversos outros tipos de itens datados da Idade Média e do Renascimento, cuja procedência ainda é desconhecida.

(Fonte: Flickr/Douane Française)
(Fonte: Flickr/Douane Française)

Uma das suspeitas das autoridades em relação à origem dos artefatos é de que o homem tenha acumulado boa parte dos objetos fazendo saques em sítios arqueológicos franceses, onde o uso de detectores de metal é ilegal fora de atividades científicas ou de pesquisa.

Acusado da autoria de um dos maiores crimes arqueológicos da história, o caçador de tesouros agora está sujeito a problemas com a justiça na França. Além de preso, ele pode ser obrigado a pagar centenas de milhares de euros em multas, se condenado.

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